[Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
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Vince
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
FORA DO AR: Estranhas Coincidências
Nos últimos dias, o mercado de televisão nacional viveu dias de grande agitação e exaltação.
No topo da lista dos acontecimentos da semana esteve a transferência de Fátima Lopes da SIC para a TVI.
Completamente inesperado e sem nada que o fizesse prever a SIC perdeu o seu rosto mais emblemático e o último da era dourada da estação, depois das saídas de Jorge Gabriel, Catarina Furtado e Júlia Pinheiro alguns anos atrás.
O que esta transferência tem de trágico para a SIC, tem de glórioso para a TVI!
A TVI consegue de uma só vez resolver dois problemas:
1º Reforçar uma das áreas onde apresentava maiores fragilidades, pois era das três generalistas a que tinha menores opções para a apresentação de programas próprios; e
2º Privar a sua concorrente directa de um dos seus trunfos mais importantes na luta pelas audiências.
Fica agora a faltar um rosto masculino de igual peso para completar a oferta da estação na apresentação.
A SIC tentou reagir contratando a Cristina Ferreira, colega de Manuel Luís Goucha nas manhãs da TVI. Ironicamente, esta manobra de diversão, se ainda era possível, apenas agravou a situação da estação, pois para além de perder um dos seus activos mais importantes, ficou patente a falta de capacidade da SIC para atrair caras já consolidadas noutros canais. Fazendo com certeza baixar ainda mais a moral nos corredores de Carnaxide.
Não foi o único “não” que a estação aparentemente já recebeu. Pois, nos últimos anos surgiram alguns rumores de tentativa de contratação de algumas caras da RTP também sem sucesso.
Este é um dos dramas que asolam a SIC, chegar ao ponto onde existe maior vontade de sair do que de entrar.
Continuando na lista de novidades da semana, chegamos à confirmação do regresso do Big Brother, no ano que se comemora o 10º aniversário da sua estreia na televisão portuguesa.
O formato evoluiu bastante nos últimos anos e pode por isso ainda surpreender os espectadores neste regresso.
Eu espero que não haja nenhuma surpresa de última hora, como já tem sido noticiada na imprensa, que afinal não seria uma nova edição do Big Brother, mas sim a aposta num formato similar. Para além de não fazer qualquer sentido, tendo em conta a campanha promocional em antena na TVI, acabaria por defraudar as expectativas criadas, e com certeza a suas hipoteses de sucesso serão bem menores.
Para além das necessárias mudanças no formato em relação ao que é conhecido do público português, o modelo de exibição também deveria ser alterado. Penso que hoje em dia um tipo de cobertura tão exaustiva como foi feito em passadas edições dificilmente terão os resultados pretendidos. Seria preferível optar por algo mais contido e concentrado, para que o interesse do público continue focado e não acabe por esmorecer ao longo da sua exibição.
Esta rentrée pelos vistos ficará marcada por regressos de antigos programas.
A RTP1 também não quis ficar de fora desta moda e por isso já fez saber que a Operação Triunfo voltará no Outono.
Contudo, esta notícia leva-me a questionar mais uma vez o sentido de oportunidade dos responsáveis televisivos.
Qual será o fundamento para esta decisão, uma vez que a RTP1 irá colocar no ar um programa com um formato similar ao que a SIC irá oferecer no mesmo período?
É a reincidência nos erros do passado, estes sim não mereciam ter novas edições! No entanto, tem o privilégio da “renovação contínua”!
Por isso, espero que o público dê um rotundo não a este tipo de estratégia, como aliás tem sido tradição.
Por fim, para terminar a análise dos regressos do ano temos na SIC uma nova temporada do Ídolos já em Setembro, ao contrário do que foi noticiado aquando da finalização da última temporada. Uma pena, pois seria a estratégia mais correcta. No entanto, a situação complicada da estação nas audiências e não só, terão ditado este regresso precose.
Deste modo, iremos ter João Manzarra na apresentação do 3º programa do mesmo género consecutivo no espaço de um ano. Certamente irá bater algum tipo de recorde nacional.
Passando para outro assunto e que no entanto, pelo menos para mim, choca-me mais que qualquer caso comentando acima está a opção da RTP1 de colocar uma série brasileira em horário nobre diariamente.
O duelo entre produtos globais em canais diferentes já não se via desde a primeira metade da década de 90. E certamente poucos estarão desejosos por ver esta reedição que tem de tão desnecessário como de absurdo e só é compatível com uma gestão completamente disvirtuada e sem sentido.
Porquê este desejo doentio de imitação entre os canais nacionais? Por mais que me esforce não consigo compreender, por isso gostaria que os responsáveis fossem questionados sobre o mesmo para ver se conseguia algum tipo de justificação que não fosse a pura incompetência na gestão de cada uma das grelhas de programas.
Mas aparentemente os nossos jornalistas de televisão parecem não estar interessados neste tipo de perguntas. Espantosamente, estes raramente interpelam os responsáveis televisivos sobre os seus erros. É outra questão que de vez em quando me surge e que também certamente ficará por responder.
O que vale é que pelo menos inicialmente essa competição estará deslocada, uma vez que a SIC irá colocar para já a sua única telenovela da noite no latenight.
Certamente as telenovelas após a meia-noite são um fenómeno digno de um case study mundial!
Num outro episódio de estranhas coincidências, é a presença de mais uma telenovela juvenil no horário nobre da SIC durante o verão. Desta vez, coube a sorte a Lua Vermelha, série juvenil que já viu diversos horário de exibição, e que depois de relegada para o acesso ao primetime de domingo devido aos fracos resultados no horário destes dias, é agora chamada novamente ao horário nobre, mas dos dias útéis. Uma promoção que com certeza prestigia muito a série, mas será que esta prestigiará a estação com bons resultados?
Vemos por tanto a história repetir-se depois de Floribella, Chiquititas e Rebelde Way. Apenas a primeira conheceu sucesso, tudo o resto sucumbiu ao fracasso.
Parece-me que Lua Vermelha asemelha-se mais às últimos exemplo.
E para agravar a situação vemos a SIC na mesma situação que precipitou a saída de Penim da SIC: a aposta falhada num produto juvenil que levou a SIC a mínimos no horário nobre.
No entanto, parece que desta vez Nuno Santos terá mais sorte, mesmo com piores resultados uma vez que a estação de Carnaxide e agora está mais condescendente, e até mesmo um 4º lugar já não é tão grave quanto possa parecer aos mais distraídos.
Já lá vão dois anos e meio desde que Nuno Santos assumiu a direcção de programas e a SIC continua longe de uma situação saudável. E parece condenada a manter-se neste estado enquanto os seus responsáveis persistirem na ideia de copiar a concorrência.
Quando chegou à SIC, Nuno Santos tentou fazer o mesmo que fez na RTP1. Não, não me refiro à recuperação da programação da estação, mas sim a colocar em prática o mesmo tipo de soluções programáticas, mesmo quando as realidades eram completamente distintas.
Logo não surpreendeu ninguém quando falharam.
Depois, tentou copiar a TVI, estratégia que ainda continua, no entanto, até agora ainda não deu frutos.
Como vimos ao longo da história da televisão esta estratégia copista nunca foi bem sucedida. Quando a RTP1 perdeu a liderança para a SIC, esta tentou copiá-la e foi sempre a descer.
A TVI também começa a imitar a SIC nos finais dos anos 90, mas somente quando aparece algo diferente como o Big Brother é que consegue passar para a frente, situação consolidada pelo sucesso das telenovelas nacionais.
A SIC tenta então copiar a TVI, apostando em telenovelas nacionais e reality shows e os resultados não poderiam ser pior.
Finalmente coloca de lado esta ideia e a estação recupera um pouco, especialmente na imagem.
Vemos que o sucesso em programas que são sua imagem de marca: as telenovelas brasileiras, o entretenimento e o humor.
No entanto, Nuno Santos, volta à carga fazendo das telenovelas nacionais a sua principal aposta, relegando as telenovelas brasileiras completamente para o ostracismo. E tem pago um alto preço por isso.
Volto a frisar a ideia de que a SIC tem que se reinventar e arranjar uma identidade própria, que embora tenha pontes comuns com a concorrência, precisa ter a sua própria marca.
Será o Nuno Santos o homem certo para este trabalho?
Até hoje, tem demonstrado apenas o contrário. Veremos o que o futuro reserva, e esse futuro será já na próxima rentrée.
Para terminar resta-me dizer que esta crónica estará de férias até ao dia 12 de Setembro.
Fiquem em Boa Companhia!
Visitem o fórum para comentar esta crónica e outros tópicos.
Pois é do diálogo que surgem as melhores ideias.
Por Paulo Andrade
Nos últimos dias, o mercado de televisão nacional viveu dias de grande agitação e exaltação.
No topo da lista dos acontecimentos da semana esteve a transferência de Fátima Lopes da SIC para a TVI.
Completamente inesperado e sem nada que o fizesse prever a SIC perdeu o seu rosto mais emblemático e o último da era dourada da estação, depois das saídas de Jorge Gabriel, Catarina Furtado e Júlia Pinheiro alguns anos atrás.
O que esta transferência tem de trágico para a SIC, tem de glórioso para a TVI!
A TVI consegue de uma só vez resolver dois problemas:
1º Reforçar uma das áreas onde apresentava maiores fragilidades, pois era das três generalistas a que tinha menores opções para a apresentação de programas próprios; e
2º Privar a sua concorrente directa de um dos seus trunfos mais importantes na luta pelas audiências.
Fica agora a faltar um rosto masculino de igual peso para completar a oferta da estação na apresentação.
A SIC tentou reagir contratando a Cristina Ferreira, colega de Manuel Luís Goucha nas manhãs da TVI. Ironicamente, esta manobra de diversão, se ainda era possível, apenas agravou a situação da estação, pois para além de perder um dos seus activos mais importantes, ficou patente a falta de capacidade da SIC para atrair caras já consolidadas noutros canais. Fazendo com certeza baixar ainda mais a moral nos corredores de Carnaxide.
Não foi o único “não” que a estação aparentemente já recebeu. Pois, nos últimos anos surgiram alguns rumores de tentativa de contratação de algumas caras da RTP também sem sucesso.
Este é um dos dramas que asolam a SIC, chegar ao ponto onde existe maior vontade de sair do que de entrar.
Continuando na lista de novidades da semana, chegamos à confirmação do regresso do Big Brother, no ano que se comemora o 10º aniversário da sua estreia na televisão portuguesa.
O formato evoluiu bastante nos últimos anos e pode por isso ainda surpreender os espectadores neste regresso.
Eu espero que não haja nenhuma surpresa de última hora, como já tem sido noticiada na imprensa, que afinal não seria uma nova edição do Big Brother, mas sim a aposta num formato similar. Para além de não fazer qualquer sentido, tendo em conta a campanha promocional em antena na TVI, acabaria por defraudar as expectativas criadas, e com certeza a suas hipoteses de sucesso serão bem menores.
Para além das necessárias mudanças no formato em relação ao que é conhecido do público português, o modelo de exibição também deveria ser alterado. Penso que hoje em dia um tipo de cobertura tão exaustiva como foi feito em passadas edições dificilmente terão os resultados pretendidos. Seria preferível optar por algo mais contido e concentrado, para que o interesse do público continue focado e não acabe por esmorecer ao longo da sua exibição.
Esta rentrée pelos vistos ficará marcada por regressos de antigos programas.
A RTP1 também não quis ficar de fora desta moda e por isso já fez saber que a Operação Triunfo voltará no Outono.
Contudo, esta notícia leva-me a questionar mais uma vez o sentido de oportunidade dos responsáveis televisivos.
Qual será o fundamento para esta decisão, uma vez que a RTP1 irá colocar no ar um programa com um formato similar ao que a SIC irá oferecer no mesmo período?
É a reincidência nos erros do passado, estes sim não mereciam ter novas edições! No entanto, tem o privilégio da “renovação contínua”!
Por isso, espero que o público dê um rotundo não a este tipo de estratégia, como aliás tem sido tradição.
Por fim, para terminar a análise dos regressos do ano temos na SIC uma nova temporada do Ídolos já em Setembro, ao contrário do que foi noticiado aquando da finalização da última temporada. Uma pena, pois seria a estratégia mais correcta. No entanto, a situação complicada da estação nas audiências e não só, terão ditado este regresso precose.
Deste modo, iremos ter João Manzarra na apresentação do 3º programa do mesmo género consecutivo no espaço de um ano. Certamente irá bater algum tipo de recorde nacional.
Passando para outro assunto e que no entanto, pelo menos para mim, choca-me mais que qualquer caso comentando acima está a opção da RTP1 de colocar uma série brasileira em horário nobre diariamente.
O duelo entre produtos globais em canais diferentes já não se via desde a primeira metade da década de 90. E certamente poucos estarão desejosos por ver esta reedição que tem de tão desnecessário como de absurdo e só é compatível com uma gestão completamente disvirtuada e sem sentido.
Porquê este desejo doentio de imitação entre os canais nacionais? Por mais que me esforce não consigo compreender, por isso gostaria que os responsáveis fossem questionados sobre o mesmo para ver se conseguia algum tipo de justificação que não fosse a pura incompetência na gestão de cada uma das grelhas de programas.
Mas aparentemente os nossos jornalistas de televisão parecem não estar interessados neste tipo de perguntas. Espantosamente, estes raramente interpelam os responsáveis televisivos sobre os seus erros. É outra questão que de vez em quando me surge e que também certamente ficará por responder.
O que vale é que pelo menos inicialmente essa competição estará deslocada, uma vez que a SIC irá colocar para já a sua única telenovela da noite no latenight.
Certamente as telenovelas após a meia-noite são um fenómeno digno de um case study mundial!
Num outro episódio de estranhas coincidências, é a presença de mais uma telenovela juvenil no horário nobre da SIC durante o verão. Desta vez, coube a sorte a Lua Vermelha, série juvenil que já viu diversos horário de exibição, e que depois de relegada para o acesso ao primetime de domingo devido aos fracos resultados no horário destes dias, é agora chamada novamente ao horário nobre, mas dos dias útéis. Uma promoção que com certeza prestigia muito a série, mas será que esta prestigiará a estação com bons resultados?
Vemos por tanto a história repetir-se depois de Floribella, Chiquititas e Rebelde Way. Apenas a primeira conheceu sucesso, tudo o resto sucumbiu ao fracasso.
Parece-me que Lua Vermelha asemelha-se mais às últimos exemplo.
E para agravar a situação vemos a SIC na mesma situação que precipitou a saída de Penim da SIC: a aposta falhada num produto juvenil que levou a SIC a mínimos no horário nobre.
No entanto, parece que desta vez Nuno Santos terá mais sorte, mesmo com piores resultados uma vez que a estação de Carnaxide e agora está mais condescendente, e até mesmo um 4º lugar já não é tão grave quanto possa parecer aos mais distraídos.
Já lá vão dois anos e meio desde que Nuno Santos assumiu a direcção de programas e a SIC continua longe de uma situação saudável. E parece condenada a manter-se neste estado enquanto os seus responsáveis persistirem na ideia de copiar a concorrência.
Quando chegou à SIC, Nuno Santos tentou fazer o mesmo que fez na RTP1. Não, não me refiro à recuperação da programação da estação, mas sim a colocar em prática o mesmo tipo de soluções programáticas, mesmo quando as realidades eram completamente distintas.
Logo não surpreendeu ninguém quando falharam.
Depois, tentou copiar a TVI, estratégia que ainda continua, no entanto, até agora ainda não deu frutos.
Como vimos ao longo da história da televisão esta estratégia copista nunca foi bem sucedida. Quando a RTP1 perdeu a liderança para a SIC, esta tentou copiá-la e foi sempre a descer.
A TVI também começa a imitar a SIC nos finais dos anos 90, mas somente quando aparece algo diferente como o Big Brother é que consegue passar para a frente, situação consolidada pelo sucesso das telenovelas nacionais.
A SIC tenta então copiar a TVI, apostando em telenovelas nacionais e reality shows e os resultados não poderiam ser pior.
Finalmente coloca de lado esta ideia e a estação recupera um pouco, especialmente na imagem.
Vemos que o sucesso em programas que são sua imagem de marca: as telenovelas brasileiras, o entretenimento e o humor.
No entanto, Nuno Santos, volta à carga fazendo das telenovelas nacionais a sua principal aposta, relegando as telenovelas brasileiras completamente para o ostracismo. E tem pago um alto preço por isso.
Volto a frisar a ideia de que a SIC tem que se reinventar e arranjar uma identidade própria, que embora tenha pontes comuns com a concorrência, precisa ter a sua própria marca.
Será o Nuno Santos o homem certo para este trabalho?
Até hoje, tem demonstrado apenas o contrário. Veremos o que o futuro reserva, e esse futuro será já na próxima rentrée.
Para terminar resta-me dizer que esta crónica estará de férias até ao dia 12 de Setembro.
Fiquem em Boa Companhia!
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Pois é do diálogo que surgem as melhores ideias.
Por Paulo Andrade
Paulo Andrade- Membro
- Mensagens : 8318
Data de inscrição : 04/03/2010
Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
FORA DO AR: Balanço Geral
É bom estar de volta depois de uma paragem de dois meses e sobretudo se puder continuar a contar com a vossa companhia.
Findado que está o verão é tempo de fazer um balanço geral de tudo o que aconteceu durante este período normalmente mais apático da televisão nacional.
Contrariando o que disse antes e a fazer lembrar o verão de 2000, viveu-se uma grande agitação nos bastidores televisivos.
A transferência de Fátima Lopes da SIC para a TVI continuou a fazer correr muita tinta e com certeza fará ainda mais quando o seu programa estrear a 21 de Setembro.
No sentido oposto, o nome mais sonante foi Gabriela Sobral, colocando a nú algum descontentamente da própria em relação à escolha de André Cerqueira para o cargo de Director de Programas. Certamente representará mais pessoas, mas para já foi a única a manifestá-lo publicamente. O silêncio dos restantes dependerá do sucesso ou insucesso das novas apostas do actual director de programas. No pior cenário, a TVI poderá estar a um passo de entrar numa situação similar à vivida pela SIC aquando da saída de Emídio Rangel, e que prolonga-se até à actualidade.
Portanto, André Cerqueira tem entre mãos algo mais complicado do que o lançamento de uma nova temporada mas sim a estabilidade interna da própria TVI.
Outras transferências ocorreram e outras ficaram pelo caminho.
No que toca aos resultados audimétricos, a RTP1 provavelmente foi a que conseguiu uma melhor prestação especialmente durante o mês de Agosto onde conseguiu manter-se na vice-liderança destacada e com bem menos futebol que no ano anterior.
A maior derrotada foi a TVI que bateu um novo mínimo na média mensal desde que atingiu a liderança das audiências.
Já a SIC, apesar de conseguir uma melhor performance do que em 2009, não deixou de obter resultados bem abaixo dos desejados pela estação.
A RTP2 como habitualmente manteve a boa prestação durante o período de férias, e o cabo apesar de uma descida em Agosto continua a fazer um enorme rombo nas audiências das generalistas!
No balanço da audiência dos programas fica o insólito da boa prestação de Aqui Não Há Quem Viva, após duas tentativas falhadas de exibição. Foi com um flop da era Penim que Nuno Santos conseguiu segurar o Horário Nobre da SIC, após as apostas da sua autoria fracassarem (Salve-se Quem Puder) ou então persistirem em resultados abaixo do satisfatório (Lua Vermelha).
Embora com um fracasso no horário nobre, “Passione”, a Globo foi outra das âncoras da SIC durante o Verão, com “A Armadilha” e “Caras e Bocas” a fazerem performances positivas, apesar de pouco apreciadas pela presente direcção a avaliar pelo histórico dos últimos anos.
No verão vimos ainda na SIC os seus talk-shows de daytime a registarem novos mínimos de audiência mantendo-se como pontos negros no alinhamento diário.
Na TVI, vimos as telenovelas do horário nobre com a pior performance de largos anos nas audiências.
Um reflexo de um uso abusivo do género ao longo de todo o ano não diferenciando na sua programação qualquer estação ou períodos especiais, como as férias escolares. Um cartão amarelo dos espectadores que aparentemente assim não foi entendido pela direcção de programas da TVI, pois durante esta temporada continuará a aposta em três telenovelas em horário nobre.
Para além do vazio de novos programas para o verão, há a destacar o regresso da Liga Zon Sagres à TVI e com resultados bastante negativos, tendo penalizado a performance da estação no mês de Agosto. Para já, uma aposta muito longe dos resultados pretendidos.
Na RTP1, a grande aposta foi nos talk-shows do daytime e em alguns eventos especiais como o Mundial de Futebol e a Volta a Portugal, deixando o horário nobre para as repetições, à excepção do concurso nocturno que manteve a estação sempre bem posicionada.
Em síntese, do lado dos vencedores ficaram a RTP2, o conjunto canais Cabo e a RTP1, do lado dos vencidos a SIC e a TVI.
Para muitos o verão é um campeonato secundário, e o campeoando que realmente interessa é aquele que começou hoje, 13 de Setembro e que se prolongará até meados de Junho do próximo ano.
Este será o tema da minha próxima crónica, onde já analisarei algumas das apostas estreadas entretanto.
Por agora é tudo,
Até mais ver!
Por Paulo Andrade
É bom estar de volta depois de uma paragem de dois meses e sobretudo se puder continuar a contar com a vossa companhia.
Findado que está o verão é tempo de fazer um balanço geral de tudo o que aconteceu durante este período normalmente mais apático da televisão nacional.
Contrariando o que disse antes e a fazer lembrar o verão de 2000, viveu-se uma grande agitação nos bastidores televisivos.
A transferência de Fátima Lopes da SIC para a TVI continuou a fazer correr muita tinta e com certeza fará ainda mais quando o seu programa estrear a 21 de Setembro.
No sentido oposto, o nome mais sonante foi Gabriela Sobral, colocando a nú algum descontentamente da própria em relação à escolha de André Cerqueira para o cargo de Director de Programas. Certamente representará mais pessoas, mas para já foi a única a manifestá-lo publicamente. O silêncio dos restantes dependerá do sucesso ou insucesso das novas apostas do actual director de programas. No pior cenário, a TVI poderá estar a um passo de entrar numa situação similar à vivida pela SIC aquando da saída de Emídio Rangel, e que prolonga-se até à actualidade.
Portanto, André Cerqueira tem entre mãos algo mais complicado do que o lançamento de uma nova temporada mas sim a estabilidade interna da própria TVI.
Outras transferências ocorreram e outras ficaram pelo caminho.
No que toca aos resultados audimétricos, a RTP1 provavelmente foi a que conseguiu uma melhor prestação especialmente durante o mês de Agosto onde conseguiu manter-se na vice-liderança destacada e com bem menos futebol que no ano anterior.
A maior derrotada foi a TVI que bateu um novo mínimo na média mensal desde que atingiu a liderança das audiências.
Já a SIC, apesar de conseguir uma melhor performance do que em 2009, não deixou de obter resultados bem abaixo dos desejados pela estação.
A RTP2 como habitualmente manteve a boa prestação durante o período de férias, e o cabo apesar de uma descida em Agosto continua a fazer um enorme rombo nas audiências das generalistas!
No balanço da audiência dos programas fica o insólito da boa prestação de Aqui Não Há Quem Viva, após duas tentativas falhadas de exibição. Foi com um flop da era Penim que Nuno Santos conseguiu segurar o Horário Nobre da SIC, após as apostas da sua autoria fracassarem (Salve-se Quem Puder) ou então persistirem em resultados abaixo do satisfatório (Lua Vermelha).
Embora com um fracasso no horário nobre, “Passione”, a Globo foi outra das âncoras da SIC durante o Verão, com “A Armadilha” e “Caras e Bocas” a fazerem performances positivas, apesar de pouco apreciadas pela presente direcção a avaliar pelo histórico dos últimos anos.
No verão vimos ainda na SIC os seus talk-shows de daytime a registarem novos mínimos de audiência mantendo-se como pontos negros no alinhamento diário.
Na TVI, vimos as telenovelas do horário nobre com a pior performance de largos anos nas audiências.
Um reflexo de um uso abusivo do género ao longo de todo o ano não diferenciando na sua programação qualquer estação ou períodos especiais, como as férias escolares. Um cartão amarelo dos espectadores que aparentemente assim não foi entendido pela direcção de programas da TVI, pois durante esta temporada continuará a aposta em três telenovelas em horário nobre.
Para além do vazio de novos programas para o verão, há a destacar o regresso da Liga Zon Sagres à TVI e com resultados bastante negativos, tendo penalizado a performance da estação no mês de Agosto. Para já, uma aposta muito longe dos resultados pretendidos.
Na RTP1, a grande aposta foi nos talk-shows do daytime e em alguns eventos especiais como o Mundial de Futebol e a Volta a Portugal, deixando o horário nobre para as repetições, à excepção do concurso nocturno que manteve a estação sempre bem posicionada.
Em síntese, do lado dos vencedores ficaram a RTP2, o conjunto canais Cabo e a RTP1, do lado dos vencidos a SIC e a TVI.
Para muitos o verão é um campeonato secundário, e o campeoando que realmente interessa é aquele que começou hoje, 13 de Setembro e que se prolongará até meados de Junho do próximo ano.
Este será o tema da minha próxima crónica, onde já analisarei algumas das apostas estreadas entretanto.
Por agora é tudo,
Até mais ver!
Por Paulo Andrade
Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Quando puderem publiquem a crónica desta semana. Obrigado.
Crónica 13
FORA DO AR: Em banho-maria!
Nesta rentrée a primeira a entrar em campo foi a SIC.
Estreada que está a nova programação e com os primeiros resultados revelados já se podem tirar algumas conclusões.
É de manhã que começa o dia e os problemas nas audiências da estação de Carnaxide.
O simultâneo informativo com a SIC Notícias continua com resultados muitos fracos chegando a ficar em 5º lugar por longos períodos de tempo. Uma solução sem custos financeiros, não se podendo dizer o mesmo dos custos nas audiências. Embora ocupe uma faixa horária com pouco peso na média diária, o que minimiza este problema, não deixa de revelar a incapacidade das equipas de conteúdos de cada estação de criar e apostar numa oferta diferente das concorrentes. Não é preciso muito para se chegar a essa conclusão, bastando comparar a grelha dos três principais canais generalistas para perceber que são praticamente um decalque umas das outras. Este é só mais um exemplo disso mesmo!
O talk-show matinal Companhia das Manhãs que agora veio acrescido de um spin-off que o antecede, continua a amargar baixos resultados e a prejudicar fortemente o desempenho diário da estação, pois ao contrário do programa anterior já tem um peso considerável nos resultados diários. E a pesar ainda mais nas contas está o seu efeito negativo no Primeiro Jornal, que durante os dias utéis acaba por ficar quase sempre em terceiro lugar. Por reconhecer o peso relativo na média dia a direcção de programas tem feito constantes mudanças, mas todas elas com cada vez menos sucesso. Nesta rentrée não foi diferente, voltando com mais do mesmo e como tal os resultados também não poderiam ser outros.
Subindo mais um pouco na programação entramos no período da tarde. Este começa com a novela da hora de almoço onde ocorre a passagem de testemunho.
Para suceder a “A Armadilha” foi escolhida “Negócio da China” que já se encontrava na gaveta há mais de um ano. É mais uma escolha curiosa por parte de Nuno Santos, pois entrega um horário tão disputado a um produto que tem tantas contra-indicações na sua ficha. Pergunto-me porque não despacharam esta telenovela durante o Verão às 18 horas poupando “Caras e Bocas”? Permitindo assim apostar num produto mais forte e seguro!
No entanto, esta telenovela poderá ser uma surpresa e certamente é isso que na SIC estão à espera. Embora os primeiros resultados sejam positivos estes estão inflacionados pela recta final de “A Armadilha”. Isso não impede que já se comece a desenhar uma trajectória descendente, antevendo o que estará para vir.
Segue-se o novo talk show da tarde que pretende trazer vida nova à SIC. Para já, o “Boa Tarde” representa mais do mesmo onde a apresentadora é a única novidade e aspecto positivo. Como é de praxe muito foi prometido e para não fugir à regra ficou por cumprir.
Infelizmente, a direcção da SIC não soube aproveitar o perfil de Conceição Lino para apresentar em antena um programa diferente da concorrência e até inovar neste horário. Pode ser que com o tempo se apercebam do erro e o corrigam adoptam uma linha de conteúdos para o programa diferente da seguida até aqui.
Passamos para o acesso ao primetime, um dos períodos mais críticos dos últimos 6 anos, e o primeiro a sucumbir nesta queda da SIC até ao terceiro lugar das audiências.
A muito custo, “Caras e Bocas” voltou a endireitar o horário mas isso para já não reconhecida pela SIC que continua a dar a telenovela em dose dupla.
A este ritmo, a recta final da novela aproxima-se a passos largos e as intenções da SIC para o horário continuam por revelar. Percebemos que a sede de resultados irá secar este poço de boas audiências cedo demais deixando a estação mais uma vez descalça num horário tão importante.
No horário nobre uma nova telenovela portuguesa após um interregno (??!) durante o verão e um programa de apanhados foram as grandes apostas nesta rentrée.
O que a meu ver, é muito pouco para o principal período do dia e põe a nú as dificuldades em conseguir criar uma oferta sólida que como se pode constatar é comum ao longo de todo o dia.
Quando vemos em plena rentrée um Jornal da Noite com quase duas horas, a grande aposta da ficção nacional a começar a horas incertas e completamente desamparada, um programa de apanhados pelo meio de duas telenovelas, que também não tem horário certo para começar, e sobretudo um produto da Globo com mais um péssimo tratamento ficamos a pensar qual foi o grau de planeamento dos responsáveis para esta rentrée??!
Como podem preterir Passione a favor de um produto efémero como “Tás Aqui Tás Apanhado”?
Mas afinal qual é que durará mais tempo na grelha? Qual ao fim ao cabo terá mais potencial no médio prazo para conseguir bons resultados?
Não faria mais sentido começar a noite com o humor, seguindo-se a novela portuguesa e por fim a novela brasileira e com horários certos?
A informação, que costuma ser uma área onde a SIC costuma dar cartas, chega a esta rentrée enfraquecida. Ao invés de apostarem em programas independentes e com identidade própria e formatos inovadoras, o que assistimos? À cópia do estilo informativo das concorrentes!??
Uma pena mas que com tudo o resto é apenas um mero reflexo da falta de estratégia que marca esta direcção e que tem condenado a SIC a péssimas prestações nas audiências.
Por fim, chegamos ao latenight onde as repetições continuam a ter prioridade sobre séries inéditas apesar dos péssimos resultados. Um horário onde a SIC já foi rainha, é agora um mera sombra com resultados muitas vezes abaixo da médida diária. Mais uma consequência da falta de planeamento e visão desta direcção.
No que toca aos fins-de-semana, tudo na mesma, com o sabado à noite preenchido por tapa-buracos, com resultados à altura do seu estatuto, e os domingos sendo salvos por uma edição do Ídolos um pouco precoce. As consequências deste regresso antecipado ainda estão por ser reveladas.
Quanto ao sábado à noite porque não um programa de variedades? Um programa de duas a três horas, onde poderiam ser encaixados os mais variados conteúdos e formatos, mas com menor custos de logística e com maior capacidade de criar hábitos no espectador e renovação sem perigos de passagens de testemunho. Por exemplo, o programa “Minutos Mágicos”, como programa de horário nobre, não possui argumentos para tal, mas como segmento de um programa de variedades poderia resultar muito bem. É importante não confundir programa de variedades com talk-show!
Honestamente, são poucos os pontos positivos neste começo de temporada, ainda assim destaco a presença de Conceição Lino nas tardes, uma mais valia certamente e a nova telenovela portuguesa da noite, Laços de Sangue.
Em síntese, continua tudo mais ou menos na mesma, como é tradição na televisão portuguesa. Com uma SIC em banho-maria, onde não se percebe como não são tomadas medidas mais drásticas para tentar trilhar um caminho que realmente leve a estação a uma situação mais confortável.
O que vemos, é a contratação de cada vez mais pessoas para cargos na Direcção de Programas, sem que haja efeitos na prática. Uma direcção cada vez mais fragmentada e que certamente será mais complicada de gerir.
Talvez, em vez de cortarem no orçamento para a programação, deveriam começar a olhar para o topo da pirâmide onde está gente a mais com resultados a menos!
E é com mais um sentimento de desânimo que termino a crónica desta semana.
Fiquem em boa companhia!
Crónica 13
FORA DO AR: Em banho-maria!
Nesta rentrée a primeira a entrar em campo foi a SIC.
Estreada que está a nova programação e com os primeiros resultados revelados já se podem tirar algumas conclusões.
É de manhã que começa o dia e os problemas nas audiências da estação de Carnaxide.
O simultâneo informativo com a SIC Notícias continua com resultados muitos fracos chegando a ficar em 5º lugar por longos períodos de tempo. Uma solução sem custos financeiros, não se podendo dizer o mesmo dos custos nas audiências. Embora ocupe uma faixa horária com pouco peso na média diária, o que minimiza este problema, não deixa de revelar a incapacidade das equipas de conteúdos de cada estação de criar e apostar numa oferta diferente das concorrentes. Não é preciso muito para se chegar a essa conclusão, bastando comparar a grelha dos três principais canais generalistas para perceber que são praticamente um decalque umas das outras. Este é só mais um exemplo disso mesmo!
O talk-show matinal Companhia das Manhãs que agora veio acrescido de um spin-off que o antecede, continua a amargar baixos resultados e a prejudicar fortemente o desempenho diário da estação, pois ao contrário do programa anterior já tem um peso considerável nos resultados diários. E a pesar ainda mais nas contas está o seu efeito negativo no Primeiro Jornal, que durante os dias utéis acaba por ficar quase sempre em terceiro lugar. Por reconhecer o peso relativo na média dia a direcção de programas tem feito constantes mudanças, mas todas elas com cada vez menos sucesso. Nesta rentrée não foi diferente, voltando com mais do mesmo e como tal os resultados também não poderiam ser outros.
Subindo mais um pouco na programação entramos no período da tarde. Este começa com a novela da hora de almoço onde ocorre a passagem de testemunho.
Para suceder a “A Armadilha” foi escolhida “Negócio da China” que já se encontrava na gaveta há mais de um ano. É mais uma escolha curiosa por parte de Nuno Santos, pois entrega um horário tão disputado a um produto que tem tantas contra-indicações na sua ficha. Pergunto-me porque não despacharam esta telenovela durante o Verão às 18 horas poupando “Caras e Bocas”? Permitindo assim apostar num produto mais forte e seguro!
No entanto, esta telenovela poderá ser uma surpresa e certamente é isso que na SIC estão à espera. Embora os primeiros resultados sejam positivos estes estão inflacionados pela recta final de “A Armadilha”. Isso não impede que já se comece a desenhar uma trajectória descendente, antevendo o que estará para vir.
Segue-se o novo talk show da tarde que pretende trazer vida nova à SIC. Para já, o “Boa Tarde” representa mais do mesmo onde a apresentadora é a única novidade e aspecto positivo. Como é de praxe muito foi prometido e para não fugir à regra ficou por cumprir.
Infelizmente, a direcção da SIC não soube aproveitar o perfil de Conceição Lino para apresentar em antena um programa diferente da concorrência e até inovar neste horário. Pode ser que com o tempo se apercebam do erro e o corrigam adoptam uma linha de conteúdos para o programa diferente da seguida até aqui.
Passamos para o acesso ao primetime, um dos períodos mais críticos dos últimos 6 anos, e o primeiro a sucumbir nesta queda da SIC até ao terceiro lugar das audiências.
A muito custo, “Caras e Bocas” voltou a endireitar o horário mas isso para já não reconhecida pela SIC que continua a dar a telenovela em dose dupla.
A este ritmo, a recta final da novela aproxima-se a passos largos e as intenções da SIC para o horário continuam por revelar. Percebemos que a sede de resultados irá secar este poço de boas audiências cedo demais deixando a estação mais uma vez descalça num horário tão importante.
No horário nobre uma nova telenovela portuguesa após um interregno (??!) durante o verão e um programa de apanhados foram as grandes apostas nesta rentrée.
O que a meu ver, é muito pouco para o principal período do dia e põe a nú as dificuldades em conseguir criar uma oferta sólida que como se pode constatar é comum ao longo de todo o dia.
Quando vemos em plena rentrée um Jornal da Noite com quase duas horas, a grande aposta da ficção nacional a começar a horas incertas e completamente desamparada, um programa de apanhados pelo meio de duas telenovelas, que também não tem horário certo para começar, e sobretudo um produto da Globo com mais um péssimo tratamento ficamos a pensar qual foi o grau de planeamento dos responsáveis para esta rentrée??!
Como podem preterir Passione a favor de um produto efémero como “Tás Aqui Tás Apanhado”?
Mas afinal qual é que durará mais tempo na grelha? Qual ao fim ao cabo terá mais potencial no médio prazo para conseguir bons resultados?
Não faria mais sentido começar a noite com o humor, seguindo-se a novela portuguesa e por fim a novela brasileira e com horários certos?
A informação, que costuma ser uma área onde a SIC costuma dar cartas, chega a esta rentrée enfraquecida. Ao invés de apostarem em programas independentes e com identidade própria e formatos inovadoras, o que assistimos? À cópia do estilo informativo das concorrentes!??
Uma pena mas que com tudo o resto é apenas um mero reflexo da falta de estratégia que marca esta direcção e que tem condenado a SIC a péssimas prestações nas audiências.
Por fim, chegamos ao latenight onde as repetições continuam a ter prioridade sobre séries inéditas apesar dos péssimos resultados. Um horário onde a SIC já foi rainha, é agora um mera sombra com resultados muitas vezes abaixo da médida diária. Mais uma consequência da falta de planeamento e visão desta direcção.
No que toca aos fins-de-semana, tudo na mesma, com o sabado à noite preenchido por tapa-buracos, com resultados à altura do seu estatuto, e os domingos sendo salvos por uma edição do Ídolos um pouco precoce. As consequências deste regresso antecipado ainda estão por ser reveladas.
Quanto ao sábado à noite porque não um programa de variedades? Um programa de duas a três horas, onde poderiam ser encaixados os mais variados conteúdos e formatos, mas com menor custos de logística e com maior capacidade de criar hábitos no espectador e renovação sem perigos de passagens de testemunho. Por exemplo, o programa “Minutos Mágicos”, como programa de horário nobre, não possui argumentos para tal, mas como segmento de um programa de variedades poderia resultar muito bem. É importante não confundir programa de variedades com talk-show!
Honestamente, são poucos os pontos positivos neste começo de temporada, ainda assim destaco a presença de Conceição Lino nas tardes, uma mais valia certamente e a nova telenovela portuguesa da noite, Laços de Sangue.
Em síntese, continua tudo mais ou menos na mesma, como é tradição na televisão portuguesa. Com uma SIC em banho-maria, onde não se percebe como não são tomadas medidas mais drásticas para tentar trilhar um caminho que realmente leve a estação a uma situação mais confortável.
O que vemos, é a contratação de cada vez mais pessoas para cargos na Direcção de Programas, sem que haja efeitos na prática. Uma direcção cada vez mais fragmentada e que certamente será mais complicada de gerir.
Talvez, em vez de cortarem no orçamento para a programação, deveriam começar a olhar para o topo da pirâmide onde está gente a mais com resultados a menos!
E é com mais um sentimento de desânimo que termino a crónica desta semana.
Fiquem em boa companhia!
Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Crónica 14
Fora do Ar: Na variedade é que está o ganho!
(Não, não vou passar ao lado da estreia de “Secret Story”, este programa terá direito a uma crónica própria na próxima semana, quando haverão dados suficientes para uma análise mais fudamentada.)
Hoje vou falar de um tipo de programa ausente da nossa televisão e que poderia ser bastante útil para os canais generalistas: o programa de variedades.
Neste tipo de programa cabe um pouco de tudo.
Num mesmo programa podemos ter componentes de talk-show, entretenimento, jornalismo, etc. No extremo, um programa de variedades não é um programa mas um conjunto de programas, onde em princípio o todo é maior do que a soma de todas as partes, isto é, onde os diferentes programas funcionam melhor juntos do que se fossem exibidos como programas independentes.
Deste modo, os formatos mais “modestos” e que geralmente não têm espaço nos canais generalistas poderiam passar a ser uma opção para os directores de programas.
O apresentador de um programa de variedades desempenha um papel primordial, pois compete-lhe conferir um aspecto de coesão e unidade entre todos os conteúdos.
Por isso, este é mais do que um apresentador, é um animador e possuidor de grande verstibilidade, pois além de ter que lidar com formatos muito distintos poderá ter interargir com outros apresentadores, que mudarão ao longo do tempo de vida do programa de acordo com os formatos exibidos.
Um programa de variedades pode durar várias horas, existem exemplos onde chegam a durar até seis horas.
Estes são especialmente indicados onde ofertas isoladas não costumam resultar e onde uma estação tenha dificuldade de implantação nos hábitos dos espectadores.
O fim-de-semana é o destino preferencial deste tipo de programa embora possa ser colocado em qualquer dia e horário.
Por outro lado, este tipo de programa é mais barato que um programa de entretenimento, em termos relativos, pois possuem um tempo de vida maior (chegam a durar anos), menor logística, como estúdio e número de colaboradores, etc.
Nestes programas o nome e o apresentador são o bem mais-valioso, ao contrário de um programa de entretenimento, por exemplo, onde o formato geralmente é o que mais importa. Por isso, é que estes programas podem durar anos, uma vez que podem mudar continuadamente os conteúdos exibidos.
A título de exemplo, um programa de variedades seria bastante útil para a SIC nos sábados à noite, para a TVI nos sábados de manhã (Programa de variedades focado no desporto) e para a RTP1 para a segunda metade do horário nobre nos dias úteis. Com esta aposta as estações poderiam melhorar a performance individual em cada um destes horários, bem como a sua rentabilidade/produtividade.
Para terminar resta-me demonstrar a minha surpresa para que não seja adoptado este caminho. Parece-me que o grande entrave a esta solução será a capacidade criativa das equipas das diferentes direcções de programação.
Fiquem em boa companhia!
Por Paulo Andrade
Gostava que comentassem para perceber se estão a ir ao encontro do que vocês esperam desta crónica. Obrigado!
Fora do Ar: Na variedade é que está o ganho!
(Não, não vou passar ao lado da estreia de “Secret Story”, este programa terá direito a uma crónica própria na próxima semana, quando haverão dados suficientes para uma análise mais fudamentada.)
Hoje vou falar de um tipo de programa ausente da nossa televisão e que poderia ser bastante útil para os canais generalistas: o programa de variedades.
Neste tipo de programa cabe um pouco de tudo.
Num mesmo programa podemos ter componentes de talk-show, entretenimento, jornalismo, etc. No extremo, um programa de variedades não é um programa mas um conjunto de programas, onde em princípio o todo é maior do que a soma de todas as partes, isto é, onde os diferentes programas funcionam melhor juntos do que se fossem exibidos como programas independentes.
Deste modo, os formatos mais “modestos” e que geralmente não têm espaço nos canais generalistas poderiam passar a ser uma opção para os directores de programas.
O apresentador de um programa de variedades desempenha um papel primordial, pois compete-lhe conferir um aspecto de coesão e unidade entre todos os conteúdos.
Por isso, este é mais do que um apresentador, é um animador e possuidor de grande verstibilidade, pois além de ter que lidar com formatos muito distintos poderá ter interargir com outros apresentadores, que mudarão ao longo do tempo de vida do programa de acordo com os formatos exibidos.
Um programa de variedades pode durar várias horas, existem exemplos onde chegam a durar até seis horas.
Estes são especialmente indicados onde ofertas isoladas não costumam resultar e onde uma estação tenha dificuldade de implantação nos hábitos dos espectadores.
O fim-de-semana é o destino preferencial deste tipo de programa embora possa ser colocado em qualquer dia e horário.
Por outro lado, este tipo de programa é mais barato que um programa de entretenimento, em termos relativos, pois possuem um tempo de vida maior (chegam a durar anos), menor logística, como estúdio e número de colaboradores, etc.
Nestes programas o nome e o apresentador são o bem mais-valioso, ao contrário de um programa de entretenimento, por exemplo, onde o formato geralmente é o que mais importa. Por isso, é que estes programas podem durar anos, uma vez que podem mudar continuadamente os conteúdos exibidos.
A título de exemplo, um programa de variedades seria bastante útil para a SIC nos sábados à noite, para a TVI nos sábados de manhã (Programa de variedades focado no desporto) e para a RTP1 para a segunda metade do horário nobre nos dias úteis. Com esta aposta as estações poderiam melhorar a performance individual em cada um destes horários, bem como a sua rentabilidade/produtividade.
Para terminar resta-me demonstrar a minha surpresa para que não seja adoptado este caminho. Parece-me que o grande entrave a esta solução será a capacidade criativa das equipas das diferentes direcções de programação.
Fiquem em boa companhia!
Por Paulo Andrade
Gostava que comentassem para perceber se estão a ir ao encontro do que vocês esperam desta crónica. Obrigado!
Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Apesar de comentar pouco, leio sempre a crónica e no geral gosto.
Quanto aos programas de variedades, acho que sim... têm lugar nas nossas televisões. Basicamente quando penso nestes formatos e na história da televisão portuguesa lembro-me de programas célebres como Big Show SIC ou Roda dos Milhões. Formatos que poderiam perfeitamente caber nas grelhas actuais das nossas TV's.
Quanto aos programas de variedades, acho que sim... têm lugar nas nossas televisões. Basicamente quando penso nestes formatos e na história da televisão portuguesa lembro-me de programas célebres como Big Show SIC ou Roda dos Milhões. Formatos que poderiam perfeitamente caber nas grelhas actuais das nossas TV's.
Jnpc- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Sim eu também costumo ler a crónica apesar de não comentar muitas vezes.
Esta comentarei assim que ler
Esta comentarei assim que ler
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
No entanto, embora esses possam ser tomados como exemplos, é um pouco diferente aquilo que descrevi anteriormente.
Por exemplo, programa como Minutos Mágicos e Minute to Win poderia cabe perfeitamente dentro destes programas como "Quadros".
Nos exemplos, internacionais temos os brasileiros especialistas nestes programas por décadas como Programa Sílvio Santos, Programa do Gugu, Domingão do Faustão, etc. No país vizinho, na Argentina o Showmatch é um caso de enorme sucesso. Por exemplo, o Dança Comigo foi exibido dentro do programa, já agora no Brasil também foi um quadro dp Domingão.
Embora isto sejam casos extremos, pois temos vários formatos de porte que acabam virando quadros nestes programas dado a implantação deste género nestes paises.
O Showmatch é o programa de maior audiência da Argentina superando a novela da noite do mesmo canal em regra e sendo deste a maior audiência do ano não desportiva.
Por exemplo, programa como Minutos Mágicos e Minute to Win poderia cabe perfeitamente dentro destes programas como "Quadros".
Nos exemplos, internacionais temos os brasileiros especialistas nestes programas por décadas como Programa Sílvio Santos, Programa do Gugu, Domingão do Faustão, etc. No país vizinho, na Argentina o Showmatch é um caso de enorme sucesso. Por exemplo, o Dança Comigo foi exibido dentro do programa, já agora no Brasil também foi um quadro dp Domingão.
Embora isto sejam casos extremos, pois temos vários formatos de porte que acabam virando quadros nestes programas dado a implantação deste género nestes paises.
O Showmatch é o programa de maior audiência da Argentina superando a novela da noite do mesmo canal em regra e sendo deste a maior audiência do ano não desportiva.
Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Por acaso eu acho que esses formatos são um pau de dois bicos... claramente formatos como aqueles que houve na sic em tempos já não resultam... e depois quando aparecem coisas nessa linha é tudo feito muito a medo com custos muito limitados. São formatos que têm de se ter muito cuidado com o que se faz, o publico de há 10 anos não é claramente o mesmo.
Vince- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Por isso, que fiz a ressalva que fiz.
Como também houve evolução nos programas de entretenimento e afins.
Hoje em dia tem que se fazer de outra maneira pois os gostos são diferentes.
O que as tv's portugueses sabem fazer são aqueles talk-shows da treta e programas pimba com maratonas de actuações musicais!
Como também houve evolução nos programas de entretenimento e afins.
Hoje em dia tem que se fazer de outra maneira pois os gostos são diferentes.
O que as tv's portugueses sabem fazer são aqueles talk-shows da treta e programas pimba com maratonas de actuações musicais!
Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Eu também não disse para esses programas voltarem. Disse que no histórico da nossa televisão são o que mais se aproxima. Basta recordar que esses programas mais não eram do que importações de modelos brasileiros, ou não fosse o produtor o Ediberto Lima.
Jnpc- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Crónica 15
Fora do Ar: É segredo!
O novo reality-show da TVI “Secret Story – Casa dos Segredos” estreou no passado dia 3 (O Big Brother I também estreou a um dia 3 mas de Setembro) de Outubro e com ele regressou um género que mudou o panorama televisivo nacional e que esteve ausente do pequeno ecrã nos últimos três anos.
É um formato que continua a fazer sentido, mesmo dez anos depois da estreia do primeiro programa do género.
No entanto, como qualquer produto este deve acompanhar a evolução do mercado e do público-alvo.
Para atender a este princípio básico ao formato do Big Brother foi acrescentado um nova componente de jogo, uma espécie de “Bolsa de Apostas” onde cada participante poderá aplicar parte do seu capital inicial em revelar um segredo de outro participante. Caso erre esse valor será descontado da sua conta pessoal. O mesmo acontecendo para as missões que são atribuídas pela produção.
Com isto é imediatamente reconhecido que o factor “inocência”/”ingenuidade” que moviam os programas anteriores já não existe e portanto é preciso fazer valer-se de outros atributos.
No entanto, isto por si só não chega, deveriam ter ido mais longe, e apresentar um formato ainda mais distinto e com um modelo de exibição diferente.
Fará sentido exibir um diário dos acontecimentos do dia em pleno horário nobre?
Fará sentido uma gala semanal com três horas de duração para culminar numa simples expulsão?
Fará sentido que as nomeações ocorram a meio da semana, num programa feito a correr?
Qual a necessidade de uma dupla a apresentar diários de 30 minutos?
Como se justifica que o modelo de programação não seja revista com a entrada em jogo de um novo programa e com isto quero dizer a continuidade de três novelas em horário nobre?
Na minha opinião, o diário não deveria ter lugar em horário nobre, caberia perfeitamente no acesso ao primetime, um horário que apresenta cada vez mais dificuldades para a TVI.
Não faz qualquer sentido uma gala dominical com aquela duração para apenas expulsar um concorrente. Neste modelo, era perfeitamente possível juntar na mesma noite as nomeações e expulsões. Em cada programa dominical teria lugar em primeiro lugar as nomeações e na recta final a expulsão. Os concorrentes nomeados na semana anterior não podiam nomear nem ser nomeados, ficando imune nessa semana quem escapasse à votação da noite.
É completamente dispensável um apresentador para os diários, estes não acrescentam nada e apenas retiram dinâmica ao programa. Neste caso, o passado deveria servir de exemplo, visto que em nenhum Big Brother vimos diários com apresentadores.
Pior que isto, é que a entrada de um novo produto não altere a aposta em três telenovelas em horário nobre. Depois, vemos coisas bizarras como nesta segunda (11/10) em que a primeira telenovela da noite entra somente às 22h15 e a última novela comece apenas à meia-noite. Aliás, não consigo compreender como que ao longo de uma semana, onde a programação é sempre a mesma os programas não repitam o mesmo horário um único dia, havendo variações na hora de início que chega a quase uma hora e na duração dos próprios programas??!!
Mas isto tudo teria sido evitado se o modelo de exibição de “Secret Story” fosse diferente dos seus antecessores.
Para mim faria mais sentido, em primeiro lugar cortar numa telenovela de horário nobre. Era uma poupança significativa, evitava congestionar esta faixa e aliviar um pouco o desgaste do formato.
Em relação ao programa, deveriam ter abdicada de uma gala semanal e optado por fragmentar o programa, colocando em cada dia em horário nobre algo que afectasse directamente a evolução do jogo.
Por exemplo:
Segunda: Prova do Líder. Um desafio de destreza física e intelectual onde o vencedor possuiria certas regalias ao longo dessa semana. Para compensar estas vantagens o líder teria que nomear um outro concorrente para receber imunidade.
Terça: Nomeações. O Voto do Líder vale por dois. O concorrente imune não pode nomear. Vão três concorrentes a votos.
Quarta: Prova da Batata Quente. Seria dada a possibilidade aos nomeados de se livrarem da eliminação e passar a batata quente. Caso vencessem esta prova poderiam deixar de estar nomeados e nomearem directamente outro concorrente. E por aí fora até que alguém perdesse, ficando neste último, esta nomeação directa.
Quinta: Eliminação.
Sexta: Festa da Semana. Nesta noite, poderiam receber alguma figura pública ou outra na casa. Entre os objectivos estaria angariar fundos para causas sociais, promover certas iniciativas, etc. Poderiam ter que fazer uma peça de teatro, um número musical, dança, ou outro número artístico, etc.
Sábado: Compacto da Semana. Dia de Folga na cobertura do programa.
Domingo: Resumo do Fim-de-semana. Debate em directo sobre a semana, com um painel de convidados, antecipação da semana. Presença em estúdio do eliminado da semana. E seria apenas nesta noite que os concorrentes poderiam fazer as tentativas de revelação dos segredos dos adversários.
Em suma, seria um modelo diferente dos seus antecessores, mais dinâmico e mais adequado às necessidades televisivas actuais.
Como esse não foi o caminho escolhido e perante a péssima prestação na cobertura do programa, desde a produção até à apresentação, provavelmente “Secret Story” não cumprirá as expectativas e acabará por ver as suas audiências descerem ao longo da sua exibição. Os primeiros sinais já foram vísiveis nesta primeira semana. Veremos se a tendência será para manter.
A haver uma próxima edição, que a acontecer tenha um tempo de intervalo suficientemente longo pelo meio, equacionem o modelo de exibição e a apresentação.
Por hoje é tudo.
Fiquem em boa companhia!
Por Paulo Andrade
Fora do Ar: É segredo!
O novo reality-show da TVI “Secret Story – Casa dos Segredos” estreou no passado dia 3 (O Big Brother I também estreou a um dia 3 mas de Setembro) de Outubro e com ele regressou um género que mudou o panorama televisivo nacional e que esteve ausente do pequeno ecrã nos últimos três anos.
É um formato que continua a fazer sentido, mesmo dez anos depois da estreia do primeiro programa do género.
No entanto, como qualquer produto este deve acompanhar a evolução do mercado e do público-alvo.
Para atender a este princípio básico ao formato do Big Brother foi acrescentado um nova componente de jogo, uma espécie de “Bolsa de Apostas” onde cada participante poderá aplicar parte do seu capital inicial em revelar um segredo de outro participante. Caso erre esse valor será descontado da sua conta pessoal. O mesmo acontecendo para as missões que são atribuídas pela produção.
Com isto é imediatamente reconhecido que o factor “inocência”/”ingenuidade” que moviam os programas anteriores já não existe e portanto é preciso fazer valer-se de outros atributos.
No entanto, isto por si só não chega, deveriam ter ido mais longe, e apresentar um formato ainda mais distinto e com um modelo de exibição diferente.
Fará sentido exibir um diário dos acontecimentos do dia em pleno horário nobre?
Fará sentido uma gala semanal com três horas de duração para culminar numa simples expulsão?
Fará sentido que as nomeações ocorram a meio da semana, num programa feito a correr?
Qual a necessidade de uma dupla a apresentar diários de 30 minutos?
Como se justifica que o modelo de programação não seja revista com a entrada em jogo de um novo programa e com isto quero dizer a continuidade de três novelas em horário nobre?
Na minha opinião, o diário não deveria ter lugar em horário nobre, caberia perfeitamente no acesso ao primetime, um horário que apresenta cada vez mais dificuldades para a TVI.
Não faz qualquer sentido uma gala dominical com aquela duração para apenas expulsar um concorrente. Neste modelo, era perfeitamente possível juntar na mesma noite as nomeações e expulsões. Em cada programa dominical teria lugar em primeiro lugar as nomeações e na recta final a expulsão. Os concorrentes nomeados na semana anterior não podiam nomear nem ser nomeados, ficando imune nessa semana quem escapasse à votação da noite.
É completamente dispensável um apresentador para os diários, estes não acrescentam nada e apenas retiram dinâmica ao programa. Neste caso, o passado deveria servir de exemplo, visto que em nenhum Big Brother vimos diários com apresentadores.
Pior que isto, é que a entrada de um novo produto não altere a aposta em três telenovelas em horário nobre. Depois, vemos coisas bizarras como nesta segunda (11/10) em que a primeira telenovela da noite entra somente às 22h15 e a última novela comece apenas à meia-noite. Aliás, não consigo compreender como que ao longo de uma semana, onde a programação é sempre a mesma os programas não repitam o mesmo horário um único dia, havendo variações na hora de início que chega a quase uma hora e na duração dos próprios programas??!!
Mas isto tudo teria sido evitado se o modelo de exibição de “Secret Story” fosse diferente dos seus antecessores.
Para mim faria mais sentido, em primeiro lugar cortar numa telenovela de horário nobre. Era uma poupança significativa, evitava congestionar esta faixa e aliviar um pouco o desgaste do formato.
Em relação ao programa, deveriam ter abdicada de uma gala semanal e optado por fragmentar o programa, colocando em cada dia em horário nobre algo que afectasse directamente a evolução do jogo.
Por exemplo:
Segunda: Prova do Líder. Um desafio de destreza física e intelectual onde o vencedor possuiria certas regalias ao longo dessa semana. Para compensar estas vantagens o líder teria que nomear um outro concorrente para receber imunidade.
Terça: Nomeações. O Voto do Líder vale por dois. O concorrente imune não pode nomear. Vão três concorrentes a votos.
Quarta: Prova da Batata Quente. Seria dada a possibilidade aos nomeados de se livrarem da eliminação e passar a batata quente. Caso vencessem esta prova poderiam deixar de estar nomeados e nomearem directamente outro concorrente. E por aí fora até que alguém perdesse, ficando neste último, esta nomeação directa.
Quinta: Eliminação.
Sexta: Festa da Semana. Nesta noite, poderiam receber alguma figura pública ou outra na casa. Entre os objectivos estaria angariar fundos para causas sociais, promover certas iniciativas, etc. Poderiam ter que fazer uma peça de teatro, um número musical, dança, ou outro número artístico, etc.
Sábado: Compacto da Semana. Dia de Folga na cobertura do programa.
Domingo: Resumo do Fim-de-semana. Debate em directo sobre a semana, com um painel de convidados, antecipação da semana. Presença em estúdio do eliminado da semana. E seria apenas nesta noite que os concorrentes poderiam fazer as tentativas de revelação dos segredos dos adversários.
Em suma, seria um modelo diferente dos seus antecessores, mais dinâmico e mais adequado às necessidades televisivas actuais.
Como esse não foi o caminho escolhido e perante a péssima prestação na cobertura do programa, desde a produção até à apresentação, provavelmente “Secret Story” não cumprirá as expectativas e acabará por ver as suas audiências descerem ao longo da sua exibição. Os primeiros sinais já foram vísiveis nesta primeira semana. Veremos se a tendência será para manter.
A haver uma próxima edição, que a acontecer tenha um tempo de intervalo suficientemente longo pelo meio, equacionem o modelo de exibição e a apresentação.
Por hoje é tudo.
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Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Acho que a tua ideia para a gala 'fragmentada' semana fora não me parece nada boa ideia...
O que tens toda a razão é quando dizes que não deviam continuar 3 novelas em HN, que os diários estão muito mal aproveitados e 2 apresentadores estão demais.
Quanto às perguntas que fazes:
Fará sentido exibir um diário dos acontecimentos do dia em pleno horário nobre?
SIM, faz sentido, ou faria se o diário tivesse 30 minutos (sem apresentação) ou 45 (com apresentação de UMA pessoa).
Fará sentido uma gala semanal com três horas de duração para culminar numa simples expulsão?
SIM, faz sentido uma gala mas mais pequena, com cerca de 2h.
Fará sentido que as nomeações ocorram a meio da semana, num programa feito a correr?
SIM, faz sentido nomeações a meio da semana, mas numa emissão um pouco mais longa que o diário, com cerca de 1h30 (30 min diário + 1h de nomeações) dispensando uma novela nesse dia.
Qual a necessidade de uma dupla a apresentar diários de 30 minutos?
NENHUMA. concordo inteiramente contigo. Desnecessária uma dupla para apresentar um programa de 25-30 minutos.
Como se justifica que o modelo de programação não seja revista com a entrada em jogo de um novo programa e com isto quero dizer a continuidade de três novelas em horário nobre?
DE ACORDO, totalmente.
Concluindo: não estão a aproveitar como devia de ser este reality.
O que tens toda a razão é quando dizes que não deviam continuar 3 novelas em HN, que os diários estão muito mal aproveitados e 2 apresentadores estão demais.
Quanto às perguntas que fazes:
Fará sentido exibir um diário dos acontecimentos do dia em pleno horário nobre?
SIM, faz sentido, ou faria se o diário tivesse 30 minutos (sem apresentação) ou 45 (com apresentação de UMA pessoa).
Fará sentido uma gala semanal com três horas de duração para culminar numa simples expulsão?
SIM, faz sentido uma gala mas mais pequena, com cerca de 2h.
Fará sentido que as nomeações ocorram a meio da semana, num programa feito a correr?
SIM, faz sentido nomeações a meio da semana, mas numa emissão um pouco mais longa que o diário, com cerca de 1h30 (30 min diário + 1h de nomeações) dispensando uma novela nesse dia.
Qual a necessidade de uma dupla a apresentar diários de 30 minutos?
NENHUMA. concordo inteiramente contigo. Desnecessária uma dupla para apresentar um programa de 25-30 minutos.
Como se justifica que o modelo de programação não seja revista com a entrada em jogo de um novo programa e com isto quero dizer a continuidade de três novelas em horário nobre?
DE ACORDO, totalmente.
Concluindo: não estão a aproveitar como devia de ser este reality.
A!- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
1 hora para nomeações? CRUZES!
Jnpc- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Uma hora para nomeações não seria muito.
No modelo que sugeri cada programa de horário nobre teria uma hora de duração (21h00-22h00).
Eu penso que o programa de horário nobre deveria ser mais do que um simples resumo do dia e ter algo de interessante para o evoluir dos acontecimentos. Esse resumo faria mais sentido às 19h30.
Esse programa de HN contaria sempre com o apresentador (e único) do programa e seria em directo ou parcialmente em directo (caso de desafios e provas que pudessem ter tido lugar durante o dia, mostrando uma versão mais compactada e depois entrando em directo para apurar resultados e consequências com o apresentador e concorrentes).
Em suma, existiria um melhor aproveitamente do programa e mais eficaz certamente, pois não viveria apenas das intrigas dos concorrentes.
A emissão de domingo seria bem interessante pois os concorrentes iriam desfilar as suas tentativas de advinhar segredos. Estes iriam se "inscrevendo" ao longo da semana, mas só no domingo poderiam dizer o seu palpite, para o (a) apresentador(a).
Esse modelo que a TVI escolheu está ultrapassado!
No modelo que sugeri cada programa de horário nobre teria uma hora de duração (21h00-22h00).
Eu penso que o programa de horário nobre deveria ser mais do que um simples resumo do dia e ter algo de interessante para o evoluir dos acontecimentos. Esse resumo faria mais sentido às 19h30.
Esse programa de HN contaria sempre com o apresentador (e único) do programa e seria em directo ou parcialmente em directo (caso de desafios e provas que pudessem ter tido lugar durante o dia, mostrando uma versão mais compactada e depois entrando em directo para apurar resultados e consequências com o apresentador e concorrentes).
Em suma, existiria um melhor aproveitamente do programa e mais eficaz certamente, pois não viveria apenas das intrigas dos concorrentes.
A emissão de domingo seria bem interessante pois os concorrentes iriam desfilar as suas tentativas de advinhar segredos. Estes iriam se "inscrevendo" ao longo da semana, mas só no domingo poderiam dizer o seu palpite, para o (a) apresentador(a).
Esse modelo que a TVI escolheu está ultrapassado!
Paulo Andrade- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Paulo Andrade escreveu:Uma hora para nomeações não seria muito.
Eu acho muito tempo só para dar 2 nomes e motivos.
Jnpc- Membro
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Data de inscrição : 06/03/2010
Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Mas não seria só isso no que sugeri.
No actual até é menos que isso pois só votam metade dos concorrentes.
No actual até é menos que isso pois só votam metade dos concorrentes.
Paulo Andrade- Membro
- Mensagens : 8318
Data de inscrição : 04/03/2010
Idade : 40
Localização : Ovar
Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Eu falava em relação ao A!
Foi ele que falou nessa duração para nomeações + 30 minutos diário.
Foi ele que falou nessa duração para nomeações + 30 minutos diário.
Jnpc- Membro
- Mensagens : 23326
Data de inscrição : 06/03/2010
Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Mais ou menos, não é? O que queria dizer essencialmente é que dava as nomeações e depois às 22:30 seguiam duas novelas, 1h cada. Tudo inclui ja a duração dos intervalos
A!- Membro
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Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Fará sentido exibir um diário dos acontecimentos do dia em pleno horário nobre?
Sim, não ias por uma das grandes apostas em HN? LOL Seria lindo...só em horários secundários ai sim era ver o interesse a cair em 1 semana.
Fará sentido uma gala semanal com três horas de duração para culminar numa simples expulsão?
Faz todo o sentido, se calhar não são bem 3...se reparares bem são 2h30 já a contar com 2 intervalos...logo na prática são 2h. Eu acho que está muito bem esse ponto se não teriamos uma novela antes da Gala começar.
Fará sentido que as nomeações ocorram a meio da semana, num programa feito a correr?
Sim faz sentido as nomeações serem a meio da semana, mas se calhar neste dia não davam uma novela....isso concordo. 21h25 Nomeações/22h25 novela/ 23h20 novela
Qual a necessidade de uma dupla a apresentar diários de 30 minutos?
Vocês mantem o erro em criticar algo que até não está mal nem é o pior! A dupla faz sentido, mesmo em 30 minutos. O problema está sim na EDIÇÃO dos conteudos que continua mal.
Como se justifica que o modelo de programação não seja revista com a entrada em jogo de um novo programa e com isto quero dizer a continuidade de três novelas em horário nobre?
Sim, faria sentido repensar....mas não abandonar. Ou seja, as terças faz sentido sim retirar uma novela. Agora nos restantes dias não faz sentido. Caso a Casa fosse um Flop + Mar de Paixão que nunca fez nada de jeito, eu queria imaginar tu como director e com apenas Espirito Indomavel em HN....Deixavas a liderança em menos de 1 mês e queria ver depois a voltares a ter...fazia o quê? Estrear outra novela a correr para tapar o buraco, numa situação fantastica? O que não faz sentido é estrear a novela agora(Outubro)...ou esperavam por inicio/meio de Dezembro, ou no máximo no final de Novembro. Em Outubro não.
Sim, não ias por uma das grandes apostas em HN? LOL Seria lindo...só em horários secundários ai sim era ver o interesse a cair em 1 semana.
Fará sentido uma gala semanal com três horas de duração para culminar numa simples expulsão?
Faz todo o sentido, se calhar não são bem 3...se reparares bem são 2h30 já a contar com 2 intervalos...logo na prática são 2h. Eu acho que está muito bem esse ponto se não teriamos uma novela antes da Gala começar.
Fará sentido que as nomeações ocorram a meio da semana, num programa feito a correr?
Sim faz sentido as nomeações serem a meio da semana, mas se calhar neste dia não davam uma novela....isso concordo. 21h25 Nomeações/22h25 novela/ 23h20 novela
Qual a necessidade de uma dupla a apresentar diários de 30 minutos?
Vocês mantem o erro em criticar algo que até não está mal nem é o pior! A dupla faz sentido, mesmo em 30 minutos. O problema está sim na EDIÇÃO dos conteudos que continua mal.
Como se justifica que o modelo de programação não seja revista com a entrada em jogo de um novo programa e com isto quero dizer a continuidade de três novelas em horário nobre?
Sim, faria sentido repensar....mas não abandonar. Ou seja, as terças faz sentido sim retirar uma novela. Agora nos restantes dias não faz sentido. Caso a Casa fosse um Flop + Mar de Paixão que nunca fez nada de jeito, eu queria imaginar tu como director e com apenas Espirito Indomavel em HN....Deixavas a liderança em menos de 1 mês e queria ver depois a voltares a ter...fazia o quê? Estrear outra novela a correr para tapar o buraco, numa situação fantastica? O que não faz sentido é estrear a novela agora(Outubro)...ou esperavam por inicio/meio de Dezembro, ou no máximo no final de Novembro. Em Outubro não.
Eu João- Membro
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Idade : 35
Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Leste a crónica toda?
Não faria mais sentido o que sugeri que podia perfeitamente ter sido feito?
Não faria mais sentido o que sugeri que podia perfeitamente ter sido feito?
Paulo Andrade- Membro
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Localização : Ovar
Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Existe sempre a possibilidade de uma das novelas ficar ás 19h30... aliás nem sei como isso não foi pensado com a entrada do SS na grelha... Isto porque é óbvio que eles não querem colocar uma novela de lado, ter uma novela a anteceder o jornal nacional seria muito melhor do que os morangos nesta altura...
Começo a achar que mudar o diário para as 19h30 será a solução para a queda que está a ocorrer as 19h.
Agora o que não faz sentido é uma novela à meia noite em pleno inverno... é deitar dinheiro fora.
Começo a achar que mudar o diário para as 19h30 será a solução para a queda que está a ocorrer as 19h.
Agora o que não faz sentido é uma novela à meia noite em pleno inverno... é deitar dinheiro fora.
Vince- Membro
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Idade : 43
Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Sim, concordo com o Vicente. Mar de Paixão se não fosse tão avançada era boa para as 19h. Agora já não!
A!- Membro
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Data de inscrição : 07/01/2010
Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Credo, isso não André...mais vale por Espirito Indomavel às 19h30 e será a proxima novela as 22h.
No entanto não concordo com os diários da CdS às 19h30, porque não faz o minimo sentido.
No entanto não concordo com os diários da CdS às 19h30, porque não faz o minimo sentido.
Eu João- Membro
- Mensagens : 6308
Data de inscrição : 07/01/2010
Idade : 35
Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Eu Próprio escreveu:Credo, isso não André...mais vale por Espirito Indomavel às 19h30 e será a proxima novela as 22h.
No entanto não concordo com os diários da CdS às 19h30, porque não faz o minimo sentido.
Faz mais sentido para subir os valores do jornal nacional do que empurrar as novelas para horas absurdas todos os dias ou andarem sempre a reduzir o tempo de exibição. Mas era somente uma opção face aos resultados medonhos dos morangos.
Vince- Membro
- Mensagens : 3989
Data de inscrição : 08/01/2010
Idade : 43
Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
O programa tem de ser rentabilizado. E para o ser plenamente só em HN.
Usar um investimento destes como mera alavanca de audiências de noticiários é disparatado.
Usar um investimento destes como mera alavanca de audiências de noticiários é disparatado.
Jnpc- Membro
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Data de inscrição : 06/03/2010
Re: [Crónica] Fora do Ar - Por Paulo Andrade
Então é disparatado porquê? É tão ou mais aceitável que ter uma novela ou um concurso como o preço certo. É somente um programa como outro qualquer. As novelas têm investimentos bem maiores que este programa.
Vince- Membro
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Idade : 43
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