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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Jnpc Sex 13 Dez 2013 - 16:52

NTV escreveu:Rita Blanco: "A minha emoção não tem valor nenhum"

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Com mais de 30 anos de carreira, ela é uma das atrizes mais aclamadas do País. A protagonista de Sol de Inverno lamenta que Portugal "não ame os seus artistas" e diz que o País está a ser "dizimado". Confessa que chumbou na escola por causa de um cão e lembra o namorado com quem ia comer gelados ao Santini.


Disse numa entrevista: "Não tenho prazer nenhum em fazer novelas." No entanto, é a protagonista de Sol de Inverno...

A partir do momento em que aceito fazer uma novela [interrompe para pegar numa chávena de chá] se não tiver prazer nenhum só tenho uma hipótese: matar-me. É claro que há trabalhos em que temos mais ou menos prazer, mas isso depende de um conjunto de razões. Às vezes podemos ter enormes expectativas em relação a um trabalho e depois essas expectativas ficarem totalmente goradas.

O que a faz aceitar ou não um projeto?

Para mim o que me importa são as pessoas com quem trabalho, isso é fundamental na minha vida. Como eu gosto das pessoas, se tiver pessoas por perto que me agradam e de quem gosto ou por quem tenho curiosidade em conhecer, entender... E numa equipa de novela há muita gente. É isso a que uma pessoa se agarra quando faz um trabalho, é às pessoas.

No caso de Sol de Inverno, foram também as pessoas que levaram-na a aceitar fazer este projeto?

Este é um caso particular. À partida eu tinha de fazer uma novela porque há pouco trabalho em Portugal. O cinema parou, os subsídios... E no teatro a mesma coisa. Na altura fui seduzida não só por isso mas também por algumas pessoas que estavam neste projeto que me davam curiosidade e vontade. Logo a seguir deram-me garantias relativamente ao horário, já que uma das coisas que me incomoda imenso na televisão são os horários, por serem muito pesados. Eu tenho esse conhecimento porque, apesar de não ter feito novelas, fiz séries à portuguesa que são novelas. E digo-lhe que já trabalhei em séries em condições muito piores do que nesta novela.

Ainda que seja uma das protagonistas, consegue então ter uma carga horária suportável?

Sim, e isso era muito importante para mim. Já que vamos fazer um trabalho que tem alguma dureza, pelo menos que nos tentem aliviar e isso foi o que aconteceu. Disseram-me logo que ia ter como coprotagonista a Maria João Luís, que é uma atriz que me interessa muitíssimo, além de gostar muito dela pessoalmente. Depois vieram mais atores e vim a descobrir pessoas com quem nunca tinha trabalhado e com quem tem sido um verdadeiro prazer.

Como por exemplo?

Ter o prazer de trabalhar com o João Perry, que faz de meu pai na novela, nunca tinha tido esse prazer. É divertimento puro porque ele já se está nas tintas e diverte-se. Totalmente disponível, não se leva a sério, é um encanto. A Fátima Belo está a ser um gozo contracenar com ela, gosto imenso dela.

Além desse prazer que me fala, tem colhido mais frutos?

O exercício de me acalmar e isso tem-me feito muito bem. Sempre tive um feitio irascível relativamente às coisas que não concordava, e que à partida tinha razão, mas o processo como eu as enfrentava verificou-se do meu ponto de vista estúpido. Primeiro porque não os resolvia e porque ficava muito zangada com toda a gente. E eu só posso perder a razão se estou zangada com toda a gente. As pessoas são o mesmo que eu, pessoas. Tem de haver ajustes. E eu tenho aprendido muito. Não podemos fazer um trabalho e não ganhar nada com isso, além do dinheiro.

Mas mudou a opinião que tinha da novela, ou considera que Sol de Inverno é um projeto isolado?

Esta novela tem as suas próprias características, como tudo na vida. Há muito pouco teatro que me apeteça fazer, há muito pouco cinema que me apeteça fazer e há muito pouca televisão que me apeteça fazer. Não é diferente por ser televisão. Não estou a ser arrogante, mas eu tenho de ter prazer e gostar das pessoas com quem trabalho.

Esta novela aborda vários temas ligados à atualidade. Um deles é a coadoção de crianças por casais homossexuais. Acha importante que a ficção acompanhe este tipo de assuntos?

A ficção não direi, até porque acho que não tem de haver regras. A ficção será o que entender que tem de ser. Mas numa novela que basicamente fala da realidade, isso faz que as pessoas se interessem e sintam que há alguma cumplicidade com aquilo que estão a ver e normalmente esse é o ingrediente fundamental de uma novela, é o facto de as pessoas conseguirem rever-se naquilo que se está a passar. Logo, quanto mais real for, melhor. Além disso a novela pode ter até um lado didático. Há tanta gente que não sabe que pode fazer determinadas coisas, e as pessoas que veem televisão por vezes estão muito isoladas.


"Se fosse diretora de um canal por um dia era o caos total"

Preocupa-se com as audiências ou é algo que lhe passa completamente ao lado?

Acho que me devia preocupar porque [pausa] a minha preocupação é que o trabalho que fazemos e para o qual somos pagos tenha um efeito prático, ou seja, que tenha público. Acredito que há regras e ética para se ganhar público. A televisão não é toda assim. Mas quando faço um trabalho fico muito contente que as pessoas o vejam porque eu trabalho única e exclusivamente para as pessoas.

Se fosse diretora de Programas de um canal por um dia...

[interrompe] Ai, não conseguia. Era o caos total. Nesse dia perdiam logo o dinheiro todo [risos]. Não perdiam nada, estou a brincar. Acredito que pode haver telenovelas, mas devem ter qualidade e brio. Em tudo. E acho que isso é que não acontece muitas vezes nas televisões. Não há dinheiro e além disso somos um País pequeno, é complicado. Ainda assim deve haver um esforço de qualidade. E acho que deve haver diversidade na programação. Tem de haver para todos. Porque o contrário estupidifica as pessoas. E com isto não estou a ser classista.

Mais diversidade, seria essa então a sua bandeira.

É muito raro ver televisão, confesso. Mas há dias sentei-me e estava a dar um documentário sobre a Agustina Bessa-Luís e foi para mim um prazer incomensurável. E eu também tenho o direito de ter prazer. E tenho a certeza de que as pessoas a curto, médio, longo prazo têm prazer na diversidade. E para mim foi encantador pensar que houve a possibilidade de se fazer um documentário sobre ela. Ela fez os livros e isso é que foi importante, mas a mim deu-me um gozo do caraças ver aquilo, até me comovi. Vê-la a falar, a rir, a conversar. Foi um privilégio.

É muito crítica do seu trabalho?

Espero ser a minha maior e melhor crítica. Às vezes observo o que fiz para perceber onde é que as coisas funcionam ou não. Mas tem mais que ver com o processo de trabalho, é mais importante para mim. Até porque depois de acabado não há muito a fazer.

É um processo martirizante?

Sim, mas não há nada que nos venha a dar gozo que não nos tenha custado antes.

Qual é a sua opinião sobre a nova geração de atores? Em Sol de Inverno contracena com alguns, tais como Victoria Guerra, que dá vida a Matilde, sua filha.

Tenho imenso gozo em trabalhar com a Victoria Guerra, com a Teresa Macedo, que faz de minha sobrinha. Com essas é um prazer e é com elas que trabalho, com os outros não posso dizer muito. Mas acho bom estudar. Acho que é importante para ser-se ator, acredito profundamente nisso. Acho que os protege mais. Como tudo na vida não há regras, conheço grandes atores que não passaram pelo Conservatório. Mas é bom, até para errar. Ser ator não é chegar, ver e vencer. É preciso trabalhar a voz, o corpo, ler, estudar. É preciso isso tudo. Ou não. E depois há vários tipos de atores...

Como por exemplo?

Quando era mais nova dizia: "O Tom Cruise não é ator." Claro que é. É um tipo de ator. Não é o tipo de ator que me interessa particularmente, não quero ser esse tipo de atriz e com isso não estou a dizer que sou melhor nem pior. Há espaço para vários tipos de atores.

Mas porque é que diz que não queria ser como o Tom Cruise?

Porque eu gosto muito de trabalhar textos, de aprofundar textos de teatro e ele trabalha mais a um outro nível. É diferente de fazer um filme de ação. Não estou a dizer que não queria fazer um filme de ação, mas eu não teria a capacidade para fazer o que ele faz. Se calhar ele não tinha para fazer o que eu faço. Eventualmente.


"É bonito ser ator"

É uma profissão em que existe muito deslumbramento?

Claro que há um deslumbramento, ainda bem que há. Quer dizer que ainda guardamos algum mistério. A profissão tem um lado mágico que acho que se deve manter. Porque é tão bonito. É bonito ser ator. Até me dá vontade de chorar, sou tão mariquinhas. Mas é verdade. Fazemos o que gostamos, passamos a vida a fazer de crianças e quanto mais envelhecemos mais infantis ficamos. Uns mais que outros. Isso é tão engraçado. E a única coisa que queremos é que gostem de nós. Claro que estou a ser romântica, os atores têm coisas horríveis porque são pessoas. Mas há um lado encantatório porque fazemos de conta. É muito mais prosaico, mas nós também fazemos chichi e cocó como as outras pessoas.

Há quem coloque os atores quase que num pedestal...

Porque o que se vê do lado de fora é outra coisa. Nós muito arranjados e maquilhados, a fazermos coisas que não somos nós. Momentos cristalizados daquilo que seria se fosse uma designer, ou se fosse uma porteira. Que é aquilo que fazíamos quando éramos pequenos. A diferença é que nos pagam [gargalhada].

Para se ser ator é preciso uma certa dose de loucura?

É preciso ter alguma endurence. Hoje em dia já não é assim, mas normalmente as pessoas que têm uma profissão e trabalham sabem que daqui a três meses ainda estão naquele emprego. Eu daqui a dois meses não sei se estou a trabalhar e sei isso desde os 18 anos.

Mesmo com o estatuto que já alcançou?

Pode acontecer e portanto é preciso ter alguma resistência psicológica para perceber que é assim que funciona e que há um lado precário. Temos de nos precaver para que isso seja uma possibilidade e não me refiro só ao dinheiro. Outra coisa é o facto de estarmos sempre a ser julgados. E podem dizer: "Um professor quando vai para a escola também é julgado." Sem dúvida. Mas isto aqui é uma coisa muito imediata. Todas as manhãs quando me levanto e vou para um estúdio tenho várias pessoas à espera que eu faça aquilo tudo certo e que os emocione. Porque senão não funciona. E quando vou para o palco tenho de dar o meu melhor, nem que a porca torça o rabo. [pausa] Estou muito comovida hoje.

Há pouco falava que ficar sem emprego pode acontecer mesmo a pessoas já com algum estatuto. Isso tem acontecido a alguns atores...

Mas isso é que é ser ator. Faz parte do conjuntinho. Uma vezes corre bem, outras corre mal. A par disso vivemos num país que não ama os seus artistas. Mas essa é a premissa. Temos pena, muita pena que assim seja porque isto não é um país sério. O Estado não é pessoa de bem. Se fosse pessoa de bem tratava bem os seus artistas porque são o símbolo da portugalidade e de uma série de coisas fundamentais. E falamos dos artistas do presente, do passado e do futuro.

Trabalha desde os 18 anos. Lembra-se do seu primeiro ordenado?

Lembro [sorri]. Era um filme francês e nessa altura faziam-se muitas produções francesas no nosso país porque era barato. E houve um dia que fui chamada para uma produção que se chamava O Circo das Paixões. Eu fiquei logo encantada. Só entrei porque falava facilmente francês e lá fiz um papel de uma empregada e tinha umas quatro ou cinco frases. Então achei que ia ganhar cem escudos no máximo. Aliás, nem pensei que ia ganhar alguma coisa, estava ainda no primeiro ano do Conservatório. E, quando acabei, o produtor francês saca de uma cena cheia de notas e colocou no envelope. E depois ele deu-me e eu perguntei: "Isso é tudo para mim?" E ele: "Então, mas não queres." Eu respondi que sim, mas não esperava. Ele deu-me à volta de 50 contos na altura [250 euros]. Eu pensei que eles se tinham enganado, mas fiquei muito contente e eles gozaram imenso comigo.

Foi um primeiro ordenado caricato, portanto...

Mas eu estou a mentir. Esse não foi o meu primeiro ordenado. Quer dizer, foi enquanto atriz. O melhor amigo do meu padrasto é dono de uma livraria chamada Galileu Galilei, que fica ao lado do Santini, em Cascais. E eu ia nas férias trabalhar para lá.

Não devia ser sacrifício nenhum porque, pelo que sei, adora livros.

Não, e apaixonei-me imenso lá. Tive um namorado e era tão feliz com ele... Tinha 16 anos e íamos ao Santini comer gelados e ler livros. Nada podia ser melhor.

Foi uma opção sua ou viu-se obrigada a trabalhar quando tinha 16 anos?

Foi uma opção da minha família. Francamente não era por necessidade, mas era porque fazia sentido. Se eu queria ter dinheiro para as férias tinha de trabalhar. Não foi nada de muito dramático. E foi assim que eu conheci esse meu namorado que era o Fernando e que eu achava tão giro [suspira]. Ele salvou-me de uma abelha [risos].

E foi um amor de verão, ou durou?

Não, ainda foi meu namorado. E ficámos amigos. Eu fui madrinha do casamento dele.

Numa altura em que o cinema perdeu muito público, sente que A Gaiola Dourada veio reconciliar as pessoas com a Sétima Arte?

É um filme francês, mas há outros filmes cá em Portugal que também tiveram sucesso. O que acho que faz que as pessoas tenham deixado de ir ao cinema é o facto de não terem dinheiro. Se não têm dinheiro para pagar a eletricidade, não têm para ir ao cinema. Depois tem também que ver com o facto de as televisões terem uma escolha grande de filmes, embora apenas passem um certo tipo de cinema.

E há ainda a questão da pirataria...

Sem dúvida, temos de andar sempre a tentar proteger os filmes. E nós nunca tivemos a educação, não fomos educados no sentido de nos autoprotegermos. Por isso vamos contra nós próprios, constantemente. É preciso haver o esforço de acreditarmos que na sala de cinema é diferente. Mas oxalá que A Gaiola Dourada leve mais pessoas ao cinema.

Acha que o filme correu alguns riscos ao explorar vários estereótipos portugueses como as camisolas da seleção nacional, a cerveja, o convívio à mesa?

Bem... correr riscos não diria. Correr riscos é não tirar aquelas pessoas que estão ali na Assembleia da República [risos]. Acho que esses estereótipos foram usados de uma maneira engraçada, agradável e que, a meu ver, funcionaram. E para além disso falou sobre os portugueses emigrantes em França, que é algo que não é habitual vermos no cinema. E todas as pessoas no mundo têm um emigrante algures na família. É um tema universal, no caso foram os portugueses em França. Mas a meu ver é uma comédia que resulta. E fazer que este género resulte no cinema não é assim tão evidente. Não ficou uma carga demasiado pesada, do sentimento português, da saudade.

E principalmente numa altura em que cada vez mais portugueses emigram...

Sim, embora agora seja um outro tipo de emigração. A abordada no filme é a que houve nos anos 50/60 e com condições abaixo de qualquer qualificação. Em condições terríveis. Porque o país de origem deixou, tratou-os mal. E o País que os recebeu também os deixou bastante desprotegidos à época. Hoje em dia os portugueses estão integrados em França, mas à custa deles. Sem dúvida. Não à custa da boa vontade dos franceses. Lamento dizer isto. Sei que quando fiz a promoção do filme não era das coisas passíveis de ser mais agradáveis de ouvir, mas é a minha opinião.

Emociona-se com aquilo que o público lhe tem dito na rua a propósito de A Gaiola Dourada?

Às vezes, sim, muito.

O que é que lhe dizem?

Acha que lhe vou dizer isso? As pessoas são muito agradáveis e penso: "É pá, se calhar fiz alguma coisa de jeito." Depois caio em mim e lembro-me de que não é verdade. Mas há coisas que nos deixam até perturbados porque sabemos que é um conjunto de coisas que leva a isso. Nós somos um veículo. É por isso que não nos podemos levar a sério porque é ridículo. Ouvi uma pessoa a dizer: "A minha mãe tem 90 anos e nunca tinha ido ao cinema. Fartou-se de chorar e adorou e disse que a Maria é igual a ela." Isto não fui eu que fiz. É um conjunto de circunstâncias e pessoas, para o qual também contribuí, que deu isto. Mas é bestial ouvir isto.


"Este país está a ser dizimado"

Sente-se uma órfã deste Governo?

Não, não, que este País é meu, não é deles. São lá uns tipos, aquilo é uma coisinha entre eles para ganharem uns lugares de poder. Esta gente baralhou-se. Mas não é só este Governo. Este, nesta altura, está a destruir Portugal. Mas outros, atrás, também alegremente o fizeram.

Tem sido algo contínuo...

Tem sido uma cavalgada heroica. Eles ensinaram-nos a não nos esforçarmos. Eles, a entidade capitalista que nos leva a não nos esforçarmos por nada e a perdermos todos os nossos privilégios e todos os nossos direitos. Já tivemos uma ditadura em que fomos ensinados a não pensar, a sermos ignorantes e a não desejar. As pessoas são muito egocêntricas e os políticos distanciaram-se completamente das pessoas. Colocaram-se num pedestal e esqueceram-se para que é que lá estão e por quem é que são pagas. Convenceram-se de que estão a fazer alguma coisa por nós, mas é mentira. Este país está a ser dizimado em vários níveis, já para não falar no cultural. Sou uma pessimista [pausa]. Não sou nada, é uma constatação.

Já ganhou mais com os seus trabalhos, ou deu mais a ganhar ao Estado?

Eu dou muito dinheiro a ganhar ao Estado [gargalhada] porque não tenho como fugir. Dei a ganhar ao Estado, mas isso seria cumprir com as minhas obrigações se tivesse retorno para os cidadãos. Mas hoje em dia não acredito nisso.

Sente então que o dinheiro que desconta não é usado da melhor forma?

Não faz sentido. Se eles não nos deixam ter direitos, então também não quero ter obrigações. Os privilégios das pessoas estão a chegar ao fim. O mundo tal como o conhecemos está a chegar ao fim. Mas a culpa não é só dos governantes, é de nós todos.

É uma mulher contestatária? Participa em manifestações?

Exerço o meu direito de voto, acho que é uma obrigação que eu tenho, e já fui a manifestações, mas hoje em dia do meu ponto de vista é inglório. Só quando eles sentirem na pele é que começam a perceber que não pode ser.

É mãe de uma menina, a Alice. O facto de ter uma filha faz que encare o futuro com uma apreensão maior?

Não é só por isso, gostava que o mundo continuasse a existir. Havia uma definição do José Mário Branco que era: "Ser de esquerda é não poder ser feliz sabendo que os outros são infelizes." Eu acredito nisso. Profundamente. Como é que podemos estar bem sabendo que não sei quantos miúdos têm fome. É terrível.

Já que me fala em ser-se de esquerda, acha que o País está nesta situação por culpa da direita?

Não, não. É um problema grave das pessoas. Dos políticos.


"A minha emoção não tem valor nenhum"

O que a faz chorar e rir?

Tudo. Eu choro de prazer e rio de nervoso e vice-versa. Choro com muita facilidade e rio com muita facilidade. Basta ver um cão a passar. E a minha filha pergunta: "Não vais começar a chorar outra vez, pois não." Desde pequenina que eu lhe cantava uma música da Adriana Calcanhoto. Ela era pequenina e gostava imenso dela, e eu punha essa música e começava imediatamente a chorar. Eu chorar era sintoma que a amava profundamente. Então ela punha o CD e punha os dedos nos meus olhos e dizia: "Uma lágrima." Às tantas eu já fazia um esforço para chorar [risos]. Mas eu até choro com o Dallas, com tudo. A minha emoção não tem valor nenhum.

Se pudesse mudar alguma coisa em si, o que mudava?

Passaram-me pela cabeça 217 coisas. Não consigo escolher, são todas tão pertinentes.

Em criança, era tímida ou extrovertida?

Era um bocadinho fechada, mas na escola diziam-me que não, que era do piorio. Eu até tinha dores de barriga para ir à escola, tinha tanto medo. Por causa dos rapazes, dos amigos, dos estudos, tudo. Tinha de me deitar de barriga para baixo tal era a dor. Ficava enervada só de respirar. Existir para mim era uma enorme dificuldade.

E ainda é?

É. Mas estou muito melhor. Hoje em dia tenho truques bestiais.

Que truques são esses? Pode partilhar?

Ter percebido que não nos devemos levar muito a sério e ir andando, cantando e sorrindo.

É fácil ser a Rita Blanco?

Não conheço outra [risos]. Não acho que seja fácil ser pessoa hoje em dia. E eu tenho uma sorte enorme. Não é fácil ser português, não ter emprego, não ter condições para viver em dignidade. Não é fácil ser pessoa.

Voltando à infância, além de ter dores de barriga por ir à escola, que mais a marcou?

Olhe, ter chumbado por causa de um cão.

Então?

Chumbei por faltas, mas depois salvaram-me. Havia um cão que eu tinha, um pastor-alemão, e eu estava muito apaixonada por aquele cão. Mas a minha mãe um dia disse-me que se ele destruísse mais alguma coisa lá em casa que o punha fora de casa. E eu, que nunca tinha cosido na vida, passei a coser as almofadas porque ele andava sempre a destruí-las. Então faltava às aulas. E ele ia comigo até à paragem do autocarro e quando eu ia embora ele ficava a olhar para mim, a ganir. Então eu faltava à escola e ficava com ele. Mas sempre gostei muito de animais. E gostava muito que os direitos dos animais fossem legislados.

Recentemente falou-se na limitação de animais domésticos, embora a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, já tenha dito que não é uma prioridade...

Tenho dois cães e dois gatos, mas terei os que entender assim eu tenha condições para os ter. Têm é de ser legislados os direitos e os deveres e haver denúncias de maus tratos a animais. Era o que faltava agora ser a senhora dona Cristas a dizer quantos animais é que eu posso ter em casa? Pelo amor de Deus. Só faltava mais essa? Ela já manda tanto em mim!

Na Suíça, por exemplo, há até advogados para defender os animais em tribunal...

Pois com certeza, mas isso é que faz sentido. Isso é o que é ser vagamente civilizado. Os animais já estavam cá antes de nós, mas infelizmente não têm a capacidade de se revoltarem.

E os seus cães e gatos são disciplinados, ou às vezes tem de intervir?

Às vezes tem de ser, mas tenho uma técnica infalível. Eu tenho um gato que tem 20 anos, que é o Iô Iô, é o tripé porque já só tem três patas. Mas está impecável, na maior.

Se calhar está melhor do que nós...

Ai, mas garanto-lhe que está. Mas continuando, adotei recentemente uma cadela que é a Ritinha e ela por vezes pega-se com os outros. Então eu deito-me na cama e obrigo os meus animais todos a conviverem uns com os outros. Às vezes oiço um rosnar e digo: "Não faz isso. Têm de ser amigos." Então começo a juntá-los aos poucos e quando já estão muito próximos ponho a pata de um a tocar no outro. Ao fim de um dia estão todos amigos. Amigos, amigos não direi, mas já convivem.

Bem, terminámos a entrevista...

[interrompe] Adeus.

Antes do "adeus", uma última pergunta. Pelo que sei gosta de dizer palavrões para descontrair. No fim desta entrevista apetece-lhe dizer algum?

Não, não. Aceitei esta entrevista e fiz. E com o maior gosto que pude e soube. E esta foi talvez a última [risos]. Estou a brincar. Espero poder vir a falar de muitos outros trabalhos.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por david silva Sex 13 Dez 2013 - 20:26

Então sem emissão ao sábado lá teremos a novela no ar mais um mês...

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Jnpc Qui 26 Dez 2013 - 2:50

Zapping escreveu:SIC prolonga participação de Rui Neto em “Sol de Inverno”

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Em “Sol de Inverno”, Rui Neto é Nuno Mendes, homossexual que mantém uma relação com Simão Aragão (Ângelo Rodrigues).

Ao principio da trama, Pedro Lopes pensou em matar a personagem logo no inicio, mas decidiu alterar os planos.

«Desde o inicio que estava definido que o Nuno ia morrer cedo na novela. Acho que ainda vai acontecer», conta Rui Neto, feliz com esta longa participação.

Até lá, “Sol de Inverno” vai discutir alguns temas pertinentes da sociedade, como a adoção de crianças por casais homossexuais: «Vai haver a disputa entre os pais do Nuno e Simão pela guarda da Carolina. O que está aqui em causa não é a homossexualidade mas os direitos de um pai. O público vai ver o drama de um pai cujos direitos não serão reconhecidos», explica o ator à TV Mais.

A partir de hoje “Sol de Inverno” entra numa outra fase com a tomada de posse por parte de Sofia (Rita Blanco) da Boheme e o casamento de Matilde e Salvador.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Jnpc Dom 29 Dez 2013 - 12:02

Zapping escreveu:Diogo Morgado já grava ‘Sol de Inverno’

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O ator que interpreta Eduardo na novela da noite da SIC está de volta à trama. Diogo Morgado já recomeçou a gravar a trama.

Depois da ausência devido aos compromissos internacionais da estrela de Carnaxide, o Eduardo prepara-se para “ressuscitar dos mortos” e mudar muita coisa em ‘Sol de Inverno’.

As gravações da trama, que tem a assinatura de Pedro Lopes, têm fim agendado para março, altura em que arrancarão as rodagens da sua sucessora.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por david silva Dom 29 Dez 2013 - 13:28

Nunca pensei que as gravações fossem terminar já em Março...então têm grande margem visto que o final deve ser só no final de Setembro.

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Mensagem por Carlos Teixeira Dom 29 Dez 2013 - 15:31

Ainda nao vi nada a confirmar o final para setembro.
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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por david silva Dom 29 Dez 2013 - 15:52

Carlos Teixeira escreveu:Ainda nao vi nada a confirmar o final para setembro.
Fazendo contas por alto o final é apontado para essa altura.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Jnpc Dom 29 Dez 2013 - 18:20

david silva escreveu:Nunca pensei que as gravações fossem terminar já em Março...então têm grande margem visto que o final deve ser só no final de Setembro.

Não será assim tão espantoso. Dancin' Days, que durou 1 ano e 4 meses no ar, nem a 1 ano de gravações chegou.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Jnpc Seg 30 Dez 2013 - 19:24

DN escreveu:Pedro Granger: "Gostava muito de voltar a apresentar"

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O ator, que está no ar como o João Maria na novela Sol de Inverno, da SIC, confessou que quer voltar a conduzir um programa em 2014.

"Gostava muito de voltar a apresentar, sou um ator e não fecho as portas, mas gostava muito de voltar a fazê-lo. Apresentei O Elo Mais Fraco na RTP há um ano e meio, e acho que já está na altura de voltar", contou Pedro Granger ao DN.

Mas, por enquanto, Granger continua bastante atarefado com o papel que desempenha na novela do horário nobre da estação de Carnaxide. "Pediram-me para gravar mais uns episódios. O João Maria e a Matilde [Vitória Guerra] vão apaixonar-se. Através deste casal vai ser retratado um dilema que todos nós conhecemos e que é quando as pessoas se apaixonam pela pessoa errada. Estou a divertir-me muito", revelou.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por QQG Seg 30 Dez 2013 - 19:36

Gostava de ver um Portugal Tem Talento com ele e com o Manzarra.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por john_123 Seg 30 Dez 2013 - 21:38

A mim soa-me a indirecta à TVI por causa do Rising Star...

Mas a ideia do Sérgio Ferreira nem era má de todo.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Paulo Andrade Qui 2 Jan 2014 - 1:14

Li agora a comparação entre Tempo de Viver e Sol de Inverno, e carago, o que é isto, um remake? LOLOL

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Carlos Teixeira Qui 2 Jan 2014 - 1:18

Paulo Andrade escreveu:Li agora a comparação entre Tempo de Viver e Sol de Inverno, e carago, o que é isto, um remake? LOLOL

Ora cita lá as comparaçoes....
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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Paulo Andrade Qui 2 Jan 2014 - 1:25

Não leste o que escrevi? Vai à home page do fantastic e lê!

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Carlos Teixeira Qui 2 Jan 2014 - 2:04

Ja vi... prefiro nao comentar...
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Mensagem por J.R. Qui 2 Jan 2014 - 2:17

Realmente, depois de ler, dá que pensar...

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por LFTV Qui 2 Jan 2014 - 2:42

As novelas são diferentes e tem histórias diferentes mas tem algumas coincidências e eu já tinha reparado em algumas...

Já agora nessa notícia das comparações existe um erro. No Tempo de Viver o Artur era tio da Fátima e não pai dela.
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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Nick Name Qui 2 Jan 2014 - 15:24

Pois, há coisas super rebuscadas.
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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Jnpc Seg 6 Jan 2014 - 19:21

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por LFTV Dom 12 Jan 2014 - 2:03

Segundo li num site concorrente, o Fernando Luís vai entrar em Sol de Inverno. Esta participação em SDI marca o regresso do actor à SIC ao fim de vários anos.

Eu acredito que ele vai entrar na substituta de Sol de Inverno.
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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Jnpc Dom 12 Jan 2014 - 8:19

Zapping escreveu:“Sol de Inverno” já tem data para terminar gravações

“Sol de Inverno” já tem data para terminar as gravações. Os trabalhos da novela da SIC encerram dentro de 2 a 3 meses.

«O final das gravações de Sol de Inverno está previsto para o final de março, abril», revelou Cláudia Vieira à Notícias TV.

Tal como a passagem de testemunho entre “Dancin’ Days” e “Sol de Inverno”, também neste caso a transição deve ser imediata e na mesma altura do ano.

O início da primavera tem sido a altura escolhida para a SIC e SP Televisão encerrarem os trabalhos da ficção e este ano não vai ser exceção.

A substituta de “Sol de Inverno” deve começar a ser rodada logo em abril e a estreia deve ocorrer entre o final do verão e a rentrée de setembro.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Jnpc Sex 17 Jan 2014 - 13:36

NTV escreveu:Úrsula Corona: "Estou à espera de que me venham bater na rua"

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Chegou a Sol de Inverno a partir de um convite recebido via Facebook. Com uma carreira construída nos ecrãs da TV Globo, Úrsula Corona está a chegar à novela da SIC para "resgatar" Diogo Morgado da morte. Brasileira "apaixonada por Portugal", é uma mulher de causas.


Como é que surgiu o convite para participar em Sol de Inverno?

Foi pelo Facebook [risos]. A partir da Gabriela [Sobral, diretora de Produção Nacional da SIC] e da Ângela [Gonçalves], a nossa diretora de elenco, que me perguntaram se tinha disponibilidade. Coincidiu com o meu período de férias. E é engraçado porque recebi o convite exatamente no dia em que cheguei a Portugal. Dois dias depois já estava a gravar Sol de Inverno.

Gostar do nosso país, namorar com um português e viajar várias vezes para Portugal ajudou a dizer o "sim"?

Claro. Já venho para Portugal há algum tempo. Gosto muito deste país, da cultura, principalmente. E acompanho a dramaturgia em Portugal há algum tempo, apesar de sempre de uma forma um pouco mais distante. Vocês estão há pouco tempo, mas já têm uma assinatura.

A sua personagem, Thaís, é líder de um gang que vai salvar Eduardo [Diogo Morgado] e está quase a chegar à antena. E promete muitas maldades, não é?

Um pouquinho [risos]. A Thaís usa a maldade com delicadeza, porque é por aí que ela conquista as pessoas à volta dela e é também assim que ela consegue entrar em casa da Laura [Maria João Luís] e dá a volta à história.

Está à espera de que os portugueses lhe queiram bater na rua?

Sim, até espero que isso aconteça. Mas acho que vai haver uma mistura, porque ao mesmo tempo vou ter situações engraçadas.

Como é que foi a preparação para esta personagem?

Não tive muito tempo. Fui muito pelo instinto e muito pelo que recebia nos textos. E cheguei a andar uma tarde num comboio a ver como se comportavam as pessoas para me inspirar.

Como tem sido contracenar com o Diogo Morgado?

Temos uma química ótima. Ele é um parceiro muito gostoso. E é engraçado, porque nós começámos a gravar já a namorar. Foi "Olá, prazer" e... pumba, vamos fazer a cena. Mas tudo muito profissional. Ele é um grande ator, discutimos muito as cenas.

Estava previsto que terminasse de gravar Sol de Inverno em dezembro, mas voltou a prolongar o seu período na história.

Exatamente. Consegui voltar. O convite e o texto maravilhoso do Pedro Lopes e da sua equipa fizeram-me ficar durante mais algum tempo [sorri]. É que este vaivém cansa, mas quando se tem prazer, o trabalho torna-se diversão e é uma aprendizagem constante.

Qual é agora a previsão para o final das gravações?

Ainda não sei. Vou continuar neste vaivém nas próximas semanas, entre o Brasil - onde vou fazer duas peças nas próximas semanas, que quero trazer aqui em abril -, Portugal e Itália, onde estou a fazer o programa Brasilidade, para a RAI [estação pública italiana]. Começo a gravar em fevereiro e vou passar por várias cidades brasileiras.

Portanto, não consegue estar parada. Imagino que tenha pouco tempo para si.

Amo o meu óficio. Alimento-me disto e das crianças de que cuido no Brasil, através da minha associação, a Estrelas Sports. Mas estou feliz, gosto disto. E ainda tenho um filme, El Desierto del Desierto, de que sou coprodutora. Começamos a gravar este mês e a estreia está prevista para o Festival de Cinema, em outubro.

Este foi o primeiro convite para participar numa novela portuguesa?

Não. Já tinha recebido um convite, mas não coincidia. Mas não gostaria de dizer qual. Foi de outra estação.

Não me diga que a queriam como protagonista da novela Belmonte...

Não quero falar sobre isso [risos] Sabe porquê? Acho isso feio. A verdade é que a vontade sempre existiu, só que ainda não era a hora. Agora, este convite, para esta novela, com este elenco, com esta equipa, foi o ideal.

A propósito, tem aproveitado para ver a prestação da sua amiga Graziella Schmitt [Paula em Belmonte]?

Tenho, apesar de não conseguir ver muita televisão. A Grazie é uma amiga de faculdade que admiro muito. Somos parceiras, encontramo-nos. É uma pessoa de quem gosto muito, alguém muito especial.

A forma de trabalhar aqui é muito diferente da de trabalhar para uma novela brasileira?

Não é melhor nem pior, é diferente. É um outro sistema, que nos dá até mais liberdade, mais organização da nossa vida pessoal. Tenho um roteiro semanal, recebo os meus capítulos com muita antecedência. Tenho a liberdade de pedir para ir ao Brasil fazer um trabalho e organizarem as minhas cenas de forma a que o possa fazer. Vejo um esquema próximo ao do cinema, apesar de o ritmo ser intenso, é uma estrutura próxima ao cinema e há uma comunicação interna muito livre, muito fluida. Na Globo depende da produção. Já tive situações de novelas de Manoel Carlos de gravar cenas que recebi no dia. Isso não é mau. É bom também. Cada processo é um processo.

Foi díficil adaptar-se a este ritmo?

Nem um pouco. Sou workaholic, adoro trabalhar. Adoro quando tenho um roteiro e gravo todos os dias, em que o carro me apanha às 07.45 e chego a casa feliz. É a minha endorfina.

Esta experiência é para repetir?

Quem sabe? Eu estou a comprar uma casa em Portugal. Gosto da qualidade de vida daqui, mas é claro que tenho compromissos no Brasil. Para além das duas peças, tenho ainda duas séries para fazer este ano.

Antes de participar em Malhação fez parte do elenco de O Astro, que também foi um sucesso cá. Que recordações guarda?

Muitas. A melhor talvez seja o poder ver a polícia brasileira de uma forma melhor. A minha personagem era uma agente da polícia e, por isso, tive muitos momentos intensos dentro de esquadras. Pude ver uma polícia inteligente, pude ver a vocação que os leva a escolher e não pelo lado mau. Oitenta por cento desta profissão no Brasil são ladrões.

Ao aceitar participar numa novela portuguesa não teve receio de que fosse um retrocesso na sua carreira, por já ter feito trabalhos para aquela que é considerada uma das melhores emissoras do mundo?

Não vejo as coisas dessa forma. É uma troca cultural. Estou aqui justamente por culpa dos portugueses. Aceitar foi um presente para poder conhecer a cultura portuguesa, artistas, atores. Ganhei amizades e relações que só me enriqueceram.

Aquilo que ganha em termos monetários é muito diferente do que recebe no Brasil?

[pausa] São cifras diferentes. Mas acho que na vida os valores não são esses. O período de estar em Portugal, a aprender uma cultura que não teria se estivesse só a ler livros. Estar a tomar um chá e a comer um pastel de Belém, pedalar em Monsanto, ir para Sintra... Isso não tem preço. Os valores são de acordo com aquilo que absorvemos da vida. Estou muito feliz, estou a ganhar muito bem. [risos]

Aos 13 anos fez a sua primeira novela, História de Amor. Que recordações guarda?

Eu comecei ainda antes disso, no teatro e fui muito cedo para a televisão, aos 8 anos. Cantava. Os meus pais não queriam muito que eu fizesse teatro, porque tinham receio de que eu estivesse a perder a minha infância. Lembro-me da primeira vez em que pisei o palco, da emoção que senti nessa altura. E também de falar com os meus pais e de dizer que o meu maior brinquedo era atuar. Eles começaram a ser mais parceiros e lembro-me de com 13 anos chegar ao estúdio e ser uma alegria. Tive muita sorte em estar perto de grandes mestres.

Mas depois acabou por fazer uma pausa, devido à doença da sua mãe. Arrepende-se?

Nunca me arrependo de nada. A vida é para a frente e temos de aprender sempre com as dificuldades também. Se a vida for só flores às vezes não temos a maturidade de as reconhecer. Hoje em dia tenho a certeza de que a gratidão que tenho, a sabedoria de pedir com licença, por favor, obrigado, vem daí.

E crescer a fazer televisão foi bom para si?

Sem dúvida. Lembro-me de uma situação, quando tinha 12 anos, entrar em estúdio e ver um responsável a dar uma bronca à equipa do programa em que estava, Feliz Aniversário. Vi aquilo ali a ferver de uma forma boa, despertei e percebi: "Isto aqui é trabalho, não é brincadeira." E isso foi bom. Sou uma pessoa muito responsável. Tenho a certeza de que a partir dali ganhei mais consciência sobre a responsabilidade.

É uma mulher ligada a causas sociais e criou a Associação Estrelas Sports, que ajuda crianças desfavorecidas através do desporto no Brasil. É importante para si ajudar os outros?

É muito mesmo. E isto surgiu de uma forma natural, nunca foi pensado. Não sei se foram problemas familiares. Sou muito ligada ao que me move. Claro que se quisesse ficar só na televisão, presa aos eventos e às festas, poderia fazê-lo. Mas não quis.

Mas não gosta dessa vida?

Não é a questão de gostar. É a questão de querer mais do que isso. Isso faz parte do trabalho.

Como é que lida com o mundo da fama?

Para mim é indiferente. É um mundo normal. Eu piso o chão. Sempre escolhi um caminho mais longe, porque a minha prioridade são os meus projetos. Mas "não abro mão" de os fazer. Quando tenho as minhas certezas, vou embora. "Não abro mão" delas. Quando estou com as crianças, não estou ali a doar nada. Estou a receber. Recebo muito mais do que dou. E acho que é uma troca constante.

É fácil para si lidar com os paparazzi, que perseguem a vida das estrelas da TV?

[pausa] Não acordo a pedir isso, mas se acontece, tem de se saber entender que se não se gosta, muda-se de profissão. Faz parte. É hipócrita dizer: "Ai, não gosto". Não gosta, meu amor, então muda de profissão. Essa consciência da invasão vem com o tempo. O limite também vem com a maturidade. Tenho muito que aprender. Mas incomodo-me cada vez menos com isso.

Se algum dia a profissão de atriz lhe faltar, o que se vê a fazer?

Não penso nisso. Sabe porquê? Acredito muito na lei da atração. No foco. E qual é o meu foco? O meu foco é querer ser uma atriz melhor em cada trabalho, aprender a cada dia e em paralelo já tenho as minhas coisas. Por estar aqui, em Portugal, comecei um negócio que está a correr super bem. Não tenho tempo livre.

Que negócio é esse?

Tenho uma importadora de vinhos. Levamos vinhos aqui de Portugal para o Brasil. Percebi que não tínhamos muitos vinhos portugueses a chegar lá e decidi apostar neste negócio. E tem corrido muito bem.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por david silva Sex 17 Jan 2014 - 20:32

Esta novela está a surpreender-me pela positiva, até agora não tem tido o habitual encher de chouriços, apesar de ainda estar longe do final.

Estou a gostar mais desta que de DD...

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Pedro Mello Sex 17 Jan 2014 - 22:49

«Dancin' Days» começou com tudo, e depois estagnou. Esta teve uma primeira semana fantástica, ficou mais fraca e agora tem vindo a ficar cada vez melhor. Mas continuo a gostar mais de «Dancin' Days».

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 38 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Carlos Teixeira Sáb 18 Jan 2014 - 3:25

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Para a semana promete mais boas cenas...
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Mensagem por Jnpc Sáb 18 Jan 2014 - 12:19

Zapping escreveu:“Sol de Inverno”: Conheça a personagem de Fernando Luís

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De regresso à SIC, Fernando Luís, que se celebrizou ao protagonizar “Médico de Família” e “Inspector Max” volta à casa-mãe em “Sol de Inverno”.

O ator, neste regresso à ficção vai desempenhar uma personagem bem diferente das últimas que interpretou.

Fernando viverá a personagem Ricardo Moreira, um amigo de Sofia (Rita Blanco), que será peça importantíssima na vingança contra Laura (Maria João Luís).

Esta não vai ser, no entanto, a principal característica da personagem, visto que Ricardo é um viciado no jogo, tema que Pedro Lopes quer explorar em “Sol de Inverno”.

Apesar de estar a gravar desde a última semana de dezembro, a sua participação só irá para o ar a partir do episódio 210.

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