[Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
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Vince
Eu João
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
FORA DO AR: O GRANDE DESAFIO
Se eu perguntasse ao leitor qual “O Grande Desafio” dos canais de televisão nacional, provavelmente a resposta seria a “conquista de audiência”, ou algo associado a este tema. No entanto, não poderiam estar mais enganados!
O maior desafio da televisão nacional é a exportação. Precisamente, o mesmo desafio que se coloca ao nosso país para poder sair da crise e retomar o caminho do crescimento e desenvolvimento. E o mesmo acontece com o mercado de televisão!
Uma das razões que mais contribui para este contínuo atrofiamento que temos assisitido é a falta de capacidade exportadora. Este problema é transversal a toda a história da televisão em Portugal. Uma fonte de receita fundamental, que tem sido ignorada e esquecida, e que poderia perfeitamente compensar a perda de receitas publicitárias que acontece em momentos de crise.
Do lado oposto, isto é, a importação de conteúdos e formatos é fortíssima, desequilibrando estas trocas comerciais de uma forma quase trágica!
Em primeiro lugar, a responsabilidade é das televisões nacionais que realmente não investem no desenvolvimento de novos formatos, optando sempre pelo caminho mais fácil, que é comprar o “pronto-a-servir”.
Em segundo lugar, estão as produtoras nacionais, sempre queixosas pela falta de encomendas por parte dos canais de televisão, esperando sempre que sejam estes a apresentar um projecto para produzirem, do que o contrário. Esta incapacidade leva a que as produtoras nacionais independentes sejam de pequena dimensão e sem massa crítica para que possam competir internacionalmente, como por exemplo, tomar a dianteira de comprar os direitos de determinados formatos estrangeiros fora do círculo das grandes multinacionais que ajudavam a aumentar o o volume de actividade.
Para além de iniciar esta discussão que me parece das mais prioritárias, resolvi testar as minhas capacidades criativas e colocar ao vosso julgamento um formato da minha autoria.
Portanto, passo agora a apresentar um formato de um concurso de cultura geral, bastante apreciado no mercado de televisão mundial, e entre nós, pela RTP1, como produto âncora do horário nobre.
Este formato é baseado num jogo infantil bastante popular, e que certamente a maioria dos leitores já jogou. Estou a falar do jogo do “Stop!”, também conhecido como “Categorias” ou “Nomes-países-animais”. Esta é uma prática comum neste campo, basta lembrar que o maior concurso de todos os tempos é inspirado num “jogo de mesa”, estou a falar do “Quem Quer Ser Milionário?” e do “Trivial Pursuit”, respectivamente.
Deste modo, já existe uma base de identificação entre este programa e o espectador. Uma familiaridade que estou certo ajudaria à sua aceitação.
“Stop!” seria um game show de cultura geral/conhecimento, de resposta rápida onde os nervos e a adrenalina estariam ao rubro, potenciadas por um conjunto de elementos do jogo, entre os quais o limite de tempo, um verdadeiro contra-relógio que deixaria concorrentes e adversários com os nervos em franja!
Embora seja um programa para adultos, dada a sua origem, poderia cativar uma faixa etária mais jovem, mais adversa a este tipo de oferta.
Para além disso, outro dos pontos de interesse para o espectador em casa é a sua jogabilidade individual ou em família, aumentando a ligação à transmissão televisiva.
Um formato original possui três grandes vantagens:
Os menores custos de produção, pois não é preciso gastar dinheiro com a aquisição de um formato estrangeiro geralmente acima das capacidades dos canais nacionais, que têm de fazer um esforço financeiro acrescido;
A possibilidade de exportação, e lucrar com a venda dos direitos noutros países, e ainda caso pretenda participar na própria produção sozinho ou em parcerias locais;
E por fim o “merchandising” associado ao programa, como videojogos, jogo online (redes sociais), tabuleiros de mesa, e outros produtos.
Passo agora à descrição do formato propriamente dito. Espero contar com a vossa participação.
Stop!
(1ª Versão – Concorrente Individual)
Formato: Game Show
Classificação Etária: Livre
Duração: 30' ou 60'
Exibição: Diária ou Semanal
REGRAS E FUNCIONAMENTO
Em cada emissão, um concorrente enfrenta um painel de 50 adversários, que terá que eliminar para que possa levar para casa o prémio final.
O jogo, assim como cada ronda, começam com a escolha de uma letra do alfabeto.
Num plasma gigante em estúdio, as letras do alfabeto iriam surgingo aleatoriamente, e o concorrente sem vê-las teria que gritar “Stop!” e accionar um botão, para que parasse a “soletração”.
É escolhida a última letra para o preenchimento das 5 categorias de cada ronda. No caso da letra ser repetida, é escolhida a letra seguinte.
O concorrente e os adversários teriam à frente um ecrã onde apareciam as “caixas” para responder cada uma das categorias, dispondo de um teclado para escrever as suas respostas. Estas iriam aparecendo consecutivamente, dispondo de 12 segundos para cada categoria.
Portanto, o tempo de resposta para cada ronda seria de 60 segundos.
No entanto, caso algum participante (concorrente ou adversários) terminasse antes poderia pressionar o botão de “Stop” que encerraria a ronda, existente ao lado do teclado. Um “Stop!” gigante aparecia no ecrã e no plasma gigante. O interface dos participantes desligaria bloquiaria automaticamente, não deixando mais ninguém responder.
(Não vou apresentar o sistema de verificação de respostas. É algo demasiado técnico e um trabalho de bastidores. No entanto, seria rápido, para não tornar a emissão ao vivo demasiado lenta. Não confundir a emissão ao vivo, com a emissão transmitida, não esquecer que os programas são gravados e editados)
No fim de cada ronda o apresentador, conversaria um pouco com o concorrente sobre as respostas dadas. O seu conjunto de respostas era o único a aparecer no plasma em estúdio para que todos vissem. E o apresentador também poderia abordar pessoas da platéia, em particular se for uma destas que “diga” stop.
Seriam eliminados os participantes com pontuação inferior à média obtida pelo conjunto, incluindo o concorrente.
Caso o jogador que carrega no “STOP!”, for o que conseguir a pontuação mais alta dessa ronda, é o único a acumular a pontuação, não sendo contabilizada para o srestante, caso contrário, será descontado do seu total a pontuação do jogador com a melhor prestação.
Sistema de pontuação:
Por cada resposta diferente: 100 pontos
Por cada resposta igual: 50 pontos
Por cada resposta única: 200 pontos.
Resposta com Aliteração: Duplica o valor. Por exemplo: Couve Chinesa, na categoria “Vegetais”.
Os pontos seriam depois convertidos em euros. Cada participação pode prolongar-se por mais de uma emissão. A pontuação dos concorrentes eliminados seria acumulada no pote (prémio final) e não na pontuação individual do concorrente.
O CONCORRENTE TERIA AO SEU DISPOR UM CONJUNTO DE AJUDAS. Não estando todas ao seu dispor de imediato. Seriam libertadas no decorrer de programa, à medida que o concorrente fosse superando os niveis de dificuldade. Os niveis são estabelecidos pelo número de adversários na platéia e não pela passagem de rondas controlo.
Nível I: 50 adversários
Pressão: Esta ajuda estaria a cargo do concorrente. O concorrente disporia de “ferramentas” para tentar fazer pressão e desconcentrar o painel de adversários durante o seu período de resposta. Poderia cantar, tocar algum instrumento musical, contar anedotas, etc. Ficaria à sua imaginação, estando acordada previamente o modo utlizado. Esta ajuda poderia ser usada uma vez. O concorrente respondaria a esta ronda depois dos seus adversários.
Nivel II: 40 adversários
Comprar tempo: O concorrente poderia comprar tempo extra para responder numa ronda, sempre que seja um dos seus adversários a accionar o botão “Stop!”. De cada vez que o concorrente o fizesse seria descontado 25% do valor acumulado até ao momento no pote. Não tem limite de utilização.
Nivel III: 30 adversários
Passo: Sem limite (E uma vez entre rondas controlo). Vale metade do valor acumulado no pote. Com esta ajuda o concorrente não precisaria de responder às categorias. Esta ajuda seria mais útil quando o concorrente percebesse que para a letra selecionada teria um grau de resposta muito baixo.
Seriam eliminados os concorrentes com pontuação conseguida abaixo da média do conjunto. O concorrente receberia a pontuação total, isto é, 500 pontos. No entanto, o valor dos concorrentes não seria acumulado no pote.
Nivel IV: 20 adversários
Amigos: O concorrente poderá pedir a ajuda de um grupo de amigos para ajudá-lo a responder a uma ronda. Poderia fazê-lo apenas uma vez. E seria feita após, a finalização da ronda. Pois, deste modo, teriam acesso às respostas do painel. Estes 10 amigos teriam 3 minutos para ajudar o concorrente a obter uma resposta completa e com opções diferentes das apresentadas pelos seus adversários, não podendo portanto repetir respostas, uma vez que teriam acesso às mesmas. Caso não conseguisse, seria eliminado.
Joker: Em qualquer altura do jogo. Permitia duplicar o total dos concorrentes eliminados. Seria preciso apostar antes da ronda começar, assim que fosse conhecida a letra.
RONDA CONTROLO
A cada 5 rondas, a pontuação acumulada pelo concorrente seria comparada com os adversários restantes. Caso ficasse abaixo da média do painel restante seria eliminado. Caso o concorrentepassasse este teste, o dinheiro ganho até aquela ronda já não seria perdido, mesmo que desistisse depois ou até perdesse.
Após, cada ronda controlo o grau de dificuldade aumenta, entrando rondas mais complexas. Por exemplo, a resposta por associação.
DIFICULDADE E TIPOLOGIA DE CADA RONDA
Para começar, existiriam diversas categorias, das mais tradicionais como Nomes, Países, Cidades, Objectos, Pratos de Comida,... até as mais irreverentes como Minha Sogra É, Eu Gosto de..., etc.
Para além dessas haveriam rondas especiais. Uma das mais complexas seria as rondas onde as respostas seriam dadas, e cada participante teria que advinhar. Por exemplo, a Ronda Visual e a Ronda por Associação.
RONDA VISUAL
Aparece uma imagem e o concorrente terá que advinhar de que se trata.
Nome: Aparece a foto de uma personalidade histórica
País: Aparece um elemento tipico daquele país.
Planta: Aparece a fotografia, etc.
Estas imagens aparecem no ecrá gigante do palco para todos os participantes. Esta ronda terá um tempo por categoria de 30 segundos, passando imagem a imagem. Permitindo neste caso o apresentador de participar, dando algumas dicas, ou fazendo alguns comentários, com algum humor ou sarcasmo.
RONDA POR ASSOCIAÇÃO
No mesmo ecrã aparecem um conjunto de símbolos que representam algo correspondente à categoria em causa.
Bebidas
Imagem de um Limão+Açúcar+Água
O jogador teria que tirar a conclusão que se trataria de uma limonada.
EM CADA RONDA EXISTIRIAM 5 CATEGORIAS, QUE VARIARIAM AO LONGO DO JOGO.
APRESENTADOR
Como já foi sendo dito, o papel do apresentador era após serem dadas as repostas ressaltar as respostas mais originais, mais insólitas, mais engraçadas, etc.
Mostrar algumas estatísticas. E revelar as respostas do concorrente. E brincar muitas vezes com este por não responder a uma determinada categoria, ou até por erros de português, ajudando à descontração mas também colocando alguma pressão.
Revelar os jogadores com melhores e piores prestações. Etc.
JOGO DE CASA
O Jogo de Casa consistiria na resposta a uma categoria. A letra seria uma das letras a jogo, e seria anunciado pelo toque do telefone em estúdio, avisando que seria o jogo para casa.
O espectador teria que enviar uma mensagem com uma palavra que pertencesse à categoria escolhida e que começasse pela letra seleccionada. O vencedor seria o que conseguisse uma resposta única, ou no caso desta não existir, a resposta com menor número de acertos, escolhendo-se o que a enviou mais rápido. O prémio seria de 1000 euros.
No caso de resposta única o valor duplicaria.
Por cada letra da palavra vencedora seriam somados mais 50 euros. Portanto, o espectador seria aliciado para dar uma resposta rápida, original e com o maior números de letras possível.
Portanto, um verdadeiro desafio para o espectador.
Na próxima segunda-feira, colocarei para a análise a segunda versão, onde não haveria um concorrente individual, mas antes um painel dividido em duas equipas/grupos, com 50 participantes cada.
Espero pelos vossos comentários.
Fiquem em boa companhia!
Por Paulo Andrade
Se eu perguntasse ao leitor qual “O Grande Desafio” dos canais de televisão nacional, provavelmente a resposta seria a “conquista de audiência”, ou algo associado a este tema. No entanto, não poderiam estar mais enganados!
O maior desafio da televisão nacional é a exportação. Precisamente, o mesmo desafio que se coloca ao nosso país para poder sair da crise e retomar o caminho do crescimento e desenvolvimento. E o mesmo acontece com o mercado de televisão!
Uma das razões que mais contribui para este contínuo atrofiamento que temos assisitido é a falta de capacidade exportadora. Este problema é transversal a toda a história da televisão em Portugal. Uma fonte de receita fundamental, que tem sido ignorada e esquecida, e que poderia perfeitamente compensar a perda de receitas publicitárias que acontece em momentos de crise.
Do lado oposto, isto é, a importação de conteúdos e formatos é fortíssima, desequilibrando estas trocas comerciais de uma forma quase trágica!
Em primeiro lugar, a responsabilidade é das televisões nacionais que realmente não investem no desenvolvimento de novos formatos, optando sempre pelo caminho mais fácil, que é comprar o “pronto-a-servir”.
Em segundo lugar, estão as produtoras nacionais, sempre queixosas pela falta de encomendas por parte dos canais de televisão, esperando sempre que sejam estes a apresentar um projecto para produzirem, do que o contrário. Esta incapacidade leva a que as produtoras nacionais independentes sejam de pequena dimensão e sem massa crítica para que possam competir internacionalmente, como por exemplo, tomar a dianteira de comprar os direitos de determinados formatos estrangeiros fora do círculo das grandes multinacionais que ajudavam a aumentar o o volume de actividade.
Para além de iniciar esta discussão que me parece das mais prioritárias, resolvi testar as minhas capacidades criativas e colocar ao vosso julgamento um formato da minha autoria.
Portanto, passo agora a apresentar um formato de um concurso de cultura geral, bastante apreciado no mercado de televisão mundial, e entre nós, pela RTP1, como produto âncora do horário nobre.
Este formato é baseado num jogo infantil bastante popular, e que certamente a maioria dos leitores já jogou. Estou a falar do jogo do “Stop!”, também conhecido como “Categorias” ou “Nomes-países-animais”. Esta é uma prática comum neste campo, basta lembrar que o maior concurso de todos os tempos é inspirado num “jogo de mesa”, estou a falar do “Quem Quer Ser Milionário?” e do “Trivial Pursuit”, respectivamente.
Deste modo, já existe uma base de identificação entre este programa e o espectador. Uma familiaridade que estou certo ajudaria à sua aceitação.
“Stop!” seria um game show de cultura geral/conhecimento, de resposta rápida onde os nervos e a adrenalina estariam ao rubro, potenciadas por um conjunto de elementos do jogo, entre os quais o limite de tempo, um verdadeiro contra-relógio que deixaria concorrentes e adversários com os nervos em franja!
Embora seja um programa para adultos, dada a sua origem, poderia cativar uma faixa etária mais jovem, mais adversa a este tipo de oferta.
Para além disso, outro dos pontos de interesse para o espectador em casa é a sua jogabilidade individual ou em família, aumentando a ligação à transmissão televisiva.
Um formato original possui três grandes vantagens:
Os menores custos de produção, pois não é preciso gastar dinheiro com a aquisição de um formato estrangeiro geralmente acima das capacidades dos canais nacionais, que têm de fazer um esforço financeiro acrescido;
A possibilidade de exportação, e lucrar com a venda dos direitos noutros países, e ainda caso pretenda participar na própria produção sozinho ou em parcerias locais;
E por fim o “merchandising” associado ao programa, como videojogos, jogo online (redes sociais), tabuleiros de mesa, e outros produtos.
Passo agora à descrição do formato propriamente dito. Espero contar com a vossa participação.
Stop!
(1ª Versão – Concorrente Individual)
Formato: Game Show
Classificação Etária: Livre
Duração: 30' ou 60'
Exibição: Diária ou Semanal
REGRAS E FUNCIONAMENTO
Em cada emissão, um concorrente enfrenta um painel de 50 adversários, que terá que eliminar para que possa levar para casa o prémio final.
O jogo, assim como cada ronda, começam com a escolha de uma letra do alfabeto.
Num plasma gigante em estúdio, as letras do alfabeto iriam surgingo aleatoriamente, e o concorrente sem vê-las teria que gritar “Stop!” e accionar um botão, para que parasse a “soletração”.
É escolhida a última letra para o preenchimento das 5 categorias de cada ronda. No caso da letra ser repetida, é escolhida a letra seguinte.
O concorrente e os adversários teriam à frente um ecrã onde apareciam as “caixas” para responder cada uma das categorias, dispondo de um teclado para escrever as suas respostas. Estas iriam aparecendo consecutivamente, dispondo de 12 segundos para cada categoria.
Portanto, o tempo de resposta para cada ronda seria de 60 segundos.
No entanto, caso algum participante (concorrente ou adversários) terminasse antes poderia pressionar o botão de “Stop” que encerraria a ronda, existente ao lado do teclado. Um “Stop!” gigante aparecia no ecrã e no plasma gigante. O interface dos participantes desligaria bloquiaria automaticamente, não deixando mais ninguém responder.
(Não vou apresentar o sistema de verificação de respostas. É algo demasiado técnico e um trabalho de bastidores. No entanto, seria rápido, para não tornar a emissão ao vivo demasiado lenta. Não confundir a emissão ao vivo, com a emissão transmitida, não esquecer que os programas são gravados e editados)
No fim de cada ronda o apresentador, conversaria um pouco com o concorrente sobre as respostas dadas. O seu conjunto de respostas era o único a aparecer no plasma em estúdio para que todos vissem. E o apresentador também poderia abordar pessoas da platéia, em particular se for uma destas que “diga” stop.
Seriam eliminados os participantes com pontuação inferior à média obtida pelo conjunto, incluindo o concorrente.
Caso o jogador que carrega no “STOP!”, for o que conseguir a pontuação mais alta dessa ronda, é o único a acumular a pontuação, não sendo contabilizada para o srestante, caso contrário, será descontado do seu total a pontuação do jogador com a melhor prestação.
Sistema de pontuação:
Por cada resposta diferente: 100 pontos
Por cada resposta igual: 50 pontos
Por cada resposta única: 200 pontos.
Resposta com Aliteração: Duplica o valor. Por exemplo: Couve Chinesa, na categoria “Vegetais”.
Os pontos seriam depois convertidos em euros. Cada participação pode prolongar-se por mais de uma emissão. A pontuação dos concorrentes eliminados seria acumulada no pote (prémio final) e não na pontuação individual do concorrente.
O CONCORRENTE TERIA AO SEU DISPOR UM CONJUNTO DE AJUDAS. Não estando todas ao seu dispor de imediato. Seriam libertadas no decorrer de programa, à medida que o concorrente fosse superando os niveis de dificuldade. Os niveis são estabelecidos pelo número de adversários na platéia e não pela passagem de rondas controlo.
Nível I: 50 adversários
Pressão: Esta ajuda estaria a cargo do concorrente. O concorrente disporia de “ferramentas” para tentar fazer pressão e desconcentrar o painel de adversários durante o seu período de resposta. Poderia cantar, tocar algum instrumento musical, contar anedotas, etc. Ficaria à sua imaginação, estando acordada previamente o modo utlizado. Esta ajuda poderia ser usada uma vez. O concorrente respondaria a esta ronda depois dos seus adversários.
Nivel II: 40 adversários
Comprar tempo: O concorrente poderia comprar tempo extra para responder numa ronda, sempre que seja um dos seus adversários a accionar o botão “Stop!”. De cada vez que o concorrente o fizesse seria descontado 25% do valor acumulado até ao momento no pote. Não tem limite de utilização.
Nivel III: 30 adversários
Passo: Sem limite (E uma vez entre rondas controlo). Vale metade do valor acumulado no pote. Com esta ajuda o concorrente não precisaria de responder às categorias. Esta ajuda seria mais útil quando o concorrente percebesse que para a letra selecionada teria um grau de resposta muito baixo.
Seriam eliminados os concorrentes com pontuação conseguida abaixo da média do conjunto. O concorrente receberia a pontuação total, isto é, 500 pontos. No entanto, o valor dos concorrentes não seria acumulado no pote.
Nivel IV: 20 adversários
Amigos: O concorrente poderá pedir a ajuda de um grupo de amigos para ajudá-lo a responder a uma ronda. Poderia fazê-lo apenas uma vez. E seria feita após, a finalização da ronda. Pois, deste modo, teriam acesso às respostas do painel. Estes 10 amigos teriam 3 minutos para ajudar o concorrente a obter uma resposta completa e com opções diferentes das apresentadas pelos seus adversários, não podendo portanto repetir respostas, uma vez que teriam acesso às mesmas. Caso não conseguisse, seria eliminado.
Joker: Em qualquer altura do jogo. Permitia duplicar o total dos concorrentes eliminados. Seria preciso apostar antes da ronda começar, assim que fosse conhecida a letra.
RONDA CONTROLO
A cada 5 rondas, a pontuação acumulada pelo concorrente seria comparada com os adversários restantes. Caso ficasse abaixo da média do painel restante seria eliminado. Caso o concorrentepassasse este teste, o dinheiro ganho até aquela ronda já não seria perdido, mesmo que desistisse depois ou até perdesse.
Após, cada ronda controlo o grau de dificuldade aumenta, entrando rondas mais complexas. Por exemplo, a resposta por associação.
DIFICULDADE E TIPOLOGIA DE CADA RONDA
Para começar, existiriam diversas categorias, das mais tradicionais como Nomes, Países, Cidades, Objectos, Pratos de Comida,... até as mais irreverentes como Minha Sogra É, Eu Gosto de..., etc.
Para além dessas haveriam rondas especiais. Uma das mais complexas seria as rondas onde as respostas seriam dadas, e cada participante teria que advinhar. Por exemplo, a Ronda Visual e a Ronda por Associação.
RONDA VISUAL
Aparece uma imagem e o concorrente terá que advinhar de que se trata.
Nome: Aparece a foto de uma personalidade histórica
País: Aparece um elemento tipico daquele país.
Planta: Aparece a fotografia, etc.
Estas imagens aparecem no ecrá gigante do palco para todos os participantes. Esta ronda terá um tempo por categoria de 30 segundos, passando imagem a imagem. Permitindo neste caso o apresentador de participar, dando algumas dicas, ou fazendo alguns comentários, com algum humor ou sarcasmo.
RONDA POR ASSOCIAÇÃO
No mesmo ecrã aparecem um conjunto de símbolos que representam algo correspondente à categoria em causa.
Bebidas
Imagem de um Limão+Açúcar+Água
O jogador teria que tirar a conclusão que se trataria de uma limonada.
EM CADA RONDA EXISTIRIAM 5 CATEGORIAS, QUE VARIARIAM AO LONGO DO JOGO.
APRESENTADOR
Como já foi sendo dito, o papel do apresentador era após serem dadas as repostas ressaltar as respostas mais originais, mais insólitas, mais engraçadas, etc.
Mostrar algumas estatísticas. E revelar as respostas do concorrente. E brincar muitas vezes com este por não responder a uma determinada categoria, ou até por erros de português, ajudando à descontração mas também colocando alguma pressão.
Revelar os jogadores com melhores e piores prestações. Etc.
JOGO DE CASA
O Jogo de Casa consistiria na resposta a uma categoria. A letra seria uma das letras a jogo, e seria anunciado pelo toque do telefone em estúdio, avisando que seria o jogo para casa.
O espectador teria que enviar uma mensagem com uma palavra que pertencesse à categoria escolhida e que começasse pela letra seleccionada. O vencedor seria o que conseguisse uma resposta única, ou no caso desta não existir, a resposta com menor número de acertos, escolhendo-se o que a enviou mais rápido. O prémio seria de 1000 euros.
No caso de resposta única o valor duplicaria.
Por cada letra da palavra vencedora seriam somados mais 50 euros. Portanto, o espectador seria aliciado para dar uma resposta rápida, original e com o maior números de letras possível.
Portanto, um verdadeiro desafio para o espectador.
Na próxima segunda-feira, colocarei para a análise a segunda versão, onde não haveria um concorrente individual, mas antes um painel dividido em duas equipas/grupos, com 50 participantes cada.
Espero pelos vossos comentários.
Fiquem em boa companhia!
Por Paulo Andrade
Paulo Andrade- Membro
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Data de inscrição : 04/03/2010
Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Parece-me um jogo bastante interessante para dar diariamente e podia ser facilmente produzido. Assim lendo parece um bocado confuso, mas julgo que em tv funcionaria bem já que cada ronda seria explicada no momento.
Realmente é um dos problemas mais evidentes da nossa tv é a falta de capacidade criativa no entretenimento e este jogo podia ser facilmente vendido para o mundo inteiro.
Realmente é um dos problemas mais evidentes da nossa tv é a falta de capacidade criativa no entretenimento e este jogo podia ser facilmente vendido para o mundo inteiro.
Vince- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
É o popular jogo do Stop que eu tanto jogava 'em papel' com os meus colegas, adaptado para televisão. Parece-me boa ideia!
A!- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
O funcionamento é bem mais simples do que parece à primeira vista.
É claro que após a primeira leitura nem tudo fica logo assimilado e claro. Mas se lerem novamente verão o que estou a dizer.
Mas, e na vossa opinião, eliminavam alguma coisa, acham que falta mais alguma coisa, mais algum elemento deste tipo de concursos que não está presente?
É claro que após a primeira leitura nem tudo fica logo assimilado e claro. Mas se lerem novamente verão o que estou a dizer.
Mas, e na vossa opinião, eliminavam alguma coisa, acham que falta mais alguma coisa, mais algum elemento deste tipo de concursos que não está presente?
Paulo Andrade- Membro
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Localização : Ovar
Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Acho que o melhor deste formato é mesmo a ideia principal, a ideia de criar um formato baseado num jogo popular entre os portugueses.
Admito que também já tinha pensado numa adptação deste jogo para TV; mas nunca tinha pensado em nada assim mais elaborado como disseste. Não é complicado, só mesmo a leitura à primeira vista. Porque o formato é bastante bom.
Acho que resultaria porque as pessoas identificavam o jogo e como já estão habituadas a jogar podia criar-se até uma cerca competitividade em casa, com as pessoas a verem e ao mesmo tempo participarem (nos actuais de cultura geral isso também pode acontecer, mas neste seria ainda mais visivel e acentuada essa competição familiar)
Admito que também já tinha pensado numa adptação deste jogo para TV; mas nunca tinha pensado em nada assim mais elaborado como disseste. Não é complicado, só mesmo a leitura à primeira vista. Porque o formato é bastante bom.
Acho que resultaria porque as pessoas identificavam o jogo e como já estão habituadas a jogar podia criar-se até uma cerca competitividade em casa, com as pessoas a verem e ao mesmo tempo participarem (nos actuais de cultura geral isso também pode acontecer, mas neste seria ainda mais visivel e acentuada essa competição familiar)
A!- Membro
- Mensagens : 3771
Data de inscrição : 07/01/2010
Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Sim, a ideia parece-me engraçada e com pés para eventualmente ser aproveitada!
No entanto, coloco algumas dúvidas ao tão grande apelo internacional do concurso.
No entanto, coloco algumas dúvidas ao tão grande apelo internacional do concurso.
Jnpc- Membro
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Data de inscrição : 06/03/2010
Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Porquê?
Este jogo é jogado em todo o mundo!
Este jogo é jogado em todo o mundo!
Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
FORA DO AR: O Grande Desafio (Parte 2)
Como disse na última crónica, o grande desafio da televisão nacional, é a exportação de formatos e conteúdos.
No entanto, esta tem sido uma batalha com poucas vitórias ao longo dos anos.
Se formos analisar o principal produto exportável, as telenovelas, chegamos à conclusão que mesmo este está bastante limitado na dispersão geográfica e no volume.
E o cenário fica mais negro se pensarmos que provavelmente Portugal é o ou um dos maiores produtores de telenovelas da Europa.
No entanto, este produto sofre as consequências de falta de planeamento e visão que afecta toda a programação nacional.
Quando se produz uma telenovela em Portugal, não se pensa no mercado exportador, pensa-se apenas em satisfazer as necessidades internas. Deste modo, percebe-se que depois as vendas ao exterior sejam poucas ou nenhumas.
No mercado de telenovelas e séries a Televisa é certamente a maior distribuidora mundial, tarefa facilitada pelo grande mercado hispânico, que se estende dos EUA à Espanha. Contudo, a presença da Televisa vai muito além da língua, e chega à China, Índia e aos países do Leste Europeu.
E aqui está onde eu queria chegar. Supostamente, nós deveriamos ter uma maior proximidade com este mercado europeu, acabamos condenados ao insucesso e vermos outros players a superarmos pela falta de visão estratégica.
E se depois da língua, que como vimos não explica tudo, pensamos na dimensão do nosso mercado, rapidamente percebemos que esse não é impeditivo para um mercado ainda mais pequeno que o nosso como Israel, exportar desde telenovelas a concursos, para vários países, incluindo os EUA.
O que nos limita é fechar-nos sobre nós, e ignorar as potencialidades de abertura ao mundo, onde como qualquer outro país temos possibilidades de fazer sucesso.
E a ficção não se resume a telenovelas, mas a séries e sitcoms. Dois formatos que deveriam ser explorados pelas televisões nacionais, e que são mais facilmente exportáveis do que uma telenovela.
E por último telenovelas de 300 episódios ou mais como as nossas, nunca terão espaço no mercado internacional, dominado por telenovelas da Televisa com 100 a 150 episódios e com uma oferta muito mais variada.
Para concluir, é preciso que todos os envolvidos no negócio da televisão nacional, comecem a pensar no potencial de exportação dos seus produtos e não apenas satisfazer um diminuto mercado interno.
Posto isto, vamos agora à segunda versão do concurso apresentado a semana passada.
Nesta versão, “Stop!” seria jogado por 100 participantes, todos eles em pé de igualdade face ao prémio final.
Quem não leu a crónica anterior, talvez o devesse fazer agora, pois alguns dados são omitidos, remetendo para essa primeira versão.
STOP!
Formato: Game Show
Duração: 30' ou 60'
Exibição: Diária
Classificação: Livre
PRIMEIRA FASE
Cada programa começa com 100 participantes, numa plateia, dividida em dois grupos. Cada grupo constitui uma equipa, formada por 50 elementos.
Nesta primeira fase do jogo, para além de cada jogador tentar sobreviver a cada ronda individualmente, depende também do desempenho do todo, face à equipa adversária. Esta fase resume-se ao seguinte lema:
“Um por todos, todos por um e cada um por si”
Em cada ronda, serão eliminados os concorrentes que fiquem abaixo da média da pontuação da equipa adversária. Quanto mais pontuarem maior o prémio final que poderá ser arrecadado pelo vencedor. No entanto, no prémio final só será contabilizado o montante acumulado pela equipa a que pertenciam.
Nesta primeira fase está disponível apenas uma ajuda - “Passo” - que cada participante pode recorrer uma única vez. Sempre que esta ajuda seja accionada por um dos participantes, é descontado 20% do valor do pote da sua equipa. Não importa quantos jogadores accionam esta ajuda em cada ronda, mas apenas o facto de ser accionada numa ronda. Os participantes que usarem esta ajuda receberão a pontuação máxima dessa ronda, estando dispensados da resposta às categorias apresentadas. Contudo, embora ajude no desempenho individual, retira dinheiro ao pote acumulado pela equipa.
Esta primeira fase acaba quando restarem apenas 10 elementos. Não precisa ser esse número exacto. Por exemplo, se nessa última ronda ficarem 7 elementos, dos eliminados, entrarão 3 que tiveram o melhor desempenho para completar o lote de 10 necessários à ronda seguinte, mas da equipa que tiver o maior pote acumulado. No entanto, só pode ser por defeito, se tivermos 11 elementos, é preciso continuar a jogar. Contudo, o tempo de duração desta parte é limitado, e vísivel, se no fim deste contra-relógio não estiver terminado o processo são escolhidos os 10 melhores, eliminando-se todos os outros.
SEGUNDA FASE
Nesta segunda-fase, os 10 concorrentes passarão a jogar individualmente. No entanto, o dinheiro continua a acumular nos respectivos potes da sua equipa.
O grau de dificuldade e tipologia de cada ronda muda, conforme apresentado na crónica anterior.
Esta fase dura apenas 3 rondas. Na primeira ronda são eliminados 5 concorrentes, na segunda ronda, são eliminados mais três concorrentes, chegando-se à dupla final, que podem ser elementos da mesma equipa inicial.
Nesta fase, podem usar o Joker se o entenderem, duplicando o valor do pote da equipa. Caso usem o joker, e falhem, reduzem o seu pote pela metade, sendo esse valor adicionado ao pote da equipa adversária.
TERCEIRA E ÚLTIMA RONDA: Ping-Pong
Nesta ronda, a dupla finalista deixa a platéia e sobe até ao palco. O último desafio consiste no seguinte:
É dado uma palavra, onde cada letra será usada para dar o nome de um elemento da categoria seleccionada. O primeiro concorrente a ficar sem uma resposta ou a errar é eliminado, sendo o outro declarado o vencedor e levando para casa o prémio do pote da sua equipa.
Nesta fase, podem usar a ajuda “Comprar tempo”, no entanto, também estão a ajudar o adversário, pois este acaba por dispor do mesmo tempo para pensar na sua resposta. E a ajuda “Passo” volta a estar disponível, podendo ser usada duas vezes. O tempo de resposta individual é limitado, e o comprar tempo, duplica esse tempo, custando 25% do valor do pote, podendo ser usada uma vez apenas.
Ao contrário da versão individual, não existe possibilidade de continuação nas emissões seguintes.
Está completo o meu desafio de criar um formato que fosse viavel na televisão generalista nacional e voltado para o mercado mundial.
Quais as qualidades e os defeitos do concurso apresentado? Qual a vossa versão favorita?
Fiquem em boa companhia!
Por Paulo Andrade
Como disse na última crónica, o grande desafio da televisão nacional, é a exportação de formatos e conteúdos.
No entanto, esta tem sido uma batalha com poucas vitórias ao longo dos anos.
Se formos analisar o principal produto exportável, as telenovelas, chegamos à conclusão que mesmo este está bastante limitado na dispersão geográfica e no volume.
E o cenário fica mais negro se pensarmos que provavelmente Portugal é o ou um dos maiores produtores de telenovelas da Europa.
No entanto, este produto sofre as consequências de falta de planeamento e visão que afecta toda a programação nacional.
Quando se produz uma telenovela em Portugal, não se pensa no mercado exportador, pensa-se apenas em satisfazer as necessidades internas. Deste modo, percebe-se que depois as vendas ao exterior sejam poucas ou nenhumas.
No mercado de telenovelas e séries a Televisa é certamente a maior distribuidora mundial, tarefa facilitada pelo grande mercado hispânico, que se estende dos EUA à Espanha. Contudo, a presença da Televisa vai muito além da língua, e chega à China, Índia e aos países do Leste Europeu.
E aqui está onde eu queria chegar. Supostamente, nós deveriamos ter uma maior proximidade com este mercado europeu, acabamos condenados ao insucesso e vermos outros players a superarmos pela falta de visão estratégica.
E se depois da língua, que como vimos não explica tudo, pensamos na dimensão do nosso mercado, rapidamente percebemos que esse não é impeditivo para um mercado ainda mais pequeno que o nosso como Israel, exportar desde telenovelas a concursos, para vários países, incluindo os EUA.
O que nos limita é fechar-nos sobre nós, e ignorar as potencialidades de abertura ao mundo, onde como qualquer outro país temos possibilidades de fazer sucesso.
E a ficção não se resume a telenovelas, mas a séries e sitcoms. Dois formatos que deveriam ser explorados pelas televisões nacionais, e que são mais facilmente exportáveis do que uma telenovela.
E por último telenovelas de 300 episódios ou mais como as nossas, nunca terão espaço no mercado internacional, dominado por telenovelas da Televisa com 100 a 150 episódios e com uma oferta muito mais variada.
Para concluir, é preciso que todos os envolvidos no negócio da televisão nacional, comecem a pensar no potencial de exportação dos seus produtos e não apenas satisfazer um diminuto mercado interno.
Posto isto, vamos agora à segunda versão do concurso apresentado a semana passada.
Nesta versão, “Stop!” seria jogado por 100 participantes, todos eles em pé de igualdade face ao prémio final.
Quem não leu a crónica anterior, talvez o devesse fazer agora, pois alguns dados são omitidos, remetendo para essa primeira versão.
STOP!
Formato: Game Show
Duração: 30' ou 60'
Exibição: Diária
Classificação: Livre
PRIMEIRA FASE
Cada programa começa com 100 participantes, numa plateia, dividida em dois grupos. Cada grupo constitui uma equipa, formada por 50 elementos.
Nesta primeira fase do jogo, para além de cada jogador tentar sobreviver a cada ronda individualmente, depende também do desempenho do todo, face à equipa adversária. Esta fase resume-se ao seguinte lema:
“Um por todos, todos por um e cada um por si”
Em cada ronda, serão eliminados os concorrentes que fiquem abaixo da média da pontuação da equipa adversária. Quanto mais pontuarem maior o prémio final que poderá ser arrecadado pelo vencedor. No entanto, no prémio final só será contabilizado o montante acumulado pela equipa a que pertenciam.
Nesta primeira fase está disponível apenas uma ajuda - “Passo” - que cada participante pode recorrer uma única vez. Sempre que esta ajuda seja accionada por um dos participantes, é descontado 20% do valor do pote da sua equipa. Não importa quantos jogadores accionam esta ajuda em cada ronda, mas apenas o facto de ser accionada numa ronda. Os participantes que usarem esta ajuda receberão a pontuação máxima dessa ronda, estando dispensados da resposta às categorias apresentadas. Contudo, embora ajude no desempenho individual, retira dinheiro ao pote acumulado pela equipa.
Esta primeira fase acaba quando restarem apenas 10 elementos. Não precisa ser esse número exacto. Por exemplo, se nessa última ronda ficarem 7 elementos, dos eliminados, entrarão 3 que tiveram o melhor desempenho para completar o lote de 10 necessários à ronda seguinte, mas da equipa que tiver o maior pote acumulado. No entanto, só pode ser por defeito, se tivermos 11 elementos, é preciso continuar a jogar. Contudo, o tempo de duração desta parte é limitado, e vísivel, se no fim deste contra-relógio não estiver terminado o processo são escolhidos os 10 melhores, eliminando-se todos os outros.
SEGUNDA FASE
Nesta segunda-fase, os 10 concorrentes passarão a jogar individualmente. No entanto, o dinheiro continua a acumular nos respectivos potes da sua equipa.
O grau de dificuldade e tipologia de cada ronda muda, conforme apresentado na crónica anterior.
Esta fase dura apenas 3 rondas. Na primeira ronda são eliminados 5 concorrentes, na segunda ronda, são eliminados mais três concorrentes, chegando-se à dupla final, que podem ser elementos da mesma equipa inicial.
Nesta fase, podem usar o Joker se o entenderem, duplicando o valor do pote da equipa. Caso usem o joker, e falhem, reduzem o seu pote pela metade, sendo esse valor adicionado ao pote da equipa adversária.
TERCEIRA E ÚLTIMA RONDA: Ping-Pong
Nesta ronda, a dupla finalista deixa a platéia e sobe até ao palco. O último desafio consiste no seguinte:
É dado uma palavra, onde cada letra será usada para dar o nome de um elemento da categoria seleccionada. O primeiro concorrente a ficar sem uma resposta ou a errar é eliminado, sendo o outro declarado o vencedor e levando para casa o prémio do pote da sua equipa.
Nesta fase, podem usar a ajuda “Comprar tempo”, no entanto, também estão a ajudar o adversário, pois este acaba por dispor do mesmo tempo para pensar na sua resposta. E a ajuda “Passo” volta a estar disponível, podendo ser usada duas vezes. O tempo de resposta individual é limitado, e o comprar tempo, duplica esse tempo, custando 25% do valor do pote, podendo ser usada uma vez apenas.
Ao contrário da versão individual, não existe possibilidade de continuação nas emissões seguintes.
Está completo o meu desafio de criar um formato que fosse viavel na televisão generalista nacional e voltado para o mercado mundial.
Quais as qualidades e os defeitos do concurso apresentado? Qual a vossa versão favorita?
Fiquem em boa companhia!
Por Paulo Andrade
Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
E então? Qual a melhor versão?
Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
FORA DO AR: Incubadora de Ideias?
É mais que sabido o anseio das televisões mundiais por formatos de sucesso.
Nos últimos dias, um formato em particular tem mantido um elevado buzz no mercado mundial, com anúncios de aquisição de direitos quase diariamente.
Estou a falar do novo concurso da Endemol "The Million Pound Drop", exibido pela primeira vez em Maio deste ano no canal britânico Channel 4.
Entretanto já foi estreou versões locais em países como Rússia, Israel, Alemanha ou Túrquia, e prepara-se para ser lançado brevemente em mais uma série de outros países como os EUA (FOX) ou a Espanha.
Este concurso no Reino Unido é emitido em directo, ao contrário da maioria dos Quiz Shows, gravados "ao vivo", pelas 22 horas, convidando o espectador a participar usando redes sociais como Facebook e Twitter, ajudando a aumentar o "buzz" sobre cada emissão. O apresentador vai dizendo algumas das pontuações conseguidas pelos espectadores em casa, no entanto, nenhum prémio monetário é conquistado.
E para além do sucesso no ecrá, na internet e no mercado internacional de vendas, será lançado este mês uma versão de mesa (tabuleiro) deste concurso.
Em Portugal, uma adaptação deverá estar longe, uma vez que as estações privadas não têm apostado neste género, e este formato aparentemente não se enquadra no perfil da RTP1.
Estes casos de sucesso, deveriam alertar as estações nacionais para a necessidade de apostar e invertir na criatividade e originalidade.
Porque não cada estação criar uma espécie de "Incubadora de Ideias"?
Neste caso, uma "Incubadora de Ideias" onde qualquer cidadão pudesse apresentar formatos e outros conteúdos, que seriam debatidos, e analisados por uma equipa da própria estação nomeada para gerir este órgão.
Ou noutro modelo a definir, mas o mais importante era permitir a iniciativa à sociedade civil, que com certeza traria valor acrescentado às televisões nacionais, e que poderia dinamizar este meio, que bem está a precisar, do ponto de vista criativo e económico!
Fiquem em boa companhia!
Por Paulo Andrade
É mais que sabido o anseio das televisões mundiais por formatos de sucesso.
Nos últimos dias, um formato em particular tem mantido um elevado buzz no mercado mundial, com anúncios de aquisição de direitos quase diariamente.
Estou a falar do novo concurso da Endemol "The Million Pound Drop", exibido pela primeira vez em Maio deste ano no canal britânico Channel 4.
Entretanto já foi estreou versões locais em países como Rússia, Israel, Alemanha ou Túrquia, e prepara-se para ser lançado brevemente em mais uma série de outros países como os EUA (FOX) ou a Espanha.
Este concurso no Reino Unido é emitido em directo, ao contrário da maioria dos Quiz Shows, gravados "ao vivo", pelas 22 horas, convidando o espectador a participar usando redes sociais como Facebook e Twitter, ajudando a aumentar o "buzz" sobre cada emissão. O apresentador vai dizendo algumas das pontuações conseguidas pelos espectadores em casa, no entanto, nenhum prémio monetário é conquistado.
E para além do sucesso no ecrá, na internet e no mercado internacional de vendas, será lançado este mês uma versão de mesa (tabuleiro) deste concurso.
Em Portugal, uma adaptação deverá estar longe, uma vez que as estações privadas não têm apostado neste género, e este formato aparentemente não se enquadra no perfil da RTP1.
Estes casos de sucesso, deveriam alertar as estações nacionais para a necessidade de apostar e invertir na criatividade e originalidade.
Porque não cada estação criar uma espécie de "Incubadora de Ideias"?
Neste caso, uma "Incubadora de Ideias" onde qualquer cidadão pudesse apresentar formatos e outros conteúdos, que seriam debatidos, e analisados por uma equipa da própria estação nomeada para gerir este órgão.
Ou noutro modelo a definir, mas o mais importante era permitir a iniciativa à sociedade civil, que com certeza traria valor acrescentado às televisões nacionais, e que poderia dinamizar este meio, que bem está a precisar, do ponto de vista criativo e económico!
Fiquem em boa companhia!
Por Paulo Andrade
Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Paulo Andrade escreveu:E então? Qual a melhor versão?
Ainda não tinha lido a 2ª parte da ideia, mas já a comento.
A!- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
FORA DO AR: Copy & Paste, Lda
Na semana passada, numa entrevista à RevistaTV do Correio da Manhã, Gabriela Sobral, Directora de Produção da SIC, disse o seguinte:
“Em 2011, as pessoas vão ter uma boa surpresa com a SIC. ...Vamos apostar em diversas faixas. Vamos reforçar o day time, que vai mudar.”
Sinceramente, perante o historial de promessas que os responsáveis da SIC, como de outras estações, deixaram por cumprir, leva-nos a olhar para estas palavras com grande prudência e desconfiança.
Quem não se lembra da grande revolução prometida para as tardes da televisão portuguesa com o novo programa de Conceição Lino e depois foi o que se viu. Uma verdadeira banhada!
No entanto, aproveito para fazer aqui uma pequena reflexão sobre o daytime dos canais generalistas e mais propriamente sobre o daytime da SIC e as potenciais consequências práticas desta declaração de Gabriela Sobral.
Como muita coisa que na televisão nacional não faz sentido, a programação do daytime não poderia fugir à regra!
É incrivel o poder de mimetismo dos canais portugueses.
Será que não existem alternativas para o actual modelo de programação diurna? Será que estamos perante uma fatalidade em que todos têm que exibir o mesmo e à mesma hora?
Eu acredito que não! Mas será que as palavras de Gabriela Sobral vão nesse sentido quando diz que “Vamos reforçar o day time, que vai mudar”? Ou significam apenas mais uma remodelação nos talk shows da manhã e da tarde? Qual poderá ser o verdadeiro alcance desta declaração? O que poderia a SIC mudar na sua programação diurna para a tornar mais competitiva?
Na minha opinião, poderia mudar muita coisa!
No acesso ao horário nobre (18h-20h), o alinhamento global continua a ser o melhor, e os últimos cinco anos só reforçaram esta opção. Portanto, neste bloco a palavra de ordem é para manter.
Embora, pudesse ser introduzido entre as duas telenovelas globais um produto juvenil. Pois, é importante para qualquer canal chegar a este público, cada vez mais relevante para a captação de investimento publicitário e visibilidade mediática, criada pelas redes sociais, p.ex.
No entanto, com isto não quero dizer que a SIC deva apostar em mais uma telenovela juvenil que dure anos a fios. Existem vários formatos, mesmo na área da ficção (sitcoms), para além desta hipótese.
Seria uma boa maneira de reforçar este bloco e arranjar um produto que pudesse ser usado como contra-peso quando as telenovelas da Globo apresentem menos argumentos para convencerem nas audiências. De certo uma “garantia” que daria muito jeito, pois sabemos que a Globo acaba sempre por produzir uma ou outra telenovela mais fraca, como são os casos de “Negócio da China” em exibição, e “Tempos Modernos” que aguarda na gaveta.
Em todo o daytime, não haverá certamente nenhum horário mais crítico que a primeira metade da manhã. É o que apresenta um historial mais longo de insucesso. E a aposta na informação, pelo menos neste simultâneo com a SIC Notícias, não tem conseguido convencer.
Na minha opinião, a SIC deveria produzir o seu próprio jornal da manhã, evitando trocas de identidade. É barato de produzir e certamente teria melhores resultados. Este “Jornal da Manhã” deveria ocupar o período das 6h às 8h30. Com esta opção, a SIC poderia conquistar sem grandes problemas a segunda colocação nas audiências, com shares a rondar os 25%.
No seguimento, um bloco juvenil (08h30-10h00), para mim seria a melhor opção.
Mais uma vez lembro que uma programação juvenil não está restringida a animação... sitcoms e realities estrangeiros são mais eficazes pela sua maior abrangência.
Na segunda metade da manhã, é necessário mudar o programa “Companhia das Manhãs”, afastando-o dos modelos da concorrência. E a apresentação deveria ser uma das prioridades nesta reformulação, pois é um factor determinante na criação de uma identidade e identificação deste tipo de programa com o seu público. E as soluções apresentadas actualmente, não têm tido de todo estes elementos em conta!
Penso que poderiam apostar mais em segmentos do lifestyle e bem-estar, do self-improvement e intervenção social, entre outros.
Por exemplo, não percebo como nenhum programa matutino não aposta numa competição culinária. Não estou a falar daqueles segmentos chatérrimos em que um “chef” confecciona uma determinado prato. O que eu digo, é que se aposte num quadro, onde a culinária sirva também o propósito de entrenimento, mantendo-se a componente formativa e informativa, abordando aspectos da alimentação, nutrição e saúde, por exemplo.
No entanto, o horário vespertino é o que apresenta um potencial de mudança maior face ao modelo actualmente em vigor.
Começando por dispensar toda a programação apresentada neste período, isto é, a telenovela da TV Globo e o talk-show.
Na minha opinião, deveriam apostar num programa que juntasse os formatos de informação, entretenimento e reality show, onde certamente a Conceição Lino poderia constituir uma mais-valia. Penso que as revistas electrónicas brasileiras, como o “Fantástico” ou o “Domingo Espetacular”, são os que se aproximam mais do programa que sugiro.
Este programa poderia ser emitido a seguir ao Primeiro Jornal, com aproximadamente duas horas de duração.
Dado o seu conteúdo, conseguiria estabelecer uma maior ligação com o público que vê habitualmente os jornais da hora de almoço, e certamente capaz de captar o interesse de um público mais diversificado que as opções da concorrência, essencialmente voltados para as donas de casa acima dos 50 anos. Por esta razão a liderança seria uma meta perfeitamente ao alcance da SIC com esta aposta.
O fim de tarde, como foi dito seria ocupado pelas telenovelas da Globo. Portanto, resta redefinir a programação do meio da tarde, ou seja, entre as 16h e as 17h30/18h.
Na minha opinião, neste horário poderia ser produzido um programa de variedades com uma forte componente humorística e satírica, com um foco particular no social e na sociedade. Como alguns exemplos de programas que poderiam servir de inspiração para criar este programa cito “Intrusos”, “RSM”, “Animales Sueltos” ou “Un Mundo Perfecto”, todos programas de origem argentina.
Portanto, é possível criar um alinhamento para o daytime distinto da concorrência, e com potencial para chegar à liderança, e sobretudo com melhor desempenho junto dos públicos mais valorizados pelos anunciantes.
Se é o que a Direcção de Programas da SIC vai fazer? Isto é, apostar numa mudança de paradigma... É esperar para ver. Eu acredito que seria um bom caminho a seguir... Claro que naturalmente existem outros, entre os quais, manter o rumo actual, que quanto a mim será a opção da SIC, apesar de algumas declarações em sentido contrário.
Nos outros canais impõem-se igualmente mudanças urgentes...
Na TVI, o fim de tarde, continua à espera de melhores dias, estando a atravessar o momento mais crítico dos últimos 7 anos! E o mais grave é que isto acontece quando a estação finalmente decidiu apostar forte neste horário com a contratação de Fátima Lopes. No entanto, enquanto na apresentação foi buscar um nome de peso, o mesmo não se pode dizer do formato escolhido. Um erro grosseiro que está certamente ligado a esta baixa performance. E se isto não bastasse, a série juvenil “Morangos com Açúcar” bate recordes negativos nas audiências, provocado por uma crise criativa, a que não será alheio o facto desta ser a oitava temporada em exibição. E com isto, o “Jornal Nacional” acaba por sair penalizado. No entanto, não acredito que a Direcção de Programas da TVI consiga dar a médio prazo a volta a esta situação, podendo inclusivé agravar-se!
Enquanto isso, o horário nobre continua a afundar com as mais recentes mudanças, que levaram a que a mais recente aposta fosse remetida para um horário tardio, com consequências negativos para as suas audiências, e empurrassem um produto razoavelmente consolidado para a meia-noite, quando o que antes ocupava esse horário fazia os mesmos resultados e com menores custos.
Quando analisei a rentrée televisiva da TVI, a primeira de André Cerqueira, alertei precisamente para esta realidade, isto é, que a TVI poderia entrar num crise análoga à vivida pela SIC desde a saída de Emídio Rangel.
Claro que esta situação acaba por ser vantajosa para alguém, e para já tem sido a RTP1 a tirar maior partido, com algumas lideranças na média dia.
Esta liderança é sustentada por um daytime forte, e uma programação de horário nobre que ganhou novo fulgor perante a falta de argumentos da concorrência. Pois, não é com um diário desinteressante da “Casa dos Segredos” ou um programa de humor datado que conseguirão atingir os resultados pretendidos.
No entanto, embora com uma programação diurna com uma boa performance, existe espaço para melhorar. Uma melhor escolha fas telenovelas da hora de almoço e um reforço do conteúdo do Portugal no Coração e do Portugal em Directo são elementos a ter em conta. No caso do Portugal em Directo, penso que a vertente social deveria ter maior destaque. Pois, o programa poderia ser um veiculo excelente para a transmissão dos anseios das populações locais. Quanto a mim, este não deveria limitar-se a um mero relator de notícias locais, deveria desempenhar um papel proactivo.
Em suma, é possível escapar ao fatalismo que a programação diurna das nossas televisões parece estar votado. É preciso vontade para fazer diferente e acabar com este sistema de copy-paste da programação alheia!
Fiquem em boa companhia!
Por Paulo Andrade
Na semana passada, numa entrevista à RevistaTV do Correio da Manhã, Gabriela Sobral, Directora de Produção da SIC, disse o seguinte:
“Em 2011, as pessoas vão ter uma boa surpresa com a SIC. ...Vamos apostar em diversas faixas. Vamos reforçar o day time, que vai mudar.”
Sinceramente, perante o historial de promessas que os responsáveis da SIC, como de outras estações, deixaram por cumprir, leva-nos a olhar para estas palavras com grande prudência e desconfiança.
Quem não se lembra da grande revolução prometida para as tardes da televisão portuguesa com o novo programa de Conceição Lino e depois foi o que se viu. Uma verdadeira banhada!
No entanto, aproveito para fazer aqui uma pequena reflexão sobre o daytime dos canais generalistas e mais propriamente sobre o daytime da SIC e as potenciais consequências práticas desta declaração de Gabriela Sobral.
Como muita coisa que na televisão nacional não faz sentido, a programação do daytime não poderia fugir à regra!
É incrivel o poder de mimetismo dos canais portugueses.
Será que não existem alternativas para o actual modelo de programação diurna? Será que estamos perante uma fatalidade em que todos têm que exibir o mesmo e à mesma hora?
Eu acredito que não! Mas será que as palavras de Gabriela Sobral vão nesse sentido quando diz que “Vamos reforçar o day time, que vai mudar”? Ou significam apenas mais uma remodelação nos talk shows da manhã e da tarde? Qual poderá ser o verdadeiro alcance desta declaração? O que poderia a SIC mudar na sua programação diurna para a tornar mais competitiva?
Na minha opinião, poderia mudar muita coisa!
No acesso ao horário nobre (18h-20h), o alinhamento global continua a ser o melhor, e os últimos cinco anos só reforçaram esta opção. Portanto, neste bloco a palavra de ordem é para manter.
Embora, pudesse ser introduzido entre as duas telenovelas globais um produto juvenil. Pois, é importante para qualquer canal chegar a este público, cada vez mais relevante para a captação de investimento publicitário e visibilidade mediática, criada pelas redes sociais, p.ex.
No entanto, com isto não quero dizer que a SIC deva apostar em mais uma telenovela juvenil que dure anos a fios. Existem vários formatos, mesmo na área da ficção (sitcoms), para além desta hipótese.
Seria uma boa maneira de reforçar este bloco e arranjar um produto que pudesse ser usado como contra-peso quando as telenovelas da Globo apresentem menos argumentos para convencerem nas audiências. De certo uma “garantia” que daria muito jeito, pois sabemos que a Globo acaba sempre por produzir uma ou outra telenovela mais fraca, como são os casos de “Negócio da China” em exibição, e “Tempos Modernos” que aguarda na gaveta.
Em todo o daytime, não haverá certamente nenhum horário mais crítico que a primeira metade da manhã. É o que apresenta um historial mais longo de insucesso. E a aposta na informação, pelo menos neste simultâneo com a SIC Notícias, não tem conseguido convencer.
Na minha opinião, a SIC deveria produzir o seu próprio jornal da manhã, evitando trocas de identidade. É barato de produzir e certamente teria melhores resultados. Este “Jornal da Manhã” deveria ocupar o período das 6h às 8h30. Com esta opção, a SIC poderia conquistar sem grandes problemas a segunda colocação nas audiências, com shares a rondar os 25%.
No seguimento, um bloco juvenil (08h30-10h00), para mim seria a melhor opção.
Mais uma vez lembro que uma programação juvenil não está restringida a animação... sitcoms e realities estrangeiros são mais eficazes pela sua maior abrangência.
Na segunda metade da manhã, é necessário mudar o programa “Companhia das Manhãs”, afastando-o dos modelos da concorrência. E a apresentação deveria ser uma das prioridades nesta reformulação, pois é um factor determinante na criação de uma identidade e identificação deste tipo de programa com o seu público. E as soluções apresentadas actualmente, não têm tido de todo estes elementos em conta!
Penso que poderiam apostar mais em segmentos do lifestyle e bem-estar, do self-improvement e intervenção social, entre outros.
Por exemplo, não percebo como nenhum programa matutino não aposta numa competição culinária. Não estou a falar daqueles segmentos chatérrimos em que um “chef” confecciona uma determinado prato. O que eu digo, é que se aposte num quadro, onde a culinária sirva também o propósito de entrenimento, mantendo-se a componente formativa e informativa, abordando aspectos da alimentação, nutrição e saúde, por exemplo.
No entanto, o horário vespertino é o que apresenta um potencial de mudança maior face ao modelo actualmente em vigor.
Começando por dispensar toda a programação apresentada neste período, isto é, a telenovela da TV Globo e o talk-show.
Na minha opinião, deveriam apostar num programa que juntasse os formatos de informação, entretenimento e reality show, onde certamente a Conceição Lino poderia constituir uma mais-valia. Penso que as revistas electrónicas brasileiras, como o “Fantástico” ou o “Domingo Espetacular”, são os que se aproximam mais do programa que sugiro.
Este programa poderia ser emitido a seguir ao Primeiro Jornal, com aproximadamente duas horas de duração.
Dado o seu conteúdo, conseguiria estabelecer uma maior ligação com o público que vê habitualmente os jornais da hora de almoço, e certamente capaz de captar o interesse de um público mais diversificado que as opções da concorrência, essencialmente voltados para as donas de casa acima dos 50 anos. Por esta razão a liderança seria uma meta perfeitamente ao alcance da SIC com esta aposta.
O fim de tarde, como foi dito seria ocupado pelas telenovelas da Globo. Portanto, resta redefinir a programação do meio da tarde, ou seja, entre as 16h e as 17h30/18h.
Na minha opinião, neste horário poderia ser produzido um programa de variedades com uma forte componente humorística e satírica, com um foco particular no social e na sociedade. Como alguns exemplos de programas que poderiam servir de inspiração para criar este programa cito “Intrusos”, “RSM”, “Animales Sueltos” ou “Un Mundo Perfecto”, todos programas de origem argentina.
Portanto, é possível criar um alinhamento para o daytime distinto da concorrência, e com potencial para chegar à liderança, e sobretudo com melhor desempenho junto dos públicos mais valorizados pelos anunciantes.
Se é o que a Direcção de Programas da SIC vai fazer? Isto é, apostar numa mudança de paradigma... É esperar para ver. Eu acredito que seria um bom caminho a seguir... Claro que naturalmente existem outros, entre os quais, manter o rumo actual, que quanto a mim será a opção da SIC, apesar de algumas declarações em sentido contrário.
Nos outros canais impõem-se igualmente mudanças urgentes...
Na TVI, o fim de tarde, continua à espera de melhores dias, estando a atravessar o momento mais crítico dos últimos 7 anos! E o mais grave é que isto acontece quando a estação finalmente decidiu apostar forte neste horário com a contratação de Fátima Lopes. No entanto, enquanto na apresentação foi buscar um nome de peso, o mesmo não se pode dizer do formato escolhido. Um erro grosseiro que está certamente ligado a esta baixa performance. E se isto não bastasse, a série juvenil “Morangos com Açúcar” bate recordes negativos nas audiências, provocado por uma crise criativa, a que não será alheio o facto desta ser a oitava temporada em exibição. E com isto, o “Jornal Nacional” acaba por sair penalizado. No entanto, não acredito que a Direcção de Programas da TVI consiga dar a médio prazo a volta a esta situação, podendo inclusivé agravar-se!
Enquanto isso, o horário nobre continua a afundar com as mais recentes mudanças, que levaram a que a mais recente aposta fosse remetida para um horário tardio, com consequências negativos para as suas audiências, e empurrassem um produto razoavelmente consolidado para a meia-noite, quando o que antes ocupava esse horário fazia os mesmos resultados e com menores custos.
Quando analisei a rentrée televisiva da TVI, a primeira de André Cerqueira, alertei precisamente para esta realidade, isto é, que a TVI poderia entrar num crise análoga à vivida pela SIC desde a saída de Emídio Rangel.
Claro que esta situação acaba por ser vantajosa para alguém, e para já tem sido a RTP1 a tirar maior partido, com algumas lideranças na média dia.
Esta liderança é sustentada por um daytime forte, e uma programação de horário nobre que ganhou novo fulgor perante a falta de argumentos da concorrência. Pois, não é com um diário desinteressante da “Casa dos Segredos” ou um programa de humor datado que conseguirão atingir os resultados pretendidos.
No entanto, embora com uma programação diurna com uma boa performance, existe espaço para melhorar. Uma melhor escolha fas telenovelas da hora de almoço e um reforço do conteúdo do Portugal no Coração e do Portugal em Directo são elementos a ter em conta. No caso do Portugal em Directo, penso que a vertente social deveria ter maior destaque. Pois, o programa poderia ser um veiculo excelente para a transmissão dos anseios das populações locais. Quanto a mim, este não deveria limitar-se a um mero relator de notícias locais, deveria desempenhar um papel proactivo.
Em suma, é possível escapar ao fatalismo que a programação diurna das nossas televisões parece estar votado. É preciso vontade para fazer diferente e acabar com este sistema de copy-paste da programação alheia!
Fiquem em boa companhia!
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Epá, estou a adorar o feedback!
Estou a pensar seriamente abandonar o ramo!
Estou a pensar seriamente abandonar o ramo!
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Escrever uma crónica e não haver respostas não significa necessariamente comentários.
Por exemplo, eu escrevo (agora está em pausa) uma crónica no EF, o De 0 a 20, e pelo que o Pedro me disse até tinha bastante leitura. Comentários eram quase sempre zero!
Numa altura em que toda a gente vive a correr é normal que muita gente não comente, ou que quase ninguém comente.
Eu, por exemplo, já li e não comentei. É verdade que queremos sempre comentários mas isso não quer dizer que a cronica não seja lida.
Para além do mais se vais desistir por causa disso, acho que não tem logica.
Por exemplo, eu escrevo (agora está em pausa) uma crónica no EF, o De 0 a 20, e pelo que o Pedro me disse até tinha bastante leitura. Comentários eram quase sempre zero!
Numa altura em que toda a gente vive a correr é normal que muita gente não comente, ou que quase ninguém comente.
Eu, por exemplo, já li e não comentei. É verdade que queremos sempre comentários mas isso não quer dizer que a cronica não seja lida.
Para além do mais se vais desistir por causa disso, acho que não tem logica.
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
FORA DO AR: Quem é o senhor que se segue?
Quem é o senhor que se segue no cargo de Director de Programas da TVI, com a confirmação da saída de André Cerqueira?
Eu pergunto "senhor" pois pelos vistos existe uma resistência em nomear uma "senhora" para este cargo.
Embora apontem Júlia Pinheiro como uma possível substituta de André Cerqueira, tenho dúvidas não só na vontade da própria, como na vontade da própria administração.
Basta lembrar o recente caso de Gabriela Sobral, que era tida como a melhor opção para o cargo dentro da TVI, e acabou por ser ultrapassada por um "outsider" sem ligação e experiência à Direcção de Programas, e que inclusivé viu acumular essa função com a que já exercia na Plural. Preferiram alguém sem experiência e sobrecarregado, a uma pessoa que conhecia bem o meio e com provas dadas.
Uma acumulação de funções em André Cerqueira que a meu ver gerava um conflito de interesses, entre a TVI e a Plural.
Naturalmente, um erro, que ao longo do tempo ficou provado pelas decisões tomadas e que culminaram na actual situação da estação.
Pior ainda, agora como antes, a TVI vê-se numa situação de não conseguir arranjar uma pessoa à altura para assumir o cargo de Director de Programas.
Para já, esse função ficará sem ocupante. No entanto, é algo que não é sustentável a médio prazo. Eu diria até que se em Janeiro não existir alguém pronto a assumir este cargo, a TVI está em pior situação do que se imagina.
Esta situação associada a uma crise de audiência poderá ser fatal para as ambições da estação, e gerar uma situação semelhante à vivida pela SIC nos últimos anos.
Para além da situação pouco favorável vivida na actualidade pela TVI, o facto de ter havido pouca estabilidade entre quem desempenhou este cargo nos últimos dois anos, deve gerar ainda mais dúvidas a potenciais candidatos.
Para já, é esperado um caminho bastante doloroso para a estação de Queluz de Baixo e com um desfecho imprevísivel.
Fiquem em boa companhia!
Por Paulo Andrade
Quem é o senhor que se segue no cargo de Director de Programas da TVI, com a confirmação da saída de André Cerqueira?
Eu pergunto "senhor" pois pelos vistos existe uma resistência em nomear uma "senhora" para este cargo.
Embora apontem Júlia Pinheiro como uma possível substituta de André Cerqueira, tenho dúvidas não só na vontade da própria, como na vontade da própria administração.
Basta lembrar o recente caso de Gabriela Sobral, que era tida como a melhor opção para o cargo dentro da TVI, e acabou por ser ultrapassada por um "outsider" sem ligação e experiência à Direcção de Programas, e que inclusivé viu acumular essa função com a que já exercia na Plural. Preferiram alguém sem experiência e sobrecarregado, a uma pessoa que conhecia bem o meio e com provas dadas.
Uma acumulação de funções em André Cerqueira que a meu ver gerava um conflito de interesses, entre a TVI e a Plural.
Naturalmente, um erro, que ao longo do tempo ficou provado pelas decisões tomadas e que culminaram na actual situação da estação.
Pior ainda, agora como antes, a TVI vê-se numa situação de não conseguir arranjar uma pessoa à altura para assumir o cargo de Director de Programas.
Para já, esse função ficará sem ocupante. No entanto, é algo que não é sustentável a médio prazo. Eu diria até que se em Janeiro não existir alguém pronto a assumir este cargo, a TVI está em pior situação do que se imagina.
Esta situação associada a uma crise de audiência poderá ser fatal para as ambições da estação, e gerar uma situação semelhante à vivida pela SIC nos últimos anos.
Para além da situação pouco favorável vivida na actualidade pela TVI, o facto de ter havido pouca estabilidade entre quem desempenhou este cargo nos últimos dois anos, deve gerar ainda mais dúvidas a potenciais candidatos.
Para já, é esperado um caminho bastante doloroso para a estação de Queluz de Baixo e com um desfecho imprevísivel.
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Por Paulo Andrade
Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Este era o momento era o Rangel regressar... mas eles devem estar mais preocupados em manter a linha de produção da Plural, portanto alguém de fora com ideias que possam mexer com o instituído é para por de lado.
Vince- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
CLaramente que a saida de Gabriela Sobral foi um erro, muito grande face ao respeito e saber que detinha no canal e na concorrência.
Apesar disso, acho que João Cotrim Figueiredo, o director-geral da estação tem toda a capacidade de agregar a direcção de programas também. Apesar de ainda ser um pouco cedo, em termo de tempo na estação, para assumir o cargo.
Apesar disso, acho que João Cotrim Figueiredo, o director-geral da estação tem toda a capacidade de agregar a direcção de programas também. Apesar de ainda ser um pouco cedo, em termo de tempo na estação, para assumir o cargo.
Eu João- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Eu acho que o Joao Cotrim Figueiredo não tem o perfil necessário, pelo menos é o tem dado a entender!
Continuo sem perceber como é que todo o horário nobre continua a ser posto em causa por um produto que dentro de um mês acabou e nem sequer precisa daquele espaço todo!???
O que irá fazer a TVI quando precisar de em Janeiro recuar todo o HN?
Como irá a TVI ocupar as noites de domingo??
É tudo muito lindo na boca de alguns, mas na hora da verdade as coisas ficam muito feias!
A TVI está a cavar um buraco cuja profundidade está por saber... Mas em Janeiro poderá ser surpreendida pela negativa e ver finalmente a sua liderança, afectada e eventualmente cair até para o segundo ou terceiro lugar!
A RTP1 não precisa de fazer muito, pois já hoje as coisas correm-lhe bem, e sem Casa dos Segredos os domingos deverão melhorar para a RTP1 e sobretudo com a saída de Diários do Vampiro!
Para a SIC basta não inventar e apostar em TI TI TI em Horário nobre para a estação começar a ficar nos 24% e acima!
Já a TVI perante isto não poderá fazer nada, com as suas telenovelas com resultados péssimas! E com o Direito de Antena a situação tende a piorar!
Pois aí a SIC poderá jogar com Ti Ti Ti ou ENE, qualquer uma mais fortes que MCA e aí sim a TVI vai sofrer...
Continuo sem perceber como é que todo o horário nobre continua a ser posto em causa por um produto que dentro de um mês acabou e nem sequer precisa daquele espaço todo!???
O que irá fazer a TVI quando precisar de em Janeiro recuar todo o HN?
Como irá a TVI ocupar as noites de domingo??
É tudo muito lindo na boca de alguns, mas na hora da verdade as coisas ficam muito feias!
A TVI está a cavar um buraco cuja profundidade está por saber... Mas em Janeiro poderá ser surpreendida pela negativa e ver finalmente a sua liderança, afectada e eventualmente cair até para o segundo ou terceiro lugar!
A RTP1 não precisa de fazer muito, pois já hoje as coisas correm-lhe bem, e sem Casa dos Segredos os domingos deverão melhorar para a RTP1 e sobretudo com a saída de Diários do Vampiro!
Para a SIC basta não inventar e apostar em TI TI TI em Horário nobre para a estação começar a ficar nos 24% e acima!
Já a TVI perante isto não poderá fazer nada, com as suas telenovelas com resultados péssimas! E com o Direito de Antena a situação tende a piorar!
Pois aí a SIC poderá jogar com Ti Ti Ti ou ENE, qualquer uma mais fortes que MCA e aí sim a TVI vai sofrer...
Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
FORA DO AR: JANELA ABERTA
Com a situação cada vez mais delicada vivida pela TVI, a SIC pode finalmente por em causa a sua liderança, uma vez que reúne todos os elementos necessários para o fazer.
Entre os quais destaco, o bom desempenho obtido pelas telenovelas nas últimas semanas e que tem todas as condições para se manter nos próximos tempos.
No entanto, a estreia de “Ti Ti Ti” é quanto a mim o elemento-chave nesta equação e que poderá ser determinante na obtenção de um resultado mais favorável à estação de Carnaxide.
Embora “Laços de Sangue” e “Passione” tenham subido nas audiências continuam a ser penalizadas pela ausência de um produto forte entre estas e o “Jornal da Noite”.
É aqui que a meu ver poderia entrar “Ti Ti Ti”.
Para começar “Ti Ti Ti” contribuiria positivamente para a imagem da estação junto do público ao contrário d”Os Malucos do Riso que ocupam o horário actualmente.
Depois possui um potencial evolutivo na sua performance que “Os Malucos do Riso” não apresentam!
Sem esquecer que “Ti Ti Ti” é uma opção de grelha de longo prazo, enquanto o humorístico é apenas um “tapa-buracos” sem qualquer futuro.
Por fim, esta seria um melhor “lead-in” para as restantes telenovelas, sobretudo numa altura em que poderia começar cada capítulo sem ter que concorrer com outra telenovela, mas antes com o diário de um reality-show que cada vez convence menos nas audiências. E com um produto mais forte poderia ressentir-se ainda mais.
E o que tem a SIC a perder ao colocar “Ti Ti Ti” à noite?
Na minha opinião, não tem rigorosamente nada a perder!
Pois, tem no acesso ao horário nobre uma telenovela capaz de segurar esse horário!
No caso de “Ti Ti Ti” não resultar como o pretendido à noite, uma transferência para a tarde não penaliza a telenovela. O contrário, isto é, a transferência de uma telenovela da tarde para a noite já é mais complicado, pois teve menos visibilidade por ser exibido num horário de menor consumo.
E quem pode mais ganhar com esta medida são as telenovelas da noite, que poderão ganhar o impulso que falta para se imporem perante as telenovelas concorrentes cada vez mais debilitadas.
E depois, permitir a saída de “Ti Ti Ti” para o horário das 19 horas, deixando o horário nobre entregue às suas donas originais agora consolidadas e nos horários mais apropriados, isto é, “Laços de Sangue” às 22 horas e “Passione” às 23 horas, restabelecendo a “ordem natural”.
Este é o primeiro dos passos para que a SIC possa chegar à liderança.
O próximo será dado quando estrear “Portugal Tem Talento” em Janeiro, repondo certamente a liderança da estação nos domingos.
Entre outros passos, que teriam tempo para serem tomadas com a presença de “Ti Ti Ti” em horário nobre, pois permitiria alguma margem de manobra.
Esta é daquelas situações em que se pode aplicar a expressão:
“Fecha-se uma porta, abre-se uma janela!”
Vamos ver se é desta que a SIC finalmente aproveita um fraquejar da estação líder, ou se como nas outras oportunidades não as viu ou não soube como as aproveitar.
Queria ainda falar da opção da SIC para o programa de passagem de ano, mas vou guardar este assunto para uma próxima crónica.
Fiquem em boa companhia!
Por Paulo Andrade
Com a situação cada vez mais delicada vivida pela TVI, a SIC pode finalmente por em causa a sua liderança, uma vez que reúne todos os elementos necessários para o fazer.
Entre os quais destaco, o bom desempenho obtido pelas telenovelas nas últimas semanas e que tem todas as condições para se manter nos próximos tempos.
No entanto, a estreia de “Ti Ti Ti” é quanto a mim o elemento-chave nesta equação e que poderá ser determinante na obtenção de um resultado mais favorável à estação de Carnaxide.
Embora “Laços de Sangue” e “Passione” tenham subido nas audiências continuam a ser penalizadas pela ausência de um produto forte entre estas e o “Jornal da Noite”.
É aqui que a meu ver poderia entrar “Ti Ti Ti”.
Para começar “Ti Ti Ti” contribuiria positivamente para a imagem da estação junto do público ao contrário d”Os Malucos do Riso que ocupam o horário actualmente.
Depois possui um potencial evolutivo na sua performance que “Os Malucos do Riso” não apresentam!
Sem esquecer que “Ti Ti Ti” é uma opção de grelha de longo prazo, enquanto o humorístico é apenas um “tapa-buracos” sem qualquer futuro.
Por fim, esta seria um melhor “lead-in” para as restantes telenovelas, sobretudo numa altura em que poderia começar cada capítulo sem ter que concorrer com outra telenovela, mas antes com o diário de um reality-show que cada vez convence menos nas audiências. E com um produto mais forte poderia ressentir-se ainda mais.
E o que tem a SIC a perder ao colocar “Ti Ti Ti” à noite?
Na minha opinião, não tem rigorosamente nada a perder!
Pois, tem no acesso ao horário nobre uma telenovela capaz de segurar esse horário!
No caso de “Ti Ti Ti” não resultar como o pretendido à noite, uma transferência para a tarde não penaliza a telenovela. O contrário, isto é, a transferência de uma telenovela da tarde para a noite já é mais complicado, pois teve menos visibilidade por ser exibido num horário de menor consumo.
E quem pode mais ganhar com esta medida são as telenovelas da noite, que poderão ganhar o impulso que falta para se imporem perante as telenovelas concorrentes cada vez mais debilitadas.
E depois, permitir a saída de “Ti Ti Ti” para o horário das 19 horas, deixando o horário nobre entregue às suas donas originais agora consolidadas e nos horários mais apropriados, isto é, “Laços de Sangue” às 22 horas e “Passione” às 23 horas, restabelecendo a “ordem natural”.
Este é o primeiro dos passos para que a SIC possa chegar à liderança.
O próximo será dado quando estrear “Portugal Tem Talento” em Janeiro, repondo certamente a liderança da estação nos domingos.
Entre outros passos, que teriam tempo para serem tomadas com a presença de “Ti Ti Ti” em horário nobre, pois permitiria alguma margem de manobra.
Esta é daquelas situações em que se pode aplicar a expressão:
“Fecha-se uma porta, abre-se uma janela!”
Vamos ver se é desta que a SIC finalmente aproveita um fraquejar da estação líder, ou se como nas outras oportunidades não as viu ou não soube como as aproveitar.
Queria ainda falar da opção da SIC para o programa de passagem de ano, mas vou guardar este assunto para uma próxima crónica.
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Por Paulo Andrade
Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Não há nada para ver... TTT é promovida e vai para a tarde. Avança...
Jnpc- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
"Com a situação cada vez mais delicada vivida pela TVI, a SIC pode finalmente por em causa a sua liderança, uma vez que reúne todos os elementos necessários para o fazer."
Já viste bem as audiências?? Mais depressa é a RTP1 a começar a liderar o panorama que a SIC.
Já viste bem as audiências?? Mais depressa é a RTP1 a começar a liderar o panorama que a SIC.
Eu João- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Eu já vi as audiências... Mas se vires com olhos de ver quem tem mais margem de manobra para subir, SIC ou RTP1?
Na SIC se soubessem fazer as coisas poderiam melhorar a grelha e a performance pois têm programas em carteira para isso, já a RTP1 não passará do que está!
O problema é que na SIC vai passar ao lado mais uma vez, a TVI em Janeiro regressa com as suas telenovelas aos horários habituais e com um bocado de sorte volta tudo ao mesmo! LOL
Eu acho que a estreia de Ti Ti Ti vai surpreender muita gente!
Na SIC se soubessem fazer as coisas poderiam melhorar a grelha e a performance pois têm programas em carteira para isso, já a RTP1 não passará do que está!
O problema é que na SIC vai passar ao lado mais uma vez, a TVI em Janeiro regressa com as suas telenovelas aos horários habituais e com um bocado de sorte volta tudo ao mesmo! LOL
Eu acho que a estreia de Ti Ti Ti vai surpreender muita gente!
Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
FORA DO AR: CARNE PARA CANHÃO?
Eu confesso a minha estranheza, já manifestada noutras ocasiões, na opção da SIC em “queimar” esta temporada do “Ídolos” contra o “Secret Story”.
Não é a primeira vez que isto acontece e pelos vistos não será a última em que as nossas televisões colocam os seus principais produtos de entretenimento nos mesmos horários. Eu pergunto porque não terão poupado este programa a um confronto directo que levou ao apagamento nas audiências desta temporada?
E a recente notícia de que o programa acabará na noite de passagem de ano, repetindo-se o embate com “Secret Story” ainda me deixou mais chocado, mas não surpreendido!
Quais os critérios que estão na base destas escolhas que colocam o único produto de entretenimento no horário mais ingrato? Não seria de esperar precisamente o contrário de modo a maximizar e rentabilizar este produto?
Não seria mais lucrativo e benéfico para a SIC exibir o fim da temporada do programa mais tarde e assim obter resultados mais expressivos?
Eu penso que sim e é precisamente por esta razão que escrevo a presente crónica.
Na minha opinião, existem condições para prolongar a transmissão do “Ídolos” em mais duas semanas, permitindo assim exibir a semi-final e final em 2011 e sem concorrência à altura o que permitiria ao programa alcançar o brilho que acabou por não ter na restante temporada!
Para que isto fosse possível bastava fazer o seguinte:
Gala de “repescagem”: No dia 12 de Dezembro seria realizada uma gala onde os cinco concorrentes eliminados teriam uma segunda oportunidade de regressar à competição. Nessa gala actuariam a solo e num dueto com um dos cinco concorrentes ainda em jogo. Nesta emissão não seria eliminado nenhum concorrente. O público e os concorrentes em jogo escolheriam um ex-concorrente cada para voltar ao programa.
Gala de Natal: Uma gala dedicada a esta época especial do ano, onde seria levado a cabo uma campanha de angariação de fundos para uma causa solidária. Poderia até ser o culiminar de uma campanha já iniciada noutros programas. Haveria ainda lugar a convidados especiais (músicos e não só) e outras artes, incluindo o humor. Nesta semana não sairia nenhum concorrente.
Especial de Ano Novo. Nesta gala seria eliminado um participante. Permaneceriam em competição 4 elementos. No primeiro domingo de 2011 seria feita uma gala especial onde seriam cantados os temas mais marcantes e de maior sucesso de 2010, e através deles também seria feita uma retrospectiva dos acontecimentos mais importantes do ano.
Semi-final: A 9 de Janeiro iria par o ar a semi-final do programa, onde seriam eliminados dois candidatos, chegando-se aos dois finalistas do programa.
Final: No dia 16 de Janeiro seria emitida a final, com a consagração do vencedor.
Como podem ver, um modo simples e eficaz de prolongar a emissão sem a desgastar antes pelo contrário, pois aquelas galas extras trariam mais valor à actual transmissão.
Ficaria por resolver a opção para a noite de passagem de ano.
A meu ver, e sem complicar muito, poderia ser preenchida por um especial do “Portugal Tem Talento” e uma emissão especial a partir da Praia dos Pescadores em Albufeira.
A primeira metade da noite seria preenchida por uma emissão especial do “Portugal Tem Talento” onde seriam exibidas as actuações mais fascinantes das várias versões internacionais. Com certeza, com uma boa produção e edição resultaria num excelente espectáculo de grande variedade e qualidade apropriado à noite em questão. A apresentação também seria importante para estabelecer um elo entre os diferentes números, a emissão e o espectador.
Para completar a noite, antes e depois das 12 badaladas seriam emitidos concertos ao vivo e em directo de Albufeira. Para completar a transmissão haveria a contagem decrescente em directo, seguindo-se o fogo de artifício.
Para esta emissão em Albuferia seria destacada uma dupla de apresentadores para trazer coesão e proximidade à transmissão.
Uma solução mais barata, mas que poderia fazer uma boa performance, e ao mesmo tempo seria uma excelente promoção ao próximo programa de entretenimento da estação e poupando o actual para que possa terminar com alguma glória.
E ainda com esta “manobra” o “Portugal Tem Talento” poderia começar somente no fim de Janeiro e assim com mais tempo, o programa poderia ser convenientemente preparado.
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Por Paulo Andrade
Eu confesso a minha estranheza, já manifestada noutras ocasiões, na opção da SIC em “queimar” esta temporada do “Ídolos” contra o “Secret Story”.
Não é a primeira vez que isto acontece e pelos vistos não será a última em que as nossas televisões colocam os seus principais produtos de entretenimento nos mesmos horários. Eu pergunto porque não terão poupado este programa a um confronto directo que levou ao apagamento nas audiências desta temporada?
E a recente notícia de que o programa acabará na noite de passagem de ano, repetindo-se o embate com “Secret Story” ainda me deixou mais chocado, mas não surpreendido!
Quais os critérios que estão na base destas escolhas que colocam o único produto de entretenimento no horário mais ingrato? Não seria de esperar precisamente o contrário de modo a maximizar e rentabilizar este produto?
Não seria mais lucrativo e benéfico para a SIC exibir o fim da temporada do programa mais tarde e assim obter resultados mais expressivos?
Eu penso que sim e é precisamente por esta razão que escrevo a presente crónica.
Na minha opinião, existem condições para prolongar a transmissão do “Ídolos” em mais duas semanas, permitindo assim exibir a semi-final e final em 2011 e sem concorrência à altura o que permitiria ao programa alcançar o brilho que acabou por não ter na restante temporada!
Para que isto fosse possível bastava fazer o seguinte:
Gala de “repescagem”: No dia 12 de Dezembro seria realizada uma gala onde os cinco concorrentes eliminados teriam uma segunda oportunidade de regressar à competição. Nessa gala actuariam a solo e num dueto com um dos cinco concorrentes ainda em jogo. Nesta emissão não seria eliminado nenhum concorrente. O público e os concorrentes em jogo escolheriam um ex-concorrente cada para voltar ao programa.
Gala de Natal: Uma gala dedicada a esta época especial do ano, onde seria levado a cabo uma campanha de angariação de fundos para uma causa solidária. Poderia até ser o culiminar de uma campanha já iniciada noutros programas. Haveria ainda lugar a convidados especiais (músicos e não só) e outras artes, incluindo o humor. Nesta semana não sairia nenhum concorrente.
Especial de Ano Novo. Nesta gala seria eliminado um participante. Permaneceriam em competição 4 elementos. No primeiro domingo de 2011 seria feita uma gala especial onde seriam cantados os temas mais marcantes e de maior sucesso de 2010, e através deles também seria feita uma retrospectiva dos acontecimentos mais importantes do ano.
Semi-final: A 9 de Janeiro iria par o ar a semi-final do programa, onde seriam eliminados dois candidatos, chegando-se aos dois finalistas do programa.
Final: No dia 16 de Janeiro seria emitida a final, com a consagração do vencedor.
Como podem ver, um modo simples e eficaz de prolongar a emissão sem a desgastar antes pelo contrário, pois aquelas galas extras trariam mais valor à actual transmissão.
Ficaria por resolver a opção para a noite de passagem de ano.
A meu ver, e sem complicar muito, poderia ser preenchida por um especial do “Portugal Tem Talento” e uma emissão especial a partir da Praia dos Pescadores em Albufeira.
A primeira metade da noite seria preenchida por uma emissão especial do “Portugal Tem Talento” onde seriam exibidas as actuações mais fascinantes das várias versões internacionais. Com certeza, com uma boa produção e edição resultaria num excelente espectáculo de grande variedade e qualidade apropriado à noite em questão. A apresentação também seria importante para estabelecer um elo entre os diferentes números, a emissão e o espectador.
Para completar a noite, antes e depois das 12 badaladas seriam emitidos concertos ao vivo e em directo de Albufeira. Para completar a transmissão haveria a contagem decrescente em directo, seguindo-se o fogo de artifício.
Para esta emissão em Albuferia seria destacada uma dupla de apresentadores para trazer coesão e proximidade à transmissão.
Uma solução mais barata, mas que poderia fazer uma boa performance, e ao mesmo tempo seria uma excelente promoção ao próximo programa de entretenimento da estação e poupando o actual para que possa terminar com alguma glória.
E ainda com esta “manobra” o “Portugal Tem Talento” poderia começar somente no fim de Janeiro e assim com mais tempo, o programa poderia ser convenientemente preparado.
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Por Paulo Andrade
Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Eu acho que esse 'portugal tem talento' vindo do nada na passagem de ano era um garantido flop... e só não deveria ser mais porque na rtp não haverá nada de especial, provavelmente uma gala da ot. Era preferivel uma gala especial do Idolos com convidados.
Tinha de ser algo mais e a acho que a sic devia fazer tudo para trazer os gatos fedorento nem que seja somente nesse dia, mas isso parece-me pouco provável.
Tinha de ser algo mais e a acho que a sic devia fazer tudo para trazer os gatos fedorento nem que seja somente nesse dia, mas isso parece-me pouco provável.
Vince- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Gato Fedorento nesse dia? Um disparate!
A não ser que fosse para fazer a apresentação desse especial do "Portugal Tem Talento".
a sic deveria fazer tudo para que voltem no próximo ano, pelo menos para 13 programas.
A não ser que fosse para fazer a apresentação desse especial do "Portugal Tem Talento".
a sic deveria fazer tudo para que voltem no próximo ano, pelo menos para 13 programas.
Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Claro que não era para apresentar isso... acho que não tem cabimento esse programa aparecer assim do nada.
Era uma possibilidade de os conseguirem trazer para um especial fim de ano, mas claro que não vai acontecer.
Era uma possibilidade de os conseguirem trazer para um especial fim de ano, mas claro que não vai acontecer.
Vince- Membro
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