Curiosidades audimétricas!

Nuno Azinheira in DN escreveu:O trunfo e o 'bluff'
Para quem, como eu, ouviu os responsáveis da TVI, ainda há 15 dias, a dizerem inflamados que a RTP só criticava tão violentamente a GfK porque estava a perder nas audiências, a decisão da TVI em partir o sistema de audimetria não deixa de ser surpreendente. Para quem, como eu, ouviu os diretores da TVI, ainda há 15 dias, a dizer que era "preciso dar tempo ao tempo" e "deixar estabilizar o painel", que "revela alguns problemas, mas é muito mais realista do que o da Marktest", o timing encontrado pela administração da empresa para denunciar o contrato com a GfK só pode soar a uma decisão oportunística e motivada por razões estratégicas. É uma razão como qualquer outra, convenhamos, mas é bom que se assuma. Concorde-se ou não com as razões, a RTP foi coerente desde o início. Começou sozinha na contestação pública e desde 1 de março não se tem calado. A TVI, não. Começou, ainda em fevereiro, ao lado da RTP, a pedir à CAEM para adiar a entrada em funções da GfK. Depois, como as audiências a sério, ao contrário do que diziam os testes, a foi dando à frente da concorrência, calou-se bem caladinha. Afinal, continuava líder. Com a SIC mais perto, é certo, mas líder. Do mal o menos. Foi então o momento de apoiar o sistema. Com reservas, sim, mas manifestamente ao lado do sistema, deixando a RTP isolada, a pregar sozinha no deserto. As últimas duas semanas fizeram soar o alarme em Queluz de Baixo. A SIC ganhou alguns dias, colou-se à TVI no horário nobre. Eis, agora, valente a TVI, dando um murro na mesa e jogando a carta decisiva. Falta-lhe jogo na mão. Mas faz bluff e avança...

Diário Económico escreveu:Aumento de ‘ratings’ com a GfK poderá beneficar canais de TV

Apesar da polémica, facturas do mês de Março tiveram em conta as audiências cedidas pela GfK.

Alguns canais de televisão poderão beneficiar, financeiramente, com o novo sistema de medição de audiências. Em causa está o aumento do tempo de visionamento de televisão, com o novo painel, e o aumento do consumo televisivo em cerca de 200 mil pessoas. Esta subida afecta os valores dos ‘gross rating points' (GRP) de audiências de alguns operadores, permitindo que rentabilizem melhor os acordos com os clientes.

No mês de Março, e apesar da contestação relativamente à fiabilidade do serviço prestado pela GfK, todos os operadores passaram as facturas ao sector tendo os dados da empresa de António Salvador como referência. Ao que o Diário Económico apurou, ainda não está garantido que nos próximos meses este cenário se mantenha, mas uma reunião, agendada para a próxima semana, poderá ajudar a determiná-lo.

A Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM), entidade que representa o sector e responsável pelo concurso que elegeu a GfK, em substituição da Marktest, reúne na próxima quarta-feira. Em discussão está a decisão da TVI em procurar alternativa aos dados oficiais e iniciar contactos com a Marktest. Esta posição foi apoiada pela RTP, a estação mais crítica do sistema que entrou em vigor a 1 de Março e que exigiu mesmo uma auditoria externa ao serviço da GfK.

Contactado pelo Diário Económico, fonte oficial da RTP comentou este tema referindo apenas que "a RTP facturou o mês de Março como qualquer outro operador".

Mas, o Diário Económico sabe que esta posição não altera o facto de a estação pública continuar sem reconhecer a validade das audiências produzidas pela GfK. Segundo justificou a estação a alguns clientes, a empresa aceitou negociar com os valores da GfK por privilegiar, ainda, o diálogo e a procura de uma solução consensual em sede de auto-regulação, ou seja, através da CAEM. Já fonte oficial da TVI, quando contactada, não quis fazer comentários sobre o assunto.

Manuela Botelho, secretária-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes, assumiu que a "APAN não discute as condições negociais de cada um, porque isso é da exclusiva responsabilidade dos anunciantes, meios e agências". Ainda assim, segundo a mesma responsável, uma vez que a facturação publicitária se mede pelos GRP, "havendo uma subida nos ‘ratings', em função dos ‘targets' dos GRP, há mais espaço publicitário para vender e o encaixe pode ser maior".

As audiências da GfK para o mês de Março deram 23,9% do ‘share' de audiência à TVI, seguida pela SIC com 22% e a RTP1 com 14,1%. O Cabo atingiu um ‘share' de 25% e o item Outros (que reflecte outros usos de televisão que não visionamento em tempo real), atingiu 11,6%.

CAEM vai discutir auditoria na reunião de quarta-feira
Num comunicado enviado ontem à imprensa, a direcção da CAEM revelou que a auditoria ao serviço de medição de audiências da GfK "está neste momento em fase final a elaboração do caderno de encargos e a selecção de empresas especializadas para posterior consulta, adjudicação e realização da respectiva auditoria", revela o documento.

Na mesma nota, a entidade presidida por Luís Marques admite que "espera que estes documentos sejam aprovados na próxima reunião de associados, marcada para o dia 11 de Abril" e revelou ainda que "tudo fará para que a auditoria decorra com a maior transparência e o mais rápido possível".

‘Gross Rating Points'
‘Gross Rating Points' ou GRP é a unidade de medida para medir o impacto publicitário. Conhecido também como pontos de audiência bruta, medem o potencial de facturação publicitária de cada operador. É avaliado tendo em conta o número absoluto de pessoas que contactam com uma campanha, somando os contactos em cada um dos momentos em que o ‘spot' passa na televisão.

CM escreveu:Audiências televisivas: Reunião sem conclusões

A reunião desta quarta-feira da CAEM (Comissão de Análise e Estudos de Meios) terminou sem conclusões. Durante mais de três horas, os canais generalistas debateram o problema nas audiências em Portugal, mas no final do encontro foi agendada uma nova reunião, que terá lugar na segunda-feira.

De recordar que o encontro, que tinha estado marcado para a semana passada e foi adiado para 11 de Abril devido a problemas de agenda, pretendia discutir a polémica nas audiências, que se instalou desde que a GfK começou a fazer a medição de audimetria, a 1 de Março, substituindo a Marktest.

A RTP sempre criticou o sistema e pediu uma auditoria ao mesmo. Esta foi aprovada no seio da CAEM, mas antes de ser adjudicada a TVI rompeu com a GfK, invocando os vários erros que o sistema apresentou.

A televisão pública disse estar disponível para encontrar um novo sistema com o canal de Queluz, mas a GfK continua a ter o apoio da SIC e dos anunciantes.

Se não existir um acordo, é provável que o mercado nacional passe a ter dois sistemas de medição de audiência televisiva, um elaborado pela Marktest e outro pela GfK.

Jnpc escreveu:Oficial só será aquela reconhecida pela CAEM.

Marktest garante que o seu painel “traduz a verdade sobre as audiências”

“O nosso painel encontra-se a operar segundo as regras definidas pela própria CAEM [Comissão de Análise de Estudo de Meios], e traduz, neste momento, a verdade sobre as audiências de televisão em Portugal”. A afirmação pode ler-se num comunicado assinado pela Marktest Audimetria a que o M&P teve acesso.

No mesmo documento é ainda enfatizado que “após acordado com a CAEM, implementámos no nosso painel a tecnologia audiomatching”, sendo “que nos encontramos em melhores condições técnicas para responder aos desafios da era digital”. Desta feita, realça ainda o comunicado, “a Marktest Audimetria está em condições de garantir a prestação do serviço de audimetria. Encontrando-se disponível para ser auditada sempre e quando os clientes o entenderem”.

Recorde-se que as televisões reúnem-se hoje fora do seio da CAEM por forma a prepararem a reunião da próxima segunda-feira, dia 16 de Abril, em que será discutido o caderno de encargos da auditoria ao painel da GfK. A TVI, por seu turno, anunciou no fim de Março que iria passar a guiar-se pelas audiências da Marktest.

Eu João escreveu:

Marktest garante que o seu painel “traduz a verdade sobre as audiências”

“O nosso painel encontra-se a operar segundo as regras definidas pela própria CAEM [Comissão de Análise de Estudo de Meios], e traduz, neste momento, a verdade sobre as audiências de televisão em Portugal”. A afirmação pode ler-se num comunicado assinado pela Marktest Audimetria a que o M&P teve acesso.

No mesmo documento é ainda enfatizado que “após acordado com a CAEM, implementámos no nosso painel a tecnologia audiomatching”, sendo “que nos encontramos em melhores condições técnicas para responder aos desafios da era digital”. Desta feita, realça ainda o comunicado, “a Marktest Audimetria está em condições de garantir a prestação do serviço de audimetria. Encontrando-se disponível para ser auditada sempre e quando os clientes o entenderem”.

Recorde-se que as televisões reúnem-se hoje fora do seio da CAEM por forma a prepararem a reunião da próxima segunda-feira, dia 16 de Abril, em que será discutido o caderno de encargos da auditoria ao painel da GfK. A TVI, por seu turno, anunciou no fim de Março que iria passar a guiar-se pelas audiências da Marktest.

Parece que já não são apenas 50% de audimetro...

CM escreveu:RTP atacada por anunciantes

A Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) acusa a RTP de "falta de transparência" por não ter referido na reunião com a Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM) que algumas das suas propostas ao caderno de encargos da auditoria à GfK eram sugestões da Marktest.

Na carta enviada pela APAN à administração da RTP, a que o CM teve acesso, a entidade manifesta "veemente repúdio" e fala mesmo em quebra de "confiança".

Ao que o CM apurou, no centro da polémica está o facto de, na reunião de 10 de Abril da CAEM, a RTP ter distribuído um documento com várias propostas relativamente ao caderno de encargos, o qual continha notas que indicavam sugestões de Isabel Estêvão, directora-geral da Kantar Marktest. No entanto, o seu envolvimento nunca terá sido referido na reunião. A APAN foi ‘alertada’ para esse facto por uma notícia na edição on-line do ‘Briefing’.

Fonte oficial da RTP disse a propósito ao CM que "a carta da APAN é de tal maneira incompreensível que, para já, não fazemos qualquer comentário".

Ao que o CM apurou, a RTP consultou mais de uma dezena de especialistas, entre os quais está, de facto, Isabel Estêvão.

O CM contactou a TVI, mas a estação remeteu quaisquer pareceres para a CAEM. Luís Marques, presidente da CAEM e também director-geral da SIC, preferiu não comentar.

Entretanto, na reunião da CAEM na próxima segunda-feira, será escolhido o modelo de auditoria e o auditor.

Meios & Publicidade escreveu:Audiências: Caderno de encargos para auditoria ao sistema da GfK terá sido aprovado

O caderno de encargos para a auditoria ao sistema de audiências da GfK terá sido aprovado esta segunda-feira com os votos contra da SIC e da APAN, associação que representa os anunciantes, e com os votos a favor dos restantes players televisivos e das agências de meios, soube o M&P. Recorde-se que o encontro de ontem entre os associados da Comissão de Análise de Estudo de Meios (CAEM) visava justamente a aprovação deste documento.

Não obstante, foi agendada uma nova reunião para o próximo dia 20, sexta-feira. Assim, tudo indica que a empresa independente que ficará encarregue de levar a cabo a auditoria externa, bem como o calendário com prazos já estipulados para que a operação se conclua, fiquem definidos no próximo encontro da CAEM. Refira-se ainda que quem levará a cabo a auditoria será uma empresa internacional, já que é necessária uma consultora com experiência nesta área.

Meios & Publicidade escreveu:Audiências: Aprovação do caderno de encargos foi consensual

O caderno de encargos para a auditoria externa ao sistema de audiências da GfK foi aprovado, na passada segunda-feira, no seio da Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM), como avançou o M&P ontem. Fonte ouvida pelo M&P garantia, no entanto, que a aprovação do documento tinha tido os votos contra da SIC e da APAN, associação que representa os anunciantes.

Porém, apurou entretanto o M&P, o que de facto terá sucedido se prendeu antes com uma tentativa destes associados para que o caderno de encargos não incluísse uma questão específica sobre a representatividade do painel. No entanto, essa pretensão terá sido chumbada. Assim, a aprovação do caderno de encargos terá acabado por ser consensual. Nesta senda, em comunicado enviado às redacções, a estação de Carnaxide esclarece “que, em sede de auto-regulação, votou favoravelmente quer à realização de uma auditoria ao novo método de medição de audiências, quer ao caderno de encargos proposto pela Comissão Técnica da CAEM”, acrescentando ainda que “manterá a sua postura responsável, de diálogo, de debate e concertação, em sede de auto-regulação.”

Por outro lado, em resposta à Marktest, que na semana passada assegurava que o seu painel “traduz a verdade sobre as audiências”, a CAEM frisa também através de comunicado, “que desconhece em absoluto a situação do painel da Kantar/Marktest Audimetria, que não é objecto de qualquer validação pelos órgãos próprios da CAEM, nomeadamente a sua comissão técnica. Como é do conhecimento público o único painel reconhecido pela CAEM é o da GfK, que continua a ser monitorizado pela comissão técnica e será objecto, em breve, de uma auditoria”, pode ler-se.