Sol de Inverno

DN escreveu:Ator é gestor na novela 'Sol de Inverno'

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"Estive a gravar durante três meses. Sei que vou aparecer durante cem episódios, mas segundo me disseram só lá para o fim da novela", afirmou o ator à Notícias TV.

Fernando Luís vai regressar à antena da SIC na novela Sol de Inverno. À frente das câmaras, o ator, que se celebrizou como protagonista da série Médico de Família, vai encarnar o papel de gestor.

"A minha personagem chama-se Ricardo e vem dar apoio à personagem Sofia (Rita Blanco). Estive a gravar durante três meses. Sei que vou aparecer lá para o fim da novela", afirmou o ator à Notícias TV.

Sem novos projetos televisivos no horizonte, Fernando Luís diz que "não gosta de estar parado muito tempo". "Tenho sempre pressa para trabalhar. Para já, vou estar dedicado a um espetáculo de teatro que se vai realizar em agosto, na Batalha. Mas estou sempre aberto a novas propostas".

NTV escreveu:Ana Nave: "As novelas da SIC estão mais frescas do que as da TVI"

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A dar vida a uma operária na novela Sol de Inverno, Ana Nave revela à NTV como fez nascer a personagem Isabel. Aponta as razões do êxito da trama e faz um balanço dos 28 anos de carreira. A trabalhar desde os 18, a atriz garante: "Tenho a carreira que sempre sonhei."


Em Sol de Inverno, em exibição na SIC, encarna Isabel, uma mulher que trabalha numa fábrica de calçado e que engravidou do patrão. Em quem se inspirou para a criar?

Fiz muito trabalho em workshops para perceber o que é ser uma operária. Fui perceber como são os horários, as rotinas destas funcionárias e isso deu-me a dimensão do que é estar agarrada a uma máquina de costura o dia todo. A Isabel foi muito baseada no universo de mulheres que trabalham há 20 anos numa fábrica. E, por outro lado, procurei criar uma mulher que não exerceu a sua maturidade afetiva porque ficou "presa", ela vivia naquele ambiente da fábrica e não amadureceu emocionalmente.

No que consistiu esse workshop?

Visitámos uma fábrica e tivemos em contacto com pessoas que nos ensinaram como se deve mexer nas máquinas. A fábrica fica perto de São Marcos, no Cacém, e produz sapatos para grandes superfícies. Foi muito giro ir até lá, ficámos a saber alguns tiques das operárias como quando apoiam o cotovelo na máquina.

As gravações da novela terminaram em março. Este papel deixou-a satisfeita enquanto atriz?

Para dizer a verdade, o papel que mais gosto de representar é aquele que acabei de fazer e por isso ainda estou numa espécie de ressaca [risos ]. Claro que gostei! Mas a novela impõe-nos um ritmo que é simultaneamente de improviso porque os textos vão saindo e nós somos surpreendidos a cada momento. A vida da Isabel, por exemplo, vai dar imensas voltas na novela.

Sol de Inverno tem-se fixado como líder de audiências. Como explica o êxito da novela?

Fico muito contente. Trabalhei nesta novela ainda antes do arranque das gravações porque fiz a direção de atores. A novela foi muito bem tratada em termos de preparação, os atores tiveram um mês de preparação. Foi realmente dado tempo para preparar as personagens, houve mais ensaios, mas diria que esta novela tem um elenco que nem sempre é fácil de conseguir. Ter como protagonistas duas mulheres de meia-idade faz alguma diferença. Sol de Inverno é uma novela que tem muitas histórias de mulheres, tem romance e outros assuntos igualmente interessantes. E tem muitos atores com muita experiência e isso sobe a fasquia. Eu gostei particularmente desta novela.

A SIC está já a gravar uma nova novela, Lágrimas de Sal, que deverá estrear-se em setembro. Vai integrar o elenco? Assumirá a direção de atores?

Não. Agora vou fazer outras coisas de que também gosto. Estou a fazer teatro, a dar aulas. É para descansar de televisão...

Lida bem quando está fora do ecrã?

Não tenho essa ansiedade. Sinto-me segura na mesma. Poder ter tempo para fazer teatro é algo tão bom... É tão bom ter tempo para interrogar, inventar, criar momentos únicos. Por outro lado, sou muito ansiosa e não consigo controlar isso. Não consigo estar sem fazer nada. Eu não me lembro de estar - e isto até pode soar mal - desempregada. Eu trabalho desde os 18 anos, tive carta profissional de atriz e não me lembro nunca de ter estado sem emprego.

Faz novelas por gosto ou por dinheiro?

Faço por gosto e também por dinheiro. Mas eu gosto de fazer televisão e novela. Gosto do improviso diário e de conseguir não ser esmagada pela máquina da televisão. A velocidade a que gravamos é muita, mas dá-me satisfação, eu gosto da pressão, do ritmo, da exigência do improviso.

Costuma ver as novelas da concorrência?

Sim, vejo. Eu vejo sempre o primeiro episódio de tudo, são os meus colegas a trabalhar e eu gosto de ver o que andam a fazer.

Já fez novelas como Saber Amar ou Ilha dos Amores na TVI. O que distingue as novelas da SIC das da TVI?

Há um grande empenho da SP Televisão em inovar, em criar uma linguagem nova a todos os níveis, quer de luz quer de temáticas.

De que forma identifica essa inovação?

Parece-me que as novelas da SIC estão um bocadinho mais frescas do que as da TVI, e em várias coisas. Não quer dizer que isso não mude. Por exemplo, o palecete é completamente novo e é visualmente muito interessante. A empresa Boheme, no que toca a termos estéticos, traz algo novo, mas, como se sabe, a minha opinião é de alguém que está envolvido no projeto [risos]!

Para onde devem caminhar as novelas da SIC?

[gargalhadas] Isso não sei! Enquanto atriz quero fazer mulheres que tenham contradições, não quero fazer pessoas que são só boas ou só más.

Quais os temas que podem tornar mais apelativo o argumento de uma novela?

Se o soubesse estava a escrever guiões de novelas. Há tanta coisa na nossa vida que merece ser abordada... As pessoas têm tantas preocupações... no fundo, são as mesmas desde o tempo de Shakespeare. Uma delas é amar e ser amado...

Foi um dos rostos principais da série de época Depois do Adeus, exibida no ano passado na RTP1. Tem preferência em fazer novelas ou séries?

Prefiro fazer séries. Nos últimos anos, fiz séries que acho que vão ser uma referência. A Liberdade 21 é uma série que continua a ser muito falada e já foi feita há cinco anos. Quem me dera que fosse possível continuar a abordar a nossa história na ficção. Eu gosto de questionar e gosto de tudo o que faz levantar questões acerca da nossa forma de existir e viver.

Os portugueses viram a atriz Dalila Carmo na pele da poetisa Florbela Espanca. Há alguma musa que gostasse de encarnar?

Sou a pessoa mais disponível para abordar qualquer personagem, não me fixo porque são muitas as personagens que me falta fazer.

Trabalha como atriz desde os 18 anos e o público já a viu em novelas e séries exibidas na RTP, SIC e TVI. Com a sua experiência e percurso profissional, esperava ter maior protagonismo em televisivão?

Não. Não desejo ser protagonista de novela. Fui na novela da TVI Jardins Proibidos e é muito duro, mesmo muito. Não sou uma figura muito mediática. Sou atriz. Quero muito o reconhecimento pelo trabalho que faço mas... Também trabalho muito no teatro, existem outras maneiras de representar.

Tem a carreira que sonhou?

Sim, completamente! Tenho mais do que sonhei. Eu quis ser atriz muito cedo. Com 7 anos já tinha esta ideia, com 10 tinha a certeza absoluta de que queria ser atriz, já fazia peças de teatro com amigos. Mas não tenho ninguém na família ligado às artes.

Como convenceu a sua família?

Fui andando... Sou aquilo que queria ser. Mas isso é uma das coisas de que tenho pena porque não tive tempo de fazer os meus pais acreditarem que estava a fazer o que queria e que não estava mal.

Tornar-se atriz foi um ato de coragem?

Bom, não foi assim há tanto tempo [risos]! Eu só tenho 46 anos. Não tenho os pais vivos e por isso é que digo que não tive tempo de lhes dizer que estava tudo bem, mas estava. Sou a filha muito mais nova, tenho irmãos mais velhos, de um casal já com alguma idade. Quando tinha 15 anos já não era assim tão malvisto ser ator. Não era por ser malvisto, eu não tinha era ninguém relacionado com arte na família.

Tem uma filha que está a estudar cinema. Apoia-a?

Sim, eu sou a mãe mais babada do mundo.

Ser realizador é uma profissão instável em Portugal...

Nem sei se é profissão [risos]! É muito pior! Atores, ainda assim, existe uma mão-cheia deles, mas há menos realizadores e, como não há praticamente cinema em Portugal, a situação ainda é pior. Mas ela é que sabe o caminho dela, eu sou só a maior apoiante de todas as suas decisões. Sou uma mãe completamente babada, não tenho distância para ver... Continuo a ver a minha filha como se fosse bebé [risos]!

Quem é a Ana fora do ecrã?

Eu? Sou muito maluca e muito excessiva [risos]!

Zapping escreveu:Luís Marques culpa Mundial 2014 pela queda de audiências de “Sol de Inverno”

“Sol de Inverno”, líder em média desde a estreia, tem perdido nos últimos dias frente à concorrente da TVI, “O Beijo do do Escorpião”.

Para Luís Marques, diretor-geral da SIC, a inversão na liderança tem um culpado: O Mundial 2014, transmitido pela RTP1. «”Sol de inverno tem sido líder desde a estreia até agora, mas, claro, foi afetada pelo Mundial de Futebol [que começou a 12 de junho]. Com jogos às nove da noite, a novela é muito afetada e o nosso público típico é mais influenciado pelo futebol», referiu à Correio TV.

O responsável da SIC assume ainda alguma despreocupação em relação aos números dos últimos dias: «”Sol de Inverno” tem tido um desempenho excelente, em linha como resultado do “Dancin’ Days” que trouxe a liderança para a SIC», declarou Luís Marques à mesma publicação.

O também administrador editorial do grupo Impresa afirma que “Sol de Inverno” está a caminhar para o fim e estes números são apenas uma fase transitória: «Eles [TVI] fazem o que podem para se aproximarem da SIC e isso é normal, mas nós estamos muito confiantes na nossa novela e, com a aproximação do fim [previsto para setembro ou outubro], é natural que os números sejam ainda melhores».

As apostas da rentrée vão melhorar os números da SIC, que já são considerados bons, agora, por Luís Marques:  «Estamos fortes e vamos continuar», termina ainda à Correio TV.