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Mensagem por Carlos Teixeira Sex 28 Fev 2014 - 19:43

No momento em que o Horacio vai para a RTP xD

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Mensagem por Jnpc Ter 4 Mar 2014 - 18:01

Quinta-feira, no Jornal da Noite...


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Mensagem por david silva Sex 7 Mar 2014 - 20:26

Aqui Há Historia nova rubrica do Jornal da Noite estreia Hoje.

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Mensagem por Jnpc Sex 7 Mar 2014 - 22:18

A Grande Reportagem "50/50", que não foi exibida ontem devido à cobertura da manifestação dos polícias, também deu hoje.

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Mensagem por Jnpc Qui 13 Mar 2014 - 17:49

DN escreveu:Bernardo Ferrão troca SIC por 'Expresso'

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O jornalista passa a editor de política do semanário, cargo até agora ocupado por Martim Silva, que sobe a editor executivo.

Bernardo Ferrão vai ser o novo editor de política do semanário Expresso. O jornalista, que estava na SIC [as duas empresas são do grupo Impresa] há 15 anos, vai substituir Martim Silva, que passa a assumir funções de editor executivo no jornal.

A direção do Expresso convidou ainda Germano Oliveira para o cargo de editor de multimédia. O jornalista já ocupava esta função na Rádio Renascença.

O semanário reforça a sua estrutura, numa maior aposta na oferta online. Esse projeto vai concretizar-se com o lançamento, ainda durante o primeiro semestre, de uma edição diária do jornal, de segunda a sexta-feira, disponível para os assinantes digitais.

O conselho de redação foi ouvido e aprovou, por unanimidade, estas mudanças.

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Mensagem por david silva Qui 13 Mar 2014 - 19:55

Uma perda para a SIC...é um excelente repórter, fazendo perguntas desconcertantes aos políticos.

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Mensagem por Jnpc Ter 18 Mar 2014 - 18:46

DN escreveu:Pedro Benevides troca RTP pela SIC

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Jornalista da estação pública vai substituir Bernardo Ferrão, que será o novo editor de política do semanário 'Expresso'

É oficial. Pedro Benevides, de 36 anos, vai para a SIC. O ainda jornalista da RTP tinha recebido o convite na quarta-feira da semana passada e reuniu-se com a direção de Informação dois dias depois.

Pedro Benevides pediu tempo para ponderar o convite da SIC e a proposta para continuar na estação pública. Hoje mesmo, o jornalista tomou a decisão de se transferir para Carnaxide, onde vai susbtituir Bernardo Ferrão, que vai ser editor de política do jornal Expresso.

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Mensagem por Jnpc Sex 21 Mar 2014 - 14:30

DN escreveu:SIC vai mostrar "que mundo dos árbitros não é fácil"

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Árbitro de Elite traça o perfil de Pedro Proença, com testemunhos que incluem o de Mourinho e revela lado pessoal dos "homens do apito". É exibida terça-feira, dia 25.

"Sou alguém que procura atingir os limites das suas capacidades", começa por dizer Pedro Proença na Grande Reportagem que a SIC exibe na próxima terça-feira, no Jornal da Noite. Homenagear o único português eleito melhor árbitro do mundo, em 2012, mas também descortinar o mundo dos "homens do apito", as suas rotinas e relação com a pressão mediática e as críticas: é este o objetivo do trabalho de uma hora assinado por Nuno Luz.

"Vai mostrar-se um lado do futebol que nunca se viu e mostrar que o mundo dos árbitros não é fácil. Toda a gente os contesta e ninguém conhece o seu mundo. Ser árbitro é muito difícil, acho que esta reportagem vai fazer com que o público pense um bocadinho antes de criticar, porque isto já está a chegar a um limite. As pessoas acham que os árbitros estão dentro de uma vitrina, que ninguém lhes toca, que estão imunes a tudo. Não é assim", conta o jornalista de Carnaxide.

Além de mostrar a história de vida e os altos e baixos da carreira do homem que vai representar Portugal no Mundial do Brasil, Árbitro de Elite conta ainda com testemunhos da sua mãe e mulher, colegas, amigos, jogadores e dos treinadores José Mourinho e Vicente Del Bosque.

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Mensagem por Jnpc Seg 24 Mar 2014 - 22:17


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Mensagem por Carlos Teixeira Ter 25 Mar 2014 - 4:25

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Joana Latino sempre á frente... adoro a Very Happy
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Mensagem por Jnpc Seg 31 Mar 2014 - 16:02

NTV escreveu:Clara de Sousa: "Se me sentisse condicionada deixaria a profissão"

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Cresceu a respirar política, mas, apesar de ser cidadã, explica que ir a uma manifestação é incompatível com as funções de pivô. Defende que o jornalismo é mais útil do que nunca mas não sabe se é uma missão que quer abraçar para sempre. Uma rara entrevista... que termina na cozinha.


Não dá uma entrevista há quanto tempo?

Não me pergunte. Não contabilizo os dias nem os meses...

Mas há muito tempo?

Sim, há uns anos.

É uma forma de se recolher? Acha que a sua exposição pública é a suficiente para mostrar o que há de si ou não tinha nada de interessante para dizer?

[sorriso] Acho que é um bocadinho de tudo. Estou todos os dias muito concentrada no meu trabalho. Este é o mais importante para mim, o ajudar a construir um jornal e apresentá-lo da melhor maneira que sei, para poder representar da melhor forma a minha redação, as pessoas que estão lá atrás e que trabalharam arduamente para o pôr no ar. Depois, na verdade, não senti que tivesse havido nada de significativamente diferente ao longo dos últimos anos na minha vida profissional e no jornalismo para dar azo a uma entrevista interessante. Além do mais, como diz, estou exposta todos os dias a mais de um milhão de pessoas e às vezes já é...

Assusta-a?

Não, não assusta absolutamente nada, nem sequer considero que seja uma pressão. É uma nota de realidade, é um check-up com a realidade a dizer "atenção: há ali um milhão e 200 ou 300 mil pessoas que todos os dias seguem o teu jornal e que precisam que faças um trabalho sempre impecável".

Mas essa exigência permanente que coloca sobre si, porque as audiências a colocam sobre o seu trabalho...

[interrompe]... não são as audiências em particular. As audiências obviamente também contam, mas, vou ser sincera, pessoalmente, quando vou para um jornal não vou a pensar nas audiências. Obviamente que quero ganhar, mas acima de tudo quero ter um jornal bem construído.

O que é isso de um jornal bem construído? Isso hoje é tão relativo...

É um jornal com boas reportagens, que conte boas histórias, que seja o retrato mais fiel da realidade. Se isso nos der audiências, ainda bem. Mas a audiência chega no fim da linha.

E assim sendo, se decidiu dar esta entrevista, que já lhe tinha pedido há mais de dois anos, é porque acha que agora tem coisas novas para contar. É isso?

[risos] Achei que já não o podia fazer esperar muito mais e porque, de facto, nos últimos tempos viveram-se acontecimentos que têm sido falados e sobre os quais também tenho opinião.

No jornalismo em concreto?

No jornalismo em concreto, também no que está em redor e que também condiciona.

O que é que mudou, então?

Não acho que tenha mudado muito, pelo menos ao nível da SIC. Não posso falar sobre os outros canais porque não estou lá. Estive noutras épocas, mas agora estão diferentes...

Mas é uma espectadora dos outros canais?

Mais ou menos. Eles estão à mesma hora que eu no jornal e eu espreito, mas não consigo acompanhar os conteúdos como deve ser. Vou acompanhando mais esporadicamente. Mas falando no meu local de trabalho, nós temos uma equipa muito coesa há muitos anos. Se há coisa que a SIC tem para os seus profissionais na Informação é muita estabilidade.

A começar desde logo pelo facto de ter há 22 anos o mesmo diretor de Informação, Alcides Vieira.

Precisamente. É uma equipa muito coesa e muito estável. Essa garantia de um trabalho feito com qualidade, de forma inteligente, com responsabilidade, é a marca da informação da SIC. É a marca que gera a confiança do público que nos vê. E somos uma equipa extremamente unida, que conversa imenso sobre os seus trabalhos. Portanto, no nosso trabalho do dia a dia não tenho sentido que tenha havido alterações a esse nível.

Então de que alterações fala?

O que aconteceu nos últimos anos, e que tem perturbado mais a pessoa e não tanto a profissional, é a dose de informação com uma carga negativa, que é algo a que não conseguimos ficar imunes.

De que forma a perturba?

Pessoalmente, e não estou propriamente na situação de perfeito desespero de milhares e milhares de famílias portuguesas, recordo um dia em que Vítor Gaspar fez uma conferência de imprensa sobre o brutal aumento de impostos. Eu senti como se me tivesse sido sugada a energia do corpo. Estive num fim de semana em casa a tentar limpar-me...

A fazer uma catarse?

A fazer uma catarse.

Era a cidadã ou era a jornalista?

Aí era sobretudo a cidadã, sim.

Uma influencia a outra?

Acaba por influenciar. A minha preocupação não me vai levar a dar opiniões sobre o que está a acontecer, ou a adulterar a notícia de acordo com a minha opinião, isso nunca aconteceu e nunca vai acontecer. Mas a cidadã sentiu esse peso, porque esta cidadã é mãe. De repente, dei por mim a pensar o que vai ser feito deste país, para onde é que vamos, o que vai ser feito destas pessoas, o que é que vai ser feito dos meus filhos, que oportunidade é que eles vão ter.

Não teve, em algum momento, o mesmo impulso que levou um milhão de portugueses à rua em 15 de setembro de 2012?

Não. Sabe que não me demito de ser cidadã, mas sei que a minha responsabilidade enquanto jornalista e pivô do principal noticiário de uma estação tem de me condicionar nas minhas manifestações pessoais. É ponto de honra para mim não dar a minha opinião. Não sou analista e não sou comentadora.

Mas tem opinião.

Tenho a minha opinião, mas reservo-a. Não a dou porque acho que as nossas opiniões servem sempre alguém e elas não têm de servir ninguém. Quando somos a favor daquilo que algumas pessoas pensam, somos os maiores, mas se por acaso a opinião seguinte já não está de acordo com o que elas pensam, passamos de bestiais a bestas. Para continuar a ter o vínculo de isenção e de independência, tenho de ser mais contida nesse tipo de manifestações.


"O QUE É A ESQUERDA E A DIREITA?"

Mas cresceu numa família em que o ativismo e a política sempre foram valorizados.

Sim, porque o meu pai era do Partido Comunista. A minha casa servia até para a distribuição do Avante!. Este jornal e o Diário estavam sempre presentes em minha casa, apesar de o meu pai não ter conseguido influenciar-me ao ponto de sentir o mesmo que ele.

Mas é de esquerda?

Não gosto de catalogar as coisas nesses termos. E nem sei muito bem o que é neste momento isso da esquerda e da direita. O Sá Carneiro era do centro-esquerda, o Durão Barroso era do centro-direita.

Freitas do Amaral dizia-se do centro...

Isso faz-me lembrar quando a Manuela Ferreira Leite era candidata às eleições do PSD e dizia que queria recuperar a matriz social-democrata. Ela até ficou muito atrapalhada porque, num debate que fiz, quis saber o que é era, afinal, a matriz social-democrata, porque de Sá Carneiro até ela houve várias matrizes. Ela lá falou da questão de cariz social, da preocupação social. Ora, nós olhamos mais para a preocupação social como uma característica de esquerda e não tanto de direita.

Não se revê nesses estigmas?

Não, não me revejo. Acima de tudo, temos de fazer uma análise apartidária. Eu faço-a com algum distanciamento e sei que há propostas boas de um lado e do outro. Na verdade, se quer que lhe diga, e não é por ser jornalista, mas não me consigo rever em nenhum partido.

José Rodrigues dos Santos, por exemplo, assume publicamente que não vota porque acha que isso lhe tolda a independência.

Não sei se é isso ou se será até desinteresse pela parte política. Aos olhos de outros, pode ser encarado assim e José Rodrigues dos Santos toma essa decisão para proteger essa imagem de independência. É, no fundo, o que faço quando não participo em manifestações.

Mesmo tendo crescido numa casa em que se falava muito de política...

Sim, mesmo assim. De facto, cresci numa família em que se debatia muito política. Lembro-me como se fosse hoje do debate entre Mário Soares e Álvaro Cunhal, que vi do princípio ao fim com o máximo de atenção.

E mesmo assim nunca participou em nenhuma manifestação?

Participei uma única vez, a do primeiro 1º de Maio, logo após o 25 de Abril. E em outra quando estava na universidade e começou a surgir a questão das propinas, mas esta não era de carácter político. Nunca senti que tinha os argumentos necessários para participar com convicção em mais alguma.

Há pouco falava da prevalência de notícias negras no jornalismo atual. É uma inevitabilidade perante o estado do país ou por causa da concorrência?

Não. Felizmente sempre trabalhei com concorrência, fosse na rádio ou na televisão, e isso é bastante bom. Isso que fala nota-se mais em histórias de carácter social e jurídico, como Casa Pia, Freeport, Meco... Admito que aqui possa ter havido mais excessos ou uma atitude mais aguerrida para conquistar mais público.

Só nessas?

Sobretudo nessas. A responsabilidade de um canal de informação e de um jornalista não é a de omitir. As coisas são o que são e, muitas vezes, mexem com a vida das pessoas. Mas o que vamos fazer? Não falar disso? Tem de se falar, mesmo que isso afaste as pessoas. Sobretudo se os temas são políticos.


"JÁ TIVEMOS MAIS MATURIDADE POLÍTICA"

Como é que se combate esse alheamento dos portugueses em relação à política?

[pausa] Muito francamente, não sei. Mas as pessoas não podem querer exigir que as coisas mudem se se demitem das suas obrigações.

Quarenta anos depois do 25 de Abril, temos menos maturidade política?

Sim, já tivemos mais maturidade. E já tivemos mais consciência.

Isso é consequência de quê?

Acho que a democracia deu às pessoas um sentido de garantia de estabilidade, de equilíbrio de poderes, de uma coisa equitativa para o país. Mas a verdade é que a democracia é subversiva a muitos níveis. Se os jovens nasceram na tranquilidade da democracia, se calhar por causa disso é que muitos deles não ganharam interesse por ela. É algo que está garantido.

Percebe quando as pessoas dizem "eles são todos iguais", quando se referem aos políticos?

Sim, percebo. Essa realidade, esse alheamento, existe. É muito perigoso.

Como é que, enquanto jornalista, pode combater esse alheamento?

Dando a melhor informação e o melhor esclarecimento possíveis, contribuindo para que as pessoas possam perceber o que está em causa quando é anunciada uma nova decisão. Na maior parte dos casos, os portugueses olham para as decisões dos políticos como mais uma forma de serem enganados.

E não há razões para isso?

[pausa] Provavelmente, sim, mas estamos a viver tempos difíceis. Tempos em que sentimos na pele os problemas financeiros do país.

Não é a primeira vez que nos acontece...

Não, não é. Eu passei por duas situações dessas. Em 1977, lembro-me de que havia um racionamento alimentar e que só se podia comprar dois litros de leite. E lembro-me da crise de 1983. Mas os tempos eram outros. Neste momento, sinto, e estou a falar como cidadã, que esta foi mais dura porque a vida das pessoas tinha melhorado bastante. Olho para os meus avós, para os meus tios e mesmo para os meus pais e vejo que eles tiveram vidas muito duras. A minha mãe começou a trabalhar com 11 anos, fez a quarta classe e saiu da sua terra natal, perto de Aveiro, para Lisboa. Veio servir em casas de senhoras. O meu pai também começou a trabalhar muito cedo e foi uma vida de trabalho, de sacrifício e de muita poupança.

Vivemos 15 ou 20 anos de ilusão europeia?

[pausa] Não sei se foi ilusão. As pessoas começaram a ter melhores perspetivas de vida. Não tiveram sequer as preocupações de fazer poupanças. Quando lhes tiram o tapete debaixo dos pés, as pessoas ficam a sentir-se no vazio. Acho que basicamente por isso foi ainda mais doloroso. Não estou a dizer que foi melhor no passado. Acho é que é nas dificuldades que se vê a força de um povo.

Acha que temos essa força?

Acho que temos essa força e acho que vamos encontrá-la. Basta olhar para o que está a acontecer. Os pais choram, mas os filhos vão para fora. Aquilo que os pais acham que é uma calamidade pode ser uma oportunidade. Isto é uma questão cultural. Nós sempre gostámos muito de ter os filhos no nosso ninho, ao nosso alcance, se bem que no passado muitas gerações tenham partido com dor, mas muitas delas conseguiram melhorar as suas vidas. Os jovens que têm coragem para partir vão ajudar a mudar a forma como se pensa isso. O meu filho já quer ir para fora e ele ainda não tem essa necessidade. Na área dele, é lá fora que tem mais oportunidades.

Isso não lhe custa como mãe?

É claro que me custa. Mas sei que será melhor para ele.

É uma mãe-galinha?

Não, não sou.

Eles que lutem, que trabalhem, que... se "desenrasquem"?

Tento que seja assim, sim [risos]. Mas eu era mais desenrascada do que os meus filhos. Eles precisam dessa liberdade para agir sozinhos, para pensarem pela cabeça deles e tomarem as suas decisões.


"SOU UMA PRIVILEGIADA"

É muito mais otimista do que o resto do país [risos].

Sou otimista desde criança, mesmo quando vivia com dificuldades... Sempre tentei valorizar outras coisas que sei que também tenho o privilégio de ter desde cedo. Depois, na minha vida adulta nunca tive graves problemas, como não ter dinheiro para pagar a escola dos meus filhos. Nesse aspeto posso dizer que sou uma privilegiada, graças a Deus.

E graças ao seu trabalho.

Sim, é um trabalho que faço há vinte e tal anos. É uma responsabilidade tremenda, é algo que me sai do corpo.

E é um mercado onde se paga melhor do que noutros.

Sim, é verdade, embora se estivesse nos Estados Unidos seria milionária. Mas também tenho as minhas preocupações. Também tenho de poupar, que é uma coisa que faço desde sempre, também tenho de gerir o meu orçamento para não gastar mais do que ganho. Fiz a minha casa, paguei a minha casa. Comprei o meu carro, paguei o meu carro. Não tenho mais despesas além das da casa, dos miúdos, da escola, do meu dia a dia, do vestir, comer. Mas, sim, sempre fui uma pessoa que não valorizava muito as coisas negativas que aconteciam. Relativizava-as e passava em frente. Não fico a remoer as coisas más.

Portanto, não acha que é preciso suspender a democracia durante seis meses...

[risos] Quando aconteceu o 25 de Abril eu tinha 7 anos e a minha referência é não ter ido à escola. Enquanto filha da democracia, não abro mão da democracia. Até porque enquanto jornalista no sentido do desempenho da minha função, a democracia é um valor sagrado. Se alguma vez a minha prática jornalística for condicionada - tive uma situação há muitos anos, não na SIC, e era jovem e inexperiente - dou um murro na mesa.

Não costuma dar?

Na SIC não tenho tido necessidade de dar murros na mesa. Se na minha função diária me sentisse de alguma forma condicionada no meu trabalho, deixaria a profissão.

Hoje, cada um de nós tem várias formas de chegar à informação. Aliás, é ela que chega até nós. Na internet, nas redes sociais, nos jornais gratuitos, na imprensa clássica, na televisão. Esse acesso permanente à informação, por vezes até a uma pseudoinformação, não nos deixou mais vulneráveis?

Não, antes pelo contrário. Muita dessa informação de que falou é uma informação sem filtro. Quem segue essa informação nas redes sociais, chegará ao dia em que vai ver que aquilo que achava que era, afinal, não era, porque preferiu ver por ali e não por quem tem a capacidade de perceber o que é verdade, de investigar, de ouvir fontes, de aplicar o critério jornalístico, que é aquele que garante a independência da informação e a veracidade dos factos.

As redes sociais são perigosas?

São perigosas a esse nível. Há informações falsas que, por mais que sejam desmentidas, nunca se apagarão. Mas não é preciso ir até à internet. Há muito mau jornalismo nas bancas. As pessoas acreditam naquilo que querem, mas um cidadão responsável sabe onde é que se pode informar.

O cidadão fica satisfeito com a informação que lhe chega a qualquer momento?

Provavelmente não, mas isso depende das áreas de interesse. Há uma seleção que tem de ser feita. As notícias todas de um dia não cabem em hora ou hora e meia de noticiário. Essa seleção tem de ser feita tendo em conta o critério jornalístico do que é mais importante para o público. A informação que é feita nas televisões, em particular na SIC, tem tido um papel que acho até ser multidisciplinar, e conseguimos apostar não só na informação dura do dia a dia, mas também em rubricas de interesse público como o Conta Poupança, do Futuro Hoje dedicado à tecnologia, o Ir É o Melhor Remédio. Para mim, é um privilégio apresentar estes trabalhos, feitos por jornalistas da tal equipa coesa de que já falámos.

Porque é que a informação da SIC generalista não é mais vista?

Como assim? Não é mais vista?

Não é líder de audiências.

No global do ano passado, e estou a falar do Jornal da Noite em comparação com os dos outros canais da mesma hora, ganhámos de segunda a sexta-feira. Excetuando situações particulares, como os dos dias de futebol, ganhámos. Neste momento, este mês já estamos à frente. Dirá que no fim de semana isso não acontece. É verdade, não estamos a liderar. Às sexta, sábado e domingo a TVI ganha, mas nos outros dias ganhamos.

Estou a falar também dos outros horários. Ao almoço, a TVI é líder, à noite, na globalidade, também. Há uma perceção geral sobre a qualidade da informação da SIC. Isso não deveria ser mais vincado nas audiências?

Deveria. Não vou dizer que não há qualidade nas outras estações, que há. Mas as pessoas sabem o que é uma peça da SIC, uma peça RTP e uma peça TVI. O público que nos acompanha é mais de classe A e B, o público com mais poder comercial. Claro que gostaríamos de liderar de segunda a domingo em termos generalistas. Isso não acontece, mas cada público terá as suas exigências ao nível da qualidade ou da linguagem que melhor entende. Eu não sou nada elitista, nem o Rodrigo [Guedes de Carvalho] em termos de público. Gosto que o mais informado, mais participativo, crítico e com mais poder de compra esteja no Jornal da Noite, mas gostaria que o restante também estivesse.

Esses públicos valem a mesma coisa para a SIC?

Claro que sim. Mas fico contente por saber que há um público que se manteve fiel a nós. É um privilégio. O objetivo é conquistar mais público para que a informação que acreditamos ser a melhor chegue a mais pessoas. Nós não baixamos os braços, mas também não vamos baixar a qualidade. Queremos é que o público menos exigente se torne mais exigente. Não queremos tornar-nos sensacionalistas para cobrir esse público. Há cedências que não fazemos. Nem queremos, porque não está no nosso ADN. Mas crescemos, evoluímos. O jornal que o Pedro [Mourinho] faz ao domingo é uma mudança. E é de altíssima qualidade.

Mas perde todos os domingos para a TVI...

Por causa do Marcelo. O Marcelo é um produto muito forte. É difícil combatê-lo.

A SIC é uma estação combativa?

Na SIC arrisca-se. Não desistimos. Não tem as audiências que gostaríamos aos domingos? Não, não tem. Mas de certeza que o Pedro e a SIC vão continuar a mudar para conquistar cada vez mais público.

À estabilidade da SIC, a RTP e a TVI têm respondido com uma grande mutação de conceitos, de pessoas. Os diretores de Informação da RTP sucedem-se, a TVI mudou de caminho há três anos...

Não posso dizer que me desagrade o facto de a TVI ter passado a ter uma informação mais focada no que é jornalisticamente relevante. Não posso dizer que desgosto, apesar de estarmos em concorrência, que tenha perdido aquele lado mais sensacionalista.

As saídas de Manuela Moura Guedes e de José Eduardo Moniz foram determinantes para que isso acontecesse?

Se as coisas aconteceram na mesma altura, penso que estavam diretamente relacionadas.

Mas nessa altura, tal como agora, também era líder.

Era, mas pelo lado mais fácil. E ainda hoje se nota um bocadinho desse lado.

Na SIC, o pé nunca puxa para o chinelo?

Provavelmente uma ou outra vez, mas é algo que não fazemos por regra. Depende mais de quem está a liderar, de quem está a tomar uma decisão. As pessoas que tinham mais essa visão já lá não estão e, portanto, a SIC continua a ser aquilo que deve ser, que é não lhe cair o pé para o chinelo. No caso da TVI, o José Alberto [Carvalho] continua a ter uma marca SIC, quer queira quer não. A Judite [Sousa] continua a ter uma marca RTP muito forte, também quer queira quer não.

Isso é mais marcante na Judite ou no José Alberto?

Acho que é igual. Eu olho para o José e vejo uma cara SIC, olho para a Judite e vejo uma cara RTP. É ridículo [risos].

O José Alberto já saiu da SIC há 14 anos.

Mas ele tinha uma forma de estar em antena que tem muito da marca inicial da SIC. E isso ficou. Os velhos do Restelo, como eu, irão morrer e as novas gerações já não serão assim.

E esta inconstância da RTP? Como a vê?

A RTP vai continuar a ter um problema enquanto andar em ziguezague e não se definir.

Ainda não se definiu?

Não. Está refém de uma situação que não lhe permite traçar a sua linha.

Qual situação?

A RTP terá sempre uma contradição insanável entre estar na luta pelas audiências e ter a pressão de fazer serviço público.

Não são compatíveis?

São, mas na RTP essa pressão é fortíssima. A RTP sempre esteve e está ainda mais permeável. O tempo dirá se continuará a estar, porque tudo depende de quem entra e de quem sai do governo e de quem pode influenciar ou condicionar o que a RTP faz.

O facto de a RTP depender de uma tutela estatal é um fardo sempre presente?

Estará sempre latente. Mesmo quando não é evidente. Eu estive numa fase na RTP, entre 1997 e 2000, em que claramente essa pressão existia. Agora não sei, mas a questão é que estará sempre latente enquanto esta situação não se definir. Para bem dos grandes profissionais que lá estão, para bem do público, terá de se definir rapidamente.

Os jornalistas da RTP sentem essa pressão?

Isso terá de lhes perguntar, mas eu acho que sim. Claramente que eles sentem essa indefinição. Muito mais nesta fase de reorganização interna, de emagrecimento, que faz da RTP uma presa mais fácil. Eles estão a fazer este processo de emagrecimento ao qual a SIC se antecipou. Acho que a Informação talvez seja a área que menos custe à SIC. Estamos com controlo, mas nunca deixámos de fazer as coisas.

Foi um processo doloroso...

Foi, mas agora a SIC está estabilizada. A atenção ao que se gasta continua a estar sempre presente, mas sem afetar nunca a qualidade da informação. Tanto assim é que podemos dar-nos ao luxo de ter uma equipa como a da Sofia Pinto Coelho dedicada a fazer nove episódios de A Prova durante um ano. Ou um Condenados. Pessoas que durante aqueles meses estão focadas em trabalhos extraordinários e que foram, aliás, premiados.


"A COZINHA É UMA TERAPIA"

Publicou um livro de cozinha e atualiza diariamente uma página de Facebook ligada à cozinha. A cozinha é um escape?

A cozinha e não só. Às vezes estou profundamente concentrada no que estou a fazer na cozinha, mas a minha cabeça está a viajar. Nunca tive vergonha de dizer que a minha mãe é cozinheira. Há pessoas que sentem que estão demasiado alto e que reinventam as suas vidas.

Nunca sentiu que estava demasiado alto?

Sei que nunca estou demasiado alto. Cada vez que vou para um noticiário com um desafio novo, sei que nunca posso tomar nada por adquirido em relação a sabedoria, à imagem que eventualmente tenham de mim, porque, na verdade, estarei sempre incompleta.

Que imagem acha que têm de si?

O que posso dizer é que se as pessoas olham para um pivô de um noticiário principal e acham que ele é extremamente competente, que fará tudo com a maior das facilidades, não é assim. Portanto, nunca me sentirei alto ao ponto de me sentir confortável. Nunca nada me foi dado de mão beijada, foi tudo conseguido à base de esforço e estudo contínuo. E muito exigente. Faço coisas bem, também já fiz coisas mal.

Voltando à cozinha, é terapêutica?

Desde sempre. É um caso de amor. Não é uma missão como o jornalismo, mas um caso de amor que nasceu por influência direta da minha mãe, obviamente. Quando temos um gosto especial por algo há sempre alguém que nos ensina e, acima de tudo, nos inspira.

A sua mãe inspirou-a nesse aspeto?

E ensinou-me. Há dias em que, se estou com uma carga maior de trabalho, cozinho furiosamente. E não faço só uma coisa, faço várias.

E depois congela para a semana ou leva para a SIC?

Dia sim, dia não levo para a SIC, sim [risos]. Os doces, esses mimos, ajudam a tornar as relações profissionais mais fortes. Em casa cozinho diariamente para mim e para os meus filhos.

E expõe essa paixão publicamente.

A cozinha só faz sentido quando é partilhada. É algo que nos torna iguais. Ali não há pivô.

Pensou duas vezes antes de decidir expor diariamente esse seu lado? Afinal, é uma pivô e em Portugal há sempre uns olhares de soslaio a essas flutuações...

Sim, se calhar há alguns olhares. Eu li comentários do género «olha mais uma armada». Eu compreendo porque há muitas situações dessas. O que esses comentários não retiram é o espírito aberto e genuíno com que o fiz. A cozinha é uma parte integrante da minha vida e dos meus afetos e, numa altura em que cada vez mais me pediam para a partilhar, eu avancei.

Não há dias em que chega a casa e não lhe apetece cozinhar?

Há dias em que não cozinho mesmo, em que tenho outras coisas e não posso. Tirando o jantar, que faço sempre.

Não há um dia em que passa por um take away e compra um frango assado ou um bacalhau com natas?

Frango sim, bacalhau não. Não compro comida feita. E mesmo o frango assado tento dar-lhe uma volta qualquer [risos]. Sabe que a minha mãe [pausa] sempre foi uma mulher extraordinária e a gestão dos afetos também passava muito pela cozinha que ela fazia e esta é também uma homenagem que lhe faço.

Que receitas se recorda dela?

Muitas das que faço. Algumas das que estão no livro são dela. Há uma que nunca partilhei, porque é um segredo que ela me contou antes de morrer [pausa]. É um bacalhau com natas especial. Partilharei um dia, talvez com a minha filha. Há mais receitas dela que partilharei num segundo livro. Ela também fazia um extraordinário arroz-doce e um empadão que... cada vez que o meu irmão o come, chora. Diz que é o empadão de carne da mãe.

Portanto, chega a casa de um dia de trabalho às dez da noite e vai cozinhar. Então não vê televisão? Ou vê enquanto bate claras em castelo? [risos]

[risos] Vejo! A máquina é que bate as claras em castelo. A televisão que tenho na cozinha está sempre ligada e grande parte das vezes estou a ouvir.

Sintonizada no Food Network?

Muitas vezes sim, mas sobretudo ouço a SIC Notícias.

Não lhe apetece fazer um programa no cabo sobre gastronomia?

Há muitas pessoas que me desafiam a isso... Se eu gostava de fazer? Gostava. Se quero? Não. O meu foco televisivo é a informação.

É verdade aquela coisa que as avós diziam que "é pela boca que se conquista um homem"?

[gargalhada] Não, de todo. Mal seria [risos]. Certamente que haverá tempo para esse espaço de afetos também com as pessoas com quem estamos a partilhar a nossa vida em determinado momento, mas é apenas mais um dos fatores. Mas eu nesta entrevista não vou falar destas questões mais mundanas, pois não?

Nem por sombras...

Pensei que fosse a entrada [risos].

Era a entrada e a sobremesa [risos]. Só lhe quero dizer que a nossa próxima conversa será à mesa, a provar os pratos que a Clara vai cozinhar.

Aceito [risos]. E depois faz uma crítica gastronómica em vez de uma entrevista?

Pode ser, sim.


"SE QUEREM PALHAÇADAS, VÃO A OUTRO LADO"

A dois meses das europeias, a SIC já sabe como vai cobrir as eleições?

Não. E não sei se alguém saberá. Informar é o nosso dever e, obviamente, é um direito do público. Eu fiz todos os debates das eleições do passado e estou interessada nisso. Na SIC achamos que é importante que os debates sejam feitos. Informar para votar, esclarecer sobre as propostas, saber o que está em causa, é uma das funções do jornalismo, mas não podemos ignorar que é impraticável a forma como a CNE [Comissão Nacional de Eleições] quer estas europeias.

Não é de hoje...

Isto começou nas anteriores legislativas e a CNE decidiu fazer uma interpretação mais apurada da lei. Passámos de uma situação de equilíbrio, em que vigorava o critério jornalístico, que é o relevante, para um critério de todos contra todos, que é um falso equilíbrio.

Não admite que haja outras formas de ver o assunto?

Certamente que há muitas formas de ver as coisas, mas um jornalista consegue ver que há possibilidades e impossibilidades. Da forma como está a lei, é uma impossibilidade. Se tivéssemos cumprido a lei tal como a CNE queria, nas legislativas teríamos tido mais de cem debates. Nas últimas autárquicas vi um debate no Porto Canal com sete ou oito candidatos, em que cada um tinha seis ou sete minutos. Basicamente, não foi feito um bom serviço nem para os candidatos nem para o público.

Mas foi o único na televisão.

Foi. E não foi esclarecedor.

Não há um ponto de encontro? Possibilidade de aproximar o critério jornalístico e a lei?

Nós tentámos fazê-lo nas autárquicas, nomeadamente com os pequenos partidos e as coisas acabaram por não acontecer da forma que tínhamos planeado.

Não é legítimo que os pequenos partidos queiram exposição pública mediática?

No dia a dia há uma seleção jornalística, baseada em critérios editoriais, que faz com que consideremos certas coisas mais relevantes do que outras. Isto não quer dizer que sejam os grandes partidos. Há situações, com pequenos partidos, que são abordadas.

Se tiverem um lado folclórico...

[sorriso] Se calhar, as pessoas querem ver o folclore de José Manuel Coelho naquele debate ridículo que aconteceu na RTP. O jornalismo tem uma responsabilidade social demasiado séria para andarmos a brincar. Não podemos ceder. Se [as pessoas] querem ver palhaçadas, vão a outro lado. Não podemos tratar igual o que não é igual. Tenho sérias dúvidas de que em dois meses se consiga fazer alguma alteração legislativa e tenho dúvidas sobre as propostas do PSD e do PS.

Que dúvidas?

O PS, que ao longo destes 40 anos de democracia nunca questionou muito a forma como a própria lei era aplicada, apesar de sempre ter participado em debates, de repente, qual virgem ofendida, vem dizer que tem de ser para todos. O PSD tenta encontrar um ponto de equilíbrio muito duvidoso, em que na pré-campanha, como aparecem barrigas de alugar que não se sabe se irão para a campanha, então esses são ignorados e só se fazem debates entre partidos com assento parlamentar, e depois na campanha está-se com todos. É impossível estar com todos.

Há dez anos, a taxa de abstenção nas europeias foi de 61%. Há cinco anos de 64,3%. Se nestes dois meses que nos separam de 25 de maio não houver nenhuma alteração, que impacto poderá ter esse apagão televisivo?

Não haverá um apagão televisivo. Poderá não haver debates. Mas haverá certamente um esclarecimento sobre temas em questão, o momento atual, os maiores desafios, o momento que vivemos no seio da Europa e a importância que os nossos deputados terão, ou não, nesse caminho. Isso certamente que sim. O resto, duvido.


"SOU MAIS DE FAZER DO QUE MANDAR FAZER"

Sente-se totalmente preenchida com o lugar de pivô do Jornal da Noite?

Não sou apenas pivô. Acima de tudo sou jornalista. Desempenho função de pivô porque é aquela que a SIC acha que tenho mais valor para a casa.

Concorda com a SIC?

Quem faz esse julgamento não sou eu. Faço o que gosto e da melhor maneira que sei. Faço ainda a atualização da minha página de Facebook, que tem praticamente cem mil seguidores.

Criou a página no dia em que Sócrates anunciou o pedido de ajuda externa.

É verdade. Senti que íamos entrar numa fase tão difícil que as pessoas tinham de ter mais informação, não ter de esperar pelas oito da noite para saber algumas coisas. Por isso, não chego às seis da tarde e vou para a maquilhagem. Não sou uma dondoca. Tenho de preparar o jornal, preparar entrevistas, fazer reportagens.

O seu espírito de missão não chega para almejar uma chefia?

Nunca. Sou mais de fazer do que de mandar fazer.

Não gosta de gerir?

A questão é entre gerir algo ou ser quem está a fazer o que se decide. Eu não vou mudar a minha natureza.

Não tem feitio para mandar?

Não tenho feitio para ser gestora a este nível. Não é um desejo.


"NÃO SEI SE O QUE FAÇO É PARA A VIDA INTEIRA"

Encara o jornalismo como uma missão?

Desde sempre, e olhe que foi difícil escolher. Também queria teatro, queria ser professora...

Tudo relacionado com comunicação.

Sempre fui uma miúda que gostou de se exprimir muito. Era muito conversadora e comunicativa. Também queria ser cabeleireira. Bem, também conversam imenso [risos].

E taxista, não?

[risos] Isso não. Mas também quis ser cantora. Cantava imenso, participava sempre nas festas da escola, nas festas do banco do meu pai, mas, acima de tudo, quando tomei a decisão, quis de facto ser professora. Quis transmitir algo, estar em comunicação com pessoas, transmitir conhecimento a alunos. E houve uma fase na rádio em que tive de tomar a decisão de fazer apenas antena ou só informação. Acabei por ser convidada para diretora de Informação da Rádio Marginal e, a partir daí, sempre tive espírito de missão, de ajudar.

É uma visão romântica da profissão...

Não é romântica. Só pode ser assim. Se não for assim, fica muito mais permeável a não ser aquilo que deve ser. Obviamente que as pessoas estão desiludidas, mas não podem perder esse sentido crítico, na medida de que podem mudar as coisas. E tomar decisões em consciência só é possível tendo acesso a informação correta e não manipulada, adulterada, condicionada. No momento que não me permitirem fazer jornalismo dessa forma, desisto da profissão. Faço esse exercício muitas vezes, quando questiono o que estou a fazer neste mundo, o que vim cá fazer.

Pergunta muitas vezes isso a si mesma?

Não, porque eu sei o que vim para cá fazer.

Mas essa é uma questão que está presente no seu pensamento?

Todos nós queremos deixar alguma marca. Cada um deixa a sua marca nos seus trabalhos, no seu grupo de amigos, mas queria ajudar a fazer alguma diferença, até nas mais pequenas.

É esse o espírito de missão?

Posso dizer que sim. É como um professor, que também têm as suas missões. É preciso ter vocação.

Sentiu essa vocação?

A vocação impôs-se, porque dois meses depois de ter ido para a faculdade comecei a fazer rádio. Nunca desisti do meu curso, mas a rádio começou a ganhar cada vez mais peso.

Percebeu que era aquilo que queria fazer?

Percebi [pausa]. Mas, quando há bocadinho estávamos a falar da questão da mudança do chip, ela está a acontecer e vai ter inevitavelmente de acontecer também em relação à história do emprego seguro, do emprego para a vida. Se isso ajudar a melhorar a forma, a atitude que as pessoas têm no seu trabalho, é positivo. Toda a minha vida trabalhei assim, mesmo sem saber se era ou não para a vida. Não sei se o que faço é para a vida inteira. Para já, estou a fazer aquilo que gosto e que sinto fazer sentido.

No dia em que deixar de gostar vai para outro lado?

Tenho outros interesses. Se há uma coisa que nunca tive pruridos é de meter mão na massa e fazer uma série de coisas que gosto de fazer, a nível profissional ou não.

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Mensagem por Jnpc Sex 11 Abr 2014 - 16:16

O Primeiro Ministro, Pedro Passos Coelho, é entrevistado na próxima terça-feira no Jornal da Noite!


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Mensagem por Jnpc Qua 16 Abr 2014 - 2:24

Esta quinta-feira, no Jornal da Noite...


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Mensagem por Carlos Teixeira Sex 25 Abr 2014 - 21:40

JdN em dupla...adoro
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Mensagem por Nick Name Sáb 26 Abr 2014 - 2:20

Durante tempo apresentaram em dupla. Eu gosto muito mais assim!
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Mensagem por Carlos Teixeira Sáb 26 Abr 2014 - 2:38

Ya, eu sei... Foi mesmo mt bom. Nao precisaram de ir para fora de portas, ficou otimo hj o jornal.
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Mensagem por Jnpc Sáb 10 maio 2014 - 19:51

aTV escreveu:«Os Dias da Troika» em «Grande Reportagem SIC»

Em 40 anos de democracia Portugal foi obrigado por três vezes a pedir ajuda externa: 1978, 1983 e 2011. Pesadas todas as diferenças entre estes três períodos, eles não deixam de ser, pelos piores motivos, marcos históricos na vida de um país.

Portugal quase faliu três vezes e se é verdade que o pedido de ajuda externa em 2011 foi precipitado por uma crise financeira mundial não é menos verdade que as fragilidades da economia portuguesa fizeram o resto.

Os últimos três anos em Portugal ficarão na história como um período negro da vida do país: austeridade, manifestações, crises políticas e um risco eminente de um segundo resgate.

Os Dias da Troika é uma Grande Reportagem SIC, dividida em quatro episódios, que contam os bastidores do resgate a Portugal, a história por detrás da história. Durante 5 meses a SIC recolheu informação e falou com mais de 20 protagonistas sobre este período de assistência. Teixeira dos Santos, Paulo Portas, Maria Luís Albuquerque, Carlos Moedas, são alguns desses protagonistas que aceitaram falar em exclusivo à SIC. Revelam a origem de muitas das decisões políticas que foram tomadas, os momentos de conflito com a Troika e falam pela primeira vez das guerras dentro do governo.

Dia 17 de maio de 2014 é a data prevista para o fim do Programa de Assistência Financeira a Portugal.

A Grande Reportagem - Os Dias da Troika a partir de 12 de maio, no Jornal da Noite da SIC.


1º Episódio – 12 de maio

A rendição

Depois da Grécia e da Irlanda terem anunciado um pedido de ajuda, Portugal era apontado, um pouco por todo o mundo, como o próximo a cair. “A rendição” conta a história de um dos momentos mais graves que o País já atravessou na sua história, os bastidores de um resgate que estava anunciado mas que ninguém queria assumir. Teria o PEC IV sido suficiente para evitar esse pedido de ajuda? Será Passos Coelho o responsável ou a ajuda externa era inevitável?

Portugal estava à beira da bancarrota e, no dia 6 de abril de 2011, Teixeira dos Santos teve que optar entre ser considerado um traidor ou salvar Portugal da falência. Sem o consentimento de José Sócrates disse a um jornal que Portugal devia pedir ajuda externa e obrigou o primeiro-ministro a pedir ajuda externa.

O ex-ministro das finanças fala em exclusivo à SIC desse período, do momento da decisão aos olhares recriminadores dos colegas de governo, do corte de relações com José Sócrates à consciência de um ato que mudou para sempre o País.


2º Episódio – 13 de maio

Linha Vermelha

A sétima foi a mais longa e a mais difícil de todas as avaliações. O chumbo do tribunal constitucional ao Orçamento de 2013 abriu um buraco orçamental que obrigou a negociar com a troika um novo plano de austeridade. A coligação, que já vinha frágil do episódio da TSU e do “enorme aumento de impostos” de Vítor Gaspar, voltou a dar sinais de fragilidade e esteve por um fio. Os choques entre Portas, Passos e Gaspar, as ameaças de demissão, o papel do Presidente da República e o risco de um segundo resgate, que nunca esteve tão presente como na primavera de 2013, são os ingredientes do segundo episódio da Grande Reportagem “Os Dias da Troika”. Na primeira pessoa, Paulo Portas, Maria Luís Albuquerque e Carlos Moedas.


3º Episódio – 15 de maio

Irrevogável

Vítor Gaspar já tinha pedido a demissão várias vezes e não queria esperar mais. Não foi a queda do ministro todo poderoso, mas a sua substituição que provocou uma das maiores e mais caricatas crises políticas a que Portugal já assistiu. Passos Coelho escolhe Maria Luís Albuquerque para as Finanças e volta a ignorar a vontade de Paulo Portas que queria outra pessoa.

Paulo Portas demite-se de forma “irrevogável” no dia em que Maria Luís Albuquerque tomava posse. O país ficou em suspenso.

A solução política, construída com a ajuda do Presidente da República demoraria duas semanas a chegar. Pela primeira vez, Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque contam os bastidores de uma crise política e falam da relação entre os dois.


4º Episódio – 16 de maio

O dia da independência

Que país fica depois da troika? Que economia temos, de que valeram os sacrifícios e que erros não podemos voltar a cometer. Os momentos mais críticos dos últimos três anos. Quem é a troika, qual das instituições foi mais inflexível, o que fizeram em Portugal e o que pensam dos portugueses? O que falta fazer, o que correu bem e o que correu mal? São perguntas para as quais procurámos respostas no último episódio da Grande Reportagem “Os Dias da Troika”. Entrevistas em exclusivo com Paulo Portas, vice-primeiro ministro, Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças e Carlos Moedas, Secretário de Estado adjunto do Primeiro-ministro que acompanhou de perto todos os passos do programa de assistência financeira a Portugal.

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Mensagem por Jnpc Qui 4 Set 2014 - 19:59

Hoje no Jornal da Noite:


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Mensagem por Carlos Teixeira Sex 5 Set 2014 - 1:25



Este homem é simplesmente genial... Clara sempre otima!
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Mensagem por Jnpc Ter 7 Out 2014 - 17:26

DN escreveu:SIC emite 'O Mapa do Cancro' esta quinta-feira

'Grande Reportagem' analisou os números dos registos oncológicos a nível regional e nacional para descobrir quais são os casos de cancros mais frequentes em Portugal

Saber quais são os cancros que mais afetam os portugueses por zona geográfica? e perceber se o Serviço Nacional de Saúde está preparado para lidar com essa realidade? foram algumas das questões que levaram a equipa de reportagem da SIC a desvendar o que está para lá das estatísticas.

A Grande Reportagem, que vai para o ar no Jornal da Noite desta quinta-feira, sustenta que as regiões de Portugal não são todas iguais e que existem diferenças entre os sexos. Por exemplo, no Norte há mais cancro do estômago, enquanto que no Sul surgem mais casos de cancro do cólon. Já nos Açores, os médicos estão preocupados com a percentagem alarmante de cancro do pulmão.

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Mensagem por Jnpc Qui 9 Out 2014 - 14:38

DN escreveu:Morreu o jornalista Fernando de Sousa

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

O correspondente da SIC em Bruxelas morreu aos 65 anos, segundo a estação de Carnaxide.

Fernando de Sousa sofreu uma morte repentina em Milão, Itália, onde se encontrava a cobrir a cimeira sobre o emprego.

"É uma notícia que nenhum de nós gostaria de dar. Morreu o nosso correspondente da SIC em Bruxelas, Fernando de Sousa. Estava em Milão, para a cobertura da cimeira sobre o emprego", lê-se no 'site' da SIC.

Antes da SIC, o jornalista trabalhou no Diário de Notícias e também na RDP e BBC. Foi correspondente em Londres, Alemanha e Bruxelas. Nascido a 16 de fevereiro de 1949, em 2006 foi condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique, pelo então Presidente Jorge Sampaio.

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Mensagem por david silva Qui 9 Out 2014 - 21:01

Um excelente profissional. Que descanse em paz.

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Mensagem por Shivers Seg 16 Mar 2015 - 23:05

Foi bom rever "Peso Pesado" no Perdidos e Achados desta semana. 

Deixo aqui o link para a reportagem do Jornal da Noite:

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

O formato merecia regressar à SIC. E podiam ir buscar de novo o Fábio e a Vanessa (infelizmente)... Não deve ser fácil.  Sad
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Mensagem por david silva Seg 16 Mar 2015 - 23:21

Também vi a reportagem e acho que o programa merecia um regresso, bem melhor que Ídolos.

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Mensagem por Nick Name Ter 17 Mar 2015 - 0:56

O problema seriam os seus diários. Mas creio que 20 minutos diários antes da principal novela não matariam a grelha e consolidavam os Domingos...
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Mensagem por FLP Ter 17 Mar 2015 - 2:26

podiam aproveitar o conteúdo nos  programas de day time, um mini-resumo a meio de Mar Salgado um diário mais abrangente no lugar da novela da meia noite, para alem de um bom compacto ao sábado. Bem produzido, chegava para ao domingo terem um programa competitivo e ainda aproveitavam para preencher a grelha em vários horários, sem necessidade de ter um diário de 45 minutos as 21.45.

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