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Mensagem por david silva Seg 20 Jan 2014 - 23:43

Como é que a RTP2 com aquela M#$## de programação teve um orçamento de 22 milhões o ano passado?

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Mensagem por Eu João Qua 22 Jan 2014 - 17:11

Séries internacionais e diversos programas de produtoras independentes...
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Mensagem por david silva Qua 22 Jan 2014 - 22:02

Eu João escreveu:Séries internacionais e diversos programas de produtoras independentes...

Acho muito dinheiro para tantos programas repetidos e com "cheiro a mofo"...meia-dúzia de series e outras tantas produções independentes custam assim tanto.

Já viram o Desporto 2? Vai de mal a pior aquilo são desportos quase amadores...

Eu nunca foi a favor do encerramento da RTP2 mas no estado em que colocaram o canal não é admissível continuar com o canal com esta programação, gastando 22 milhões de euros. Quanto a mim o melhor a fazer seria colocar a RTP informação no lugar da RTP2.

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Mensagem por Jnpc Qui 23 Jan 2014 - 19:31

DN escreveu:Nuno Santos e RTP chegam a acordo

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

O antigo diretor de informação da estação pública Nuno Santos e a RTP chegaram hoje a acordo relativamente ao despedimento, na sequência do caso 'Brutosgate'. A RTP reconhece que Santos foi um profissional "competente" que cumpriu os seus deveres profissionais e deontológicos".

A estação pública admitiu, na véspera do julgamento arrancar e que opunha o jornalista à administração de Alberto da Ponte, que afinal Nuno Santos cumpriu com os seus deveres deontológicos e que foi um "profissional competente".

Recorde-se que em março do ano passado, o jornalista foi despedido por justa causa e sem direito a indemnização, na sequência de um processo disciplinar que lhe foi movido pelo Conselho de Administração.

No texto do acordo, assinado às 17.00 de hoje e a que o DN teve acesso, Nuno Santos, por seu turno, reconhece que o que dissera na Assembleia da República terá sido mal interpretado, mas que não teve intenção de ofender os elementos do Conselho de Administração.

Ao que o DN apurou, o despedimento foi convertido em cessação de contrato por mútuo acordo, havendo lugar a indemnização ao atual diretor de conteúdos da Multichoice para o mercado lusófono.

Na origem deste processo está a alegada autorização de Nuno Santos, como diretor de Informação, para que a PSP entrasse nas intalações da RTP, a 14 de novembro de 2012, para visionar imagens da manifestação em frente à Assembleia da república, caso que ficou conhecido por 'Brutosgate'.

O início do julgamento entre Nuno Santos e a RTP estava marcado para amanhã de manhã.

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Mensagem por Nick Name Qui 23 Jan 2014 - 19:56

O Nuno Santos devia ter ido até ao fim. Foi uma filha da putice o que lhe fizeram.
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Mensagem por Jnpc Sex 31 Jan 2014 - 15:36

NTV escreveu:Alberto da Ponte: "Desprezar as audiências é a maior estupidez que podemos fazer"

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Polémico, desassombrado, informal. Aos 62 anos, Alberto da Ponte quer recuperar a RTP. Para isso é preciso cortar nos custos, nem que seja necessário um despedimento coletivo. Assume divergências com a tutela, diz que na empresa não há vacas sagradas e que ainda há gente que "não faz puto". Só para Nuno Santos, que despediu há um ano e com quem agora foi "obrigado" a assinar um acordo judicial, é que prefere o silêncio. Sportinguista confesso, acredita que Portugal vai chegar à final do Mundial. O Cristiano Ronaldo da televisão, esse, está escolhido: é Francisco Balsemão.


Deixe-me começar ao ataque: Não tem qualificações para desempenhar as funções de presidente da RTP?

[pausa] Tenho, tenho. Como tenho qualificações para ser presidente de várias empresas em vários ramos. A nível de direção-geral e de presidência, o que é preciso é saber liderar. As competências técnicas em conteúdos ou em realização, evidentemente não as tenho, mas soube reunir-me das pessoas certas para assegurar as diversas funções mais técnicas.

Sabe porque é que lhe fiz esta pergunta...

[sorriso] Sei. Pode haver várias razões. Logo na minha entrada, em setembro de 2012, a Comissão de Trabalhadores (CT) disse que eu não tinha competências para o cargo porque devia ter um conhecimento dos media. Acontece que passei com distinção no famoso teste da CReSAP [Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública] e fiquei muito contente com isso. Foram reconhecidas as minhas competências de gestão por quem as devia reconhecer. E agora mais recentemente fui acusado pelo ex-presidente da Associação de Produtores Independentes de Televisão (APIT) de não ter competências.

Não foi o ex-presidente. Ex-presidente é agora. Quando lhe fez essa crítica representava os produtores independentes...

É verdade, mas tive o conforto de ter vários produtores a ligarem-me no mesmo dia para dizerem que não concordavam com essa opinião. A questão foi colocada de forma tão absurda, deselegante e tão pessoal que não tem qualquer qualificação.

Os produtores dizem ainda que o seu perfil é inadequado "a qualquer tipo de missão de serviço público". De facto, olha-se para o seu currículo e vemos UniLever, Jerónimo Martins, Central de Cervejas, Heineken, tudo empresas privadas. É diferente gerir a coisa pública?

É, é muito diferente. Mas as pessoas precisam de ter a inteligência de se adaptar a isso. Se eu entrasse numa empresa privada com a pujança e a reputação da RTP, eu estaria claramente a pedir a liderança do mercado. Ora, eu não peço a liderança de audiências.

Porquê?

Estamos a falar da criação, agregação e distribuição de conteúdos, que são os objetivos principais da RTP, mas que têm de obedecer a parâmetros muito rígidos. Nomeadamente, os princípios do serviço público europeu, que são seis, e aos quais acrescentámos um sétimo, que fala da portugalidade global, que entendemos ser um dever nosso. A RTP tem como obrigação promover e proteger a língua portuguesa em todo o mundo. Temos de ser universalistas, temos de ter diversidade, temos de atender tanto ao público em geral como às minorias...

Já lá vamos. Mas ainda voltando atrás, percebe porque é que os produtores de televisão estão tão irados consigo?

[pausa] Percebo. Primeiro, porque nós de facto tivemos uma redução substancial de orçamento e tivemos de viver com ela. Segundo, porque passou a haver uma exigência muito grande no binómio qualidade/custo das encomendas que fazemos aos produtores.

A qualidade não era suficiente?

Havia casos em que a qualidade não satisfazia, é um facto.

Mas havia produtores que trabalhavam para a RTP que não tinham qualidade para o fazer?

Na generalidade não posso dizer isso, mas, sim, havia conteúdos cuja qualidade não era suficiente.

E que estavam em antena?

Estavam em antena, sim. Deixe-me dizer-lhe que eu sou o primeiro adepto de que a RTP deve privilegiar os produtores independentes, sejam portugueses sejam estrangeiros.

Segundo a tutela, a RTP deve ser um "dinamizador da produção audiovisual independente, no sentido da criação de um verdadeiro mercado generalista e independente do audiovisual". A RTP tem sido esse polo dinamizador?

Tem, acho que sim. Continuamos a ser esse polo dinamizador. A RTP continua a socorrer-se de produtoras independentes.

Mas não é verdade que a indefinição em redor do futuro da RTP no último ano e meio deixou muitos produtores independentes à beira do colapso?

[pausa] A RTP antes tinha orçamentos enormes, que podiam ir para custos de grelha. Já não tem. A RTP deixou de receber nos últimos dois anos cerca de 85 milhões de receitas provenientes do Orçamento do Estado. Foi preciso um processo de ajustamento. Esse processo faz-se sendo absolutamente criterioso naquilo que queremos oferecer às nossas audiências e naquilo que devemos oferecer, mas tem de ser feito de uma forma focada.

E não era, antes de cá chegar?

Havia muitos produtores que apresentavam os seus projetos, esses projetos eram comprados sem uma rigorosa avaliação da qualidade e isso teve de mudar. Temos de ser mais seletivos.

A RTP era uma espécie de Santa Casa da Misericórdia, é isso?

Acho que sim, é capaz de ser verdade.

Numa expressão pouco elegante, mas popular: acha que a RTP é uma teta que deixou de dar leite?

[sorriso] Oiça... a expressão é sua [risos] e é popular, mas sim, não está longe disso. A minha resposta à sua pergunta é sim. A sensação que existe é que a RTP tem de ser uma espécie de resgate, de tábua de salvação dos produtores independentes...

E não tem?

Temos a obrigação de fomentar esse mercado de produção independente. Temos de ter um papel regulador. Mas para ser um regulador da qualidade dos conteúdos, a RTP não pode deixar de ser exigente com os produtores.

Portanto, os produtores independentes podem ficar descansados porque a RTP vai ter trabalho para eles...

[pausa] A RTP vai oferecer a possibilidade de trabalharem para a RTP dentro de determinados parâmetros que somos nós que definimos.

E a RTP vai ter trabalho para todos ou só para os que não o criticaram publicamente?

Para todos sem exceção. Mesmo daqueles que me criticam eu recebi telefonemas de solidariedade, depois das acusações do presidente da Associação que, entretanto, se demitiu.

Demitiu-se depois de o presidente da Assembleia Geral da APIT, Jorge Marecos, responsável da SP Televisão, uma das principais produtoras a trabalhar para a RTP, se ter demitido...

Havia uma grande cisão no seio da APIT. Mas esse é um assunto que não me diz respeito. O que sei é que recebi muitos telefonemas.

E também fez alguns, não?

[pausa] ...

Sei que fez contactos com alguns produtores a perguntar-lhes se se reviam na orientação do seu presidente...

[pausa] Contactei alguns, sim. Fiz a coisa que seria mais normal: havendo uma acusação de incompetência, convidei todos a virem explicar-me em que é que eu era incompetente.

Mas, em alguns casos, foi o próprio presidente a pegar no telefone e a perguntar aos produtores. Não é uma coisa normal...

[longa pausa] O que eu lhes disse foi que, se tivessem dúvidas, podiam contactar-me para eu poder esclarecê-los.


"Vamos ter 204 milhões para gastar"

Disse há seis meses que a RTP precisa "no mínimo de 200 milhões de euros por ano para viver". O aumento da CAV [Contribuição para o Audiovisual, paga mensalmente na fatura da eletricidade] veio resolver os seus problemas, não veio?

A RTP vai ter 204 milhões para gastar. O aumento da CAV permitiu à RTP arrecadar mais cerca de 27 milhões. Arrecadar não, mitigou a perda de 45 milhões, que era aquilo que a empresa receberia de indemnização compensatória se ela entretanto não tivesse acabado. E esses 204 milhões vão ser gastos no reforço da qualidade de grelha e a fazer investimentos que são absolutamente necessários, como por exemplo, nas regiões autónomas, que têm de ser modernizadas.

Esses 204 milhões vão chegar?

Vão, se conseguirmos levar para a frente uma redução de custos que tem de ser na ordem de mais 30 milhões de euros.

Ainda no lado das receitas, todos os analistas que se têm pronunciado dizem que uma estimativa de 45 milhões de euros de receitas comerciais para a RTP é, mais do que otimista, irrealista. Acha que o mercado vai conseguir recuperar 13%?

[pausa] A receita de publicidade já foi revista.

É a que está inscrita no PDR [Plano de Desenvolvimento e Redimensionamento]...

Mas o PDR é uma linha, é um plano.

Então quais são as suas expectativas para 2014 de receitas publicitárias?

Uma expectativa prudente seria uma receita à volta dos 35/36 milhões de euros. É o que está inscrito no Orçamento do Estado.

É uma grande diferença em relação aos 45 milhões inicialmente previstos...

É um número mais realista. Talvez até conservador, mas é mais prudente, sim. Num mercado tão volátil como este, é prudente que sejamos conservadores. O País assistiu nestes últimos seis meses a uma recuperação económica assinalável. Os sinais da Europa são animadores mas ainda não conclusivos e temos de ser rigorosos e transparentes. Porque este dinheiro é dos contribuintes. Portanto, temos de dirigir esse dinheiro que os portugueses dão para conteúdos que tenham duas categorias: que sejam apreciados pelos portugueses, que sejam diferenciadores e inspiradores.


"Temos de ir ao encontro do que os portugueses querem ver"

E acha que a programação da RTP é inspiradora? É um exemplo?

Pode ser mais e vai ser mais. Temos de ir ao encontro do que os portugueses querem ver, mas também do que as minorias e a sociedade civil precisam.

Num momento como estes, ser rigoroso com o dinheiro dos contribuintes é comprar os direitos do Mundial de futebol do Brasil e não os partilhar com as privadas?

Nós já temos o acordo com um dos operadores de cabo [Sport TV]. E fizemos uma proposta aos operadores privados em sinal aberto. Foi uma proposta muito transparente...

... Transparente talvez tenha sido, mas os operadores privados não a consideram lá muito honesta. E recusam um leilão e ficar com uma parte do Mundial sem jogos de Portugal e com os de menor importância.

Os privados são livres de recusar a proposta.

E acusam a RTP de gerir mal os dinheiros públicos, por não repartir custos com os privados numa competição como esta.

Não aceitamos intromissões dos privados. Faz todo o sentido ser a RTP a televisão da seleção de Portugal. Todo o sentido. É um exclusivo nosso. Percebo o incómodo dos privados e compreendo o problema deles: eles não querem que a RTP tenha mais audiências ou que se afirme como uma força relevante na sociedade, porque isso lhes rouba quota de mercado e investimento publicitário.

Do que é que a RTP prescindiu para comprar o Mundial de futebol do Brasil e para renovar os direitos exclusivos da seleção até à fase de apuramento do Mundial de 2018?

[pausa] No plano, desde o início, estava incluído esse valor de futebol. E está incluída uma receita correspondente a esse valor de futebol.

Mas essa receita incluía uma amortização dos custos com uma negociação com as privadas...

[pausa] Incluía um valor de receitas de negociação, que vai ser cumprido e até ultrapassado.

Mesmo ficando a RTP a suportar todos os custos do Mundial...

Sim. E a ter a totalidade das receitas.

É um bom negócio, portanto.

Acho que é um bom negócio. Compensará, francamente. Podem as privadas tentar movimentar as influências que quiserem, mas a RTP não abdicará, em circunstância alguma, de passar os jogos da seleção de Portugal em exclusivo no sinal aberto.


"Temos de continuar a cortar em pessoal"

Para 2014 a expectativa de custos é de 180 milhões, o que corresponde a um decréscimo de 12% face a 2013. Em que é que ainda vai cortar mais?

[pausa] Tem de ser nos recursos humanos. Ou seja, nos custos com pessoal.

Em 2003 o grupo RTP tinha 2464 trabalhadores. Em 2009, tinha 2277. Em 2013 tinha cerca de 1800. Desde que abriu o processo de rescisões em abril do ano passado já saíram quantas pessoas?

Para cima de 200. Devem aproximar-se dos 230, 240.

Quantas é que ainda têm de sair?

Não lhe posso responder concretamente a essa pergunta. Sei apenas quanto tenho de cortar. Há várias maneiras de o fazer.

Mas que alternativas tem?

Há sempre a renegociação de regalias, à semelhança do que acontece noutras empresas. Se não conseguirmos reduzir nesses custos, sacrificaremos custos de grelha. E sacrificando nos custos de grelha, sacrificaremos a nossa oferta para os portugueses. Ou seja, deixaremos de lhes poder dar o que eles querem.

Já é a segunda vez nesta entrevista que fala no que os portugueses querem. Como é que tem tanta certeza do que é que os portugueses querem?

Nós fizemos um estudo muito completo e os portugueses pediram à RTP que se afirmasse mais, que não fosse tão metida consigo própria, que produzisse conteúdos de qualidade, que desse futebol.

E esse estudo diz que os os portugueses estão dispostos a pagar um serviço público de televisão?

[De pronto] Estão. Estão claramente dispostos a pagar um serviço público de televisão. Eles dizem até que pagam de boa vontade para ter uma RTP forte.

Não é isso que dizem nos fóruns de discussão pública. Que estudos são esses, afinal?

São estudos de mercado...

Mas são secretos?

Não, não são secretos.

Não acha que faz sentido a RTP publicitar os resultados desses estudos? Em nome da transparência entre o operador público de media e os espectadores...

[longa pausa] Mas publicitámos. Admito que possamos vir a ter de publicitá-los mais.

Digo-lhe com toda a franqueza: como jornalista gostaria de ter acesso a esse estudo. Não é à vossa interpretação do estudo, é ao estudo. Olhe, digo-lhe com sinceridade: gostava de analisar os resultados e publicá-los aqui na Notícias TV. Era um serviço público que prestava aos meus leitores...

[risos] Vamos a isso. Fica combinado.

O despedimento coletivo, que admitiu ser uma hipótese de último recurso, ainda é uma possibilidade ou já está afastada?

[pausa] É sempre uma possibilidade. Nunca pode ser colocado de parte por qualquer responsável de uma empresa.

Mas é público que saíram da RTP alguns quadros fundamentais. Dizem-me que há áreas da RTP que estão hoje completamente desguarnecidas. Tem essa noção? Admite ir ao mercado?

[longa pausa] Uma empresa quando faz um processo de redução de custos de pessoal faz sempre pela conta líquida. Temos profissionais a mais numas áreas e profissionais a menos noutras. Por exemplo, pode vir a ser necessário pessoal qualificado em novas tecnologias. É possível que tenhamos de ir ao mercado.

Se a RTP Informação for para a TDT, haverá menos despedimentos?

Pode acontecer, sim. A criação de um terceiro serviço de programas na TDT obrigaria a mais recursos e talvez reduzisse a necessidade de despedimentos.

Seria uma forma de tornar relevante um canal que tem vindo a perder força, importância e audiências?

Não sei se se podem colocar as coisas dessa forma, mas há uma coisa que não temos dúvida nenhuma: no cabo ou na TDT, a RTP Informação como está não faz sentido. Tem de ser relançada.

Mas uma coisa é relançar, e na TDT ganharia um novo fôlego, outra coisa é equacionar se faz sentido manter um canal informativo no cabo quando a SIC Notícias e a TVI24 dão bem conta do recado...

O canal informativo no cabo pode ser refeito de modo a continuar a ser importante tê-lo em atividade. Tem é de ser diferente do que fazem os outros.

Tem ideias?

Tenho ideias, mas não as quero revelar. Eu não dou orientações nenhumas sobre o que deve ser a informação da RTP.

Mas dá opiniões? Ou não?

[risos] Quando me pedem opinião, eu dou.

Espera que lha peçam ou é proativo?

[pausa] Sou proativo, mas friso sempre "isto é uma opinião".

E isso não condiciona?

Não, se for um diretor seguro e sabedor, não condiciona. É apenas uma opinião. Um bom diretor tem é de saber contribuir para os objetivos estratégicos da RTP.

É isso que pediu a José Manuel Portugal, o novo diretor de Informação da RTP?

Ele e todos os diretores da RTP sabem que, no âmbito das suas funções, têm de contribuir para os objetivos estratégicos da RTP.

Quantos mais canais é que a RTP quer ter na TDT?

A nossa prioridade é o canal de Informação. Depois, seguir-se-á o Memória. Não creio que exista espaço para muitos mais canais na TDT. E a RTP não deve beneficiar de um regime de privilégio em relação aos outros operadores.

E não beneficia?

Claro que não.

Se a RTP paga seis milhões por ano à PT para ter dois canais na TDT, passará a pagar mais seis milhões para ter mais dois?

Não, não, não. Espero que o incremento seja marginal. Grande parte dos custos da PT nesta matéria são fixos, portanto, não faria sentido que, por haver mais um canal, nos fosse imputado um valor estrutural.

As privadas acusam o Governo de estar a fazer o jogo da RTP no caso da TDT...

Recentemente, até tenho ouvido a crítica contrária. Que o Governo está a fazer o jogo dos privados ao protelar a decisão sobre a TDT.


"Membros do CGI não deveriam ser remunerados"

Diga-me lá: quantos trabalhadores é que é preciso despedir para pagar aos seis membros do Conselho Geral Independente [CGI, novo órgão que vai ser criado para nomear as administrações da RTP] que, é público, não é do seu agrado?

[pausa] Não sei qual vai ser a composição do CGI, nem tão-pouco se os seus membros vão ser pagos. Aliás, fiquei surpreendido com a notícia do DN [sexta-feira passada] de que eles poderiam vir a ser remunerados. Mas se forem remunerados, só lhe posso responder a essa pergunta quando conhecer a sua remuneração.

Acha normal que venham a ser remunerados, se essa for a intenção do Governo?

[pausa] Penso que não deveriam ser remunerados. Acho que é uma missão que determinadas pessoas vão ter na sociedade e que deve ser encarada como causa pública.

Mas porque é que não é do seu agrado esta ideia do ministro Poiares Maduro de criar o CGI? Acha que é ineficaz? Que não faz sentido? Que lhe limita os poderes?

[pausa] Vou ser ouvido no dia 12 de fevereiro na Assembleia da República. É lá que, depois ainda de algum diálogo que terei de ter com o senhor ministro, eu devo pronunciar-me. Não vou pronunciar-me sobre os estatutos aqui.

Escreveu um artigo de opinião muito crítico e sei que escreveu também ao ministro Poiares Maduro a opor-se a este "conselho de sábios". O que é que lhe disse?

[pausa] Não, não escrevi diretamente, mas tive reuniões com o ministro. Temos várias formas de falar: umas vezes publicamente, outras vezes por memorandos, o que é absolutamente normal. Quando se trata de coisas formais, fazemo-lo por escrito. Temos reuniões regulares. Praticamente uma vez por semana.

Se não concorda com a decisão, que ainda por cima é uma das bandeiras da tutela, porque é que não se demite?

É ao acionista que compete escolher o modelo de governo da empresa. O Governo optou por este modelo, o Conselho Geral Independente, e há duas possibilidades: ou nós entendemos que isso fere o contrato inicial que tínhamos quando fomos nomeados, e nesse caso, teríamos de nos demitir, ou então, como entendemos que ainda há uma possibilidade, mesmo não estando em total sintonia, de fazermos o nosso trabalho, não nos demitimos. É o caso.

Portanto, apesar de discordar dele, acha que este CGI não fere o contrato que estabeleceu com a tutela quando foi nomeado...

Acho que há possibilidade desse contrato não ser ferido. Mas cito aqui algo que o Dr. Azeredo Lopes disse recentemente no Prós e Contras da RTP: "Isto vai ser como uma melancia, só depois de aberta é que vai ver."

Vamos então começar a abri-la...

Vamos entrar no terreno da especulação.

Faz ideia que pessoas ou que perfil de pessoas podem integrar este conselho?

Não faço a mínima ideia. Espero que sejam pessoas de facto reconhecidas como independentes. Portanto, que não tenham estado ligadas à RTP, que não tenham ligações conhecidas a partidos políticos, que sejam independentes. Você perguntar-me-á: esse animal existe?

É uma boa forma de lhe fazer a pergunta...

[sorriso e longa pausa] De repente, de repente, não me ocorre nenhum nome [gargalhada].

Faz-lhe confusão ter de passar a prestar contas a seis pessoas em vez de à tutela?

Essas seis pessoas vão comportar-se como um órgão. Continuo a prestar contas à tutela, neste caso às Finanças. As contas que eu prestava ao ministro Poiares Maduro passarei a prestar a um conselho geral independente.

Acha que a RTP será mais independente por causa disso, como defende o ministro?

Enquanto eu estive aqui, desde setembro de 2012, não tive nem uma tentativa de governamentalização. Digo-lhe com toda a sinceridade, dou-lhe a minha palavra de honra.

Não vale a pena dar-ma, também não estava à espera que viesse aqui dizer-me o contrário [risos]...

... mas é a verdade. Não tive mesmo. Claro que não lhe diria o contrário, se fosse o caso, como é evidente. Mas não tive mesmo. Por isso, ao dizer-se que o CGI vai tornar a RTP mais independente parte-se de uma ideia errada: que a RTP não o é. Essa perceção pública de governamentalização é perigosa. Não há qualquer governamentalização. Aliás, tenho recebido ecos de muita gente que me tem dito que nós até estamos a dar muito espaço à oposição. Que nunca damos boas notícias para o Governo.

Nem sei o que seja isso de "boas notícias para o Governo", mas acredito que não seja ninguém da oposição a dizer-lhe isso...

[risos] Não, mas de facto, não há qualquer favorecimento do Governo a nível informativo.


"Externalização pode fazer poupar cinco ou seis milhões"

A externalização de serviços, como a produção, pode render à empresa quanto?

[pausa] Tenderá a poupar cerca de cinco ou seis milhões de euros por ano.

E a venda da RTP Meios de Produção?

Isso não está propriamente previsto até porque o negócio não se sabe se vai ser feito. A única coisa que sabemos é que se houver uma externalização da produção de conteúdos de entretenimento haverá uma poupança de cerca de cinco a seis milhões.

E há que distinguir entre a produção de programas de fluxo ou de stock...

Sim, mas o que é que a RTP faz de fluxo? Faz a Praça da Alegria, faz o Portugal no Coração, faz o Aqui Portugal e não faz muito mais. A verdade é que hoje em dia existem empresas especializadas nesta matéria que podem fornecer com menor custo programas de qualidade.

Mas a externalização de produção levará inevitavelmente à venda da RTP Meios?

Pode acontecer, mas não é obrigatório.

A SP Televisão já manifestou que está interessada na eventual venda da Meios de Produção. Parece-lhe um bom parceiro?

Sim, a SP Televisão é uma empresa com alta qualidade. O que interessa à RTP é que a venda ou a contratação mais ampla de um produtor não coloque em causa a nossa relação com os outros produtores.

E não colocará? Por exemplo, se for a SP Televisão a comprar, é natural que tudo o que seja ficção seja feita pela SP e não por outros produtores. Pode ser um excelente negócio para a SP mas um péssimo negócio para os outros produtores...

Mas a SP Televisão não é o único interessado.

Sim, fala-se da Coral...

Sim, e outros.

Acha que a posição que a SP Televisão tomou na recente polémica com a APIT [a demissão de Jorge Marecos da assembleia geral, que fez cair a direção de António Borga] foi já uma manobra de aproximação?

Acho que isso é má-língua.

Mas a RTP viu esse distanciamento de Jorge Marecos com bons olhos, não?

Vimos com bons olhos a decisão do Jorge Marecos, como vimos com bons olhos a decisão da Valentim de Carvalho, como vimos com bons olhos a decisão da Fremantle. Todas se demarcaram do presidente da APIT.

Não é surpreendente, são todas grandes produtoras que trabalham com a RTP e que lhes executam formatos...

Mas não foram só as grandes produtoras que trabalham connosco que se demarcaram. A Duvideo não é uma grande produtora e o seu presidente ligou-me a manifestar solidariedade. Olhe, o próprio Nuno Artur Silva, que como se sabe é um crítico da RTP, continua a produzir para a RTP e sempre que promove qualidade produz para nós.

Sempre que promove qualidade?

Sim, sempre que as Produções Fictícias promovem qualidade, produzem para nós.

Não promovem sempre?

[pausa] Nem sempre, comprovadamente.

Foi por isso que tirou do ar Breviário Biltre, por exemplo?

Sim, por exemplo, era um produto com muito pouca qualidade. Tanto que teve de ser retirado da grelha. No humor é preciso uma reinvenção em Portugal. É das coisas mais difíceis de fazer. E é preciso que não se caia na tentação do humor fácil ou do humor que se fazia. Nós temos obrigação de procurar novos talentos, novas criatividades, novas formas de pensar o humor.


Herman José e as audiências

O presidente também acha que Herman José tem de se reinventar?

[pausa] O Herman, ele próprio, tem vontade de se relançar. E a RTP tem vontade de o ter a trabalhar para si.

Vontade de se relançar com 40 anos de carreira? O que é que isso quer dizer?

Eu compreendo que os talk shows pudessem ser uma hipótese de carreira para o Herman José, mas neste momento não é.

Porque a RTP não renovou mais uma temporada de um talk show em que, se bem me recordo, o presidente até foi convidado...

O talk show do Herman José já não fazia sentido da forma como estava.

Mas sente que já não havia uma identificação entre o programa e os portugueses?

Todo o programa tem o seu ciclo de vida. Gostaria muito que o Herman José continuasse a trabalhar na RTP e tenho grande confiança de que isso venha a acontecer.

Por falar em confiança, a RTP tem prometido ter 22% de quota de mercado em janeiro de 2015. Atualmente, tem 16,5 (14,6 na RTP1+1,9 na RTP2). Acha que é possível chegar aos 22% dentro de um ano?

Acho que sim, é perfeitamente possível. No espaço de um ano subimos três ou quatro pontos. Agora basta...

... pelas suas contas "bastam" 5,5 pontos.

Mas é possível, acreditamos nisso.

Disse numa entrevista ao Dinheiro Vivo que a sua equipa "já conseguiu milagres mais milagrosos do que esse". Acha que só um milagre o permitirá chegar aos 22%?

[sorriso] Não, não é bem um milagre. Parece um milagre. Este milagre é entre aspas. Há um programa de grelha definido, há uma política de informação e entretenimento que está definida e, portanto, acho que isso vai traduzir-se numa atitude linear de exibição que será do agrado dos portugueses. Esse valor não surge por acaso. É o valor de relevância para a RTP.

Não acha que estabelecer uma meta como essa é assumir publicamente que a RTP tem como desígnio a luta pelas audiências?

[pausa] A RTP tem de lutar pelas audiências. Se não as tiver é irrelevante.

A RTP só é relevante com 22% de quota de mercado?

Na soma dos dois canais, sim.

Portanto, 22% é o rendimento mínimo garantido da RTP. Sem isso, não sobrevive. É isso?

(gargalhada) Se quiser ir por aí, tudo bem. Mas não fazemos isso por razões comerciais. Fazemo-lo porque entendemos que dois canais que tenham juntos menos de 22% de audiência não são relevantes e, logo, não são sustentáveis com esta estrutura. O serviço público tem de chegar às pessoas.

Mas ao colocar uma fasquia não está a dizer "Nós vamos chegar lá e, portanto, faremos tudo para lá chegar"?

Nada disso. Depende de como lá chegarmos.

Bom, para já o que se percebe é que estão a horizontalizar as grelhas, como fazem as privadas. É mais barato, já se sabe, e dá mais audiências, já se percebeu. Mas faz sentido que uma televisão pública o faça?

[pausa] A produção de stock da RTP continua.

Continua, sobretudo ao fim de semana. Durante a semana é uma produção de fluxo, completamente horizontal, quase igual de segunda a sexta-feira: talk show, jornal, novela, talk show, informativo, concurso, jornal, série/novela, concurso, 5 para a Meia-Noite...

Sim é verdade. Mas também temos stock.

As privadas também têm stock ao sábado e ao domingo.

Mas onde é que a gente se diferencia? Diferencia-se no tipo de conteúdo que oferecemos. Podíamos ceder à tentação das telenovelas.

Também as tem: uma ao almoço e uma série "arraçada de novela" ao jantar [risos].

É uma série com determinadas características, uma série que até é mais cara do que uma novela, que apela a determinados princípios, a uma certa portugalidade, que está inscrita na nossa matriz, e com laivos didáticos, com o regresso a uma certa inocência. Há diferenças. E há diferenças na forma da grelha: nós não temos telenovela às sete, telejornal até às nove e meia e depois telenovela às dez, telenovela às 11 e telenovela às 12. Temos de ser diferentes, temos de ser inovadores e, no futuro, temos de ter mais criação feita em Portugal com autores portugueses. Deixe-me dar um exemplo, o Chef's Academy...

... ora, ainda bem que me falou do Chef's Academy, ainda por cima porque ainda há pouco me dizia que a RTP tem de defender a portugalidade e proteger a língua. É assim que se defende a língua, com programas chamados Chef's Academy ou The Voice Portugal?

[pausa] O Chef's Academy tem um nome em inglês porque nós queremos vendê-lo lá fora.

E acha que a RTP vai vender lá fora um programa num segmento onde há dezenas de formatos do mesmo género feitos com mais dinheiro do que cá?

Acho que sim. Acredito piamente nisso. E acredito com fundamentadas razões. Quanto ao The Voice Portugal, seguimos apenas uma recomendação do serviço público europeu. Em muitos países existe o The Voice, sempre exibido em estações públicas, e portanto decidimos todos uniformizar o critério. A afirmação da língua portuguesa faz-se sobretudo através do serviço internacional. E para promover Portugal e os produtos de Portugal, as pessoas às vezes têm de pôr os nomes em inglês, que é hoje uma língua universal e que toda a gente compreende.

Ok, nessa linha de raciocínio, já sei que não gosta do Secret Story (e não a Casa dos Segredos) e que gosta do X Factor (e não do Factor X). Que outros programas das privadas gosta?

[gargalhada] Deixe-me pensar um bocadinho [pausa]. Gosto do futebol que transmitem.

Do soccer, quer dizer...

[risos] Não, futebol. Você é mesmo provocador... Gosto do Factor X, como é público [pausa] e gosto de alguns dos serviços informativos sobretudo na SIC Notícias. De resto, o que vejo de televisão na concorrência é por obrigação e vejo alguma ficção e programas culturais.

Tem paciência para seguir uma novela?

Não tenho muito tempo, mas olhe, segui com muita atenção aquela novela brasileira da SIC, a Avenida Brasil. O resto não sigo muito.


"A RTP Porto não vai ser esvaziada"

Há um ano a RTP mudou para Lisboa dois programas estruturais da sua grelha: a Praça da Alegria e o Portugal no Coração, que já tinha vindo uns meses antes. O Centro de Produção do Porto não era competente para produzir os dois programas ou foi uma questão de custos?

Era, mas foi uma questão de redução de custos. Produzir em Lisboa tem outra escala e baixa os custos. Mas temos progressivamente canalizado o Porto para o núcleo da RTP2.

Sim, na altura, prometeu que a RTP2 passaria a ser totalmente feita no Porto. Passado um ano, há apenas o Sociedade Civil.

Mas olhe que a taxa de ocupação aumentou.

Pois, isso não sei, mas sei o que está em grelha. O único programa estrutural da RTP2 que está a ser feito no Porto é o Sociedade Civil, com a Eduarda Maio.

[pausa] No entretenimento, de facto, temos poucos, mas agora com a nova grelha da RTP2 isso vai ser corrigido. O Porto deverá ser cada vez mais o centro de programação da RTP2.

Mas há um ano, os profissionais do Porto já ouviram isso. E o que eles sentem, um ano depois, é que isso é apenas conversa para os manter serenos...

[risos] Eu compreendo que eles sintam isso. E compreendo que não tenham dado a devida atenção ao progressivo aumento da taxa de ocupação do Porto. Além disso, as coisas não se conseguem fazer de um dia para o outro.

Há três anos, a RTP2 era vista por 5% dos espectadores, uma media de 75 mil portugueses por dia. Hoje são 1,9%, cerca de metade. Quando diz que quer uma RTP2 que regresse "aos bons velhos tempos", como acha que isso pode ser alcançado?

A RTP2 sofreu uma concorrência muito mais direta do cabo. Programas infantis, documentários, séries de ficção, etc. Faz parte do relançamento da RTP2 dizer às pessoas que já têm ali, em sinal aberto, conteúdos pelos quais já pagam 2,65 euros por lar, conteúdos de altíssima qualidade. Não sei se voltaremos a chegar aos 5%, talvez não, mas a RTP2 não se esgota só nas audiências. Tem de atender às minorias, ao desporto amador, ao conhecimento científico e à cultura.

Mas isso não é de agora. A RTP2 já fazia isso nos "bons velhos tempos"...

Certo, mas a RTP2 foi a que mais sofreu com a concorrência do cabo. E também, temos de reconhecer, que a RTP2 sofreu um corte orçamental severo.

Que levou de resto o diretor Jorge Wemans a bater com a porta...

Pois, mas contra factos não há argumentos. Tínhamos de fazer aquilo. Mas tive pena de o ver partir. O Jorge Wemans é uma pessoa extremamente culta que prestou um bom serviço à RTP2 e à RTP.

Uma das marcas diferenciadoras da RTP era ter uma linha de programas informativos não diários a seguir ao Telejornal, com debate, entrevista, media reportagem, grande reportagem e investigação. Ora, a anterior direção de informação acabou com isso. Não acha que foi uma cedência às audiências?

[pausa] Nós mantivemos essa linha à segunda, à sexta e ao domingo.

O Prós e Contras não é a seguir ao Telejornal, é às 11 da noite. O que havia à segunda-feira era o Termómetro Político, que passou para a RTP Informação. Tal como a Grande Entrevista, O Nosso Tempo ou o Linha da Frente, que desapareceu.

Sim, mas não foi uma cedência, foi uma necessidade de reformulação da grelha.

E de horizontalizar a grelha...

Sim, é verdade.

Horizontalizar a grelha tem dois objetivos: baixar custos e aumentar audiências.

É uma necessidade que a RTP tem de ter.

Não será antes uma necessidade que qualquer televisão tem de ter quando precisa de lutar pelas audiências?

É uma necessidade que qualquer televisão tem de ter quando quer ser relevante. E é assim também com o serviço público de televisão. Desprezarmos as audiências é a maior estupidez que podemos fazer.

Paulo Ferreira foi vítima dessa pressão?

Não, Paulo Ferreira saiu por vontade própria porque, entre dois projetos que tinha, preferiu deixar o de diretor de Informação e ser o coordenador do núcleo de inovação e criatividade na área da Informação. Uma função importantíssima para o futuro da RTP.

Longe de mim menorizar a importância das novas funções de Paulo Ferreira, mas isso não é uma espécie de chuto para cima, tipo "vais para ali, tens uma vida mais calma e não causas tantos problemas"?

[sorriso] Nada disso. Não é uma prateleira dourada. Dourada não é porque não vai ganhar mais. Prateleira não é porque vai ter de trabalhar muito. Aliás, já está a trabalhar.

É correto dizer que Paulo Ferreira não resistiu à contestação interna e à retirada da confiança da sua própria redação?

Bem, ele perdeu a confiança de um conselho de redação que, entretanto, se demitiu.

E?

Portanto, não era isso que o devia apoquentar. Enquanto diretor, nunca perdeu a confiança do conselho de administração. Esta decisão de sair foi uma opção própria que ele tomou. Foi uma escolha dele. E que eu compreendo bem.

Sabe o que é que parece? Daquelas remodelações governamentais em que o primeiro-ministro exonera um ministro, agradece-lhe muito o seu trabalho e depois alguém lhe arranja uma colocação numa empresa como consultor ou como embaixador no estrangeiro. Enfim, longe da vista, longe do coração...

[sorriso] Mas olhe que não, olhe que não. Pode parecer isso, mas a realidade é bem diferente.


O CASO NUNO SANTOS

"Há tempo para falar e para o silêncio. Este é o tempo do silêncio"

Quanto é que vai custar à RTP o acordo com Nuno Santos?

[sorriso] Não me pronuncio sobre o acordo com o Nuno Santos. Ambas as partes limitam-se ao comunicado que foi divulgado.

Faço-lhe a pergunta de outra forma: quanto é que os portugueses vão pagar?

[sorriso] Não adianto nada. Há um tempo para falar e um tempo para o silêncio. Este é o tempo do silêncio.

Percebo as suas respostas, mas presumo que perceba a minha insistência. Despedir Nuno Santos em março por justa causa foi um mau ato de gestão?

[sorriso] Foi uma decisão tomada na altura própria e este acordo foi tomado nesta altura pelas razões que são conhecidas.

Sente-se responsável pela decisão tomada em março?

A decisão tomada em março foi a decisão certa. A decisão tomada agora também.

Como é que é possível dizer isso, se uma anula a outra, no sentido em que reconhece que o antigo diretor de Informação teve um comportamento jornalística e deontologicamente correto?

Não, não. O que está no comunicado é que o Nuno Santos sempre foi um profissional correto, zeloso e que cumpriu as suas obrigações deontológicas. Achamos que é um bom acordo e não tenho dúvidas de que para a RTP foi o melhor acordo, dentro das circunstâncias.

Mas se chegar a acordo foi o melhor que a RTP podia ter feito, porque é que não o fez antes? Em nenhum momento achou que esse caminho do acordo era o que fazia mais sentido?

O caso Nuno Santos é o caso que foi falado e houve um momento para falar dele. Este é o momento do silêncio.

Na altura do despedimento a tutela era representada por Miguel Relvas. A tutela teve alguma intervenção no despedimento de Nuno Santos, em março?

Não.

E depois da saída de Relvas, falou com Poiares Maduro sobre este processo?

Não.

Comunicou antecipadamente à tutela o acordo com Nuno Santos na véspera do arranque do julgamento?

Não.

Nunca conversou com Poiares Maduro sobre este assunto?

Nem tinha de conversar.

Se soubesse o que sabe hoje teria feito da mesma forma?

[sorriso] Percebo a sua insistência, respeito, mas repito: Este é o tempo do silêncio.

Para lá dos prejuízos financeiros, a RTP perdeu um bom quadro?

Este é o tempo do silêncio [sorriso].

Quem é que autorizou a entrada das autoridades naquele fatídico dia na RTP para ver os brutos das imagens da greve geral?

Não era o processo que estava em causa.

Não é uma coisa que o preocupe? Apurar toda a verdade?

E foi apurada a verdade. Desculpe, mas está a confundir processos.

Estou? Então porquê?

O processo que estava em causa e que agora foi resolvido não tem nada que ver com o processo dos chamados brutos.

Um é a sequência do outro. A RTP fez um inquérito interno e concluiu que tinha sido Nuno Santos a autorizar a entrada das autoridades na empresa. Nuno Santos disse sempre que não tinha sido. Disse-o nos locais próprios, entre os quais a Assembleia da República. Seguiu-se uma troca de argumentos públicos, a perda de confiança dele no presidente da RTP e tudo o mais que se prolongou durante meses e que levou ao despedimento com justa causa. Onde é que estou a confundir processos, se um decorre do outro?

Nunca a RTP pôs um processo disciplinar ao Nuno Santos pela questão dos brutos. Nessa altura ele demitiu-se. O processo disciplinar que lhe foi movido foi pela conduta enquanto profissional da casa e por causa do teor das suas declarações contra o presidente do conselho de administração.

O presidente da RTP continua a achar que foi Nuno Santos quem deu autorização às autoridades para entrarem na redação e ver as imagens da manifestação?

(pausa) Chegados a este acordo, não devo e não quero tecer mais considerações sobre este processo.

Mas o senhor é que me disse que são dois processos e que não quer falar sobre este processo. Eu estou a falar-lhe sobre o outro, o anterior. Desse fala...

[risos] Não, desse também não falo.

Este acordo é uma derrota pessoal sua?

Acho que é uma prova que a RTP sabe respeitar aquilo que a cada momento considera ser os interesses da empresa. Portanto, não considero uma derrota minha. Enfim, há quem considere, é natural.


OS ORDENADOS NA EMPRESA

"José Rodrigues dos Santos é um ativo da RTP mas não é uma vaca sagrada"

Acha que os portugueses estão dispostos a suportar que a RTP continue a pagar ordenados de 18 e 15 mil euros aos seus melhores profissionais?

Isso é um terreno escorregadio.

Eu sei, porque resvala rapidamente para a demagogia e para a injustiça de comparar ordenados, sendo certo que as grandes figuras da RTP ganham bastante menos do que as grandes figuras das privadas.

Sim, é isso mesmo, acho que faz uma leitura correta do tema. Mas respondendo à sua questão, digo-lhe que os cidadãos portugueses querem uma RTP menos cinzenta, com mais glamour, mais próxima deles, com estrelas com quem eles se identifiquem. Os portugueses não querem uma RTP sonsa e cinzenta. Ora, um apresentador, um profissional do entretenimento vive num mercado. E nós temos estrelas com quem os portugueses se identificam.

Mas normalmente esses ordenados são apontados, nos fóruns de discussão e em alguma imprensa, como um exemplo do despesismo da RTP.

Sim, mas até isso é injusto. Porque essas figuras em concreto, e outros profissionais da RTP, tiveram um corte médio nos últimos anos de cerca de 30%, o que é penoso para os próprios.

Acha que a RTP é um alvo fácil para as privadas? É fácil vir aqui buscar as estrelas?

Sim, claro que é um alvo mais fácil. Não tenho dúvidas. Mas eu refuto completamente essa ideia de que a RTP não deve pagar salários desse nível. Tudo é relativo. E não se pode pedir a todas as pessoas que vivam em espírito de missão, como se pede, por exemplo, ao conselho de administração da RTP. O que nós ganhamos é aquilo que um gestor não ganha em qualquer outra empresa privada.

Está em espírito de missão na RTP?

Estou, claro. Isto é um espírito de missão. Para ser presidente do Conselho de Administração da RTP, ou integrar a administração, é preciso ter três qualidades fundamentais: ter a paciência de um chinês, ter a resiliência de um mineiro chileno e ter o sentido de humor de um Churchill.

Não teme ficar soterrado, como o mineiro chileno?

[risos] Não. Às vezes, sinto-me soterrado, mas tenho a resiliência suficiente, como eles tiveram, para aguentar e ver a luz.

Estávamos a falar de ordenados das chamadas estrelas do entretenimento. Mas os dos profissionais da RTP, por serem dos quadros, foram ainda mais atingidos, porque integrando a função pública, foram duplamente atingidos. Não foi fácil negociar com alguns profissionais da casa.

[pausa] É verdade que há casos mais difíceis do que outros.

É público que José Rodrigues dos Santos foi um desses casos. Aliás, o presidente chegou a dizer ao DN que "teria muita pena se isso acontecesse, mas se José Rodrigues dos Santos tiver de sair da RTP sairá".

[pausa] O José Rodrigues dos Santos é um ativo da RTP. Que, no entanto, terá, como todos os ativos, de sofrer os ajustamentos sempre que eles forem necessários.

Mas uma frase dessas, dita a um jornal, como foi o caso, é o quê? Um aviso interno à navegação ou uma forma de pressionar o profissional que está a negociar?

[pausa] Nem uma coisa nem outra. É apenas dizer que aqui na RTP não há... não há...

... vacas sagradas?

Sim, vacas sagradas. O que há é a necessidade de pagar às pessoas na lógica da contenção de uma empresa como a RTP. Nunca podemos fugir disso e não pode haver exceções. Nem vacas sagradas, para utilizar uma expressão sua.

José Rodrigues dos Santos não é uma vaca sagrada?

Não, não é uma vaca sagrada da RTP.

Há quem considere que aquela sua frase foi de alguma insensibilidade e até ingratidão, porque terá vulgarizado um ativo como ele...

[pausa] Quando há uma mudança de regras, se não há vontade das pessoas de ficar e aceitar essas regras, então não têm mais nada a fazer do que ir embora.

A perda do mais emblemático pivô da estação seria difícil de gerir?

Sim, acho que sim. Temos de ter todo o cuidado com isso, naturalmente.

Mesmo sabendo que Rodrigues dos Santos não é um profissional consensual na RTP? Há quem alegue que a sua produtividade é reduzida, que ele não cumpre horários, que se limita apenas a ser o rosto do Telejornal. Conhece esta questão?

Conheço. Já oiço falar dela há muito tempo [gargalhada]. Mas confesso que não me tem preocupado muito. Não há ninguém na RTP que seja consensual. O que se pede ao José Rodrigues dos Santos é o mesmo que se pede a outro profissional: é que faça o seu trabalho bem feito e de uma forma profissional. Eu imponho regras gerais, depois os diretores é que têm de fazer cumprir essas regras.

Mas porque é que esta polémica se arrasta há tanto tempo?

[risos] As pessoas às vezes tornam-se famosas, por várias atividades - e no caso do Rodrigues dos Santos não é só pela apresentação do Telejornal...

José Rodrigues dos Santos é escritor?

Sim, é um bom escritor.

E acha, portanto, que é alvo de invejas dentro da RTP.

Pode ser, pode ser. Não conheço nenhuma posição em concreto que possa dizer que é inveja, mas que admito essa hipótese, admito. Pode haver uma certa inveja em algumas pessoas, não sei.


"O CRISTIANO RONALDO DA TV É O DR. BALSEMÃO"

Sei que é sportinguista. Ferrenho?

Sou sportinguista, mas não diria que sou ferrenho. Aliás, vou muito poucas vezes ao estádio. Mas fico muito contente quando o Sporting ganha. E não sofro com os males do Sporting.

Este ano é que é?

Este ano, acho que o Sporting está melhor. Vou fazer-lhe um prognóstico: vai ficar entre o segundo e o terceiro lugares [risos].

Caramba, isso é que é fé na sua equipa...

[risos] Está a ver? Sou realista. Será ainda assim melhor do que nos últimos anos. Eu acredito numa versão darwiniana do futebol. Agora, devo dizer-lhe que Bruno Carvalho está a revelar-se um excelente presidente, com coragem para tomar as decisões que achou que devia tomar. Num certo sentido, é um homem inspirador.

E Paulo Bento pode levar-nos até onde no Mundial do Brasil?

[pausa] Acho que nos vai levar à final.

Acredita mesmo nisso ou está já a pensar nos 80% de share que a RTP1 vai ter com a transmissão da final?

[gargalhada] Acredito mesmo. Esta seleção tem uma característica: nos momentos vitais consegue exceder-se.

A seleção ou o Cristiano Ronaldo?

Acho que é a seleção. Mesmo no último Suécia-Portugal, se não fossem dois passes magistrais do João Moutinho, o Cristiano Ronaldo não teria marcado aqueles golos. É verdade que tem havido uma certa inconstância, mas acho que a vontade de vencer vai prevalecer.

Quem é o Cristiano Ronaldo da televisão portuguesa?

[pausa] Acho que na RTP temos vários Ronaldos que...

... Não, não, não. Não comece já com uma resposta redondinha, politicamente correta. Isso nem é seu. Quem é o Cristiano Ronaldo da televisão portuguesa?

[gargalhada e longa pausa] O Cristiano Ronaldo da televisão portuguesa é... [pensativo] olhe, por incrível que pareça, pode ainda ser o Dr. Francisco Pinto Balsemão. É isso mesmo, é essa grande figura de empresário que é o Dr. Balsemão, que tem sabido gerir muito bem a SIC.


"QUEREMOS REACENDER A DIGNIDADE DA RTP"

Gerir a RTP está a ser mais complicado do que esperava?

Está a ser um grande desafio, e maior do que eu esperava. Porque é um trabalho enorme de fazer reacender a dignidade da RTP. É isso que queremos.

O que é que mais o surpreendeu?

[pausa] A diversidade cultural dentro da empresa. A RTP tem pessoas de todos os tipos e feitios. São várias empresas dentro de uma empresa. Temos feito um esforço para homogeneizar essa empresa.

É possível ter paz social numa empresa como esta, que tem mais de 20 sindicatos, uma comissão de trabalhadores particularmente ativa?

São coisas de natureza diferente. A Comissão de Trabalhadores é altamente politizada e nota-se que o interesse político se sobrepõe ao interesse da empresa. Os sindicatos, não. Os sindicatos estão a fazer uma defesa genuína dos seus interesses.

Mas o melhor da RTP continuam a ser as pessoas? É o seu principal ativo?

Sim, continuam. Há aqui jovens de extraordinário talento que tem de ser aproveitado. Aquilo que me preocupa na RTP, e agora vou ser completamente franco, é que continuo a ver o trigo e o joio. Continuo a ver na RTP profissionais que trabalham 13 e 14 horas por dia e continua a haver na RTP profissionais que não trabalham puto.

Desculpe?

É isso mesmo, estou a ser muito franco. Há gente na RTP que não trabalha puto. E não sou eu que o digo, são os próprios colegas dessas pessoas, que eu não vou identificar, naturalmente, mas que estão identificadas, que o dizem. E isso é uma situação que tem de ser corrigida e vai ser corrigida através de uma avaliação que vai ser feita.

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Mensagem por Jnpc Dom 2 Fev 2014 - 16:52

DN escreveu:Trabalhadores da RTP têm vergonha de Alberto da Ponte

A Comissão de Trabalhadores da Rádio Televisão Portuguesa reage com desagrado às declarações do presidente da estação pública que afirmou à publicação do DN e JN que "Há gente na RTP que não faz puto"

A Comissão de Trabalhadores da Rádio Televisão Portuguesa (RTP) emitiu, esta sexta-feira, um comunicado em reação às declarações de Alberto da Ponte, presidente da estação pública, dadas à Notícias TV, acusando que Alberto da Ponte "falta à verdade".

Em comunicado, intitulado de "Lamentável", os representantes dos trabalhadores da RTP afirmam que "Depois de dizer que a RTP precisa de sossego e de não estar permanentemente nas páginas dos jornais, encarrega-se ele próprio de o fazer, numa estratégia que apenas revela sede de protagonismo mas que utiliza uma estratégia de comunicação ultrapassada e trauliteira de muito mau gosto".

A Comissão de Trabalhadores critica ainda o discurso de Alberto da Ponte defendendo que "a um gestor de uma empresa pública tão escrutinada como a RTP é exigido um mínimo de decoro e pudor, características indispensáveis que Alberto da Ponte já deu bastas provas de nunca ter ouvido falar".

A Comissão de Trabalhadores de Rádio e Televisão afasta, porém, a tomada de posição com um pedido de demissão. "Nem sequer pedimos a demissão de Alberto da Ponte. O presidente do CA, como qualquer ponte de alicerces frágeis, um dia vai cair. Dizemos apenas que gostaríamos de ver o Serviço Público de Rádio e Televisão servido por alguém de referência na gestão de um bem que é de todos os portugueses. Se o país quer um Serviço Público de excelência que seja referência nos órgãos de comunicação em Portugal, terá que ter gestores de excelência".

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Mensagem por Jnpc Qua 5 Fev 2014 - 19:28

Zapping escreveu:5i: RTP1 desvenda campanha enigmática de «A Minha Primeira Vez» [vídeo]

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

A RTP – Rádio e Televisão de Portugal – apresentou hoje no Pátio da Galé, em Lisboa, às 17H00, a marca 5i, a primeira aplicação de second screen da televisão portuguesa.

É uma nova e revolucionária forma de ver televisão, e a primeira vez é com a RTP. São aplicações móveis interativas que, através do smartphone ou tablet, possibilitam a participação direta do espetador no seu programa favorito.

A ideia é que, ao mesmo tempo que o utilizador esteja a ver o seu programa preferido, um smartphone ou tablet seja utilizado com a aplicação 5i para que seja possível receber informação adicional sobre o programa, consultar mais informações ou até enviar uma pergunta para que o entrevistado responda. Isto, dependendo do programa em questão, claro.

Um dos programas que já possui suporte para a aplicação é o “5 Para a Meia-Noite” – Android e iOS, em que os espetadores acabam por se tornar em co-apresentadores.

Está assim revelada a campanha enigmática de «A Minha Primeira Vez».


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Mensagem por Jnpc Seg 10 Fev 2014 - 13:03

CM escreveu:Serviço Público: Arquivo fica com a RTP

Governo negoceia uma solução após pagar 150 milhões de euros.

O arquivo audiovisual da RTP deverá permanecer na empresa pública, apesar do Estado ter pago 150 milhões de euros por este espólio.

"Está a ser negociada uma solução para a questão do arquivo histórico da RTP que assegure, por um lado, que o Estado fique com a propriedade desse arquivo e, por outro, que a RTP fique depositária do arquivo, com direitos de utilização e sujeita às obrigações, designadamente, de conservação, atualização e organização, previstas no Contrato de Concessão", revelou ao CM fonte oficial do gabinete do ministro Miguel Poiares Maduro.

Desta forma, o arquivo deverá permanecer fisicamente na RTP, ficando apenas por esclarecer se os seus funcionários, custos e receitas são imputados à empresa pública ou ao Estado.

A solução que está a ser negociada, acrescenta a mesma fonte, já está enquadrada pelo "novo modelo de financiamento da RTP e pelo novo Contrato de Concessão, de revisão do Acordo de Reestruturação Financeira da RTP de 2003 (que vigora até 2019), envolvendo, por isso, contactos com a Comissão Europeia".

Em 2011, a RTP recebeu do Estado português 150 milhões de euros pela compra do arquivo, uma verba que foi utilizada de imediato para amortizar dívida junto do banco Depfa. Este montante foi pago pela Direção Geral do Tesouro e Finanças.

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Mensagem por privado Seg 10 Fev 2014 - 16:58

O 5i da RTP não é nada de especial... um chat, uns vídeos e pouco mais.

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Mensagem por Shivers Qua 12 Fev 2014 - 13:59

DN escreveu:
Alberto da Ponte

"Reconheço que a expressão possa ser exagerada"

O presidente Alberto da Ponte admitiu, na comissão parlamentar de ética, que ter afirmado que "há gente na RTP que não faz puto" possa ter sido "uma metáfora um pouco exagerada"

"Posso reconhecer que a expressão, que a metáfora que usei possa ser um pouco exagerada", declarou o presidente do Conselho de Administração da RTP na sequência da pergunta do PSD sobre a entrevista que concedeu à "Notícias TV", de 31 de janeiro, cujo título foi "Há gente na RTP que não faz puto".

Alberto da Ponte explicou que "apareceu a expressão 'puto', não é uma expressão muito normal, faz parte do jargão português e posso utilizá-la. Mas aqui o importante é diferenciar, há trabalhadores e trabalham 13 horas e que que vestem a camisola". E prosseguiu: "quando falei de metáfora, referia-me ao trigo do joio, sendo que o trigo são os trabalhdores que trabalham muito e o joio os que trabalham pouco. Isso é que é uma metáfora".

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Mensagem por david silva Qua 12 Fev 2014 - 21:15

Segundo o ministro Poiares Maduro a RTP terá de cortar 22 milhões anuais em custos com pessoal. As rescisões na estação publica vão continuar, não percebo como é que a RTP tendo tanto pessoal continua a ir buscar apresentadores fora dos quadros da estação como é o caso de Mariana Monteiro, Vasco Palmeirim, Manuela Moura Guedes,...

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Mensagem por Nick Name Qua 12 Fev 2014 - 22:04

Porque as caras que a RTP tem em gaveta não vendem tanto como eles. Um Sabe ou não sabe com o Jorga Gabriel ou um Quem quer ser Milionário com a Isabel Angelino... não dão tanta audiência. Não questiono a capacidade deles, mas a RTP precisa de ter audiência.
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Mensagem por LFTV Qua 12 Fev 2014 - 22:13

Claro. Eu gosto do Jorge Gabriel, da Isabel Angelino e da Serenella Andrade mas percebo que eles já não dão tantas audiências como antigamente.... Até mesmo a Catarina Furtado é um flop hoje em dia...

Por isso a RTP vai buscar o Palmeirim, a Mariana Monteiro e a Manuela Moura Guedes. Uns jovens e outros polémicos.
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Mensagem por Jnpc Sex 14 Fev 2014 - 0:23

CM escreveu:RTP ameaça com rescisão coletiva

Após lançar novo plano de saídas, presidente da RTP fala em despedimentos.

Três dias depois de ter lançado um novo plano de rescisões amigáveis na RTP, com bónus para os trabalhadores mais rápidos a tomarem a decisão, Alberto da Ponte anunciou ontem a possibilidade de a empresa avançar com um despedimento coletivo.

Para cumprir o orçamento, a RTP terá de "encarar soluções que possam ser mais dolorosas, incluindo o despedimento coletivo", disse Alberto da Ponte na Comissão de Ética. Ainda assim, o responsável acrescentou que esta medida poderá ser evitada "com financiamento e diálogo".

Sobre o plano de saídas voluntárias, o gestor afirmou que tem como objetivo "fazer saídas com o menor custo social possível" e reiterou que "há trabalhadores a mais na RTP em alguns setores e a menos noutros".

De recordar que, tal como o CM noticiou ontem, a RTP oferece aos trabalhadores que queiram sair uma indemnização que multiplica o valor mensal auferido por cada trabalhador por 14 meses e, depois, por um fator de antiguidade. O tecto máximo é de 150 mil euros.

Alberto da Ponte confirmou ainda que a RTP está com "dificuldade" em "obter financiamento bancário", processo que está a ser acompanhado pela Secretaria de Estado do Tesouro, o que poderá atrasar a reestruturação da empresa. Ainda assim, questionado sobre os salários dos trabalhadores, garantiu estarem assegurados até ao fim do ano.

A Comissão de Trabalhadores e os sindicatos da RTP adiam para o fim desta semana uma tomada de posição sobre o assunto.

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Mensagem por Jnpc Ter 4 Mar 2014 - 15:18

aTV escreveu:RTP1 aposta em nova novela angolana: «Jikumulessu»

A RTP1 vai estrear brevemente uma nova novela angolana. Jikulumess é o nome provisório da trama que irá ser transmitida pelo canal um, e cujas gravações estão prestes a começar.

Tal como Windeck – O Preço da Ambição, também Jikulumessu (abre o olho, em português) irá ser gravada em Luanda, através da produtora Semba Comunicação. O ator Eric Santos, que participou em Windeck, já está confirmado no elenco deste projeto.

De acordo com a TV7 Dias, as gravações irão desenrolar-se durante este ano em Angola.

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Mensagem por david silva Ter 4 Mar 2014 - 21:10

E está encontrada a novela que deve substituir Os Nossos Dias.

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Mensagem por DJ Ter 4 Mar 2014 - 21:18

Os Nossos Dias tem episódios até ao final de 2014/inicio 2015. A novela angolana vem mais cedo certamente.
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Mensagem por LFTV Qua 5 Mar 2014 - 0:20

A novela angolana deve ir fazer companhia a "Os Nossos Dias" às 14h.
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Mensagem por Vtv Qua 5 Mar 2014 - 2:38

david silva escreveu:E está encontrada a novela que deve substituir Os Nossos Dias.
"Os Nossos Dias" ainda tem em aberto a possibilidade de continuar em 2015. Esta novela angolana deverá fazer dupla com a novela portuguesa no início das tardes.

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Mensagem por Jnpc Qui 6 Mar 2014 - 0:26

Segundo o "Correio da Manhã" de hoje, essa novela estreia ainda este ano na RTP1.

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Mensagem por david silva Ter 25 Mar 2014 - 22:01

RTP 'convida' funcionários a reduzir horário.

A direcção de recursos humanos da RTP 'convidou' os funcionários que assim o desejem a reduzir o horário de trabalho diário ou a trabalhar menos sete horas consecutivas por semana, ficando sujeitos à respectiva redução salarial.
Numa nota enviada pela direcção de recursos humanos na passada sexta-feira, dia 21, e com base no Orçamento do Estado para 2014, a empresa liderada por Alberto da Ponte comunicou aos trabalhadores que estes podem candidatar-se a trabalho em tempo parcial, não ficando sujeitos aos cortes salarias actualmente em vigor na Administração Pública, mas ficando com o seu salário reduzido na proporção da redução de horário que obtiverem.
"O Orçamento do Estado em vigor prevê, como medida excecional de estabilidade orçamental, que durante o ano de 2014, o tempo de trabalho semanal possa ser reduzido, por acordo, no mínimo equivalente a 1:45 horas por dia ou a sete horas consecutivas por semana", refere a circular, que acrescenta que "é entendimento da tutela que o referido regime é aplicável aos trabalhadores da RTP".
Por isso, "será analisada a possibilidade de aplicação de tal regime àqueles que manifestem interesse nesse sentido", acrescenta. O trabalhador a tempo parcial tem direito à remuneração base prevista na lei sem a redução remuneratória prevista no artigo 33.º da Lei do Orçamento de Estado, "sendo, no entanto, reduzida na directa proporção da redução do respectivo período normal de trabalho de tempo semanal", explica a direcção de Recursos Humanos da RTP.
"Cada caso será analisado pela respectiva estrutura em conjunto com a direcção de Recursos Humanos e a exequibilidade da aplicação deste regime a tempo parcial nos termos acima expostos dependerá das circunstâncias concretas e das funções exercidas pelo trabalhador", refere, adiantando que esta medida irá vigorar durante este ano.
Actualmente, a RTP tem a decorrer um programa de rescisões por mútuo acordo, as quais terminam no final mês.

in económico.pt

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Mensagem por Jnpc Sex 28 Mar 2014 - 1:25

aTV escreveu:RTP apresenta o Arquivo RTP

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A RTP – Rádio e Televisão de Portugal – apresentou hoje o Portal do Arquivo RTP, apresentação que decorreu no Auditório Soares Louro, na sede da empresa.

O RTP Arquivo, cuja valorização tem sido um objetivo estratégico da empresa, a par da melhoria das condições de acesso aos acervos, contém conteúdos de interesse público da RTP desde o início das emissões regulares de televisão e rádio (1957 e 1937) até aos dias de hoje. Representa o mais importante testemunho da história política, cultural, social e económica de Portugal dos últimos oitenta anos, contribuindo, desta forma, para a melhoria do Serviço Público prestado pela RTP.

O RTP Arquivo disponibiliza conteúdos de grande valor histórico, a qualquer hora e em qualquer lugar, de forma contextualizada, organizados por grandes temas, cada um deles contendo coleções referentes a personalidades ou factos relevantes da nossa história. A publicação de conteúdos no Portal, só estará condicionada pelo respeito integral dos vários tipos de direitos envolvidos na cedência de imagens e sons ao público.

Numa fase inicial estão disponibilizados centenas de conteúdos, número que será crescente de forma contínua nos próximos meses. O desenvolvimento de novas funcionalidades será igualmente apresentado oportunamente.

Depois do Ensina.pt e da aplicação 5i, o RTP Arquivo é o terceiro novo projeto de Serviço Público apresentado este ano pela RTP.

O RTP Arquivo foi um projeto desenvolvido pela equipa de IT da RTP e com a equipa de profissionais da direção de Emissão e Arquivo, com os contributos da agência Fullsix para o layout e design do Portal.

Pode navegar pelo Arquivo visitando o seguinte endereço: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]



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Mensagem por Jnpc Dom 30 Mar 2014 - 15:05

DN escreveu:Resultados positivos de 15,5 milhões, mas passivo sobe

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A RTP apresentou, esta sexta-feira, um resultado líquido positivo de 15,5 milhões de euros, pouco mais de um terço face a 2012. Atraso no pagamento da indemnização fez subir passivo.

O pagamento da dívida da elétrica da Madeira, em cerca de 10 milhões de euros, influenciou, explicou Alberto da Ponte, presidente da estação pública no âmbito da apresentação de contas, o "aumento de 13,6 milhões de euros de resultados operacionais previstos no orçamento". A RTP fecha o ano com 15,5 milhões de euros de resultados liquidos e com gastos operacionais de 210 milhões, menos 30 do que em 2012.

O passivo bancário da RTP subiu em quatro milhões de euros, após uma décda a descer, fruto de, explicou a administradora Luiana Nunes, em 2013 não ter sido entregue a indemnização "dentro do prazo". "Fomos forçados a recorrer a linha de crédito de curto prazo, o que foi colmatado com a CAV da Madeira". A aprovação do financiamento deverá inverter este aumento. Os cortes nos gastos com pessoal vão continuar.


DN escreveu:Corte nos gastos de pessoal "vai ser difícil de cumprir"

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A estação pública quer cortar 22 milhões de euros em custos com pessoal, patamar que Alberto da Ponte afirma ser difícil de atingir. A saída de 310 pessoas custaram à RTP 13,5 milhões de euros e geraram poupança de dez milhões.

"Vai ser difícil cumprir a meta" de corte de 22 milhões de euros em gastos com pessoal, "embora estejam a ser estudadas outras possibilidades que não apenas as rescisões", declarou o presidente do Conselho de Administração da RTP, Alberto da Ponte, aquando da apresentação das contas da empresa pública referentes a 2013. Cortes nas regalias, externalização de manutenção são alguma das alternativas de cortes em gastos com pessoal que estão a ser estudados.

Desde setembro de 2012 a janeiro de 2014 saíram, de acordo com os dados revelados por Alberto da Ponte, 310 pessoas no âmbito de processos de rescisões que já custaram à RTP 13,5 milhões de euros e geraram poupança de dez milhões. Se a decisão passará por perder mais de três centenas de trabalhadores para obter poupança semelhante, o presidente justifica que "as contas não podem ser feitas assim, estamos a levar a cabo outras iniciativas em que estamos a tentar fazer cortes", afirmou.

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Mensagem por Jnpc Qua 2 Abr 2014 - 17:32

Jornal de Negócios escreveu:RTP escolhida para transmitir sorteio da 'Factura da Sorte'

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O Governo anunciou esta terça-feira que a RTP foi a estação de televisão escolhida para transmitir o sorteio 'Factura da Sorte', que será realizado semanalmente, às quintas-feiras, em horário nobre. O primeiro decorre a 17 de Abril (quinta-feira Santa).

Em comunicado, a Autoridade Tributária explica que durante o mês de Abril, e tendo em conta que a aquisição dos automóveis que vão ser atribuídos no sorteio só terminou a 31 de Março, os dois sorteios referentes à primeira e segunda semana de Abril são realizados ambos a 17 de Abril e os dois sorteios, referentes à terceira e quarta semana de Abril, a 24 de Abril.

Segundo a Autoridade Tributária, o Tribunal de Contas confirmou que o procedimento para aquisição das viaturas a sorteio "cumpriu com todos os requisitos legais e de transparência impostos pelo Código de Contratação Pública".

O sorteio 'Factura da Sorte' tem como objectivo "valorizar e premiar a cidadania fiscal dos contribuintes no combate à economia paralela e à evasão fiscal" segundo o comunicado da Autoridade Tributária.

As três estações de televisão de acesso generalizado receberam convites à apresentação de propostas para transmissão do sorteio, acompanhado de um caderno de encargos onde se fazia referência às cláusulas a incluir no contrato a celebrar, bem como as especificações técnicas a observar nos serviços a prestar.

Após análise pela comissão de avaliação, foi escolhida a proposta da RTP, tendo sido realizado terça-feira o contrato entre a estação de televisão pública portuguesa e a Autoridade Tributária.

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Mensagem por Jnpc Seg 7 Abr 2014 - 13:50

DN escreveu:RTP prevê até maio decisão sobre despedimento coletivo

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O presidente da RTP, Alberto da Ponte, garante que até maio a empresa saberá se avança com um despedimento coletivo e, em entrevista à Lusa, apela para que até àquela data seja encontrado "um caminho" com os sindicatos.

Questionado sobre se há uma data a partir da qual se possa considerar que o despedimento coletivo é inevitável, Alberto da Ponte afirmou: "Acho que não pode passar do mês de maio".

Sobre se isso significa que as negociações para o novo Acordo de Empresa (AE) têm de estar concluídas até maio, o gestor disse que "tem de haver, pelo menos, um caminho".

Ou seja, é preciso ter encontrado "uma luz evidente que podemos ir por ali, ou então teremos de invocar um orçamento retificativo. O que temos mantido enquanto administração e continuaremos a manter é que não queremos sacrificar nos custos de grelha", acrescentou, sublinhando que "o despedimento coletivo é algo que nunca pode ser posto de parte".

O AE da RTP foi denunciado em março de 2013, decorrendo atualmente negociações, tendo os sindicatos convocado um plenário para 09 de abril.

Questionado sobre se existem negociações para cortar regalias decorrentes do AE, Alberto da Ponte disse que neste âmbito, se houvesse acordo, poderia ser possível obter poupanças.

Sem citar regalias em específico, o gestor adianta que "se houvesse um corte de regalias que considerasse razoável" poderia obter-se por via negocial uma poupança de qualquer coisa "como seis a oito milhões de euros".

Isso "já era uma contribuição muito boa, equivaleria a poupar o custo social do despedimento, uma preocupação que está sempre presente. Cada trabalhador da RTP custa, em média, cerca de dois mil e tal euros por mês, portanto não é difícil fazer as contas", explicou.

Se for possível "poupar cerca de 24 mil euros por mês, estamos a impedir a saída de 10 trabalhadores, o que é importante", defendeu.

Por isso, "há um apelo lançado aos sindicatos no sentido de irmos para uma revisão" e essas negociações continuam, disse, admitindo, no entanto, que "não têm sido tão conclusivas" como "seria desejado".

Questionado sobre se existe uma garantia para os trabalhadores que após esta reestruturação não haverá novos cortes, Alberto da Ponte disse que da parte da RTP não haverá.

"Todos os cortes que os trabalhadores possam prever não resultarão da RTP, mas sim de cortes que possam vir do Orçamento do Estado", disse.

Por vezes, adianta o gestor, "é necessário pedir o sacrifício de todos para poupar custos sociais e é isso que fazemos intenção de pedir. Sei que muitas vezes esta administração é acusada pelos sindicatos de não ter um plano estratégico, mas o plano estratégico está claro" e todos podem lê-lo, defendeu Alberto da Ponte.

"Desde a altura em que foi feito e aprovado pelo Governo o Plano de Desenvolvimento e Redimensionamento, a RTP tem prosseguido de uma maneira completamente firme, sem zigue-zagues", disse Alberto da Ponte, que adiantou que os resultados podem ser vistos em termos de audiências, inovação e, "sobretudo, num esforço financeiro enorme que se traduziu numa poupança de quase 100 milhões de euros de custos em dois anos", o que classificou de "impressionante".

Por isso, "desafio qualquer empresa, pública ou não pública, a dizer a mesma coisa".

Esta poupança foi obtida "com redução de pessoal, mas também com poupanças significativas da grelha, negociações muito aturadas com fornecedores e, sobretudo, com um sistema de planeamento muito rigoroso que passou a ser seguido", justificou.

Questionado sobre se caso o Tribunal Constitucional vier a chumbar os cortes nos salários a RTP tem como pagar a reposição, Alberto da Ponte disse que a empresa "terá de acomodar".

"Quando temos uma situação dessas temos de pensar sempre no plano B", afirmou, lembrando que a RTP prevê ter mais receitas comerciais que o orçamentado para 2014.

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