Laços de Sangue

Vince escreveu:Para isso é que deviam ter várias musicas associados aos personagens principais como fazem no brasil... é rara a situação em que a musica cansa de tanto dar, mas na tv portuguesa adoram torturar os espectadores.

Eu lembro que em ONO era igual pois cada vez que apareciam os gémeos lá estava a musica dos Mundo Cão que se tornou tão insuportável que eu mudava de canal cada vez que a musica dava.

Além disso apesar de esta novela ter dedo de técnicos da globo vive muito de encher chouriços com cenas vazias e só com musica sobretudo os protagonistas e isso torna o produto mais aborrecido e irritante quando a história tende a ir mais devagar.

Tiago escreveu:É isso e no café!
'César, leva isto aos clientes!'
'César, vai trabalhar, larga o telemóvel!'

Tiago escreveu:Pois, agora vem mais uma personagem... vamos ver se o João deixa de andar de tromba em baixo. Uma coisa que reparei é que o Diogo Morgado tem uns tiques que se visíveis em todas as personagens que faz, e são bem visíveis... isso não é mau, é péssimo! Nomeadamente o andar constantemente a colar e a descolar a boca cada vez que acaba uma frase... eu sei, parece picuinhas dizer isto, mas é verdade! Aquilo nota-se bastante!!!

(https://www.youtube.com/watch?v=jIyXosSnLF0&feature=related
Minuto 0,05. "Tenho um filho, o João.' (mtss) Separei-me da Vera.")

Ele está constantemente a fazer isto!!!!!! Hão-de reparar.

Vtv escreveu:

Tiago escreveu:É isso e no café!
'César, leva isto aos clientes!'
'César, vai trabalhar, larga o telemóvel!'

...nesses diálogos do café não há muita volta a dar. E agora o César ficou ainda mais 'parado'.

fab escreveu:Enquanto praticava uma nova "posição" com a Marisa, o César deu um mau jeito na coluna e ficou entrevadinho na cama sem se conseguir mexer. Conclusão, tiveram que chamar o Inem, foi levado de emergência para o Hospital e agora anda de colar cervical

DN escreveu:"Os portugueses revêem-se numa certa desesperança"

Que balanço faz da novela da noite da SIC Laços de Sangue?

Vejo a novela através de DVD com seis episódios que a Rede Globo me envia semanalmente. Acho que o resultado final da novela é de alto nível, mesmo para um telespectador exigente como eu.

Que opinião tem ao nível de argumento, cenários e fotografia?

Laços de Sangue tem um nível de realização excelente. O texto é ágil, sem o que nós aqui no Brasil chamamos de "barrigas" - aqueles momentos em que as cenas se sucedem e nada acontece. Pela primeira vez numa novela portuguesa os cenários parecem "reais". E a fotografia é muito boa, inclusive sem os problemas habituais de que padecem as novelas portuguesas nas cenas externas.

Como explica o sucesso desta novela em Portugal?

O slogan usado para vender Laços de Sangue - a novela de todos nós - não foi criado aleatoriamente. Esta é uma novela na qual os portugueses sentem o seu dia-a-dia retratado de forma realista. As pessoas trabalham, andam de autocarro ou de metro, lutam diariamente - às vezes de modo pouco convencional - pela sobrevivência. Enfim: é uma novela real, o mais próximo possível da realidade portuguesa.

Escreveu no seu blogue: "Laços de Sangue tem humor, tem tramas fantásticas, uma vilã inesquecível, uma mocinha - e o seu galã - em apuros". Estes são os "ingredientes" que faltavam para alcançar um sucesso?

Novela é folhetim, e o folhetim tem regras às quais não se pode fugir. Quando um folhetim agrega elementos que o aproximam do real isso é um ganho para o género. Laços de Sangue é um grande folhetim, mas, como eu já disse, mantém sempre um pé na realidade, retrata o dia-a-dia dos portugueses. Não é uma novela que poderia estar situada, por exemplo, na Finlândia, ou no Cazaquis-tão, como tantas que vemos por aí. Esta novela, especificamente, só poderia estar situada em Portugal. E, insisto: essa nacionalidade óbvia é a maior razão do seu sucesso.

Disse ainda que "esta novela vai levar o povo que a assiste - os portugueses - a reflectir sobre si mesmo e os temas que neste momento o afligem". Quer traduzir?

Há telenovelas cuja qualidade maior consiste no facto de traçarem um retrato do quotidiano da época em que foram produzidas... E isso torna-as clássicas. Laços de Sangue, por conta da sua identificação com um momento português, está a caminho disso.

Esta é a primeira novela portuguesa feita em parceria com a Rede Globo. A união foi decisiva para o êxito?

Sem dúvida. A Globo tem o conhecimento e a experiência. Os profissionais que se envolveram nesta produção são todos de primeira linha no Brasil, e eu não poderia ser tão modesto ao ponto de dizer que este envolvimento não foi importante para que Laços de Sangue atingisse um alto nível de realização. Esperamos que venham outras novelas no mesmo regime de produção. E, quem sabe, num futuro próximo, que sejam os portugueses a vir ao Brasil dar a sua contribuição às novelas brasileiras. Posso dizer que darei a minha contribuição para que isso aconteça, já que ainda este ano levarei o actor Paulo Rocha para ser um dos co-protagonistas de Fina Estampa, a minha próxima novela.

Na sua opinião, em que se revêem os portugueses quando assistem a Laços de Sangue?

No quotidiano. Na luta inglória pela sobrevivência. No pensar às vezes pequeno. Na capacidade de tramar. Revêem-se numa certa desesperança... Mas também na esperança de que, no final, tudo dê certo... E, pelo menos na novela, dará, sem dúvida.

Acha que há alguma coisa a melhorar na novela?

Nada. Laços de Sangue é uma novela pioneira. Abriu um caminho que, a meu ver, não tem volta. Veio deixar claro que a época dos dramalhões já passou, que a telenovela portuguesa deu um salto adiante. O que há a melhorar? Cabe à próxima novela dizer-nos isso.

Como tem sido trabalhar com o autor e escritor Pedro Lopes? Que conselhos lhe tem dado?

Não dou conselhos, não é esse o meu método de trabalho. Trato os autores a quem supervisiono como iguais. Converso com eles. As minhas conversas com o Pedro Lopes e a sua equipa são de argumentista com argumentista. Por isso são muito produtivas... E também muito divertidas. Nós não trabalhamos apenas: nós brincamos. E tenho a impressão de que esse clima de bom humor e, como dizem os brasileiros, "pra cima" acaba por se reflectir na novela.

Está a escrever uma nova novela para a Globo, Fina Estampa. Que pode revelar sobre esta aposta?

Posso dizer que terá um tema transversal: O que vale mais para uma pessoa - o carácter ou a aparência? No Brasil dos últimos tempos este tem sido um dilema crucial. Os brasileiros são cada vez mais bonitinhos, mas também deviam preocupar-se em não parecer ordinários.

Quando regressa a Portugal?

Em Março. Vou participar nas reuniões finais de Laços de Sangue. E vou também tratar da inauguração do meu restaurante em Lisboa.