Mini série - 'Noite Sangrenta'
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Mini série - 'Noite Sangrenta'
'Noite Sangrenta' já em gravações
Diogo Infante, Gonçalo Waddington, Francisco Nascimento e Nuno Lopes gravam uma execução de há cem anos.
Encontrar locais em Lisboa que se assemelhem ao cenário da cidade de há cem anos tem sido o maior desafio", revela à Correio TV Frederico Serra, co-realizador, com Tiago Guedes, de ‘Noite Sangrenta', que deverá estrear na RTP 1 em Outubro. A série de ficção histórica, que teve o título provisório, ganhou o nome com que ficou conhecida a revolta radical que ocorreu em Lisboa a 19 de Outubro de 1921. Após três semanas de gravações, a Correio TV assiste à encenação de uma das mais intensas execuções que sucederam naquela época: Carlos da Maia (Ricardo Aibeo) e Machado dos Santos (Diogo Infante). "A história centra-se em Berta da Maia, viúva de Carlos da Maia, um dos heróis revolucionários do 5 de Outubro, que foi morto sem que nunca se conhecesse quem foram os verdadeiros mandantes deste crime. Baseámo-nos no seu livro e em outros documentos", explica Frederico Serra. Entusiasmado com este projecto, o realizador destaca a complexidade emocional de duas personagens: Berta (Isabel Abreu) e Abel Olímpio (Gonçalo Waddington).
"Sou o cabo Abel, o marinheiro que ficou conhecido como o ‘Dente d'ouro', aquele que dá a ordem para abater o almirante Machado dos Santos (Diogo Infante)", conta o actor Gonçalo Waddington. E continua: "ele está convencido de que será um herói, é uma pessoa de má índole, mas depois quando é preso e se vê abandonado pela instituição militar é que percebe a dimensão dos seus crimes". Abel Olímpio tem a seu lado uma personagem também ela peculiar, Rogério, que é quem conduz a carrinha do assassino.
"Sem desvendar muito, posso dizer que ele vai questionar bastante a legitimidade das mortes", conta o actor Francisco Nascimento. Diogo Infante protagoniza o almirante Machado dos Santos. "Hoje é o meu último dia de gravações, mas foi muito bom fazer o gostinho ao dedo. Não posso aceitar projectos longos, porque a gestão do Teatro S. Luiz e o ‘Cuidado com a Língua' ocupam-me bastante", explica o actor à Correio TV.
Fonte: CM
Última edição por Vince em Seg 8 Nov 2010 - 18:25, editado 4 vez(es)
Vince- Membro
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Re: Mini série - 'Noite Sangrenta'
A mulher que tentou vingar a República
Berta da Maia. Raros serão aqueles para quem este nome é familiar, mas foi ela que abriu a caixa de Pandora de um capítulo de suma importância para o país e que o poder político blindou. A série “Noite Sangrenta”, para a RTP, baseia-se no seu testemunho literário.
Assim que o réu se senta, refutando a acusação, solta-se um grito feminino, de revolta, que promete vingar a morte do marido, assassinado num massacre, na noite que vaticinou o fim da Primeira República. Entrando no Tribunal Militar de Lisboa, ontem à tarde, facilmente se embarcava numa viagem no tempo até à década de 20 do século passado.
Alguns figurantes, fatigados pelo calor, a dormir, em recantos, deixavam transparecer tratarem-se de gravações de uma ficção de época, por sinal, inserida num projecto da RTP em virtude das comemorações do centenário da República.
Mas “Noite Sangrenta” escapa ao mais óbvio. Não versa a implantação, antes o óbito de um ideal político, aqui personificado pela mulher de um dos heróis do 5 de Outubro de 1910.
Isabel Abreu veste Berta da Maia, figura à frente do seu tempo, à qual não tivera ainda sido feita justiça. “À semelhança de 90% dos portugueses, não tinha ideia deste acontecimento”, referiu a actriz.
“Os meandros políticos daquele tempo são aqui retratados”, e o mais curioso é que se podem estabelecer “paralelismos com o que sucede agora”, prosseguiu. Uma investigação por conta própria que, mais tarde veio a deixar escrita em livro: A grande fonte de inspiração para a narrativa.
“Tentei criar a minha própria Berta. O livro transmitia auto-comiseração, fado”, por força, talvez, dos recursos estilísticos da época, que “não eram interessantes para a personagem”, sublinhou.
O guião de “Noite Sangrenta”pertence a Tiago Rodrigues. “Golpe moral” e “perda da inocência e da pureza ideológica”, foram os termos por si usados para descrever este momento histórico que acabou por estender a passadeira para a ditadura do Estado Novo.
A série, gizada por Fernando Vendrell, tem a realização a cargo de Tiago Guedes e de Frederico Serra. Nuno Lopes e Gonçalo Waddington integram o elenco.
JN
Vince- Membro
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Re: Mini série - 'Noite Sangrenta'
Exibição dia 23 e 24 de Outubro
Vince- Membro
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Re: Mini série - 'Noite Sangrenta'
Pelos vistos o nome é mesmo Noite Sangrenta... e não O Segredo da República.
Jnpc- Membro
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Re: Mini série - 'Noite Sangrenta'
A própria rtp não se entendia com o nome, ele apareceu várias vezes no site com o nome d'O segredo da républica' e foi apresentada em Junho assim, pelo vistos voltaram ao nome original que é de facto como ficou conhecido o acontecimento.
Vince- Membro
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Re: Mini série - 'Noite Sangrenta'
Sábado e Domingo a quarta e ultima mini série sobre a primeira república ás 21h!
Vince- Membro
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Re: Mini série - 'Noite Sangrenta'
Eu acho que a gestão das miniséries não foi, de todo, a melhor. Passaram despercebidas...
Nick Name- Administrador
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Re: Mini série - 'Noite Sangrenta'
Não concordo nada. Melhor tratamento do que estas mini-séries estão a ter é impossível.
Aliás, a RTP1 tem abdicado nesses dias de muito melhores números no pós-Telejornal só para terem um bom horário.
Aliás, a RTP1 tem abdicado nesses dias de muito melhores números no pós-Telejornal só para terem um bom horário.
Jnpc- Membro
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Re: Mini série - 'Noite Sangrenta'
Concordo com o Jnpc. As séries não teriam melhor horário. Durante a semana iriam dar no meio do HN.
A!- Membro
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Re: Mini série - 'Noite Sangrenta'
Começarem todas a um Sábado à noite, a pior noite em consumo, não é a dar assim grande tratamento ainda por cima logo a seguir ao programa do Provedor.
Sem Escrúpulos- Membro
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Re: Mini série - 'Noite Sangrenta'
A audiência dando ao sábado ou ao domingo não mudava muito, tanto que cada mini serie manteve os números de um dia para o outro... qualquer outro dia da semana teria sido mais desastroso ainda para mais combatendo o SS, ao menos ao sábado e domingo os concorrentes são praticamente informativos.
Vince- Membro
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Re: Mini série - 'Noite Sangrenta'
DN escreveu:RTP acaba com ignorância sobre Noite Sangrenta
Minissérie. Actores e argumentista admitem que não conheciam este episódio histórico que aconteceu há 89 anos. Agora, já sabem. Investimento foi um dos mais caros da estação pública
Noite Sangrenta é o último dos projectos de ficção da RTP para assinalar o centenário da implantação da República. Mas é também um episódio quase desconhecido da história portuguesa. E os intervenientes da minissérie - que será emitida hoje e amanhã na RTP1, pelas 21.00 - são disso exemplo. "De toda a equipa só uma pessoa, que tinha 80 anos e veio fazer uma figuração especial, é que sabia o que era a Noite Sangrenta", resume o argumentista Tiago Rodrigues, assumindo que ele próprio desconhecia este acontecimento até começar a investigar.
Os actores Isabel Abreu, Gonçalo Waddington e Nuno Lopes, protagonistas da história, também admitem que nunca haviam ouvido falar deste episódio. "Inicialmente achei que era um problema meu, que não tinha estudado bem a história. Depois, percebi que não. Provavelmente, 90% dos portugueses não sabem o que é a Noite Sangrenta", comenta a actriz, que interpreta Berta da Maia, a personagem central do projecto, a mulher que leva a cabo uma investigação por conta própria para descobrir o mandante do assassínio do marido, Carlos da Maia, e de outros heróis da República na noite de 19 de Outubro de 1921.
"É uma mulher à frente do seu tempo. É alguém que vai contra tudo e contra todos, é uma mulher muito à frente", analisa Isabel Abreu, que se surpreendeu quando leu o livro que Berta da Maia escreveu. "Tem ali um tom que se deve à época e à posição da mulher na época", explica, realçando o contraste dessa autocomiseração com a força desta mulher. "Acho que o que ela fez e o que ela era não é aquilo que ela escreve", sublinha.
Apesar disso, o livro foi, segundo Tiago Rodrigues, silenciado. "A segunda edição foi tirada de circulação, já o marechal Carmona era presidente da República. Ele que fora o procurador do caso e que parece ter feito uma investigação forte", lembra o argumentista, que também faz uma participação como actor no papel de Fernando da Maia, o cunhado de Berta da Maia, o homem que a acompanha apesar de achar que "nada daquilo vale a pena".
Gonçalo Waddington interpreta Abel Olímpio, o marinheiro chefe da milícia que é julgado pelo crime, mas que se recusa sempre a divulgar o nome dos mandantes.
As cenas foram gravadas no tribunal militar do Campo de Santa Clara, em Lisboa, local exacto onde ocorreram os acontecimentos há 89 anos. "Encontraram-se fotos e ele era ainda mais magro do que eu", sorri Gonçalo, mostrando o dente de ouro que colocou para compor o personagem.
Vestido de marinheiro, Nuno Lopes admite que o figurino o ajuda a situar-se no ambiente dos anos 1920. "É sempre divertido imaginarmo-nos a viver nesta época", admite o actor.
Noite Sangrenta foi apenas um de quatro projectos de época produzidos praticamente em simultâneo, o que acabou por complicar as coisas.
"As armas foram alugadas na Alemanha pelos quatro projectos, mas isso foi um acordo entre as produtoras. Sei que no guarda-roupa houve alguma competição e que algumas produtoras, quando chegaram a Espanha para alugar a roupa, esta já estava alugada por outras. E que na marcação de filmagens em algumas ruas de Lisboa ou em alguns palácios houve alguma confusão, porque para projectos diferentes e em dias diferentes havia o mesmo espaço, a mesma rua, o mesmo palácio", conta São José Ribeiro, directora adjunta de programas da RTP. "Mas são projectos completamente diferentes. A única coisa que os une é que contam histórias à volta de 1910", acrescenta, referindo-se a República, O Segredo de Miguel Zuzarte e A Noite do Fim do Mundo, já emitidos. "Foi um grande, grande, grande investimento. É, talvez, e estou há sete anos na RTP, o maior investimento em produção histórica que a RTP fez nos últimos anos", admite a responsável da estação. De valores não fala, mas remata: "São projectos muito caros."
Jnpc- Membro
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Re: Mini série - 'Noite Sangrenta'
Esta mini série é meio estranha porque não segue a mesma lógica das outras em que há uma serie de personagens secundárias... aqui tudo se centra na mulher do falecido e na sua relação com o seu assassino... saltando entre os acontecimentos da Noite Sangrenta e os anos seguintes em que ela busca os verdadeiros culpados. Está mais para filme, estou curioso para ver como acaba.
Vince- Membro
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Re: Mini série - 'Noite Sangrenta'
DN escreveu:Festival de Monte Carlo
'Noite Sangrenta' nomeada para Melhor Minissérie
A minissérie encomendada pela RTP para celebrar o centenário da República Portuguesa, no ano passado, está nomeada nas duas categorias.
A minissérie Noite Sangrenta está nomeada na categoria de Melhor Minissérie na 51.ª edição do Festival de Televisão de Monte Carlo. Realizada por Tiago Guedes e Frederico Serra, já tinha feito abertura no Festival Motel X, no ano passado, e em Abril deste ano recebeu o Prémio Autor da SPA para Melhor Programa de Ficção de Televisão 2010.
Isabel Abreu, actriz que veste a pele da protagonista da história, está duplamente nomeada na categoria de Melhor Actriz: pelas suas prestações nesta minissérie encomendada pela RTP para celebrar a centenário da República Portuguesa e na série Pai à Força (pela qual também está indicada, na mesma categoria, Cláudia Oliveira).
Esta série dramática, também emitida pela RTP, leva ainda a Monte Carlo mais duas nomeações: Melhor Produtor Internacional e Melhor Produtor Europeu para Jorge Marecos Duarte e Melhor Actor para Pêpê Rapazote e Sinde Filipe.
Jnpc- Membro
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