Novo Modelo para o Campeonato Português de Futebol (sugestão)

Como o tema do momento é futebol, decidi criar uma discussão sobre o tema, mas nesta caso sobre o Campeonato Nacional de Futebol (CNF).

Ao longo dos anos tem se debatido sobre qual deveria ser o modelo para o CNF, na última revisão reduziram o número de equipas para 14 e criaram a Taça da Liga.

No entanto, isso tem-se revelado insuficiente, pois CNF até tem perdido interesse, reflectido grandemente pela pobres audiências na TV!

E esta é a principal fonte de receita da Liga, o que não será de descurar.

Eu pensei no seguinte.

Porque não criar um Super Campeonato?
Passo a explicar...

Este Super campeonato seria disputado por apenas 10 equipas, com jogos de IDA-Volta-IDA-Volta, totalizando 36 jornadas.

Isto para a televisão seria óptimo pois assim os jogos entre os grandes poderiam ser dividos pela SportTV e TVI (ou outro) já que jogariam entre si 4 vezes.

Para as receitas nos estádios também seria maior pois mais jogos em estadios com maior capacidade.

Os dois últimos classificados desceriam de divisão.

Os dois primeiros lugares preencheriam os lugares da Liga dos Campeões. O 3º lugar para a Liga Europa.

Depois seria criada a I Liga com 20 equipas, totalizando também 36 jornadas para acompanhar o Super Campeonato. Subiriam 2 e desceriam 4.

O campeão da I Liga teria direito a um dos luagres da Liga Europa.

Esta I Liga seria a fusão da actual Liga Sagres com a Liga Vitalis.

Com o prémio de um lugar na Europa ficaria bem mais interessante.

E abaixo desta ficaria a II Liga (atual II Divisão). Subiriam 4 (Um de cada Zona - Norte, Centro, Grande Lisboa, Sul/Açores/Madeira) e desceriam dois de cada Zona.

Taça de Portugal e Taça da Liga seriam mantidas.

No entanto as equipas do SuperCampeonato só entrariam na fase de grupos da Taça da Liga e na Taça de Portugal só entrariam nos 1/16.

A Taça da Liga seria uma competição entre as equipas do SuperCampeonato, I Liga e II Liga. Numa primeira fase seria disputada apenas pelas equipas da I e II Ligas, e só na fase de grupos teria equipas do SuperCampeonato Nacional (10+10), que teria 4 grupos, com 5 equipas cada.


ESQUEMA
SUPERCAMPEONATO NACIONAL (Nacional): 10 equipas - 2 Lugares na Liga dos Campeões e 1 Lugar na Liga Europa
I Liga (Nacional): 20 Equipas - 1 Lugar na Liga Europa
II Liga (Por Zonas): 16 Equipas por Zona
III Divisão (Por Séries)

Taça da Liga - 1 Lugar na Liga Europa
Taça de Portugal - Nenhum lugar Europeu

SuperCampeonato e I Liga transmitidos na TV Aberta. Supercampeonato com transmissões em horário nobre e I Liga entre as 14 e 18 horas.

Eu acho que aumentaria a qualidade do Futebol em Portugal e permitira uma evolução das equipas nacionais e maior rentabilidade.

Nos meios futebolísticos, essa discussão é tudo menos nova.
Já há algum tempo que se fala que a estrutura do futebol em Portugal só é realmente rentável e viável com um campeonato disputado sob esse modelo.

E só uma correcção: o número de equipas foi reduzido para 16.

Pessoalmente, é um modelo que não me agrada. E que retira ainda mais democracia à competição. Para além de contribuir para uma visão ainda maior de que o futebol actual se resume a um grande negócio. Por outro lado, o aumento da competitividade é altamente provável. Mas também temos exemplos de outros países em que isso ocorreu e o nível e competitivade não se alteraram por aí além. É o caso da Escócia.

Acho ainda mal a retirada de um lugar europeu à tradicional Taça de Portugal. Isto já para não dizer que, se não estou em erro, é algo impossível porque a UEFA define nas suas regras um lugar garantido para as taças nacionais.

Eu também concordo contigo.

Eu depois lembrei-me que eram 16 e não 14 mas deixem passar pois nao me apeteceu editar!

Eu acho que este modelo traria muitas vantagens como tentei demonstrar.

Quanto à questão do lugar Europeu da Taça de Portugal, mas e então a Taça da Liga?

Não sei se existe alguma regra, mas tinha pensado que o vencedor de uma e de outra fizessem um jogo e o vencedor ficava com o lugar na Europa.

Um Super Campeonato com um número reduzido de equipas permitia que houvesse menos desafasamento entre o nível de uma equipa e de outra.

Depois acabariam por haver mais jornadas: +8.

Ganho para os clubes.

Depois os clubes da I Liga benefeciavam da transmissão de pelo menos um jogo em tv aberta nas tardes de fim-de-semana.

EU NÃO REFERI MAS OS JOGOS DA I LIGA E DO SUPER10 NÃO SERIAM EM SIMULTÂNEO. Como seriam apenas 5 jogos por semana do Super 10 estes teriam hora de começo entre as 19 e as 21 horas.

Já os jogos da I Liga começariam entre as 13 e as 17 horas de sexta, sábado e domingo.

E depois as equipas que estavam na I Liga é basicamente o escalão intermédio do futebol português que está na Liga Sagres e acabariam por poder jogar com os da Super10, sendo testado a sua qualidade através da Taça da Liga e da Taça de Portugal.

E o melhor nesta reforma é que o numero de equipas nos dois primeiros escalões só tem menos duas equipas que actualmente. Portanto não haveria grandes perdas, antes pelo contrário.

Porque o nível competitivo desta nova I Liga seria semelhante ao atual da Liga Sagres, benefeciando as equipas que até estão na Liga Vitalis.

Realmente com a tua ideia resolve-se o problema de não haver equipas que estejam a jogar para o empate, ou seja, seria bom do ponto de vista televisivo. Mas sinceramente achava que a solução passava por regressar ao modelo das 18 equipas no campeonato, descendo e subindo de divisão 3 equipas, com uma ressalva, o critério de desempate passaria a ser, por exemplo, a diferença entre nº de golos marcados e sofridos como se faz em Inglaterra. Não sei se o problema de haver equipas com o "autocarro estacionado" ficava resolvido, mas é curioso verificar que há uma grande disputa na Liga Vitalis por dois lugares na 1ª divisão. Penso que seria justo que o 3º lugar fosse válido para subir. Há um modelo interessante que é usado no Andebol, mas não sei se se adequaria ao futebol, com duas fases: uma regular, e outra com os melhores classificados. A Taça da Liga tem de ser totalmente reformulada. Foi o segundo ano consecutivo em que os 3 Grandes se qualificam para as meias-finais. Podia haver na mesma uma fase de grupos, mas com 4 grupos, qualificavam-se as dois primeiras equipas, e depois jogavam-se as eliminatórias, a partir dos quartos de final.

Mas o modelo com 18 equipas era pior, pois ainda mais desniveladas seriam...

E a Liga Vitalis no modelo actual é totalmente desinteressante e relegada...

Como expliquei no modelo que propus, a I Liga (2ª na ordem do campeonato português) para além da subida de divisão tinha o interesse acrescido de um lugar na Europa!

E sim a Taça da Liga seria como disse por grupos, dois primeiros de cada grupo passam, 1/8, 1/4, 1/2 e Final. As equipas do Supercampeonato só entravam na fase de grupos TODAS preenchendo metade das vagas.

as outras 10 equipas vinham das eliminatórias da I Liga e II Liga.