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CM escreveu:RTP avança com rescisões em Novembro

O grupo RTP vai avançar, já em Novembro, com um plano de rescisões por mútuo acordo. Esta é uma das medidas do plano de sustentabilidade que hoje será aprovado por Miguel Relvas, ministro dos Assuntos Parlamentares, e pela administração da RTP.

Outra das medidas passa pela venda de um canal generalista da RTP (RTP1 ou RTP2). Contudo, o CM sabe que a televisão que continuar a pertencer ao Estado vai manter os seis minutos de publicidade por hora. O que significa que o mercado vai passar dos actuais 30 minutos horários de publicidade (12 para SIC e TVI e 6 para RTP) para 42 minutos. O canal que se mantiver na esfera do Estado terá ainda que incrementar a produção de informação. Outro dos pontos do plano passa por melhorar os conteúdos da RTP Internacional. Por esclarecer está ainda se a RTP I e a RTP África poderão passar por um processo de fusão.

O plano prevê ainda a criação de uma nova empresa, que será autónoma em relação ao grupo RTP. Esta poderá receber quase 500 trabalhadores do grupo e vai reunir as áreas de meios de produção, engenharia e tecnologias e infra-estruturas.

As novas medias apontam ainda ara o aumento de sinergias entre as delegações da Lusa e da RTP (partilha de meios e espaços), assim como uma alteração nas antenas regionais. A gestão financeira da RTP Açores e da RTP Madeira passa a ser responsabilidade das regiões autónomas, que vão receber, anualmente, uma dotação monetária para manter estes canais.

CM escreveu:Miguel Relvas garante salvaguarda da “marca RTP”

O Governo aprovou hoje o plano de sustentabilidade económica e financeira da RTP e, segundo Miguel Relvas, o documento “garante aos Portugueses a salvaguarda da “marca RTP” enquanto referencial histórico-cultural no mundo da radiotelevisão e da radiodifusão nacionais e da lusofonia, sem prejuízo das adaptações indispensáveis exigidas pela sociedade e pelo mercado”.

O ministro dos Assuntos Parlamentares “sublinha o empenho da empresa em reduzir significativamente os seus custos até 2013 como um bom exemplo do que deve ser realizado relativamente a todo o sector empresarial do Estado”, acrescentando que se trata “de uma alteração rigorosa, exigente e ambiciosa que deve ser seguida”.

Miguel Relvas diz ainda que “serão accionados os mecanismos legais com vista à alienação de uma licença de um dos canais generalistas da RTP”, afirmando que a estação que permanecerá pública “não será um canal meramente residual”. “Pelo contrário, entendo que o plano agora aprovado calibra adequadamente as expectativas dos Portugueses quanto à garantia de qualidade de conteúdos da RTP - sejam de informação ou de entretenimento – e à contenção financeira exigida a todos, cidadãos e empresas, como se constata pela diminuição em cerca de 15% da subvenção estatal em relação ao ano transacto”, conclui o ministro.

CM escreveu:RTP confirma plano para saída de 300 trabalhadores

A RTP confirmou esta segunda-feira a saída de 300 trabalhadores, através de um plano de rescisões amigáveis, ao abrigo do plano de sustentabilidade financeira da empresa pública de televisão que foi esta tarde aprovado pelo ministro Miguel Relvas.

“Lançaremos até meados de Novembro um novo plano de apoio a saídas voluntárias”, afirmou o presidente da RTP, Guilherme Costa, aos jornalistas na apresentação do documento a implementar ao longo dos próximos meses.

O CM sabe que o mesmo plano prevê ainda a mobilidade de cerca de 500 trabalhadores das áreas técnicas que deverão ser integrados numa nova empresa, na qual a RTP vai deter capital. Esta organização irá juntar “todas as actividades técnicas de produção numa empresa que prestará serviço à RTP e ao mercado”, bem como ao novo canal que resultará da privatização de um dos canais generalistas da RTP, explicou o responsável. A alienação de um canal vai permitir à estação pública uma poupança de 40 milhões de euros por ano.

O plano que a administração liderada por Guilherme Costa apresentou esta tarde assenta em três eixos: “reduzir as ineficiências remanescentes na RTP, reconfigurar actividades e serviços e a reconfiguração financeira” da empresa, avançou o presidente. Tal será feito não só através da alienação do canal e da saída de trabalhadores, mas também com a partilha de serviços, por exemplo, com a agência Lusa, ao nível de instalações. Para além disso, a RTP Açores e RTP Madeira “vão gozar de autonomia financeira de gestão e vão gozar de fundos atribuídos directamente”, esclareceu Guilherme Costa.

Paulo Andrade escreveu:Não vai haver nenhuma privatização, mas sim a venda de uma das concessões da RTP, neste caso do segundo canal. Já disse isto e voltei a dizê-lo. Pois não vejo como é que a RTP2 ou a RTP1 pode ser privatizada em separado.

Paulo Andrade escreveu:Vão privatizar a empresa? Não!

Apenas vão vender uma das concessões, porque a RTP vai manter-se pública com toda a estrutura que agora existe, incluindo o nome!
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Sérgio Ferreira escreveu:Vem aí um 5º canal disfarçado.

Jnpc escreveu:Aquilo não teve nada de pouco explícito. Qual foi a parte do "disfarçado" que não percebeste!?

DN escreveu:Modelo de alienação do canal da RTP ainda por definir

O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, afirmou ontem que o modelo de alienação de um dos canais do grupo RTP ainda não está definido.

Questionado pelos jornalistas no final da conferência "Media do Futuro", organizada pela SIC Notícias e Expresso, sobre se já está definido qual o tempo de publicidade que o canal a ser alienado terá, Miguel Relvas disse que "não faz sentido" falar sobre essa matéria, uma vez que "o modelo de alienação do canal ainda não está definido".

Segundo o ministro, "esse [a definição] é um caminho que tem de agora ser feito". No início da conferência, durante a manhã, o presidente do grupo Impresa, alertou que a manutenção de seis minutos de publicidade na RTP, tendo em conta a alienação de um dos canais, iria empurrar o sector de media para a crise, numa espécie de "efeito cascata" que se alargará à imprensa, rádio ou Internet.

Isto porque seriam assim quatro canais na corrida para as receitas publicitárias, as quais têm vindo a cair nos últimos anos - caíram 30 por cento entre 2007 e 2011 -, tendência que continuará no próximo ano.

i escreveu:
Governo vende canal 1 e RTP fica sem publicidade

O modelo de privatização está praticamente definido na cabeça do governo e há um claro recuo

O processo de privatização de um dos dois canais canais generalistas e de sinal aberto da RTP já ganhou contornos bem definidos no interior do executivo de Passos Coelho. O i sabe que a RTP1 é o canal escolhido pelo governo para a privatização prevista para 2012, sendo alienado precisamente o canal que mais receitas gerava dentro do universo da estação pública, cerca de 50 milhões de euros anuais (valores de 2010), e que ocupa, em termos de frequência, o primeiro lugar na lista de canais dos principais distribuidores de televisão por cabo, forma pela qual quase metade da população portuguesa acede a conteúdos televisivos – 4,5 milhões de espectadores, com tendência para crescer, num universo total de 9,5 milhões. E, para sossegar a chuva de críticas que foi caindo ao longo desta semana – desde que foi apresentado o plano de sustentabilidade económica e financeira da RTP –, o governo vai manter o canal sobrante, a actual RTP2, sem publicidade, tal como já acontecia por lei. Mas o previsto era que tivesse seis minutos de publicidade por hora, como sucede hoje em dia com a RTP1. Com este volte-face, o governo pretende aplacar a forte contestação por parte dos principais operadores privados, como a TVI e a SIC. Mal se começou a falar em mais minutos de publicidade disponíveis por hora, com a chegada de mais um canal privado (vai ter 12 minutos, como os restantes canais privados de sinal aberto), todo o sector foi unânime na contestação à decisão de Miguel Relvas (ver texto ao lado). Mas isto significa também que a administração da RTP vai ter uma importante bota para descalçar no seu processo de reestruturação, já que parte importante das receitas previstas pela equipa liderada por Guilherme Costa (e que estavam explícitas no referido plano) derivavam da publicidade que se previa angariar com o canal de sinal aberto que remanescer na estação pública. Segunda-feira, Guilherme Costa explicou aos jornalistas que, dos 190 milhões de euros de receita que a RTP passaria a ter a partir de 2013, 30 milhões seriam resultantes da publicidade captada pelo canal RTP, “já prevendo o impacto que o canal privatizado terá no mercado publicitário”, cuja fatia para o sector televisivo é pouco superior aos 350 milhões de euros. Sem as receitas publicitárias previstas, Guilherme Costa, José Marquitos, Teresa Pignatelli e Luís Marinho vão ter de arranjar maneira de tapar um buraco em contas que só vigoram daqui a um ano. A RTP vai continuar a receber subvenção estatal, mas apenas metade dos 300 milhões que recebia por ano. A estes 150 milhões de euros, o Estado vai pagar ainda 10 milhões de euros pela prestação de serviço público de televisão. E com os 30 milhões que agora se sabe que vai perder, a RTP iria chegar aos 190 milhões de euros, o que permitiria ter lucro face aos 185 milhões de euros de custos operacionais e financeiros. É que uma das promessas de Costa no seu plano é a de a RTP dar lucro a partir de 2013. Outra questão, a somar à das receitas, é a promessa feita por Miguel Relvas, horas antes da conferência de imprensa do presidente da RTP e logo depois de ter dado luz verde ao plano de sustentabilidade: a de que “o canal subsistente da responsabilidade da empresa [RTP] não será um canal meramente residual”. Relvas prometia que o canal RTP iria à luta e que “o plano agora aprovado calibra adequadamente as expectativas dos portugueses quanto à garantia de qualidade de conteúdos da RTP – sejam de informação ou de entretenimento –, e à contenção financeira exigida a todos”. Mas quarta-feira, Relvas já afirmava, sobre a questão da publicidade, que ainda “não havia modelo definido”. Agora já há.