Notícias Gerais RTP

SÁBADO

"Devia ter posto o José Rodrigues dos Santos na rua"
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Almerindo Marques quer sair das Estradas de Portugal no fim do mês, mas não pensa reformar-se, vai escolher outro emprego. O gestor, que ficou conhecido como presidente da RTP, nasceu numa aldeia nos arredores de Leiria – não tinha frigorífico em casa, andava dois quilómetros a pé até às filas do pão e aprendeu a ler com livros de banda desenhada da Embaixada Inglesa.

Nesta entrevista conta a sua experiência no Governo – as divergências com Mário Soares e com os sindicatos, os tempos em que foi saneado no Banco da Agricultura – e em que escreviam nos vidros da casa de banho, com sabão seco, “O diabético paranóico” – e o mais recente processo ao Estado. Almerindo Marques foi militante do PS, mas não quer voltar a envolver-se na política: “a nossa esquerda é imbecil e a direita é reaccionária até à medula”. “Tenho muitos inimigos”, admite. Depois de ler esta entrevista, a declaração não o vai surpreender.

Quando saiu da CGD foi para a RTP. Deve ter sido a experiência mais complicada, ou desafiante.
Pois, também não sei bem escolher o adjectivo. Em termos pessoais foi positivo. Ficou provado que a gestão é uma ciência universal. Era necessário organizar os recursos para ter resultados e não foi fácil: não sou capaz de avaliar o valor acrescentado introduzido por uma senhora que é mais bonita ou tem mais mamas do que a outra e por isso ganha mais.

Mas despediu 800 pessoas...
Nunca despedi ninguém a não ser por questões disciplinares. O que fizemos foram acordos de rescisão. Um trabalhador que não trabalha não se respeita a si próprio e como na RTP havia muita gente que fazia tudo menos trabalhar – roubava, manobrava...

Dê-nos um exemplo
Havia um senhor que tinha um programa que abusivamente registou na SPA como da sua autoria (era uma adaptação de França) e registou-se a ele como entrevistador exclusivo. Recebia royalties do programa, mas quem pagava os custos era a RTP. Chamei-o e disse-lhe que tinha poucos dias para sair pela porta grande, com os mesmos direitos que os outros. O segredo ficava entre nós os dois. Chamou-me filho da puta. Tinha sido oficial de campo de Kaúlza de Arriaga.

E teve problemas com José Rodrigues dos Santos.
Se não tivesse vindo para a Estradas de Portugal, ele tinha ido para a rua, a confirmar-se o que estava no processo disciplinar. As pessoas têm medo dele. Fiz-lhe um processo disciplinar e ele percebeu imediatamente que o ia despedir. Por isso, movimentou montes e vales, incluindo a embaixada dos Estados Unidos, que fez tudo para ele não sair. Sabem dizer-me porque é que é sempre ele que aparece nas guerras no estrangeiro?

Depois veio para EP e ficou tudo parado.
O primeiro-ministro pediu-me para decidir em 48 horas. E o José Rodrigues dos Santos, bem avisado, quando começou a contagem decrescente para o processo disciplinar meteu férias, adiando a decisão (conseguiu autorização de um administrador). Teria saneado de forma muito relevante a RTP se o tivesse posto na rua.

Acusaram-no de interferência editorial.
Isso é mentira. A história está completamente deturpada. Nunca ninguém conseguiria apanhar-me na vulnerabilidade de pedir fosse o que fosse a um jornalista. Jamais!

Então o que aconteceu?
Tem a ver com a nomeação de uma jornalista para Madrid. Ele diz que era ele que, enquanto director de informação, tinha de validar quem tinha aptidões para ser correspondente. Essa validação fê-la, porque classificou todos como aptos como jornalistas. Agora, a administração da empresa, enquanto gestora de pessoal, não prescinde dos seus direitos. Não tem nenhum razão. Ele nem sabe escrever, dá erros ortográficos.

A sua relação com a RTP teve mais percalços?
Houve uma reorganização de remunerações em que eu estava impedido pelo poder político aumentar salários. Criámos um seguro de pensões (a prática um aumento de 7%) e como era uma excelente medida comunicámos à imprensa. A RTP foi a única estação que não mencionou o aumento.

O que é que fizeram?
Uma peça com uma técnica que já não se usava na televisão – eu dizia uma frase, que era cortada, e logo a seguir falava o representante do sindicato a contra-argumentar. Ou seja, montaram uma peça para eu ser contraditado frase a frase. Chamei o [Luís] Marinho, que me disse que ia entregar o assunto ao Conselho de Redacção. A decisão, que dava razão à jornalista,foi afixada nos vidros da RTP, antes de eu saber formalmente. Ia a passar no corredor quando vi e disse ao Marinho: “Não quero mais coberturas televisivas da RTP”. Ele cumpriu. Quando queria comunicar alguma coisa chamava as outras estações.

Jornal de Negócios escreveu:O actual director de programas da RTP segue os passos de José Alberto Carvalho e Judite de Sousa e muda-se para a TVI. Hugo Andrade vai substituir José Fragoso na direcção de programas da RTP.

José Fragoso vai assumir o cargo de director-geral de conteúdos da TVI, soube o Negócios. A saída de Fragoso da RTP já foi anunciada internamente.

José Fragoso é actualmente o director de programas da RTP e o seu nome já era falado para ocupar um cargo de direcção na estação de Queluz de Baixo, na altura em que José Alberto Carvalho e Judite de Sousa saíram da RTP.

Até ao momento o Negócios não conseguiu falar com José Fragoso.

Contactada pelo Negócios, a TVI não quis tecer comentários. Fonte oficial disse apenas que "se houver alguma coisa a comunicar a empresa fa-lo-á oportunamente".

Hugo Andrade, actual director do canal Memória, é o nome escolhido pela estação pública para substituir José Fragoso à frente da direcção de programas da RTP.

Meios & Publicidade escreveu:Reestruturação da RTP terá impacto nas contas de 2012 com vista à privatização

O programa do Governo, hoje divulgado, prevê que a RTP comece a ser reestruturada para obter “uma forte contenção de custos operacionais” em 2012, tendo em vista a privatização de um dos canais, o mesmo acontecendo com a agência Lusa.

No documento hoje divulgado, o Governo de coligação PSD/CDS-PP refere que o “grupo RTP deverá ser reestruturado de maneira a obter-se uma forte contenção de custos operacionais já em 2012, criando, assim, condições tanto para a redução significativa do esforço financeiro dos contribuintes, quanto para o processo de privatização”. Segundo o programa, este processo inclui a privatização de um dos canais públicos a ser “concretizada oportunamente e em modelo a definir face às condições de mercado”. Assim, o outro canal, assim como o acervo de memória, RTP Internacional e a RTP África, adianta o documento, “serão essencialmente orientados para assegurar o serviço público”.

No caso da rádio, a Antena 1, 2 e 3 seguirão “os mesmos princípios gerais a aplicar à RTP”. Já no caso da Agência Lusa, o accionista Estado irá alienar “a sua participação no capital a operadores privados em momento oportuno”. Para o efeito, o Estado irá repensar o posicionamento do Estado na Comunicação Social e definir o conceito de serviços públicos “que inclua, entre outras realidades, a administração e gestão do acervo de memória”.

O Executivo, refere o documento, “pontuará a sua actuação pela mudança pautado pelo novo contexto tecnológico e financeiro. Esta mudança exige que o Estado assegure de forma clara e firme uma concorrência transparente e, sobretudo, o acesso de todos os cidadãos aos conteúdos, incluindo a informação independentemente da plataforma tecnológica”.

A introdução da Televisão Digital Terrestre (TDT), que cobrirá o país no próximo ano, e as novas gerações de banda larga “exigem especial cuidado de forma a garantir que não há cidadãos excluídos particularmente por razões económicas, pelo que o Estado compromete-se combater qualquer tipo de exclusão, actuando de forma rigorosa na esfera legislativa e reguladora”. (Lusa)

Eu João escreveu:Portugal em Directo, será?

A Televisão escreveu:Sílvia Alberto termina contrato com a RTP em Dezembro

Estreou-se na semana passada à frente da mais recente aposta do canal público e está bastante empolgada com o novo desafio, no entanto, no final do ano, vê a sua ligação contratual com a RTP chegar ao fim.

Apesar de tudo, Sílvia Alberto está feliz na RTP, tal como a própria revela à edição desta semana da revista Flash!: “Estou bem aqui. O meu contrato termina em Dezembro, mas acabo de abraçar um novo projeto. Mesmo a transição feita entre o José Fragoso e o Hugo Andrade foi muito serena e eu estou aqui para trabalhar. Se as coisas não correrem bem para as duas partes é que tenho de pensar nisso”, afirmou.

A terminar, a apresentadora não quis comentar a provável privatização da RTP, apesar de ter uma opinião: “Tenho opinião, mas não vou opinar sobre questões políticas. Não é a minha carta de apresentação”.

Recorde-se que, ainda recentemente, a revista TV Guia escreveu que, com a saída do PS do governo, era provável a saída de Sílvia Alberto.

Amadeu escreveu:Ela nem tem grande relevância junto do público.

CM escreveu:Relvas dá cinco semanas à RTP

Eficiência é o mote que Miguel Relvas, ministro dos Assuntos Parlamentares, quer impor à RTP. Ontem reunido com o conselho de administração da empresa pública, o ministro pediu um plano de reestruturação, que deve estar pronto até ao dia 15 de Setembro.

"Estamos a falar de um canal de televisão e de uma rádio cujo investimento é feito com dinheiro dos contribuintes. Tem de haver objectivos de eficiência", vincou Miguel Relvas.

O ministro anunciou também que João Duque foi escolhido pelo Governo para coordenar o grupo de trabalho, que tem "60 dias" para definir o conceito de serviço público na área da comunicação social.

João Duque quer dar uma "visão económica do problema". "É preciso que o enfoque não seja demasiado político, porque os tempos são de grande preocupação com a vertente económica", disse ao CM.

Segundo João Duque, o grupo de trabalho "ainda não está fechado" nem "começou a laborar". No entanto, promete um trabalho "mais abrangente do que outro que foi feito anteriormente, porque envolve a rádio, a televisão e a agência noticiosa Lusa".

O economista revelou ainda ao CM que o grupo inclui gente ligada à comunicação social e "pessoas de diversificada orientação e formação". Até porque, sublinha, "a comunicação social não diz só respeito aos jornalistas ou aos políticos. Há outros consumidores que têm anseios sobre o tipo de produtos que querem ver oferecidos", referiu João Duque. O ministro que tutela a comunicação social anunciou também que o Governo se reúne no dia 8 de Setembro com a RTP, SIC e TVI, a ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações) e a Portugal Telecom para avaliar a implementação da Televisão Digital Terrestre (TDT) em Portugal.

DN escreveu:Governo anuncia grupo que vai definir "serviço público"

O Governo anunciou hoje, sábado, os elementos que compõem o grupo de trabalho para a definição do conceito de serviço público de Comunicação Social, cujas conclusões deverão ser anunciadas no prazo de dois meses.

De acordo com o despacho do Executivo a que a Lusa teve acesso, "o grupo de trabalho pode efectuar, junto de entidades públicas e privadas dos vários segmentos do sector da Comunicação Social, as consultas que considerar indispensáveis para a realização da sua tarefa".

O grupo de trabalho, que será coordenado pelo economista João Duque, conta ainda com António Ribeiro Cristóvão, Eduardo Cintra Torres, Felisbela Lopes, Francisco Sarsfield Cabral, João do Amaral, José Manuel Fernandes, Manuel José Damásio, Manuel Villaverde Cabral e Manuela Franco.

"O Grupo de Trabalho deve apresentar as suas conclusões, sob a forma de Relatório, num prazo de 60 dias a contar da publicação deste Despacho", revela o documento.

Refere ainda que "o Governo comprometeu-se a repensar o posicionamento do Estado, como operador, neste âmbito, tanto ao nível do Grupo RTP como da Lusa, Agência de Notícias de Portugal. S.A.".

Nesse sentido, "é entendimento do Governo (...) que se revela indispensável ponderar e estabelecer uma adequada definição de serviço público que abranja os três segmentos do sector ainda sob tutela estatal, a saber, o da rádio e televisão e o da agência noticiosa", lê-se no documento.

CM escreveu:RTP reduz custos em 15,9 milhões

O grupo RTP fechou os primeiros seis meses do ano com uma redução de custos de 15,9 milhões de euros, para um total de 131,3 milhões. Uma poupança sustentada na descida de 8,1 milhões nos gastos com as grelhas e de 4,1 milhões nos custos com pessoal, fruto da redução de salários imposta pelo Governo e dos planos de rescisão de contratos.

Já a receita aumentou 7,5 milhões, para os 164,9 milhões, devido à venda das antigas instalações do Lumiar, o que gerou uma mais--valia de 15,4 milhões. Em sentido contrário, as receitas de publicidade caíram em 3,9 milhões. Neste semestre, a empresa recebeu 117,7 milhões de fundos públicos, um número que deve atingir os 300 milhões no total do ano, desde indemnização compensatória, taxa audiovisual e dotações de capital.

Com estes resultados, a RTP conseguiu atingir um lucro de 24 milhões de euros e reduziu o endividamento à Banca em 33 milhões, com o passivo bancário a situar-se nos 717 milhões.

Ao CM, Guilherme Costa, presidente da RTP, sublinha "o cumprimento" do plano de redução de custos, o que permite "antever que os custos operacionais se situem no final do ano mais de 40 milhões abaixo do valor registado em 2007".

Na semana passada, Miguel Relvas, ministro com a tutela da RTP, disse que os resultados semestrais da RTP são "muito interessantes e indiciam já um caminho de reestruturação e de eficiência. Mas vamos ter de ir mais longe", alertou.