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CM escreveu:RTP tira 7 milhões à grelha

A RTP prevê gastar menos sete milhões de euros com as grelhas de programas em 2012, enquanto a redução de custos com pessoal deve atingir os 11,7 milhões de euros.

Os números estão presentes no documento sectorial do Orçamento do Estado para 2012, a que o CM teve acesso, e indicam ainda que o grupo deverá gastar menos três milhões nos fornecimentos e serviços externos.

No total, os custos operacionais devem cair 21,7 milhões. Já os custos financeiros, sobretudo os juros pagos à Banca, devem diminuir em 17,9 milhões euros, devido à injecção de 344,5 milhões de euros do Estado para pagar parte da dívida da empresa em Janeiro de 2012.

Isto implica uma redução total dos custos da empresa de cerca de 40 milhões de euros, para um total de 248 milhões de euros. Contudo, em 2012, e devido à reestruturação do grupo, a RTP vai ter de gastar bem mais, já que o Orçamento do Estado estima que as mudanças previstas no grupo que detém a rádio e a televisão públicas impliquem gastos na ordem dos 25,7 milhões de euros.

Só para a rescisão dos contratos com 300 trabalhadores, Guilherme Costa, presidente da empresa, revelou ter provisionado 24 milhões de euros. O objectivo do Governo é que em 2013 – e findo o processo de reestruturação financeira, que implica ainda a venda de um dos canais generalistas da estação – os custos operacionais da RTP se situem nos 180 milhões de euros.

Até lá, o grupo ainda deve passar a gestão da RTP Açores e da RTP Madeira para as regiões autónomas e criar uma nova empresa, que vai receber 500 dos actuais 2400 trabalhadores da estação pública.

Futuro canal da RTP não terá publicidade

Miguel Relvas anunciou hoje que o futuro canal de serviço público que restará no universo RTP não terá publicidade comercial.

"O canal subsistente da RTP não conterá publicidade comercial", anunciou hoje o ministro dos Assuntos Parlamentares no Congresso Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN).

Relvas adiantou ainda que a medida entrará em vigor logo que seja feita a alienação de um dos canais de serviço público.

Recorde-se que o fim da publicidade comercial nos canais de serviço público foi uma das recomendações propostas pelo grupo de trabalho liderado por João Duque que analisou o serviço público de media em Portugal.

Este grupo de trabalho propôs ainda a extinção da RTP Informação e a fusão da RTP África e Internacional.

CM escreveu:RTP Internacional e África sem fusão

O Governo quer reforçar o papel da RTP África e parece afastar o cenário de uma fusão desta estação com a RTP Internacional.

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, disse ao CM que o investimento feito neste canal é para manter. "A RTP África é um factor de afirmação de Portugal. É dinheiro bem gasto [2,5 milhões de euros em 2011]".

Miguel Relvas, que esteve recentemente em Moçambique, disse ainda ter percebido que "a RTP África tem grande força e prestígio". Neste sentido, é peremptório: "Temos de valorizar ainda mais os conteúdos desses países. Temos de ter mais programas de Angola e Moçambique", disse.

O ministro dos Assuntos Parlamentares sublinha ainda o papel da RTP Internacional que, segundo Relvas, "fez mais pela nossa língua do que o Instituto Camões". "Temos de continuar a apostar na RTP África e na RTP Internacional, que não é de alguns; é de todos nós". A programação destas estações vai custar 5,5 milhões de euros em 2012.

As palavras de Miguel Relvas contrariam uma das recomendações do grupo de trabalho sobre definição do serviço público, que indicava uma fusão. "Consideramos que o Estado deve concentrar o serviço internacional num único canal, com o objectivo de manter e desenvolver a presença externa do País projectando a língua portuguesa, exponenciando o que de melhor for produzido pelo operador público e também, como vem acontecendo, pelos operadores privados", diz o relatório.

CM escreveu:RTP acerta 150 rescisões

A RTP já chegou a acordo para rescindir contrato com 121 trabalhadores, ao abrigo do Plano de Apoio a Saídas Voluntárias (PASV), apurou o 'CM'.

A empresa pública recebeu 180 candidaturas de funcionários com intenção de sair da empresa. Algumas candidaturas foram recusadas e vários funcionários acabaram por desistir.

Nesta altura, ainda há alguns casos em análise para conclusão nos próximos dias.

A estes 121 funcionários que vão abandonar a RTP há que somar mais 30 profissionais que saíram da empresa desde o Verão deste ano.

Desta forma, o grupo público atinge metade do objectivo de diminuição de efectivos, já que até ao final do próximo ano as saídas têm de atingir as 300 pessoas. Desta forma, é de esperar que em 2012 a RTP lance novas medidas de redução de efectivos.

De recordar que Guilherme Costa, presidente da RTP, revelou que dispõe de 24 milhões de euros para chegar a acordo com 300 trabalhadores, estando a empresa pública a oferecer 1,35 salários por cada ano de casa (80 mil euros, em média, por trabalhador).

Desde 2009, a RTP já lançou três programas de rescisões voluntárias, tendo chegado a acordo com mais de 210 trabalhadores que abandonaram a empresa. Em 2010, a RTP teve uma média de 2412 funcionários.

Diário Económico escreveu:Maria Elisa sai da RTP

Plano de Apoio às Saídas Voluntárias foi procurado por 180 pessoas. Administração confirma saída de 121.

Maria Elisa e Vasco Matos Trigo são dois dos rostos conhecidos da RTP que deixarão a televisão pública, no âmbito do Plano de Apoio às Saídas Voluntárias (PASV) da RTP, sabe o Diário Económico. Fonte oficial da estação não comenta os nomes que integram esta lista, mas confirma que o PASV permitiu chegar a acordo com 121 profissionais.

Maria Elisa, de 61 anos, integrou o grupo RTP no período pré-Revolução, em 1973, quando a estação pública era ainda a Radiotelevisão Portuguesa, e onde começou por ser locutora, tendo saído e regressado à RTP várias vezes ao longo da carreira. Já Vasco Matos Trigo era quadro da RTP desde 1988 e apresenta, actualmente, o programa "Com Ciência", da RTP2.

Ao que o Diário Económico apurou, ao longo desta semana a administração da RTP deverá chegar a acordo com cerca de mais uma dezena de pessoas, fechando a primeira vaga do PASV nas 130 pessoas, perto de metade do objectivo estipulado com a saída de efectivos, que deverá chegar aos 300 trabalhadores até ao final de 2012. Esse é também o prazo limite para que um dos canais do grupo seja privatizado ou alienado, se não surgirem compradores para o canal.

Fernando Alexandre, jornalista que pertencia à direcção de programas da RTP - e que foi, recentemente, notícia por ter sido vítima de ‘carjacking' - também chegou a acordo com a administração para sair do grupo RTP.

CM escreveu:RTP paga viagem aos convidados

A RTP vai emitir amanhã um programa especial, ‘O Reencontro’, a partir de Angola. A emissão, que ocupa o espaço em grelha de ‘Prós & Contras’, vai ser conduzida por Fátima Campos Ferreira e tem entre os convidados Rosa Mota, Rui Veloso, Zeinal Bava e Alberto da Ponte.

O CM sabe que as viagens dos presidentes da PT e da Sociedade Central de Cervejas são suportadas pelas suas empresas, uma vez que vão aproveitar a estadia para tratar de negócios. Já a campeã olímpica e o músico terão tudo pago pela RTP.

O CM questionou a empresa pública sobre o custo do programa e o número de elementos que viajam até Luanda, mas a empresa apenas disse: "A operação não faz aumentar o custo médio diário da grelha da RTP 1." Quem também vai estar presente é o ministro Miguel Relvas, que se encontra numa visita oficial a Angola, acompanhado por Guilherme Costa e Luís Marinho, presidente e director-geral da RTP, e de Afonso Camões, presidente da Lusa.

Numa altura em que se fala do interesse angolano na privatização da RTP, fonte da empresa adianta que na agenda do presidente da RTP "estão previstos vários encontros de trabalho com a TPA [Televisão Pública de Angola].

CM escreveu:RTP não renova contrato com a Euronews

A RTP informou oficialmente a Euronews, através de uma carta enviada à empresa, que não pretende renovar o contrato que a liga ao canal de notícias, que custa anualmente cerca de dois milhões de euros, e que pretende ainda vender os 1,39% de capital que detém na estrutura accionista da Euronews, SA. A informação foi confirmada, esta quarta-feira, por Michael Peters, presidente da direcção executiva da Euronews, durante uma audiência conjunta da Comissão para a Ética, a Cidadania e a Comunicação e da Comissão de Educação, Ciência e Cultura no Parlamento.

Ainda assim, Michael Peters diz que a Euronews continua a desenvolver esforços para manter o serviço em língua portuguesa. “O processo da TDT [Televisão Digital Terrestre] é uma oportunidade para a Euronews”, declarou, sugerindo a inclusão do canal de notícias na oferta da TDT em Portugal.

Michael Peters apontou ainda para a possibilidade do contrato de produção de conteúdos em língua portuguesa ser estabelecido por outras instituições – nomeadamente a Fundação Gulbenkein, com quem o responsável da Euronews diz terem sido mantidos contactos - não estando ainda afastada a hipótese de Angola e Brasil, países falantes de língua portuguesa, também fazerem parte do projecto.

Os deputados presentes na audição foram unânimes em considerar importante que se desenvolvam esforços para que continue a existir Euronews em português, embora os actuais custos que o serviço comporta dividam opiniões. “A Euronews é barata para o mundo que atinge”, defende José Ribeiro e Castro, do CDS. Opinião corroborada por Inês de Medeiros, do PS, que considera que “2 milhões de euros não é muito”. Por outro lado, Lídia Bulcão, do PSD, e Raúl Almeida, do CDS, defendem a impossibilidade da RTP continuar ligada ao projecto, dados os custos que este comporta e a necessidade do serviço público conter custos.

Eu João escreveu:Sim, isso da ARTV era uma boa medida...

Quanto à Euronews na TDT nem tanto.

CM escreveu:Euronews espera dinheiro da RTP

A RTP está a negociar com o Euronews a rescisão do contrato, que apenas termina em 2013, adiantou ao CM fonte oficial da estação pública, que entretanto já pôs fim às emissões do serviço europeu de notícias. Ainda assim, o contrato prevê que a RTP continue a pagar o serviço até ao final, que custa cerca de dois milhões de euros por ano, com o próximo pagamento agendado para Março.

"A licença termina a 31 de Janeiro de 2013. Esse é o nosso contrato com a RTP", confirmou ao CM fonte oficial do canal de notícias. "Apesar de a RTP ter cessado as emissões do Euronews, o canal continua a estar disponível através dos operadores do cabo e de satélite. A edição portuguesa também continuará a ser emitida em países como Brasil, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Moçambique", acrescenta.

Contactada, Maria Barradas, responsável pela equipa portuguesa do Euronews, assegura que a decisão da RTP de pôr fim à emissão não alterou a rotina dos jornalistas. "Continuamos a fazer notícias 24 horas por dia, 365 dias por ano."

A RTP informou oficialmente o Euronews de que não pretende renovar o contrato que a liga ao canal de notícias, pondo assim em risco os postos de trabalho de 17 jornalistas efectivos e 15 em regime de freelance.

Como alternativas para o financiamento do serviço em português, Michael Peters, presidente do Euronews, mencionou a Televisão Digital Terrestre, assim como o apoio de entidades privadas.

CM escreveu:Luís Marinho

Director-geral da RTP estuda grelha do canal que se manterá nas mãos do Estado.

"Estamos a trabalhar tendo em conta a anunciada intenção de venda de um dos canais em sinal aberto", diz Luís Marinho, recentemente nomeado director-geral da RTP, à ‘Correio TV’. O responsável adianta que está a estudar, em colaboração com os directores de Programação e Informação do serviço público de televisão, a melhor maneira de construir uma grelha que junte os pilares de programação da RTP 1 e RTP 2. No entanto, diz que o grande desafio será "manter os níveis de qualidade com menos recursos" e "construir um canal que seja atractivo e não apenas residual".

O director-geral da RTP adianta ainda que "há definições e estratégias [da RTP Informação] que podem ser alteradas". O responsável disse à ‘Correio TV’ que o canal de informação do serviço público poderá passar por alterações nos próximos meses, isto depois de ter sofrido modificações profundas no último ano, que passaram, inclusive, pela alteração da denominação de RTP N para RTP Informação.