Bin Laden morreu

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou no domingo à noite (hora local) que o chefe da Al-Qaeda, Osama bin Laden, foi morto no Paquistão por serviços especiais norte-americanos. A CNN avança que bin Laden foi morto com um tiro na cabeça.

Numa declaração transmitida a partir da Casa Branca, anunciada apenas com cerca de uma hora de antecedência, Obama lembrou que Bin Laden esteve por detrás dos ataques do 11 de Setembro e "não era um líder mas um assassino".

Barack Obama anunciou que Bin Laden foi morto durante uma operação de comandos norte-americanos no domingo, no Paquistão, que contou com o apoio das autoridades de Islamabad.

"Esta noite, estou em condições de anunciar aos americanos e ao mundo que os Estados Unidos realizaram uma operação que matou Bin Laden, o dirigente da Al-Qaeda, um terrorista responsável pelo assassínio de milhares de inocentes", afirmou Obama.



Morte de Bin Laden "é grande alívio", diz David Cameron
Bush e Clinton salientam importância da morte de Bin Laden
Porta-voz da Embaixada de Portugal testemunha festejos pela morte de Bin Laden

No discurso feito cerca das 23:30 locais (04:30 em Lisboa) e dirigido aos Estados Unidos e ao mundo, Barack Obama explicou que depois de ter recebido informações fiáveis sobre a localização de Osama Bin Laden nas montanhas do Paquistão deu a ordem para atacar apenas na semana passada.

Já hoje, "um pequeno grupo" militar americano conduziu a operação de ataque à residência onde se encontrava Osama Bin Laden e depois de uma troca de tiros, matou e recolheu o corpo do líder da Al-Qaida.

Nenhum americano ficou ferido na operação, adiantou Obama, esclarecendo que os Estados Unidos tinham em seu poder o corpo do "inimigo".

"Esta noite, os Estados Unidos lançaram uma mensagem inequívoca: não importa quanto tempo passou, será feita justiça", disse Barack Obama.

Os EUA anunciaram ainda que durante a mesma operação morreram outros três homens, um dos quais acreditam tratar-se do filho de Bin Laden.

Dez anos depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, no quais morreram cerca de 3.000 pessoas em Nova Iorque, no Pentágono e na Pensilvânia, a morte de Bin Laden cumpre um objetivo americano, mas Obama deixou um alerta de que a organização poderá querer vingar a morte do seu líder.

"Devemos seguir, e seguiremos vigilantes tanto nos Estados Unidos como no exterior", afirmou Obama para quem não há dúvidas que a "Al-Qaeda continuará a tentar atingir o povo americano".

EUA em alerta máximo

A Casa Branca já revelou que todos os edifícios e instalações oficiais norte-americanas quer no país quer no estrangeiro estão em alerta máximo contra possíveis represálias.

Considerado desde os atentados do 11 de Setembro de 2001, incluindo o ataque às Torres Gémeas do World Trade Center, como o principal alvo dos Estados Unidos, Osama Bin Laden era procurado pelas autoridades norte-americanas nas regiões montanhosas do Paquistão, local onde acabaria por morrer.

Depois do anúncio de Barack Obama, milhares de pessoas, muitas delas com bandeiras americanas, concentraram-se nas imediações da Casa Branca em ambiente de festa e apesar de já ser madrugada na capital americana, muita gente continua a chegar ao local para celebrar a morte do dirigente terrorista.