Notícias Gerais RTP

CM escreveu:Rescisões na RTP vão continuar

A RTP deverá avançar com mais planos de saídas voluntárias. Questionado pelo CM neste sentido, Luís Marinho, director-geral da RTP, adianta que este "é um trabalho que a administração está a fazer". "O que sabemos é que temos um orçamento muito limitado e temos de o gerir bem até final do ano", conta.

"A empresa tem de estar preparada para, em 2013, funcionar com quase metade do orçamento que tem hoje", sublinha Marinho, que assume ter uma receita: "As pessoas têm de estar muito unidas. E penso que tenho um papel aqui a desempenhar."

Luís Marinho sublinha ainda que, apesar dos desafios implícitos à crise económica e das mudanças impostas pelo Governo, os profissionais do grupo RTP estão "muito empenhados, decididos em levar a empresa para a frente. A não deixar a empresa morrer".

O responsável da RTP – que pertencia à administração do grupo público de rádio e televisão – está ainda convicto de que, apesar dos cortes anunciados pela tutela, a empresa pública de televisão poderá manter o nível de qualidade.

"Acredito que é possível fazer qualidade com menos dinheiro", refere. "Tem de se encontrar o equilíbrio sem perder a identidade. Estou confiante", acrescenta o director-geral.

Num breve balanço ao seu novo cargo, Luís Marinho confessa que "já estava com saudades de trabalhar mais directamente com as pessoas". "Saudades, sobretudo de me envolver mais nos conteúdos. E tem havido um bom entendimento entre mim e as diferentes direcções do grupo. E, obviamente, também com Nuno Santos, director de Informação", refere.

CM escreveu:RTP vai encerrar várias delegações

A decisão está tomada e será comunicada em breve. O grupo RTP vai avançar com o encerramento dos espaços físicos de algumas das suas delegações e, tal como o CM avançou na edição de 8 de Dezembro, Viseu, Guarda e Vila Real deverão ser três das capitais de distrito afectadas.

Viana do Castelo poderá ser outra das delegações a fechar, com a equipa a passar a trabalhar a partir do centro regional do Porto. Já as equipas em Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora e Faro deverão continuar a trabalhar nos espaços físicos das respectivas delegações. Contudo, algumas equipas deverão ser redimensionadas e, em alguns casos, as sinergias com a agência Lusa serão reforçadas.

As mudanças, que têm como objectivo a diminuição de custos, deverão estar todas concluídas até ao final do primeiro trimestre deste ano.

A mudança na rede de delegações da empresa pública é apenas uma das medidas que vão ser tomadas na reestruturação da empresa e que deverão afectar também a estrutura de correspondentes internacionais.

A RTP não é a única empresa a mexer na rede de delegações. Em Janeiro, a agência Lusa anunciou o encerramento dos espaços físicos em Coimbra, Évora e Faro. Já na segunda-feira, foi revelado que a TSF iniciou um processo de encerramento de delegações e extinção de postos de trabalho, sendo que Paulo Baldaia, director da rádio, disse à Lusa que este é um plano de "reorganização financeira" e que será comunicado até ao final desta semana.

António Maurício Tavares de Sousa é o novo diretor do Centro Regional dos Açores da RTP.
Nos últimos anos, Maurício de Sousa integrou as administrações da Eda, empresa e eletricidade dos Açores e, mais recentemente, a administração da Sata. O jornalista Sidónio Bettencourt, foi convidado para o cargo de subdiretor da rádio e televisão públicas.
Maurício de Sousa substitui Pedro Bicudo na função.

CM escreveu:Rescisões custam 12 milhões à RTP

O Plano de Apoio a Saídas Voluntárias (PASV) da RTP teve um custo de cerca 12 milhões de euros no orçamento de 2011 da empresa pública, revela ao CM fonte oficial da RTP.

No total, 177 funcionários abandonaram o grupo, o que significa uma média próxima dos 68 mil euros por cada rescisão. Em alguns casos, as rescisões terão atingido o tecto máximo estabelecido pela RTP: 150 mil euros. Maria Elisa e Vasco Matos Trigo terão sido dois dos contemplados.

Até ao fecho desta edição, não foi possível obter junto da RTP o valor da poupança que vai conseguir com estas 177 rescisões. Contudo, a empresa pública adiantou que desde o início de 2011 saíram da RTP 16 directores (adjuntos ou subdirectores) que não foram substituídos. Só com estas rescisões, a empresa "consegue uma poupança em custos com pessoal de cerca de 1,7 milhões de euros".

Além disso, e devido aos cortes salariais aplicados aos funcionários públicos, o que acresce ao não pagamento de subsídios de férias e de Natal, a empresa calcula poupar nos cargos de estrutura mais de 4,5 milhões de euros entre 2011 e 2012. Recorde-se que no final do ano passado a RTP e o Governo assinaram um acordo que prevê uma diminuição de 300 trabalhadores até final de 2012. Com mais de metade das rescisões alcançadas, a empresa não adianta se vai lançar um novo PASV este ano.

Certo é que em 2011 gastou-se metade dos 24 milhões de euros que Guilherme Costa, presidente da RTP, tinha destinado para estes despedimentos.

CM escreveu:RTP: Trabalhadores defendem limite salarial de 6.980 euros
A Comissão de Trabalhadores (CT) da RTP defende a existência de um limite máximo para os salários do canal público de 6.980 euros, num comunicado de imprensa em que critica as remunerações atribuídas a 'estrelas' do canal.O comunicado da CT da RTP segue-se a um pedido de esclarecimento do CDS ao ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, sobre os trabalhadores do grupo que têm um vencimento igual ou superior ao do Presidente da República.
Para a CT da RTP, deve existir "a imposição legal actualizável de um tecto salarial máximo na RTP de 6.980 euros".
Este valor, afirma, "corresponde ao montante máximo da tabela salarial em vigor estipulada pela contratação colectiva negociada pela RTP e os sindicatos, acrescido dos montantes máximos de subsídios que um trabalhador poderá em qualquer caso auferir mensalmente".
Segundo a estrutura que representa os funcionários da RTP, deve-se acabar, no grupo, com "o ajuste directo salarial que nos últimos anos tem florescido" na empresa, em especial nos trabalhadores ligados ao entretenimento."A RTP não vende uma mercadoria, presta um serviço público. Mas, mesmo que erradamente o suposto 'valor de mercado' estivesse na origem destas decisões, ninguém no mercado de entretenimento português 'vale' neste momento 27.000 euros mensais", afirma a CT.

DN escreveu:RTP deve impugnar processo de medição de audiências

A comissão de trabalhadores (CT) da RTP disse hoje que caso a estação pública tenha assinado um contrato para a medição de audiências pela GfK deve rescindi-lo ou, caso contrário, deve impugnar o processo.
"Ou a RTP não assinou contrato algum, e então deve impugnar de imediato um processo audimétrico que fala abusivamente em seu nome, passando daí à responsabilização da Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM) pelos prejuízos já sofridos; ou então a RTP assinou algum contrato que não acautelava devidamente os seus interesses" que deverá ser rescindido, declarou a CT em comunicado.
Os trabalhadores da RTP acusam a empresa GfK, que começou a realizar a medição de audiências a 01 de março, de utilizar aparelhos de medição "comprados num bazar oriental, de fraca qualidade", com um painel apresentado a mostrar "distorções muito consideráveis".
"Tal como as agências de 'rating' destroem países inteiros com base em manipulações contabilísticas, estamos perante o risco de ver a RTP destruída com a ajuda decisiva de um passe de prestidigitação audimétrica", acusou a CT, acrescentando que a candidatura daquela empresa ficou atrás das três concorrentes.
Esta quebra nas audiências "assenta como uma luva à campanha do ministro Miguel Relvas sobre o despesismo da televisão pública", encontrando-se nesta combinação "a receita para lançar o camartelo contra a RTP", afirmam.
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SOL escreveu:RTP faz ultimato à CAEM e pede auditoria às audiências

A RTP enviou hoje uma carta à CAEM (Comissão de Análise de Estudos de Meios), com duras críticas sobre o serviço de medição de audiências feito pela GFK. A RTP diz que há «erros grosseiros» e ameaça ir para tribunal pedir uma indemnização pelos danos causados.

Guilherme Costa, presidente do Conselho de Administração da RTP, dá 48 horas à CAEM para responder a uma série de questões concretas sobre o serviço que está, desde o dia 1 de Março, a ser prestado pela GFK. Em função das respostas, avisa, a RTP pode mesmo recorrer aos tribunais.

A RTP – que no seu primeiro canal chega a cair 4 milhões de espectadores – dá alguns exemplos do que considera serem «erros grosseiros», como o facto de o número de lares que compõe a amostra da GFK não corresponder ao que está no contrato com a CAEM.

Mas há outras falhas apontadas na carta a que o SOL teve acesso. A «falta de representatividade da amostra» é uma delas e prende-se com uma alegada sub-representação dos maiores de 65 anos no painel da GFK.

São situações como esta que levam Guilherme Costa a pedir à CAEM – organização composta por meios, anunciantes e agências de meios que funciona como auto-regulador do mercado – que clarifique a sua posição.

«A direcção da CAEM atribui credibilidade aos dados que têm vindo a ser divulgados?», quer saber a administração da RTP, que anuncia ter a intenção de realizar uma auditoria independente ao sistema de medição da GFK – a empresa que desde 1 de Março substitui a Marktest na recolha de dados de audiências.

Guilherme Costa vai mais longe e explica que pretende avançar para os tribunais contra a CAEM, caso a auditoria venha a confirmar os problemas para os quais a RTP tem vindo a alertar aquele organismo desde a fase de testes no novo sistema.

Mas não é só: a RTP considera que «o modelo de auto-regulação corporizado pela CAEM deixou de funcionar adequadamente» e avisa que vai recorrer à ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) «em busca de uma posição que proteja adequadamente os interesses da RTP e o mercado televisivo».

Contactado pelo SOL, António Salvador, responsável pela GFK, recusou fazer comentários às acusações feitas pela RTP, remetendo todos os esclarecimentos para a CAEM.

Notícias TV escreveu:José Rodrigues dos Santos: "A credibilidade da GfK está ferida de morte"

O pivô da RTP diz que ninguém acredita que, de um momento para o outro, os espectadores do 'Telejornal' tenham decidido em massa deixar de ver o bloco informativo. E atribui a queda do noticiário que apresenta ao novo sistema de medição de audiências, que só pode ter sido "comprado numa feira da ladra dos arrabaldes de Calcutá". José Rodrigues dos Santos não tem dúvidas: "A credibilidade da GfK está ferida de morte."

De um dia para o outro, o Telejornal perdeu cerca de 250 mil espectadores. Tem ideia de onde param esses espectadores?
Não estão a ser medidos. A própria GfK admitiu que não está a reproduzir com fidelidade o perfil demográfico da população portuguesa, o que se nota nos resultados. A GfK alega que são velhinhos taralhoucos e que não sabem obedecer às instruções de medição, mas essa desculpa, mesmo que fosse verdadeira, não é aceitável.

Porquê?
A medição do consumo de televisão por parte de idosos não é um problema novo. E, no entanto, no passado sempre foi resolvido. Se a Marktest resolveu, porque não consegue a GfK resolver? Se em Espanha, em França, em Inglaterra, na América, em toda a parte se resolveu, porque não consegue a GfK resolver? É incompetente? Se é incompetente, não pode exercer esta função. Só em Portugal se entregam coisas de responsabilidade aos incompetentes. Se os telespectadores idosos têm dificuldade em lidar com o equipamento complexo da GfK, o erro não é dos idosos - é da GfK. Tem de arranjar um novo equipamento, mais simples de manejar. Como é que uma evidência destas não é entendida?

O novo sistema de medição de audiências tem sido muito criticado pela RTP. E a si, merece-lhe confiança?
Analisando o problema na sua génese, a resposta só pode ser negativa. É importante perceber que a GfK ficou pelos vistos em último lugar no critério técnico, quando se analisaram as quatro propostas iniciais, e apenas ganhou no critério de preço - a proposta da GfF era mais baratucha. Ou seja, o seu trabalho é mais barato e de pior qualidade técnica que o da Marktest, o que aliás se comprova pela chocante incompetência da GfK em medir os visionamentos dos espectadores da terceira idade. Ora se a Marktest tem melhor qualidade técnica, então os seus resultados são mais credíveis. Isto parece evidente. Tal é reforçado pelo facto de outros estudos independentes darem razão à Marktest.

Como por exemplo?
Por exemplo, no mesmo dia em que a GfK anunciou ao País com base numa amostra de 1100 pessoas que quase ninguém via a RTP, a Reader's Digest anunciou ao País com base numa amostra de 8000 pessoas que a RTP é, para os portugueses, a Marca de Confiança em televisão. Ou seja, os estudos independentes dão razão à Marktest, que por acaso ganhou à GfK no critério técnico.

Como reage ao facto de o Telejornal ter passado a ser o último dos blocos informativos do horário nobre se, durante anos a fio, todos os indicadores o apontavam como o mais visto e apreciado pelos portugueses?
Depende da origem do problema. Não é, no entanto, crível que na quarta-feira o Telejornal fosse o jornal preferido dos portugueses e no dia seguinte, com a entrada da GfK, os portugueses tivessem decidido em massa não ver o Telejornal. De resto, a Marktest, com um sistema de medição mais caro e de maior confiança técnica, continua a medir audiências e, no seu painel, o Telejornal mantém a liderança nas preferências.

Estes recentes indicadores de audiências colocam em causa o trabalho dos jornalistas da RTP e do Telejornal, pelo qual dá a cara?
Colocam, se forem verdadeiros. E colocam não agora, mas desde sempre. O azar é que não são verdadeiros.

António Salvador, o presidente da GfK, afirma que não tem de analisar os resultados, apenas preocupar-se com a qualidade técnica do trabalho. O que pensa destas declarações?
Confesso que não percebo bem o que quer ele dizer com isso. Na verdade é a qualidade técnica do trabalho que nos suscita as maiores dúvidas. O facto de a GfK ter ficado em último no critério técnico e de os resultados da sua concorrente, tecnicamente mais capaz, serem totalmente diferentes são coisas inquietantes, até porque outros estudos independentes dão razão às medições da Marktest. Como pode o presidente da GfK não estar preocupado com os resultados das suas medições?

A SIC Notícias era desde sempre líder no cabo. Entretanto, com a GfK, está atrás da Fox, do Hollywood, do AXN e do Disney Channel. A RTP não é a única a ter razões e queixa?
Sejamos claros: a verdade é a verdade e não pode depender das conveniências. A TVI estava descontente quando viu os resultados iniciais da GfK e, logo que eles foram corrigidos em seu favor, ficou contente. Isto não pode ser assim. Não quero que a GfK beneficie a RTP, quero que apure a verdade - seja ela agradável ou desagradável para a RTP ou para qualquer outro canal. A Marktest e todos os estudos independentes mostram que a SIC Notícias é geralmente o canal líder do cabo, mas a GfK coloca-a em sexto lugar. Devo acreditar na Marktest, que bateu a GfK no critério técnico, e em todos os estudos independentes, ou devo acreditar na GfK e no seu sistema baratucho de medição de audiências? E, já agora, o que pensam os anunciantes disto? Querem gastar dinheiro em publicidade que acaba por ser mal direcionada por deficiente informação na medição das audiências? Isso é aceitável?

Num momento delicado como este do mercado, a descredibilização do sistema de audimetria não é um tiro no pé?
Com toda a certeza. O sistema de medição de audiências que estava instituído era credível e consensual. Resolveu ir-se para um mais baratinho e as coisas estão tecnicamente a correr mal. Quando trabalhava na BBC, havia uma frase que os ingleses diziam com frequência: "You get what you pay for." Ou seja: se queres barato vais ser mal servido! É o que nos está a acontecer.

A RTP vive um momento importante, com a definição do canal a alienar no final do ano. Os novos resultados das audiências não podem condicionar a decisão política e até o negócio da alienação de um canal?
Eventualmente ajudam a adquirir a RTP a um preço mais barato. Qualquer player que faça um estudo sério de mercado perceberá que, ao comprar a RTP, está a comprar filet mignon.

E imagine que, de repente, as audiências da GfK colocavam a RTP1 a ganhar. A estação pública calava-se bem caladinha ou continua a pugnar pelo que diz ser a verdade da indústria televisiva?
Quem é sério não se deixa comprar. Quando a GfK começou a fazer testes, a TVI, que constatou ter maus resultados, fez ouvir a sua justa indignação e votou contra a deficiente GfK. Eis que, por artes mágicas decerto, os resultados da TVI de repente melhoraram significativamente. O que aconteceu? A TVI ficou feliz e até já tece loas ao trabalho da GfK, o mesmo trabalho que antes punha em causa. Penso que a RTP não pode ter um comportamento destes. Mesmo que a GfK dê um jeitinho e melhore as audiências da RTP, mesmo que faça dela a televisão mais vista de Portugal, Terra e sistema solar, entendo que a RTP deve manter firme a sua posição. Este sistema de medição, provavelmente comprado numa feira da ladra dos arrabaldes de Calcutá, ficou em último lugar nos critérios técnicos, revela-se cheio de deficiências e não dá confiança a ninguém. A credibilidade da GfK está ferida de morte e não há "jeitinhos" que contornem essa realidade.

CM escreveu:RTP avança com auditoria às audiências da GfK

Guilherme Costa, presidente da RTP, confirmou hoje que a empresa vai avançar com um pedido de auditoria às audiências da GfK, considerando que actualmente, o sistema da empresa alemã, “não está em condições de medir”. O responsável do grupo acrescenta que os dados enviados ao mercado desde 1 de Março “não são fiáveis”.

“Estaríamos com o sistema se ele provasse. Não provou”, diz Guilherme Costa que, assim, confirma: “A nossa intenção é pedir uma auditoria. É uma exigência da credibilidade do sistema”, afirma o presidente da RTP, que garante não estar “esclarecido sobre a origem dos problema técnicos”.

Questionado sobre a carta enviada terça-feira à CAEM (Comissão de Análise de Estudos de Mercado), onde a RTP exigia uma resposta a várias perguntas em 48 horas, o presidente da empresa pública acrescentou que até entrar na sala onde apresentou os resultados de 2011, sensivelmente às 16h00, ainda não tinha tido resposta.

O aparente isolamento da RTP na luta contra o sistema da GfK, também não preocupa Guilherme Costa: “Não tenho problema nenhum em estar sozinho se tiver razão. Estou convencido que este sistema não oferece condições de fiabilidade. Se não é fiável é um problema para a indústria”, disse.

Após a conclusão da auditoria, a RTP pondera avançar para tribunal para pedir uma compensação pelos danos sofridos. Contudo, essa decisão só será tomada após o conhecimento dos resultados da auditoria.

CM escreveu:RTP com lucro de 18,9 milhões

A RTP aumentou os lucros no ano passado, face a 2010, para 18,9 milhões de euros, anunciou esta sexta-feira o presidente da empresa, Guilherme Costa.

O resultado positivo, pelo segundo ano consecutivo, é um marco na história da empresa, que tinha estado 18 anos seguidos a registar prejuízos. Mas esse cenário pode voltar já este ano. Em resposta ao CM, Guilherme Costa, presidente da empresa, adianta que em Outubro de 2011 orçamentou um “resultado liquido negativo de dez milhões de euros”. Apesar disso, diz que espera fazer melhor.

A empresa apresentou custos totais de 268,4 milhões, uma diminuição de 21,2 milhões face a 2010. Mas a este valor é preciso acrescer mais 38,2 milhões, devido aos custos de reestruturação do grupo. Deste valor, 11,7 milhões dizem respeito aos gastos com as rescisões efectuadas em 2011, que atingiram cerca de 180 trabalhadores.

Os custos de grelha atingiram os 15,4 milhões (menos 8,8 milhões) e os custos com pessoal, sem o valor das indemnizações, caíram para os 96,4 milhões (menos 6,5 milhões).

Durante a apresentação, Guilherme Costa salientou ainda o esforço feito desde 2003 na melhoria da situação financeira da empresa pública, que encerrou 2011 com um passivo bancário de 516,4 milhões, uma diminuição de 237,4 milhões de euros, que contou com a injecção de 150 milhões de euros, devido à compra do arquivo audiovisual da empresa pelo Governo. No final de Fevereiro, o passivo era já de 171,9 milhões, já que o Governo amortizou 344,5 milhões de euros de dívida ao banco Depfa.