Curiosidades audimétricas!

Meios & Publicidade escreveu:Audiências: Aprovação do caderno de encargos foi consensual

O caderno de encargos para a auditoria externa ao sistema de audiências da GfK foi aprovado, na passada segunda-feira, no seio da Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM), como avançou o M&P ontem. Fonte ouvida pelo M&P garantia, no entanto, que a aprovação do documento tinha tido os votos contra da SIC e da APAN, associação que representa os anunciantes.

Porém, apurou entretanto o M&P, o que de facto terá sucedido se prendeu antes com uma tentativa destes associados para que o caderno de encargos não incluísse uma questão específica sobre a representatividade do painel. No entanto, essa pretensão terá sido chumbada. Assim, a aprovação do caderno de encargos terá acabado por ser consensual. Nesta senda, em comunicado enviado às redacções, a estação de Carnaxide esclarece “que, em sede de auto-regulação, votou favoravelmente quer à realização de uma auditoria ao novo método de medição de audiências, quer ao caderno de encargos proposto pela Comissão Técnica da CAEM”, acrescentando ainda que “manterá a sua postura responsável, de diálogo, de debate e concertação, em sede de auto-regulação.”

Por outro lado, em resposta à Marktest, que na semana passada assegurava que o seu painel “traduz a verdade sobre as audiências”, a CAEM frisa também através de comunicado, “que desconhece em absoluto a situação do painel da Kantar/Marktest Audimetria, que não é objecto de qualquer validação pelos órgãos próprios da CAEM, nomeadamente a sua comissão técnica. Como é do conhecimento público o único painel reconhecido pela CAEM é o da GfK, que continua a ser monitorizado pela comissão técnica e será objecto, em breve, de uma auditoria”, pode ler-se.

CM escreveu:GfK com auditora internacional

Trabalho vai contar também com um grupo de especialistas portugueses

A Comissão de Análise e Estudos de Meios (CAEM) já definiu os critérios para a escolha da empresa que ficará responsável pela auditoria ao sistema de medição de audiências televisivas da GfK.

O CM apurou que a auditoria será coordenada por uma empresa internacional, que contará com o apoio de um grupo de trabalho composto por entidades portuguesas especializadas nesta matéria e, de preferência, ligadas à investigação. O objectivo é que as conclusões do estudo ao actual sistema de audimetria possam servir para futuras auditorias.

Tanto a empresa auditora como as entidades que vão colaborar ainda não foram escolhidas. Contudo, o CM apurou que foram indicados pela RTP alguns nomes que poderão vir a integrar o grupo de trabalho. De recordar que esta auditoria foi pedida pela empresa pública e aprovada por unanimidade por todos os operadores, assim como o caderno de encargos e os critérios para a escolha da empresa auditora.

Entretanto, a CAEM reagiu ao comunicado da Kantar/Marktest, em que a empresa afirmou ter "um painel que respeita os critérios definidos pela CAEM" e propôs um contrato de dois anos para manter o sistema activo. A CAEM diz que nunca recebeu "qualquer proposta" da Kantar/Marktest e recorda que esta recusou o seu pedido para manter o sistema activo em Março "invocando a degradação do painel". A entidade refere ainda que "desconhece em absoluto" o painel da Kantar, que "não é objecto de qualquer validação" pelos órgãos da CAEM".

M&P escreveu:O responsável alerta ainda para “a elevada percentagem de espectadores classificados como Outros, e que engloba um número muito elevado de utilizadores com consumos não determinados”. Num post que colocou na sua página do Facebook, Manuel Falcão, refere que de acordo com os dados de audiências, fornecidos pela CAEM e elaborados pela GfK, entre 1 e 12 de Abril o item Outros “foi contactado por 98,6% do universo do estudo. Este segmento, que engloba jogos de computadores, visionamento de DVD’s, visionamento de gravações de programas e outras coisas que ainda não foram esclarecidas, liderou a cobertura em cinco dos sete grupos etários”, escreveu o responsável na rede social. “Nos indivíduos com mais de 45 anos o Outros foi o canal que mais pessoas contactou. A medição indica que o grupo dos +75 anos foi o segundo com maior percentagem de indivíduos que diariamente contactou com o Outros (um reach médio diário com 56,8%, logo abaixo dos 35/44 anos que teve 57,1%). O 15/24 anos foi o segundo grupo etário com menor penetração diária do Outros”, concluiu. Contactada pelo M&P, Manuela Botelho, secretária geral da APAN, limita-se a comentar: “Sobre esta matéria nada temos a dizer. Trata-se de um tema técnico e complexo tratado ao nível do Comité Tecnico Consultivo da CAEM”. O M&P tentou ouvir também a opinião da CAEM e da GfK mas tal não foi possível.

john_123 escreveu:La está, aquela parcela 'Outros' continua com valores elevados e estranhos (os indivíduos com mais de 75 contactaram mais com esta parcela do que os da faixa etária 15-24????)...

Até seria interessante saber quanto é que esta categoria representava na Marktest....

CM escreveu:Audiências: Resultados da auditoria conhecidos em Junho

A CAEM (Comissão de Análise de Estudos de Meios) seleccionou a multinacional Pricewaterhouse Coopers & Associados para realizar a auditoria ao sistema de audiências da GfK, revelou a associação em comunicado.

“Estima-se que os trabalhos decorrerão durante os próximos dois meses sendo esperado o relatório final no final de Junho do corrente ano”, acrescenta o documento.

A decisão, diz a mesma nota, foi tomada pelos vários associados, desde a Associação Portuguesa de Anunciantes, a Associação Portuguesa de Agências de Meios, a RTP, a SIC, a TVI, a ZON e a PT.

De recordar que a auditoria foi solicitada pela RTP no mês de Março, depois da GfK assumir o sistema de audiências, que até ao final de Fevereiro foi executado pela Marktest. Às criticas da televisão pública juntou-se a TVI, que deixou de considerar os números da GfK como oficiais.

M&P escreveu:Quem é o pivot preferido dos portugueses?

Nos primeiros quatro meses deste ano, as emissões do Telejornal apresentadas por José Rodrigues dos Santos na RTP1 foram as que mais espectadores cativaram, tendo fixado uma audiência média de 11% e um share de 27,5%, isto num total de 75 emissões, revela um estudo da Marktest/Kantar ao qual o M&P teve acesso. Ora, olhando para o mesmo período de 2011, era José Alberto Carvalho, que entretanto transitou para a TVI, quem mais captava as preferências do público, com um rating de 13,4% e uma quota de 32,6% feita a média a 12 emissões. Hoje, José Alberto Carvalho conquista à frente do Jornal das 8, da estação de Queluz, uma audiência média de 10,6% e um share 25,5%.

Por sua vez, João Adelino Faria, o outro apresentador do Telejornal da estação pública, conduziu 52 emissões e registou 9,8% de audiência média e 25,2% de share, ao mesmo tempo que Pedro Pinto e José Carlos Castro repartem a liderança do Jornal das 8 da TVI, com 11,2% de audiência média em 2012 e um share de 29,3%, sendo seguidos por Judite de Sousa: em 42 emissões obteve 10,7% de rating.

No que remete para a SIC, Maria João Ruela e Rodrigo Guedes de Carvalho comandaram as escolhas dos portugueses com a mesma audiência média de 10,4%, mas divergindo no share alcançado – 26,6% e 25,5%, respectivamente. Por fim, Clara de Sousa, a outra apresentadora do Jornal da Noite, obteve 10,2% de audiência média e 25,2% de share em 48 emissões.

Programas mais vistos em na televisão portuguesa desde que a medição se faz através de audímetros (1994):

1 [30/06/2004] Portugal – Holanda (Euro 2004) 40.1 85.4% (RTP1)
2 [24/06/2004] Portugal – Inglaterra (Euro 2004) 39.0 85.1% (RTP1)
3 [04/07/2004] Portugal – Grécia (Euro 2004) 37.7 89.7% (RTP1)
4 [05/07/2006] Portugal – França (Mundial 2006) 37.2 82.3% (SIC)
5 [19/01/1996] A Próxima Vítima (último episódio) 37.1 80.2% (SIC)

5 [19/01/1996] A Próxima Vítima (último episódio) 37.1 80.2% (SIC)