RTP: O Futuro da estação pública

Como é que podem escolher a pior solução possível?

Já estamos fartos destas concessões, parcerias público-privadas que nada aliviam o estado, antes pelo contrário, servindo para dar lucros chorudas às empresas do sistema!

Espero que este processo, a confirmar-se nestes moldes, seja barrado em alguma instância, mais não seja que o PR o faça!

Depois da venda à PT dos restransmissores da RTP em meados dos anos 90, obrigando a estação a pagar um valor anual que rapidamente superou a receita deste negócio, passando a honerar a mesma pesadamente...

Conseguem agora superar-se nesta suposta reforma do serviço público de televisão e rádio! Poupem-nos!

A meu ver existem outras soluções com o mínimo sentido e muito mais vantajosas, caso fosse para mudar o paradigmar atual:
- Vender a concessão da RTP2, e redimensionar a RTP;
- Vender a RTP, e distribuir o "serviço público" pelos canais generalistas (4 canais)
- Vender a RTP, e criar um novo canal público mantido por uma "pool" dos canais generalistas e restantes canais e empresas do meio. No entanto, gerido de modo independente das mesmas, para evitar conflitos de interesse.

Realmente, é mesmo a pior solução possível, quer em termos da destruição do serviço público, quer em termos económicos.
Andou o Governo a saldar a dívida da RTP à pressa (com impacto no Orçamento) para agora entregar a empresa limpa, e ainda a deixa arrecadar a taxa?

Não estou a ver nenhuma empresa ter paciência para andar a fazer serviço público em vez de procurar lucros ligados à publicidade e aos bons resultados...

Se não tiver lucros o estado compensa como acontece nas antigas Scuts!

Dama Velvi escreveu:Não estou a ver nenhuma empresa ter paciência para andar a fazer serviço público em vez de procurar lucros ligados à publicidade e aos bons resultados...

A empresa concessionária deverá respeitar um contrato com "regras" para cumprir o serviço público de televisão e poderá ainda explorar comercialmente a actividade. Estes dois factores não são impossíveis de conciliar, mas será muito difícil conseguir fazê-lo. Pode nascer aqui um novo desafio, mas todos sabemos que a receita em televisão vem das audiências e os conteúdos que mais público agregam não se inserem bem "serviço público".

Enfim; a leveza com que se está a tratar o serviço público de rádio e televisão neste país é muito grave. Este executivo deixará fortes marcas no audiovisual português.

Uma coisa digo...vão acabar com a cultura em Portugal...e mais palhaçadas irão ocupar os canais mais polémicos...

Este modelo é a total destruição do serviço público... É juntar o impossível: serviço público + obrigações comerciais em todos os canais de TV e rádios da RTP.

Eu não acredito que alguém queira este negócio que acho muito, mas mesmo muito desvantajoso para o concessor.

Dama Velvi escreveu:Eu não acredito que alguém queira este negócio que acho muito, mas mesmo muito desvantajoso para o concessor.

Desvantajoso? Podem despedir quem quiserem, recebem a taxa da televisão que todos nós pagamos na conta da luz, vão ter as receitas de publicidade na tv (e certamente também na rádio). Vai ser desvantajoso não para quem ficar com a concessão, mas para todos os portugueses: é mais uma PPP ruinosa!

E o dever de cumprir serviço público? E os resultados miseráveis a juntar às indemnizações milionárias que terá de pagar? Publicidade... metade dos privados... Não me parece.

Dama Velvi escreveu:E o dever de cumprir serviço público? E os resultados miseráveis a juntar às indemnizações milionárias que terá de pagar? Publicidade... metade dos privados... Não me parece.

Obviamente que esse dever de cumprir o serviço público (conceito, ainda para mais, tão suscetível a inúmeras definições) não será em horários de maior visibilidade, mas sim noutros e ainda para mais com o subsídio de cerca de 140 milhões que pagamos...
Resultados miseráveis? Ainda é cedo de mais para prever audiências. Se te estiveres a referir aos resultados financeiros, sem dúvida que a RTP vai «limpa» para quem a quiser concessionar: veja-se o BPN, outras PPPs, etc.
Não sei se as indemnizações serão milionárias... Sei que vão ser as que os trabalhadores tiverem estabelecido nos seus vínculos contratuais e, ou muito me engano, que salvo raras excessões (administradores, chefias, «estrelas») não serão assim tão avultadas.

Deparo-me com esta hipótese/decisão depois das férias...

Basicamente eles foram atrás da fórmula que lhes permite poupar e receber mais dinheiro, despojando-se de tudo o que tinham na comunicação social.
A se concretizar, mais uma vez, Portugal vai ser pioneiro no mundo com um modelo de concessão no canal dito público... Vamos ver quanto tempo esta hipótese vai durar...

In my opinion...

Se a RTP1 se tornar mesmo um serviço publico de televisão, com alguns formatos da RTP2 na sua grelha, e deixar de estar o dia inteiro a lutar contra as privadas com as mesmas armas, não vejo porque acabar com a RTP2 seja mau... No fundo, basta existir um canal de serviço publico e não dois.

Depois quanto à gestão privada também me parece uma boa solução, de modo a manter a propriedade na mão do estado, sem encargos. Naturalmente com as devidas obrigações dos privados em fazer serviço publico, e os tais 150 milhões das facturas da electricidade para tal. Enquanto teoria, uma gestão privada de coisas publicas parece-me bem.

O lucro da concessionário estará sempre assegurada como em todas as PPP's.

Se o dinheiro da publicidade (pois é, parece que também se mantém) e os 150 milhões da taxa não chegarem o estado tem que abonar com o que faltar para cobrir as despesas e atingir o lucro definido em contrato! Mais um negócio da china!

Logo, não precisa de ter boa gestão, nem de fazer bom serviço público, pois bem sabemos como estes cadernos de encargos são interpretados livremente dando para defender qualquer tipo de acção!

E fechar uma concessão? Desculpa onde já se viu tal coisa numa era da TDT!?? Por favor!

Se a SIC e TVI fossem espertas iam juntas a este negócio de lucro assegurado, sempre dava para compensar a incerteza da actividade a que estão sujeitas!

Enfim.

RTP2, um canal que não se preocupa com as audiências, mas sim com a cultura para o povo.

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Já dizia um comentário que li algures no Facebook: As audiências da RTP2 são o espelho do nosso país.

Eu serei sempre contra o fim da RTP2 é um canal diferente e que mais emite programas para crianças e de cultura entre outros. E o seu fim é uma falta de respeito para com os telespectadores do canal.

Infelizmente, para o Governo, tudo neste país tem de dar lucro, não abrindo margem para a existência de pequenos grupos cujos interesses devem ser respeitados.

Como já disseram aqui, defendo que deviam manter a RTP1, interligando os seus conteúdos com aqueles que passam atualmente na RTP2. O 2º canal podia perfeitamente ser concessionado a qualquer a um privado.

LOL

Mas a RTP dá lucro. O problema é que com a dívida astronómica que tem esse lucro não vale de nada.

Pessoalmente defendo a manutenção dos dois canais em sinal aberto.

Deveriam reintroduzir a PUBLICIDADE NA RTP2 com um máximo de 3 minutos e meio. Seria uma maneira de ajudar a financiar este canal sem prejudicar os restantes generalistas mas competindo antes com os canais temáticos estrangeiros do Cabo!

E um caminho apontado para a redução da dependência do estado, procurando optimizar outras fontes de receita, incluindo a exportação.

No que toca a canais defendo a RTP1, RTP2, RTP Informação, RTP Internacional, RTP África e RTP Memória. RTP Madeira e RTP Açores acho que deveriam ser extintas, pois a sua programação poderia passar a ser difundida na RTP2 em blocos locais:
11h00-13h00
18h00-20h00
21h00-22h00
00h00-01h00


A meu ver, a rádio e televisão talvez devessem ser separadas.

Dama Velvi escreveu:LOL

Mas a RTP dá lucro. O problema é que com a dívida astronómica que tem esse lucro não vale de nada.

Atenção que nos últimos tempos o Estado injectou bastante dinheiro na RTP para acelerar o pagamento da dívida (sabemos bem porquê, não é?). Não sei quanto falta pagar, mas julgo que será muito menos do que era há uns tempos.

São contas à parte. Se excluíres a dívida, com o orçamento que a RTP tem (taxa do audiovisual + publicidade) a empresa deu lucro em 2010 e 2011.

Exacto e tem condições para continuar a dar e assim ir reduzindo a transferência do Orçamento do estado para a RTP!

Esta concessão é um absurdo que não beneficia nem a RTP nem o contribuinte mas apenas a concessionário! LOgo não serve!