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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Matorazzi Sáb 9 Nov 2013 - 16:39

Quinto Canal escreveu:Paulo Azevedo regressa à ficção da SIC
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Depois de ter integrado o elenco de Podia Acabar o Mundo e de ter vencido a segunda temporada de Splash! Celebridades, Paulo Azevedo está de regresso à ficção do terceiro canal. A informação foi avançada na sua página oficial do Facebook: «É uma honra poder pertencer à grande história da SIC, Sol de Inverno. Esse, para mim, vai voltar a brilhar.»
Com 31 anos, Paulo Azevedo dará vida a um professor de caiaque, chamado Tiago, personagem que vai reforçar o seu currículo (em 2009 interpretou Raimundo na novela protagonizada por Cláudia Vieira, cujos resultados ficaram à quem das expetativas).
Será que, desta vez, o ator irá contribuir para que Sol de Inverno se consiga impor perante Belmonte?

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Jnpc Sáb 9 Nov 2013 - 16:50

Zapping escreveu:“Sol de Inverno”: Andreia vai engravidar de um morto

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“Sol de Inverno”, novela que a SIC transmite em horário nobre vai retratar um assunto polémico para a sociedade mundial: uma mulher que engravide de um morto.

Spoiler:

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por DJ Sáb 9 Nov 2013 - 16:57

A diferença é que em TdV o assunto foi tratado de melhor maneira e com mais destaque onde meteu guerra de famílias (os MM estavam contra). Aqui pelos vistos, ela vai convencer a mãe do morto, logo não terá um grande destaque, além que não vai meter justiça ao barulho visto que vai ser ilegal.


Última edição por DJ em Sáb 9 Nov 2013 - 17:32, editado 1 vez(es)
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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Jnpc Sáb 9 Nov 2013 - 16:58

Para além de que o morto tudo indica que não estará morto e irá regressar mais à frente na história.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por A! Sáb 9 Nov 2013 - 22:40

O episódio de "Sol de Inverno" que está a dar hoje é "Especial S. Martinho" e foi gravado na Golegã, provavelmente durante o fim-de-semana passado quando o Portugal em Festa esteve lá.

Um episódio independente - a históira não está relacionada directamente com os episódios que antecedem e precedem - e que funciona quase como um filme. A nível técnico nota-se também algumas diferenças na qualidade de imagem e no tipo de planos usados.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por SMG Sáb 9 Nov 2013 - 22:53

Boa iniciativa esta!
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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Carlos Teixeira Dom 10 Nov 2013 - 1:37

A! escreveu:O episódio de "Sol de Inverno" que está a dar hoje é "Especial S. Martinho" e foi gravado na Golegã, provavelmente durante o fim-de-semana passado quando o Portugal em Festa esteve lá.

Um episódio independente - a históira não está relacionada directamente com os episódios que antecedem e precedem - e que funciona quase como um filme. A nível técnico nota-se também algumas diferenças na qualidade de imagem e no tipo de planos usados.
Nao... o episodio de hoje teve cenas gravadas ha quase 2 meses, outras há quase 1 mês e outras esta semana que passou claro, a parte da festa de rua em si. É um episodio quase que independente, mas tem a sua ligaçao com os episodios antecedentes, ... Para nao falar que o Fernando Rocha ja apareceu hoje, e ja se sabe que ele sera o antigo noivo da Fatinha... por isso...
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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Matorazzi Dom 10 Nov 2013 - 4:39

O motor desta história, isto é, a rivalidade das duas ex-amigas está monótona, sem interesse. A novela tem ficado aquém das minhas expetativas. Se no inicio seria um novelão, agora apresenta-se como mais do mesmo

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por SMG Dom 10 Nov 2013 - 12:05

Esta é a novela mais próxima da realidade que a SIC já teve. Talvez por isso esteja um pouco monótona.
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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Jnpc Ter 12 Nov 2013 - 13:16

DN escreveu:Joana Ribeiro chocada com festas de orgias e drogas

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"A mim chocou-me perceber que estas festas existem mesmo". As palavras são de Joana Ribeiro que na novela "Sol de Inverno", SIC, dá vida a Margarida, uma jovem que participa neste tipo de encontros

"É preocupante saber que jovens como a Margarida frequentam este tipo de saídas à noite, acho isto assustador, não saberia o que faria se fosse mãe de uma jovem destas. É preciso estarmos atentos", alerta a atriz de 21 anos.

Joana Ribeiro garante que esta personagem nada tem a ver consigo e que por isso o desafio está a ser ainda maior. "Não me revejo nada nesta personagem e isso é ótimo. A Margarida está a ser mais difícil do que a Mariana, mas isso é que é o giro. Em "Dancin' Days" encontrava algumas coisas em comum comigo, como a rebeldia, aqui não há nada", afiança.

Para conseguir encontrar a personagem de "Sol de Inverno" e ser o mais fiel possível à realidade, Joana Ribeiro explica que fez uma pesquisa intensa. "Quis procurar o máximo de informação sobre o assunto para saber o que são estas festas, li um livro "Fim da Inocência", que fala sobre estas festas com drogas e sexo. Para mim foi importante perceber que existe e que há muitas pessoas que passam por isto", revela a atriz sublinhado que até aqui não tinha conhecimento sobre o que eram estas festas.

Joana Ribeiro salienta que o que faz na novela é mesmo a imitação da realidade. Desengane-se quem pensa que apenas acontece na ficção. "Há muitas pessoas que podem achar que o que eu faço na novela não existe, mas existe mesmo. As pessoas é que não têm noção porque estas festas são apenas acessíveis a um determinado número de pessoas e de um certo nível com dinheiro. Em que os pais trabalham muito e não têm tempo de ver o que os filhos estão a fazer", termina a atriz.

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Mensagem por Jnpc Sex 15 Nov 2013 - 14:09

Zapping escreveu:Protagonista de “Mundo ao Contrário” reforça elenco de “Sol de Inverno”

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“Mundo ao Contrário” da TVI já  lá vai, mas o protagonista da trama de João Matos não vai ficar muito tempo longe do ecrã.

Rodrigo Trindade, um dos destaques da história que foi, entretanto, encurtada pela Quatro está de malas e bagagens feitas para se mudar para a SIC.

O ator vai fazer parte do elenco de “Sol de Inverno”, a principal novela de Carnaxide. Filipe é o nome da personagem de Rodrigo Trindade nesta nova aventura.

Em “Mundo ao Contrário” o ator foi considerado pela crítica especializada uma das revelações da novela. A sua personagem era o par amoroso de Sara Barradas (Catarina).

Na SIC o novo papel não deve ter tanto destaque, pois vai entrar já com as gravações em velocidade de cruzeiro e o ator ainda nem sabe ao certo quando vai aparecer nos ecrãs de Carnaxide.

aTV escreveu:Rui Porto Nunes reforça elenco de «Sol de Inverno»

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Depois de reforçar o elenco de Dancin’ Days onde interpretou João, o gestor de contas da discoteca da novela que se apaixonou por Mariana (Joana Ribeiro), o ator Rui Porto Nunes volta à ficção nacional e desta vez vai reforçar o leque de atores da novela Sol de Inverno também na SIC.

Segundo a Notícias TV, na trama assinada por Pedro Lopes, o ator vai dar vida a Gonçalo, um primo de Manel, a personagem de Rogério Samora que vem de Santarém para Lisboa para estudar Hotelaria e trabalhar no bar de praia em part-time.

O ator que participou no verão na primeira edição do programa Splash! Celebridades iniciou as gravações na passada sexta-feira e vai atuar ao lado de nomes como Rita Blanco, Maria João Luís e Diana Chaves que interpreta a dona do bar onde a sua personagem vai trabalhar na trama do horário nobre da estação do grupo Impresa.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por david silva Sex 15 Nov 2013 - 19:31

Com o alargamento da novela lá vão ter de colocar mais umas quantas personagens.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Jnpc Sáb 16 Nov 2013 - 14:04

NTV escreveu:Andreia Dinis: "Um dos motivos que me levaram a sair da TVI foi a estabilidade financeira"

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Há dez anos no pequeno ecrã, a atriz que dá vida à perturbada Ana da novela da SIC Sol de Inverno afirma sem pudores não ter a ambição de ser protagonista. E revela todos os pormenores das cenas em que a sua personagem se automutila.


Acha que Sol de Inverno vai fazer os mesmos bons resultados da sua antecessora, Dancin' Days?

Com a história que temos, com toda a equipa de produção e realização, acho que sim. Claro que essa pressão não é colocada sobre nós, atores. Não temos de nos preocupar com as audiências, mas fazer um bom trabalho. Viver, vestir as personagens e passar cá para fora a história delas. Mas claro que temos uma herança pesada e que também gostávamos de que esta novela tivesse tão bons ou melhores resultados que Dancin' Days.

Na semana passada vimos a sua personagem a automutilar-se. Que preparação é que foi feita para estas cenas?

Falei com uma psicóloga e procurei saber dados clínicos sobre este distúrbio. Tentei perceber que tipo de pessoas são estas, o que é que as leva a fazer isto, que motivações têm e de que maneira isso tem impacto na vida delas.

Quais são as motivações da Ana?

A Ana é uma pessoa muito controlada e fria. Quando está sob um grande nível de stresse, para se acalmar, para conseguir sentir as emoções como uma pessoa dita normal, mutila-se para conseguir descarregar a dor. Ela tem de transformar a dor emocional em dor física para se acalmar. Houve uma primeira cena em que ela se pica no carro e depois há uma bem maior, que ainda não foi emitida, em que há uma discussão com o filho [Vasco, interpretado por Francisco Monteiro] e ela, para se conseguir acalmar, corta-se com uma tesoura. Só que o miúdo vê a mãe fazer aquilo. Se para qualquer adulto é estranho testemunhar uma cena destas, imagine-se para uma criança...

Foi difícil para si?

Foi, porque não há muita coisa sobre esta patologia. Isto não é uma depressão, não é um sintoma obsessivo-compulsivo, não existe nenhuma nomenclatura específica para isto. Eu já tinha ouvido falar destas situações na adolescência, associadas a casos de anorexia e bulimia. Assim, em casos ditos normais, de pessoas adultas, nunca tinha tido conhecimento. Daí ter recorrido a ajuda médica para construir esta personagem. Depois, eu não fazia a mínima ideia de que a Ana ia sofrer este tipo de distúrbio. Foi um bocadinho assustador quando recebi os primeiros guiões com este distúrbio, fiquei um bocadinho em pânico. Claro que tive a ajuda dos diretores de atores para compor a personagem, para que as pessoas não pensassem que ela é louca, mas sim uma pessoa com um distúrbio que pode ser tratado.

Receia que as cenas em que se automutila, à semelhança do que aconteceu com a cena em que a Andreia [personagem interpretada por Cláudia Vieira] tomou comprimidos para abortar, sejam vistas como um mau exemplo?

Tentamos ser o mais fiéis possível ao que se passa na nossa sociedade. Chamamos a atenção para situações que existem, mas que podem ser tratadas. Não estamos, de modo algum, a incitar quem quer que seja a ter este tipo de atitudes, mas sim que este tipo de problemas existe e tem tratamento. No caso da Cláudia, acho que não fez qualquer sentido a declaração do diretor-geral da Saúde [Francisco George] porque, como ela disse, e muito bem, a cena foi um exemplo do que de mal pode acontecer se se tomar comprimidos abortivos.

Vai haver uma escalada deste tipo de comportamentos da sua personagem?

Vai, sem dúvida! E vai culminar numa determinada situação ainda mais grave. Foi muito complexo fazer essa cena porque este tipo de comportamento não é muito abordado.

A sua personagem tem um percurso próprio, ao contrário do que aconteceu em Rosa Fogo e Perfeito Coração, em que interpretou coadjuvantes das protagonistas. Houve algum momento ao longo da sua carreira em que pensou que ia interpretar sempre o mesmo tipo de personagem?

A única semelhança entre elas terminava aí. Eram a melhor amiga da protagonista, mas depois tinham história própria, que também se cruzava com a da protagonista. Neste caso, não. Não me cruzo minimamente com as protagonistas.

Não respondeu à minha pergunta...

Ah! Não, não tive esse receio. Estive para entrar em Laços de Sangue e a minha personagem ia ser completamente diferente da de Perfeito Coração... só que entretanto descobri que estava grávida.

Qual era a personagem?

É ingrato para a atriz que a fez dizer qual era. Mas era uma personagem muito intensa! Só que engravidei! Foi um feliz acaso. Tinha planeado não demorar muito tempo, mas não tinha planeado ser nessa altura. Mas, respondendo à sua pergunta, nunca tive esse receio. Tinha, sim, vontade de sair do registo da menina boazinha, da personagem politicamente correta. E apareceu agora com a Ana. Está a ser um desafio profissional muito grande.


"Neste momento sou livre para trabalhar em que canal quiser"

Tendo trabalhado na TVI, como é que vê esta mudança de eixo nas audiências, com as novelas das duas estações a competir taco a taco?

Quanto mais concorrência houver e quanto menos linear forem as coisas melhor é para todos. Para o público, para nós, equipa técnica e atores... isso traduz-se numa melhor qualidade de produto. Traduz-se no facto de os portugueses preferirem cada vez mais as novelas nacionais em detrimento das estrangeiras. É bom que não haja uma estagnação de mercado.

O que é que, em 2009, a fez trocar a TVI pela SIC?

Senti que na TVI, como havia muitas pessoas com contrato, estava a haver uma certa estagnação.

Estava com contrato de exclusividade com a TVI?

Estava. Aliás, um dos motivos que me levaram a sair foi a estabilidade financeira. Não vamos ser hipócritas ao ponto de dizer: "Ai, foi por causa da realização profissional." E depois, ao nível da realização profissional, fui das primeiras pessoas a dar esse passo, depois da Cláudia [Vieira] e da Diana [Chaves], de ajudar a ficção da SIC a crescer e de eu também crescer como atriz. Claro que foi uma questão muito ponderada e pensada. Havia sempre o risco de as coisas não correrem bem. Foi um passo que dei e do qual não me arrependo minimamente.

Continua a ter contrato de exclusividade?

Não [risos]! Com grande pena minha.

À semelhança de outros atores, mudou-se para a SIC com a promessa e concretização de um contrato de exclusividade. E agora acabou. Sente que lhe venderam gato por lebre?

Não. Fui para a SIC em 2009, tive contrato até 2012. Fui para a SIC com determinado tempo de contrato, que depois foi alongado. Entretanto, o panorama socioeconómico do nosso país é que deu esta volta e a SIC viu-se com uma questão: a TVI não estava a renovar contratos de exclusividade. Enquanto canal, percebo. Se o outro canal não está a garantir atores, porque é que a SIC há de garantir? Enquanto atriz, tenho pena que isso tenha acontecido. Continuo a vestir a camisola da SIC porque continuo a ter trabalho e continuam a tratar--me bem. Mas neste momento sou livre de trabalhar para onde quiser.

Se a convidassem, ponderaria voltar a fazer novelas na TVI?

Na TVI ou na RTP. Onde quer que houvesse um projeto que achasse aliciante e que me dessem as condições para ser feliz enquanto atriz.

Acha que as saídas de José Eduardo Moniz [ex-diretor-geral da TVI] e Gabriela Sobral [atual diretora de produção nacional da SIC] deixaram a TVI fragilizada?

Acho que sim. Primeiro, com o José Eduardo, que foi sempre uma pessoa que admirei muito. Como comandante, levava o seu barco a bom porto. Segundo, acho que a instabilidade maior surge quando a Gabriela sai. Ela era o braço direito do José Eduardo, é uma pessoa que trabalha neste meio há muitos anos e que sabe para onde quer direcionar as coisas. E está a fazer um excelente trabalho na SIC.

Há muitas pessoas que ainda a recordam como Bá, a personagem que fez na novela da TVI Baía das Mulheres [2004]?

É engraçado perguntar isso porque a RTP Internacional passou recentemente a novela. Recebi mensagens no Facebook, que estão na África do Sul, nos EUA, e que me dizem que acompanharam. É engraçado, é uma história que fiz há dez anos... e é giro ver que devido às repetições ainda há pessoas a falar sobre isso.

Considera que foi a sua personagem mais marcante?

Foi, porque foi a minha estreia. Eu tinha feito, em 2003, uma participação de elenco adicional em Saber Amar. A minha grande oportunidade enquanto atriz surge na Baía das Mulheres. Eu tinha acabado o curso da Oficina de Atores e foi aí que percebi que o que tinha aprendido na representação era o que queria para o meu futuro. E gostei imenso. Fiquei apaixonada pela representação. Era engraçadíssimo porque as pessoas na rua tinham imenso medo de se aproximar por ela ser tão selvagem.

Quando começaram as gravações de Rosa Fogo tinha sido mãe há pouco tempo [a atriz é mãe de Flor, de 2 anos, fruto do relacionamento de longa data com Daniel Teixeira]. Sentiu-se pressionada, mais que não seja por si mesma, para voltar a estar em forma?

[risos] Eu brincava com essa situação. Dizia: "Nunca estive tão em baixo de forma e estou a fazer das personagens mais novas e com mais exigência a nível físico que fiz até hoje." Gostava de ter tido mais tempo de preparação. Estava a amamentar na altura e não podia fazer determinados exercícios... fiz o que era humanamente possível face à minha vida pessoal.

Sentiu algumas inseguranças?

Sim, não tanto por estar em baixo de forma mas porque estava a fazer uma personagem que era uma bailarina profissional e que tinha muitas cenas de dança para as quais eu não estava minimamente preparada. Ou melhor, estava mas minimamente, só.

Acha que há uma pressão sobre as atrizes que são mães para estarem numa forma física ainda melhor do que a que estavam antes de engravidar?

Nós vivemos numa sociedade em que a imagem tem um peso brutal, seja na televisão seja noutra área qualquer. Em televisão, obviamente que se calhar há um peso maior. Primeiro porque a televisão engorda. E depois, dependendo da personagem, tem de haver todo um cuidado. Porque trabalhamos com a imagem, vendemos a imagem. Obviamente, vendemos emoções, sensações, certezas, mas trabalhamos com a imagem. Portanto, há toda essa pressão. Mas nós somos humanos. Não há milagres. Há cirurgias estéticas, há ginásios, há quem tenha mais tempo e se aplique mais, há quem, se calhar, não tenha esse tempo mas seja mais focado para o ginásio, para as dietas, e consiga mais em menos tempo... e depois há pessoas como eu [risos]! Que não gostam de fazer dietas, que adoram ir ao ginásio, mas que são um bocadinho preguiçosas... mas tenho uma genética que ajuda. Tenho quase 36 anos e nunca tive grandes oscilações de peso. Tenho essa vantagem.

Acha que alguma vez será protagonista de uma novela?

Não tenho essa ambição. Já tive, inclusive, convite para isso. Na altura em que esse convite foi feito não quis dar esse passo porque não tinha disponibilidade a nível de tempo. Não vivo com essa pressão. Fazer um protagonista implica muita coisa a nível pessoal que tem de ser ponderada. Na altura em que esse convite foi feito não estavam reunidas as condições para o fazer.

Foi na TVI ou na SIC?

Não vou dizer [risos]. Mas isto para dizer que os protagonistas são os que mais se destacam nas histórias e, como é óbvio, são mais reconhecidos pelo público. Mas todas as personagens são importantes. E até hoje todas as personagens que eu tive tiveram relevância nas histórias.

Um bom ator secundário faz que um menos bom ator principal consiga brilhar?

Claro que sim! As cenas vivem essencialmente de contracenas. Eu posso estar a contracenar com o melhor ator do mundo mas, se ele nesse dia não estiver para aí virado, a cena não vai brilhar. E pode ser uma cena com um figurante que dá tudo e mais alguma coisa e fica uma cena muito boa.

Acha que em algumas novelas os protagonistas são escolhidos não tanto pelas suas capacidades de representação mas sobretudo pela sua popularidade?

Acho que é como em todo o lado. Se uma pessoa for muito popular, vende.

Mas no futebol o jogador mais popular tem de ser necessariamente o melhor.

No futebol [risos]. Numa empresa provavelmente não tem de ser o melhor. Pode conseguir os melhores resultados não sendo o melhor profissional. Nas novelas isso tem tudo que ver com as opções das estações. Ponto final, parágrafo.

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Mensagem por Jnpc Sáb 23 Nov 2013 - 2:19

Zapping escreveu:“Sol de Inverno”: Eduardo não morreu e prepara plano maquiavélico

Devido a compromissos nos Estados Unidos da América, Diogo Morgado teve de se ausentar de “Sol de Inverno”. Eduardo, a sua personagem, desaparece, mas vai voltar.

O ator explica que tudo não passa de um plano do filho de Laura Aragão (Maria João Luís) para ganhar mais poder e mais dinheiro. O Eduardo vai regressar com «um novo propósito», revela à Correio TV.

Desaparecido no México e dado como morto, a personagem de Diogo Morgado vai regressar mais para a frente e vai trazer consigo um plano diabólico.

«Com o Eduardo é tudo vago, nunca se sabe o que se pode esperar dele», conta Morgado, fazendo segredo do plano. O ator classifica ainda o Eduardo de «egocêntrico, mesquinho, ciumento e estúpido».

A verdade é que o gestor nunca deu ponto sem nó e esteve à beira de deixar a irmã morrer. Se este plano não fosse descoberto pela mulher, Andreia (Cláudia Vieira), Teresa (Inês Castel-Branco) teria sucumbido à doença.

Apesar de tanta maldade, a participação do ator em “Sol de Inverno” tem sido um prazer, devido ao desafio de interpretar alguém tão inescrupuloso. «Tanta faceta faz dele uma personagem divertida de interpretar», diz.

Também a composição da personagem ajudou Diogo Morgado a interpretá-lo. As lentes de contacto azuis dão, na opinião do ator, «uma expressão mais fria, menos humana (…) e funciona como uma espécie de máscara que a personagem usa».

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Mensagem por Jnpc Sex 6 Dez 2013 - 0:10

DN escreveu:Victoria Guerra grava novela da SIC em Cabo Verde

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A atriz e o parceiro de cena Pedro Sousa viajaram até ao continente africano para gravar cenas da lua de mel das duas personagens.

Victoria Guerra e Pedro Sousa viajaram na passada quinta-feira para Cabo Verde e regressaram esta terça-feira a Portugal.

Os dois atores, que em Sol de Inverno dão vida ao casal Matilde e Salvador, viajaram até ao continente africano para gravar cenas da lua de mel das duas personagens, que serão exibidas na antena da SIC dentro de duas semanas.

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Mensagem por Jnpc Sex 6 Dez 2013 - 19:38

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Mensagem por Eu João Sex 6 Dez 2013 - 21:57

Belmonte ganha no mês de Novembro com 13.7% e 28.7%.
Já na média geral, Sol de Inverto tem mais 1pp que Belmonte em rating. O share é igual.
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Mensagem por david silva Sex 6 Dez 2013 - 21:59

Belmonte tem a vantagem de não ser exibida ao Sábado dia em que o consumo em HN baixa.

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Mensagem por Jnpc Ter 10 Dez 2013 - 11:23

aTV escreveu:A Entrevista – Pedro Lopes

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Estamos em dezembro e já passaram três meses desde a estreia de Sol de Inverno na SIC. Pedro Lopes, autor da novela, garante que «não podia estar mais satisfeito» com os resultados. Inicialmente estavam previstos 180 episódios e, agora, é altamente provável que chegue aos 300.

Surpresas, bombas e muitas reviravoltas: são ingredientes dos próximos capítulos. Mas nós quisemos saber mais coisas… Como é o ritmo de escrita da novela? Quais foram as inspirações para a história? Que conclusões se podem tirar das audiências? As respostas são apresentadas já de seguida.



- Pedro, já lá vão três meses desde a estreia de Sol de Inverno. Está satisfeito com os resultados?

- A expectativa foi sempre muito alta, mas ao fim destes meses todos de trabalho não podia estar mais satisfeito. A história continua com muita energia, conseguimos desenhar bem os personagens e temos a sorte de trabalhar com uma grande equipa que tem acrescentado valor ao projeto.

- Como é o ritmo de escrita da novela?

- Escrever uma novela é sempre intenso. Há é que pensar rápido, porque temos de entregar seis episódios por semana, mas estou habituado a esse ritmo de trabalho.

- Atualmente, quantos episódios estão previstos?

- É possível que chegue aos 300 episódios, mas ainda não é certo.

- O enredo de Sol de Inverno é considerado um «Romeu e Julieta» dos tempos atuais. Quais foram as suas principais inspirações?

- Para mim esta novela é sobre duas mulheres que têm uma profunda admiração, e mesmo amor, uma pela outra, mas que em determinado momento há uma quebra de confiança e esse amor transforma-se num ódio visceral. O romance entre Salvador [Pedro Sousa] e Matilde [Victoria Guerra] também é muito importante na novela. Mas mais do que um Romeu e Julieta, é uma história sobre dois jovens que põem o amor à frente de outras prioridades, o que não é comum na geração deles – em que tudo o resto vem primeiro, em que há um individualismo tão grande que as relações perderam a importância.

- Acredito que não tenha sido nada fácil reunir um elenco de luxo, com nomes tão sonantes como Rita Blanco, Maria João Luís, Rogério Samora, entre outros. Estou certo?

- Quando os projetos agradam aos atores torna-se tudo muito mais fácil.

- Tem-se surpreendido com as performances dos atores? Algum em especial?

- Não vou dizer que me surpreende, porque os conheço e sei que Sol de Inverno tem um dos melhores elencos de sempre. Mas é maravilhoso ver como se apoderaram dos personagens e lhes deram vida.

- A personagem de Rita Blanco vai sofrer uma grande reviravolta ao descobrir que tem uma doença grave. Que outras bombas está a preparar para a história?

- As surpresas devem ser constantes, ainda vão acontecer muitas outras (mas é segredo)…

- Diariamente, Sol de Inverno luta taco-a-taco com Belmonte. No que toca às audiências, as duas novelas andam sempre muito perto uma da outra. Acha que este cenário vai continuar assim?

- As audiências dependem de muita coisa, não é só do próprio programa, mas do horário em que entra, da duração do intervalo, do programa que vem antes e do que irá ser emitido depois. Há uma série de fatores (uns internos e outros externos à própria novela), mas eu espero que os bons resultados se mantenham, e, se possível, venham a subir ainda mais.

- E o que tem a dizer sobre a alteração na grelha de programação da TVI, que passou a incluir Casa dos Segredos – Diário da Noite?

- Os resultados têm estado muito estáveis. Julgo que essas experiências na grelha da TVI não tiveram impacto na nossa novela.

- Suponha que eu não gosto mesmo nada de assistir a novelas. O que diria para mudar esta atitude?

- O preconceito contra as novelas não faz sentido. Há boas e más novelas, boas e más séries, bons e maus filmes. Os formatos e os géneros não devem, nem podem, ser hierarquizados, por isso o que diria a quem faz uma afirmação dessas é que devia ter abertura de espírito.

- Que avaliação faz de apostas recentes da concorrência (Belmonte e Os Nossos Dias, por exemplo)?

- Eu acho muito interessante a aposta que as estações têm feito na ficção. E o resultado tem sido claramente positivo, a ver pelas audiências. Mas, ao mesmo tempo é importante esta aposta porque contribui para o desenvolvimento de uma indústria que se quer forte e que pode contribuir positivamente para a economia do nosso país.

- A crise reflete-se de forma acentuada na ficção?

- Todos sentimos o efeito da crise, mas a criatividade tem de combater a falta de dinheiro. Os orçamentos que temos em Portugal para fazer novela chegam a ser dez vezes menores que em outros países, mas, mesmo assim temos sido reconhecidos internacionalmente, o que mostra a qualidade do trabalho que se faz por cá.

- Para finalizar… Sol de Inverno é novela para receber uma nomeação para os Emmy?

- Devemos procurar a excelência em tudo o que fazemos. Se vai ser nomeada ou não, nunca se sabe, mas devemos esforçar-nos para que seja internacionalmente reconhecida a qualidade do que fazemos na SP Televisão.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Carlos Teixeira Ter 10 Dez 2013 - 13:27

Entao ainda nao sao certos os 300 episodios.... so espero é que nao seja para cima x'D
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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por david silva Ter 10 Dez 2013 - 21:16

Acho que 200 eram suficientes, tenho acompanhado a novela com alguma regularidade e acho que tem estado com um bom ritmo de acontecimentos, mas penso que vai começar a tornar-se enfadonha rapidamente.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Carlos Teixeira Qua 11 Dez 2013 - 0:03

LOL, 200 nao sera, ja que as gravaçoes vao quase no episodio 150 ... Mas 260/280 seja o mais certo...
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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por david silva Qua 11 Dez 2013 - 19:39

Eu sei que não vão ser 200 episódios, mas considero que seria o desejável para não ter o habitual "encher de chouriços" que se tornará inevitável numa novela tão longa como vai ser SdI.

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por J.R. Qui 12 Dez 2013 - 5:12

Eu acho esta novela tão desinteressante... Serei o único?!

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por J.R. Sex 13 Dez 2013 - 3:16

"Sol de Inverno" deixa de ser emitida aos sábados, já a partir deste sábado!

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Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS - Página 37 Empty Re: Sol de Inverno - ÚLTIMOS EPISÓDIOS

Mensagem por Jnpc Sex 13 Dez 2013 - 16:52

NTV escreveu:Rita Blanco: "A minha emoção não tem valor nenhum"

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Com mais de 30 anos de carreira, ela é uma das atrizes mais aclamadas do País. A protagonista de Sol de Inverno lamenta que Portugal "não ame os seus artistas" e diz que o País está a ser "dizimado". Confessa que chumbou na escola por causa de um cão e lembra o namorado com quem ia comer gelados ao Santini.


Disse numa entrevista: "Não tenho prazer nenhum em fazer novelas." No entanto, é a protagonista de Sol de Inverno...

A partir do momento em que aceito fazer uma novela [interrompe para pegar numa chávena de chá] se não tiver prazer nenhum só tenho uma hipótese: matar-me. É claro que há trabalhos em que temos mais ou menos prazer, mas isso depende de um conjunto de razões. Às vezes podemos ter enormes expectativas em relação a um trabalho e depois essas expectativas ficarem totalmente goradas.

O que a faz aceitar ou não um projeto?

Para mim o que me importa são as pessoas com quem trabalho, isso é fundamental na minha vida. Como eu gosto das pessoas, se tiver pessoas por perto que me agradam e de quem gosto ou por quem tenho curiosidade em conhecer, entender... E numa equipa de novela há muita gente. É isso a que uma pessoa se agarra quando faz um trabalho, é às pessoas.

No caso de Sol de Inverno, foram também as pessoas que levaram-na a aceitar fazer este projeto?

Este é um caso particular. À partida eu tinha de fazer uma novela porque há pouco trabalho em Portugal. O cinema parou, os subsídios... E no teatro a mesma coisa. Na altura fui seduzida não só por isso mas também por algumas pessoas que estavam neste projeto que me davam curiosidade e vontade. Logo a seguir deram-me garantias relativamente ao horário, já que uma das coisas que me incomoda imenso na televisão são os horários, por serem muito pesados. Eu tenho esse conhecimento porque, apesar de não ter feito novelas, fiz séries à portuguesa que são novelas. E digo-lhe que já trabalhei em séries em condições muito piores do que nesta novela.

Ainda que seja uma das protagonistas, consegue então ter uma carga horária suportável?

Sim, e isso era muito importante para mim. Já que vamos fazer um trabalho que tem alguma dureza, pelo menos que nos tentem aliviar e isso foi o que aconteceu. Disseram-me logo que ia ter como coprotagonista a Maria João Luís, que é uma atriz que me interessa muitíssimo, além de gostar muito dela pessoalmente. Depois vieram mais atores e vim a descobrir pessoas com quem nunca tinha trabalhado e com quem tem sido um verdadeiro prazer.

Como por exemplo?

Ter o prazer de trabalhar com o João Perry, que faz de meu pai na novela, nunca tinha tido esse prazer. É divertimento puro porque ele já se está nas tintas e diverte-se. Totalmente disponível, não se leva a sério, é um encanto. A Fátima Belo está a ser um gozo contracenar com ela, gosto imenso dela.

Além desse prazer que me fala, tem colhido mais frutos?

O exercício de me acalmar e isso tem-me feito muito bem. Sempre tive um feitio irascível relativamente às coisas que não concordava, e que à partida tinha razão, mas o processo como eu as enfrentava verificou-se do meu ponto de vista estúpido. Primeiro porque não os resolvia e porque ficava muito zangada com toda a gente. E eu só posso perder a razão se estou zangada com toda a gente. As pessoas são o mesmo que eu, pessoas. Tem de haver ajustes. E eu tenho aprendido muito. Não podemos fazer um trabalho e não ganhar nada com isso, além do dinheiro.

Mas mudou a opinião que tinha da novela, ou considera que Sol de Inverno é um projeto isolado?

Esta novela tem as suas próprias características, como tudo na vida. Há muito pouco teatro que me apeteça fazer, há muito pouco cinema que me apeteça fazer e há muito pouca televisão que me apeteça fazer. Não é diferente por ser televisão. Não estou a ser arrogante, mas eu tenho de ter prazer e gostar das pessoas com quem trabalho.

Esta novela aborda vários temas ligados à atualidade. Um deles é a coadoção de crianças por casais homossexuais. Acha importante que a ficção acompanhe este tipo de assuntos?

A ficção não direi, até porque acho que não tem de haver regras. A ficção será o que entender que tem de ser. Mas numa novela que basicamente fala da realidade, isso faz que as pessoas se interessem e sintam que há alguma cumplicidade com aquilo que estão a ver e normalmente esse é o ingrediente fundamental de uma novela, é o facto de as pessoas conseguirem rever-se naquilo que se está a passar. Logo, quanto mais real for, melhor. Além disso a novela pode ter até um lado didático. Há tanta gente que não sabe que pode fazer determinadas coisas, e as pessoas que veem televisão por vezes estão muito isoladas.


"Se fosse diretora de um canal por um dia era o caos total"

Preocupa-se com as audiências ou é algo que lhe passa completamente ao lado?

Acho que me devia preocupar porque [pausa] a minha preocupação é que o trabalho que fazemos e para o qual somos pagos tenha um efeito prático, ou seja, que tenha público. Acredito que há regras e ética para se ganhar público. A televisão não é toda assim. Mas quando faço um trabalho fico muito contente que as pessoas o vejam porque eu trabalho única e exclusivamente para as pessoas.

Se fosse diretora de Programas de um canal por um dia...

[interrompe] Ai, não conseguia. Era o caos total. Nesse dia perdiam logo o dinheiro todo [risos]. Não perdiam nada, estou a brincar. Acredito que pode haver telenovelas, mas devem ter qualidade e brio. Em tudo. E acho que isso é que não acontece muitas vezes nas televisões. Não há dinheiro e além disso somos um País pequeno, é complicado. Ainda assim deve haver um esforço de qualidade. E acho que deve haver diversidade na programação. Tem de haver para todos. Porque o contrário estupidifica as pessoas. E com isto não estou a ser classista.

Mais diversidade, seria essa então a sua bandeira.

É muito raro ver televisão, confesso. Mas há dias sentei-me e estava a dar um documentário sobre a Agustina Bessa-Luís e foi para mim um prazer incomensurável. E eu também tenho o direito de ter prazer. E tenho a certeza de que as pessoas a curto, médio, longo prazo têm prazer na diversidade. E para mim foi encantador pensar que houve a possibilidade de se fazer um documentário sobre ela. Ela fez os livros e isso é que foi importante, mas a mim deu-me um gozo do caraças ver aquilo, até me comovi. Vê-la a falar, a rir, a conversar. Foi um privilégio.

É muito crítica do seu trabalho?

Espero ser a minha maior e melhor crítica. Às vezes observo o que fiz para perceber onde é que as coisas funcionam ou não. Mas tem mais que ver com o processo de trabalho, é mais importante para mim. Até porque depois de acabado não há muito a fazer.

É um processo martirizante?

Sim, mas não há nada que nos venha a dar gozo que não nos tenha custado antes.

Qual é a sua opinião sobre a nova geração de atores? Em Sol de Inverno contracena com alguns, tais como Victoria Guerra, que dá vida a Matilde, sua filha.

Tenho imenso gozo em trabalhar com a Victoria Guerra, com a Teresa Macedo, que faz de minha sobrinha. Com essas é um prazer e é com elas que trabalho, com os outros não posso dizer muito. Mas acho bom estudar. Acho que é importante para ser-se ator, acredito profundamente nisso. Acho que os protege mais. Como tudo na vida não há regras, conheço grandes atores que não passaram pelo Conservatório. Mas é bom, até para errar. Ser ator não é chegar, ver e vencer. É preciso trabalhar a voz, o corpo, ler, estudar. É preciso isso tudo. Ou não. E depois há vários tipos de atores...

Como por exemplo?

Quando era mais nova dizia: "O Tom Cruise não é ator." Claro que é. É um tipo de ator. Não é o tipo de ator que me interessa particularmente, não quero ser esse tipo de atriz e com isso não estou a dizer que sou melhor nem pior. Há espaço para vários tipos de atores.

Mas porque é que diz que não queria ser como o Tom Cruise?

Porque eu gosto muito de trabalhar textos, de aprofundar textos de teatro e ele trabalha mais a um outro nível. É diferente de fazer um filme de ação. Não estou a dizer que não queria fazer um filme de ação, mas eu não teria a capacidade para fazer o que ele faz. Se calhar ele não tinha para fazer o que eu faço. Eventualmente.


"É bonito ser ator"

É uma profissão em que existe muito deslumbramento?

Claro que há um deslumbramento, ainda bem que há. Quer dizer que ainda guardamos algum mistério. A profissão tem um lado mágico que acho que se deve manter. Porque é tão bonito. É bonito ser ator. Até me dá vontade de chorar, sou tão mariquinhas. Mas é verdade. Fazemos o que gostamos, passamos a vida a fazer de crianças e quanto mais envelhecemos mais infantis ficamos. Uns mais que outros. Isso é tão engraçado. E a única coisa que queremos é que gostem de nós. Claro que estou a ser romântica, os atores têm coisas horríveis porque são pessoas. Mas há um lado encantatório porque fazemos de conta. É muito mais prosaico, mas nós também fazemos chichi e cocó como as outras pessoas.

Há quem coloque os atores quase que num pedestal...

Porque o que se vê do lado de fora é outra coisa. Nós muito arranjados e maquilhados, a fazermos coisas que não somos nós. Momentos cristalizados daquilo que seria se fosse uma designer, ou se fosse uma porteira. Que é aquilo que fazíamos quando éramos pequenos. A diferença é que nos pagam [gargalhada].

Para se ser ator é preciso uma certa dose de loucura?

É preciso ter alguma endurence. Hoje em dia já não é assim, mas normalmente as pessoas que têm uma profissão e trabalham sabem que daqui a três meses ainda estão naquele emprego. Eu daqui a dois meses não sei se estou a trabalhar e sei isso desde os 18 anos.

Mesmo com o estatuto que já alcançou?

Pode acontecer e portanto é preciso ter alguma resistência psicológica para perceber que é assim que funciona e que há um lado precário. Temos de nos precaver para que isso seja uma possibilidade e não me refiro só ao dinheiro. Outra coisa é o facto de estarmos sempre a ser julgados. E podem dizer: "Um professor quando vai para a escola também é julgado." Sem dúvida. Mas isto aqui é uma coisa muito imediata. Todas as manhãs quando me levanto e vou para um estúdio tenho várias pessoas à espera que eu faça aquilo tudo certo e que os emocione. Porque senão não funciona. E quando vou para o palco tenho de dar o meu melhor, nem que a porca torça o rabo. [pausa] Estou muito comovida hoje.

Há pouco falava que ficar sem emprego pode acontecer mesmo a pessoas já com algum estatuto. Isso tem acontecido a alguns atores...

Mas isso é que é ser ator. Faz parte do conjuntinho. Uma vezes corre bem, outras corre mal. A par disso vivemos num país que não ama os seus artistas. Mas essa é a premissa. Temos pena, muita pena que assim seja porque isto não é um país sério. O Estado não é pessoa de bem. Se fosse pessoa de bem tratava bem os seus artistas porque são o símbolo da portugalidade e de uma série de coisas fundamentais. E falamos dos artistas do presente, do passado e do futuro.

Trabalha desde os 18 anos. Lembra-se do seu primeiro ordenado?

Lembro [sorri]. Era um filme francês e nessa altura faziam-se muitas produções francesas no nosso país porque era barato. E houve um dia que fui chamada para uma produção que se chamava O Circo das Paixões. Eu fiquei logo encantada. Só entrei porque falava facilmente francês e lá fiz um papel de uma empregada e tinha umas quatro ou cinco frases. Então achei que ia ganhar cem escudos no máximo. Aliás, nem pensei que ia ganhar alguma coisa, estava ainda no primeiro ano do Conservatório. E, quando acabei, o produtor francês saca de uma cena cheia de notas e colocou no envelope. E depois ele deu-me e eu perguntei: "Isso é tudo para mim?" E ele: "Então, mas não queres." Eu respondi que sim, mas não esperava. Ele deu-me à volta de 50 contos na altura [250 euros]. Eu pensei que eles se tinham enganado, mas fiquei muito contente e eles gozaram imenso comigo.

Foi um primeiro ordenado caricato, portanto...

Mas eu estou a mentir. Esse não foi o meu primeiro ordenado. Quer dizer, foi enquanto atriz. O melhor amigo do meu padrasto é dono de uma livraria chamada Galileu Galilei, que fica ao lado do Santini, em Cascais. E eu ia nas férias trabalhar para lá.

Não devia ser sacrifício nenhum porque, pelo que sei, adora livros.

Não, e apaixonei-me imenso lá. Tive um namorado e era tão feliz com ele... Tinha 16 anos e íamos ao Santini comer gelados e ler livros. Nada podia ser melhor.

Foi uma opção sua ou viu-se obrigada a trabalhar quando tinha 16 anos?

Foi uma opção da minha família. Francamente não era por necessidade, mas era porque fazia sentido. Se eu queria ter dinheiro para as férias tinha de trabalhar. Não foi nada de muito dramático. E foi assim que eu conheci esse meu namorado que era o Fernando e que eu achava tão giro [suspira]. Ele salvou-me de uma abelha [risos].

E foi um amor de verão, ou durou?

Não, ainda foi meu namorado. E ficámos amigos. Eu fui madrinha do casamento dele.

Numa altura em que o cinema perdeu muito público, sente que A Gaiola Dourada veio reconciliar as pessoas com a Sétima Arte?

É um filme francês, mas há outros filmes cá em Portugal que também tiveram sucesso. O que acho que faz que as pessoas tenham deixado de ir ao cinema é o facto de não terem dinheiro. Se não têm dinheiro para pagar a eletricidade, não têm para ir ao cinema. Depois tem também que ver com o facto de as televisões terem uma escolha grande de filmes, embora apenas passem um certo tipo de cinema.

E há ainda a questão da pirataria...

Sem dúvida, temos de andar sempre a tentar proteger os filmes. E nós nunca tivemos a educação, não fomos educados no sentido de nos autoprotegermos. Por isso vamos contra nós próprios, constantemente. É preciso haver o esforço de acreditarmos que na sala de cinema é diferente. Mas oxalá que A Gaiola Dourada leve mais pessoas ao cinema.

Acha que o filme correu alguns riscos ao explorar vários estereótipos portugueses como as camisolas da seleção nacional, a cerveja, o convívio à mesa?

Bem... correr riscos não diria. Correr riscos é não tirar aquelas pessoas que estão ali na Assembleia da República [risos]. Acho que esses estereótipos foram usados de uma maneira engraçada, agradável e que, a meu ver, funcionaram. E para além disso falou sobre os portugueses emigrantes em França, que é algo que não é habitual vermos no cinema. E todas as pessoas no mundo têm um emigrante algures na família. É um tema universal, no caso foram os portugueses em França. Mas a meu ver é uma comédia que resulta. E fazer que este género resulte no cinema não é assim tão evidente. Não ficou uma carga demasiado pesada, do sentimento português, da saudade.

E principalmente numa altura em que cada vez mais portugueses emigram...

Sim, embora agora seja um outro tipo de emigração. A abordada no filme é a que houve nos anos 50/60 e com condições abaixo de qualquer qualificação. Em condições terríveis. Porque o país de origem deixou, tratou-os mal. E o País que os recebeu também os deixou bastante desprotegidos à época. Hoje em dia os portugueses estão integrados em França, mas à custa deles. Sem dúvida. Não à custa da boa vontade dos franceses. Lamento dizer isto. Sei que quando fiz a promoção do filme não era das coisas passíveis de ser mais agradáveis de ouvir, mas é a minha opinião.

Emociona-se com aquilo que o público lhe tem dito na rua a propósito de A Gaiola Dourada?

Às vezes, sim, muito.

O que é que lhe dizem?

Acha que lhe vou dizer isso? As pessoas são muito agradáveis e penso: "É pá, se calhar fiz alguma coisa de jeito." Depois caio em mim e lembro-me de que não é verdade. Mas há coisas que nos deixam até perturbados porque sabemos que é um conjunto de coisas que leva a isso. Nós somos um veículo. É por isso que não nos podemos levar a sério porque é ridículo. Ouvi uma pessoa a dizer: "A minha mãe tem 90 anos e nunca tinha ido ao cinema. Fartou-se de chorar e adorou e disse que a Maria é igual a ela." Isto não fui eu que fiz. É um conjunto de circunstâncias e pessoas, para o qual também contribuí, que deu isto. Mas é bestial ouvir isto.


"Este país está a ser dizimado"

Sente-se uma órfã deste Governo?

Não, não, que este País é meu, não é deles. São lá uns tipos, aquilo é uma coisinha entre eles para ganharem uns lugares de poder. Esta gente baralhou-se. Mas não é só este Governo. Este, nesta altura, está a destruir Portugal. Mas outros, atrás, também alegremente o fizeram.

Tem sido algo contínuo...

Tem sido uma cavalgada heroica. Eles ensinaram-nos a não nos esforçarmos. Eles, a entidade capitalista que nos leva a não nos esforçarmos por nada e a perdermos todos os nossos privilégios e todos os nossos direitos. Já tivemos uma ditadura em que fomos ensinados a não pensar, a sermos ignorantes e a não desejar. As pessoas são muito egocêntricas e os políticos distanciaram-se completamente das pessoas. Colocaram-se num pedestal e esqueceram-se para que é que lá estão e por quem é que são pagas. Convenceram-se de que estão a fazer alguma coisa por nós, mas é mentira. Este país está a ser dizimado em vários níveis, já para não falar no cultural. Sou uma pessimista [pausa]. Não sou nada, é uma constatação.

Já ganhou mais com os seus trabalhos, ou deu mais a ganhar ao Estado?

Eu dou muito dinheiro a ganhar ao Estado [gargalhada] porque não tenho como fugir. Dei a ganhar ao Estado, mas isso seria cumprir com as minhas obrigações se tivesse retorno para os cidadãos. Mas hoje em dia não acredito nisso.

Sente então que o dinheiro que desconta não é usado da melhor forma?

Não faz sentido. Se eles não nos deixam ter direitos, então também não quero ter obrigações. Os privilégios das pessoas estão a chegar ao fim. O mundo tal como o conhecemos está a chegar ao fim. Mas a culpa não é só dos governantes, é de nós todos.

É uma mulher contestatária? Participa em manifestações?

Exerço o meu direito de voto, acho que é uma obrigação que eu tenho, e já fui a manifestações, mas hoje em dia do meu ponto de vista é inglório. Só quando eles sentirem na pele é que começam a perceber que não pode ser.

É mãe de uma menina, a Alice. O facto de ter uma filha faz que encare o futuro com uma apreensão maior?

Não é só por isso, gostava que o mundo continuasse a existir. Havia uma definição do José Mário Branco que era: "Ser de esquerda é não poder ser feliz sabendo que os outros são infelizes." Eu acredito nisso. Profundamente. Como é que podemos estar bem sabendo que não sei quantos miúdos têm fome. É terrível.

Já que me fala em ser-se de esquerda, acha que o País está nesta situação por culpa da direita?

Não, não. É um problema grave das pessoas. Dos políticos.


"A minha emoção não tem valor nenhum"

O que a faz chorar e rir?

Tudo. Eu choro de prazer e rio de nervoso e vice-versa. Choro com muita facilidade e rio com muita facilidade. Basta ver um cão a passar. E a minha filha pergunta: "Não vais começar a chorar outra vez, pois não." Desde pequenina que eu lhe cantava uma música da Adriana Calcanhoto. Ela era pequenina e gostava imenso dela, e eu punha essa música e começava imediatamente a chorar. Eu chorar era sintoma que a amava profundamente. Então ela punha o CD e punha os dedos nos meus olhos e dizia: "Uma lágrima." Às tantas eu já fazia um esforço para chorar [risos]. Mas eu até choro com o Dallas, com tudo. A minha emoção não tem valor nenhum.

Se pudesse mudar alguma coisa em si, o que mudava?

Passaram-me pela cabeça 217 coisas. Não consigo escolher, são todas tão pertinentes.

Em criança, era tímida ou extrovertida?

Era um bocadinho fechada, mas na escola diziam-me que não, que era do piorio. Eu até tinha dores de barriga para ir à escola, tinha tanto medo. Por causa dos rapazes, dos amigos, dos estudos, tudo. Tinha de me deitar de barriga para baixo tal era a dor. Ficava enervada só de respirar. Existir para mim era uma enorme dificuldade.

E ainda é?

É. Mas estou muito melhor. Hoje em dia tenho truques bestiais.

Que truques são esses? Pode partilhar?

Ter percebido que não nos devemos levar muito a sério e ir andando, cantando e sorrindo.

É fácil ser a Rita Blanco?

Não conheço outra [risos]. Não acho que seja fácil ser pessoa hoje em dia. E eu tenho uma sorte enorme. Não é fácil ser português, não ter emprego, não ter condições para viver em dignidade. Não é fácil ser pessoa.

Voltando à infância, além de ter dores de barriga por ir à escola, que mais a marcou?

Olhe, ter chumbado por causa de um cão.

Então?

Chumbei por faltas, mas depois salvaram-me. Havia um cão que eu tinha, um pastor-alemão, e eu estava muito apaixonada por aquele cão. Mas a minha mãe um dia disse-me que se ele destruísse mais alguma coisa lá em casa que o punha fora de casa. E eu, que nunca tinha cosido na vida, passei a coser as almofadas porque ele andava sempre a destruí-las. Então faltava às aulas. E ele ia comigo até à paragem do autocarro e quando eu ia embora ele ficava a olhar para mim, a ganir. Então eu faltava à escola e ficava com ele. Mas sempre gostei muito de animais. E gostava muito que os direitos dos animais fossem legislados.

Recentemente falou-se na limitação de animais domésticos, embora a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, já tenha dito que não é uma prioridade...

Tenho dois cães e dois gatos, mas terei os que entender assim eu tenha condições para os ter. Têm é de ser legislados os direitos e os deveres e haver denúncias de maus tratos a animais. Era o que faltava agora ser a senhora dona Cristas a dizer quantos animais é que eu posso ter em casa? Pelo amor de Deus. Só faltava mais essa? Ela já manda tanto em mim!

Na Suíça, por exemplo, há até advogados para defender os animais em tribunal...

Pois com certeza, mas isso é que faz sentido. Isso é o que é ser vagamente civilizado. Os animais já estavam cá antes de nós, mas infelizmente não têm a capacidade de se revoltarem.

E os seus cães e gatos são disciplinados, ou às vezes tem de intervir?

Às vezes tem de ser, mas tenho uma técnica infalível. Eu tenho um gato que tem 20 anos, que é o Iô Iô, é o tripé porque já só tem três patas. Mas está impecável, na maior.

Se calhar está melhor do que nós...

Ai, mas garanto-lhe que está. Mas continuando, adotei recentemente uma cadela que é a Ritinha e ela por vezes pega-se com os outros. Então eu deito-me na cama e obrigo os meus animais todos a conviverem uns com os outros. Às vezes oiço um rosnar e digo: "Não faz isso. Têm de ser amigos." Então começo a juntá-los aos poucos e quando já estão muito próximos ponho a pata de um a tocar no outro. Ao fim de um dia estão todos amigos. Amigos, amigos não direi, mas já convivem.

Bem, terminámos a entrevista...

[interrompe] Adeus.

Antes do "adeus", uma última pergunta. Pelo que sei gosta de dizer palavrões para descontrair. No fim desta entrevista apetece-lhe dizer algum?

Não, não. Aceitei esta entrevista e fiz. E com o maior gosto que pude e soube. E esta foi talvez a última [risos]. Estou a brincar. Espero poder vir a falar de muitos outros trabalhos.

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