Informação RTP1
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Re: Informação RTP1
Boa decisão a da Sara.
Nick Name- Administrador
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Re: Informação RTP1
Vi agora no rtpplay a entrevista, e a Fátima Campos Ferreira esteve excepcionalmente bem. Humana mas sem grandes sensacionalismos. Não foi uma verdadeira surpresa eu sei, mas gostei.
john_123- Membro
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Re: Informação RTP1
Também gostei bastante da postura da Fátima Campos Ferreira. Assumiu um lado humano pouco habitual no grande jornalismo, mas sem cair na lamechice e pieguice mais própria de talkshows de day-time.
Jnpc- Membro
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Re: Informação RTP1
Era bom que agora a Sara se calasse e não se desdobrasse em entrevistas. Acho que só a vai prejudicar...
Nick Name- Administrador
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Re: Informação RTP1
Gostei da entrevista.
Comparando a Fátima Campos Ferreira com a Judite de Sousa que deu uma entrevista ao mesmo tempo no "Jornal das 8", a Fátima Campos Ferreira esteve claramente superior.
Comparando a Fátima Campos Ferreira com a Judite de Sousa que deu uma entrevista ao mesmo tempo no "Jornal das 8", a Fátima Campos Ferreira esteve claramente superior.
ValeTudo- Membro
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Re: Informação RTP1
Também gostei. Foi uma entrevista "serena" e com uma Fátima Campos Ferreira mais sensivel e humana. A entrevistada também se portou bem.
Espero que a rapariga consiga dar a volta por cima, pois toda a gente merece uma segunda oportunidade.
Espero que a rapariga consiga dar a volta por cima, pois toda a gente merece uma segunda oportunidade.
Shivers- Membro
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Re: Informação RTP1
aTV escreveu:Espaço de comentário de José Sócrates vai de férias
O espaço de comentário de José Sócrates aos domingos, na RTP1, vai de férias a 28 de julho. Cristina Esteves faz um balanço positivo dos quatro meses de trabalho com o ex-primeiro ministro.
«Foi uma boa aposta da RTP e uma mais-valia. Sinto-me grata por estar envolvida no programa. Existe respeito entre as partes, uma ânsia de aprendizagem e saber a repercussão que tem é um desafio, inclusive para os detratores», disse a jornalista à TV Guia.
Sobre as audiências do seu programa nunca terem sido muito expressivas relativamente aos rivais Marcelo Rebelo de Sousa e Judite Sousa, a resposta de Cristina é a seguinte: «O domingo é, de longe, o dia mais difícil da RTP1, e o Telejornal e A Opinião de José Sócrates mais do que duplicam os números, não beneficiando do efeito de arrastamento. Mas não é por isso que não deixa de ser normalmente o programa de informação não-diário líder de audiências…».
O regresso de Cristina Esteves e de José Sócrates à RTP1 acontece em setembro.
Jnpc- Membro
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Re: Informação RTP1
DN escreveu:'Telejornal' de domingo a partir do Chiado
A estação pública vai assinalar os 25 anos do incêndio do Chiado, em Lisboa, com uma grande operação no 'Telejornal' deste domingo. A emissão será conduzida pelo jornalista António Esteves em direto do Chiado.
Neste domingo não haverá o habitual espaço de análise e comentário político A Opinião de José Sócrates, por o ex-primeiro-ministro se encontrar de férias.
A emissão de domingo do Telejornal vai recordar a tragédia do incêndio do Chiado, o impacto que o mesmo teve na cidade e a renovação que se seguiu numa das zonas mais emblemáticas de Lisboa.
O especial inclui reportagens, desde os dez anos de reconstrução até à terra onde nasceu Francisco Grandella, o homem que revolucionou o comércio em Portugal com os Armazéns do Grandella, passando pelos habitantes de Aveiras de Cima, que assistiram pela televisão e ouviram na rádio o que estava a acontecer em Lisboa naquele dia 25 de agosto de 1988.
Jnpc- Membro
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Re: Informação RTP1
DN escreveu:RTP recua e volta a alargar 'Telejornal'
Grandes e médias reportagens serão encolhidas para integrar bloco noticioso da noite, que será maior. Desaparece o '360' e alguns magazines das 21.00 podem terminar.
O Telejornal vai ser alargado e magazines como Linha da Frente ou De Caras podem deixar de fazer parte da nova grelha da RTP1. O DN apurou junto de elementos próximos das direções que "a maior parte da informação vai passar para o cabo porque o novo modelo é capaz de ser mais lucrativo".
Paulo Ferreira, diretor de Informação da estação pública, diz que "não está nada definido, a nova grelha está a ser preparada" e por isso não confirma as informações. Fontes garantem, porém, ao DN que a intenção é alargar o Telejornal "10 a 15 minutos", que o magazine 360 vai terminar e que as reportagens deverão "passar a ter entre seis a 10 minutos" para integrar o Telejornal.
Prós e Contras deverá estrear-se só depois das Autárquicas, a 7 de outubro, e Sexta às 9 permanecerá na nova grelha. A partir de domingo passado, o ex-primeiro-ministro, José Sócrates, e o antigo ministro da Presidência, Nuno Morais Sarmento, passaram a integrar o bloco noticioso, perdendo, assim, o espaço autónomo que mantinham. "O objetivo é dar-nos mais flexibilidade na gestão da grelha", justifica Paulo Ferreira.
Jnpc- Membro
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Re: Informação RTP1
DN escreveu:Cristina Esteves assume Telejornais ao fim de semana[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
O jornalista e pivô da RTP, António Esteves, deixa a apresentação do 'Telejornal' aos sábados a partir de outubro e Cristina Esteves fica com o fim de semana.
As mudanças na informação da estação pública prosseguem. Depois do fim do magazine 360 e do alargamento do Telejornal até às 21.10 durante os dias de semana, também os fins de semana vão conhecer alterações.
O jornalista da RTP António Esteves deixará, a partir de outubro, de conduzir as edições de sábado, entregando-as a Cristina Esteves, que até agora era responsável pelos domingos. Ao que foi garantido ao DN, o pivô deverá passar a assegurar com regularidade a RTP Informação. Confrontado, tanto o jornalista como o diretor de Informação, Paulo Ferreira, declinaram prestar declarações.
Jnpc- Membro
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Re: Informação RTP1
DN escreveu:João Fernando Ramos exonerado da chefia da RTP Porto[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
O pivô da RTP pôs cargo à disposição depois de se opor à forma como o diretor de Informação, Paulo Ferreira, conduziu processo de avaliação. João Fernando Ramos foi afastado na sexta-feira.
O jornalista e pivô do Jornal das 19, da RTP Informação, foi afastado das suas funções de editor executivo na chefia do Porto depois de ter colocado o seu cargo à disposição, por discordar da forma como o diretor de Informação, Paulo Ferreira, conduziu o processo de avaliações internas tendentes a criar uma lista de mobilidade.
A tensão na televisão pública tem subido de tom nos últimos dias depois de ter sido retirada, pelos jornalistas da RTP, a confiança na direção de informação. Uma moção que foi aprovada após dois plenários. Na quinta-feira, a equipa de Paulo Ferrreira recebeu um voto de confiança das chefias e coordenadores em Lisboa, mas no Porto não houve consenso.
Tanto João Fernando Ramos como Duarte Valente, coordenador do Jornal da Tarde, puseram o lugar à disposição, o que foi aceite na sexta-feira. "Eu era editor-executivo e não sabia da existência de qualquer lista que estava a ser elaborada. Em consciência coloquei o meu lugar à disposição e a direção de Informação deixava de contar comigo nestas funções, que são de confiança. É uma questão de coerência", justificou o pivô ao DN.
Jnpc- Membro
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Re: Informação RTP1
DN escreveu:ERC dá parecer positivo a José Manuel Portugal[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
O Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) deu hoje parecer positivo, por unanimidade, ao novo diretor de Informação da RTP, José Manuel Portugal, confirmou à Lusa o presidente da ERC.
Questionado pela Lusa sobre a decisão da ERC, Carlos Magno disse que o "parecer foi positivo e por unanimidade", escusando-se a fazer mais comentários.
José Manuel Portugal foi o nome escolhido para substituir Paulo Ferreira no cargo e até assumir a nova função era diretor adjunto dos serviços internacionais.
Paulo Ferreira, que tinha pedido a demissão do cargo, assumiu a direção de Informação da RTP depois da demissão de Nuno Santos das mesmas funções, há um ano.
DN escreveu:Mulheres dominam na equipa de José Manuel Portugal[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
O novo diretor de informação da estação pública vai contar com as jornalistas Rosário Salgueiro, Mafalda Gameiro, Sandra Sousa e Luísa Bastos na sua nova equipa. Hugo Gilberto assume Norte.
Vem aí uma nova direção de Informação da RTP que aposta claro no sexo feminino. José Manuel Portugal. Rosário Salgueiro recebe a pasta da informação diária, Mafalda Gameiro, a não diária, Sandra Sousa, a da RTP Informação, e Luísa Bastos assume a chefia de redação.
Manuel da Costa mantém o cargo de diretor de Meios de Produção e Hugo Gilberto é o novo nome para assumir a informação no Centro de Produção do Norte. Este jornalista acumulará funções na área desportiva.
José Manuel Portugal recebeu, na sexta-feira de manhã, luz verde do Conselho de Redação da RTP demissionário que, "não conhecendo impedimentos formais ou razões objetivas", deu o aval ao novo diretor de Informação.
Jnpc- Membro
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Re: Informação RTP1
NTV escreveu:"Telejornal" ganha nova imagem e "Linha da Frente" regressa
José Manuel Portugal diz que quer fazer mais na Informação da RTP mas garante que tem "pouco dinheiro". Ao fim de um mês à frente da direção, anuncia uma reformulação dos conteúdos e calendariza-a para estrear em dia de aniversário da estação, a 7 de março.
A grande reportagem vai voltar a ser uma aposta da Informação da RTP, depois de no último trimestre do ano passado, a estação ter relegado para o seu canal informativo no cabo a maioria desses programas. José Manuel Portugal, diretor de Informação da RTP há um mês, prepara-se para fazer estrear novos conteúdos informativos a 7 de março, dia do 57º aniversário da televisão pública.
Levantando a ponta do véu, mas sem querer alongar-se em explicações, José Manuel Portugal explica à Notícias TV que "o Telejornal já começou a sofrer um ligeiro lifting". "Mexemos no arranque do noticiário e também no final", exemplifica. Antecipa, para março, "o anúncio de uma intervenção mais profunda no Telejornal" e promete "um restyling (um novo estilo)", mas recusa revelar detalhes para já.
Umas das primeiras mexidas a ficar evidente vai ser o Linha da Frente, que desde 2012 foi exibido em diferentes dias da semana. "O Linha da Frente, que neste momento se chama Grande Reportagem, está agora ao domingo à noite, mas vai recuperar o nome porque é uma marca clara da RTP", diz o diretor, assegurando que conteúdos como Bom Dia Portugal, Portugal em Direto, Sexta às 9 e Prós e Contras são programas que "fazem parte dos gostos dos portugueses".
"O regresso do Linha da Frente foi uma das propostas feitas por Mafalda Gameiro, que é subdiretora dos programas não diários, e aprovámos esse regresso porque, para lá do nome, é sobretudo uma afirmação de um espaço que é da RTP e que tem que ver com essa marca tão forte e profunda que é a grande reportagem", acrescenta José Manuel Portugal, que não descarta a possibilidade de "o programa poder mudar de dia". Aliás, segundo avança o mesmo responsável, "vai haver mudanças de dias em algumas matérias, mas só no início de março teremos um desenho muito rigoroso e preciso do que queremos fazer em termos de informação", acrescentou.
Na verdade, o diretor antecipa que a reportagem será uma das áreas que mais vai ser valorizada nestas novas alterações. "Sem querer entrar no que vou anunciar em março, o grande capital da estação, para lá da componente analítica, é também o da reportagem e esta vai ser muitíssimo valorizada neste novo projeto. Seja a reportagem a quente, do quotidiano, ou a média e a grande reportagem. E é aí que vamos fazer incidir as grandes mudanças na RTP1", diz o diretor da estação.
Conteúdos como o 360º ou o De Caras, que passaram para a RTP Informação na anterior direção de Paulo Ferreira, não têm regresso garantido ao primeiro canal. Pelo menos, o responsável pela pasta da Informação mantém, para já, silêncio sobre essa matéria. Quanto a comentadores, não põe de lado novas contratações, mas também não adianta ainda nomes.
Sem revelar o orçamento que dispõe para empreender as mudanças na informação, o diretor responde apenas que "é pouco, infelizmente é sempre muito pouco". "O que pretendemos é sempre muito mais do que o que nos dão, mas o que nos dão é suficiente para fazermos novo, diferente e, pensamos, com grande qualidade", afirma.
A pensar a RTP Informação como se ela fosse para a TDT"
A possibilidade de o canal temático informativo vir a migrar da televisão por subscrição para a televisão digital terrestre (TDT) ainda está longe de ficar decidido. É que, apesar de a ERC ter dado aval, certo é que não há espaço na rede para incluir todos os pedidos autorizados - contando os dos privados - e agora o caso vai a discussão pública, que será lançada pelo organismo regulador dos media e pela Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom).
Independente daquele processo está o objetivo do diretor de Informação da estação pública. "Estamos a criar a nova RTP Informação como se fosse um canal independente, no cenário de virmos a estar na TDT, embora nesta fase esse processo seja uma questão política", afirma José Manuel Portugal à Notícias TV. O responsável pela pasta admite e compreende a contestação da concorrência - que também têm temáticos de informação - mas garante que a nova RTP Informação será "diferenciada".
Quanto a inovação e interatividade, o diretor - que até já tinha confirmado a chegada de uma aplicação ("app") para a área noticiosa - avança que "vai adequar a informação a novos produtos, ainda que sejam matérias que têm sempre especialidade muito próprias". Deverá, no entanto, ser pouco provável que apresente os novos produtos já em março.
Jnpc- Membro
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Re: Informação RTP1
ATelevisao.com escreveu:
Telejornal da RTP1 é alargado a partir de março
No decorrer do debate «Encontro Notícias TV – Pensar a Televisão», proporcionado pela Notícias TV em colaboração com a Universidade do Minho, o diretor de informação da RTP revelou algumas novidades que estão a ser preparadas pela estação pública.
De acordo com José Manuel Portugal, o noticiário das 20h prolongar-se-á até às 21h10, passando a ter a mesma duração que os seus concorrentes dos canais privados. A nova medida entra em vigor já a partir do dia 10 de março, uma segunda-feira.
Love- Membro
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Re: Informação RTP1
A notícia não está completa...
E já agora, ali diz que ao prolongar até às 21h10, passa a ter a mesma duração dos rivais. Quem escreveu isso estava a dormir... o das privadas vai até às 21h30, quando não é mais!
E já agora, ali diz que ao prolongar até às 21h10, passa a ter a mesma duração dos rivais. Quem escreveu isso estava a dormir... o das privadas vai até às 21h30, quando não é mais!
Jnpc- Membro
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Re: Informação RTP1
Mas já o é muitas vezes...
A resposta do Alcides foi mesmo boa... Ahahah...
A resposta do Alcides foi mesmo boa... Ahahah...
Nick Name- Administrador
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Re: Informação RTP1
21h10 a hora que acabam os jornais das privadas...era bom era.
Concordo com este pequeno alargamento do Telejornal, desde que se fiquem mesmo pelas 21h10.
Concordo com este pequeno alargamento do Telejornal, desde que se fiquem mesmo pelas 21h10.
david silva- Membro
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Re: Informação RTP1
NTV escreveu:José Manuel Portugal: "Na RTP a maioria trabalha muito e ganha pouco"[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Ocupou lugares de direção durante nove anos e diz que não há ninguém na RTP que conheça tão bem a empresa como ele. Diz que a sua nomeação foi resultado do seu trabalho e da lealdade à casa. Acredita que a RTP vai voltar a ser relevante e que pode ganhar nas audiências, até porque têm uma redação de gente "séria e competente". E sem ordenados milionários. "É preciso acabar com essa mentira." Na RTP, diz, há muita gente a trabalhar de mais e a ganhar de menos.
Em 1987, quando integrou o governo do então primeiro-ministro Cavaco Silva, Dias Loureiro terá telefonado ao pai a dizer: "Pai, já sou ministro!" A quem é que o José Manuel Portugal ligou a dizer "já sou diretor"?
[risos] Liguei à minha mulher, quase a medo, porque esta decisão implicava um sacrifício pessoal e da família. Falei com o meu filho, que tinha acabado de regressar de Budapeste, onde tinha estado a estudar durante uns meses, e que me tinha, mais ou menos, desaconselhado a aceitar..
Nenhum deles ficou surpreendido?
Não. Eles sabiam que eu ia aceitar, dissessem o que dissessem. Sabiam que eu gostava de um desafio muito grande e que era impossível, dada a minha personalidade, resistir ao convite que me tinha sido feito.
Aqui para nós, sempre foi uma coisa que desejou...
Não!
É natural que um homem que está durante nove anos em três direções de Informação pense em algum momento poder ser ele próprio o diretor...
Talvez há dois ou três anos essa situação me tivesse passado pela cabeça. Mas sabe que eu tinha um handicap muito forte: nunca fui uma pessoa muito presente na RTP em Lisboa, dadas as minhas condições e ao facto de ter vivido em Coimbra a maior parte do tempo.
Isso agora já mudou...
Neste momento a minha vida é toda em Lisboa. Estou na capital de segunda a sexta-feira e, se for preciso, ao sábado e ao domingo também estarei. Até porque a situação da RTP, sobretudo nestes primeiro meses, em que é preciso mudar muita coisa, implica um trabalho de 13 ou 14 horas por dia.
Há quem diga que nos últimos tempos foi trabalhando para este convite...
Não, não trabalhei. Não trabalhei mesmo. Posso dizer que nos últimos meses fui tentando não dar muitas opiniões, mas mentiria se dissesse que não houve pessoas que me foram abordando ao longo dos últimos meses e que disseram que estava na hora de haver uma mudança na direção de Informação.
Quem o conhece diz-me que é uma espécie de "sempre em pé", que sempre se manteve à tona, apesar das várias mudanças que a RTP foi sofrendo ao longo dos anos...
É verdade que sempre me mantive à tona, mas foi por causa do meu trabalho. Fiz do meu trabalho e da lealdade com quem trabalhei duas palavras fundamentais no meu quotidiano. Tive muito gosto em pertencer a três direções diferentes, primeiro com o Luís Marinho, depois com o José Alberto Carvalho e, por último, com o Nuno Santos. Fui subdiretor dos três e continuo com boas relações de amizade com os três e, principalmente, sempre norteado do princípio da lealdade. Pautei a minha vida profissional pelo trabalho e pela criatividade que coloquei sempre nas coisas. As pessoas reconheceram o meu trabalho, reconheceram-me competência, caráter e lealdade.
Pronunciou a palavra lealdade por três vezes na resposta anterior. Há alguma razão? É um recado a alguém?
Não, não é recado nenhum. O mundo da televisão é sempre muito difícil e às vezes as palavras são vãs. Para mim, trabalho e lealdade são essenciais. Na constituição da minha equipa, muito sólida e coesa, muito combativa, as duas palavras que empreguei com eles, com os subdiretores, foram essas: trabalho e lealdade.
Mas reconhece que há gente que não ficou surpreendida com a sua nomeação...
Admito que há quem possa ver as coisas dessa forma, mas também pode ser o corolário lógico de nove anos. As pessoas veem que o corolário seria o subdiretor chegar a diretor. Mas percebo o que está implícito nas suas palavras.
Quando se conheceu a sua nomeação houve algumas reações pouco abonatórias...
Há pessoas a quem não posso, nem devo, pedir decência. Mas sabe que nesta primeira entrevista que dou, e decidi dá-la a si, eu gostava muito de falar de coisas sérias e de deixar essas coisas pouco sérias e pouco dignificantes.
Falava de lealdade e é impossível não lhe falar de Nuno Santos. O José fazia parte da direção de Nuno Santos aquando de um processo muito complicado, moroso e traumático para a RTP. Com é que, ano e meio depois, vê agora esse processo?
Sobre isso digo apenas duas coisas. A primeira é que tive muito orgulho e gosto em ter pertencido a essa direção. Foram dois anos de grande trabalho e dedicação. Estive completamente fora do processo, inclusivamente só soube dele alguns dias depois, e não tenho uma opinião completamente formada sobre o que aconteceu. Nem tenho de ter.
Também é conveniente que não tenha...
Não tenho mesmo.
Não tem porquê?
Sinceramente, porque nunca me preocupei em saber exatamente o que se passou.
Mesmo sendo, na altura, subdiretor de Informação?
Nunca houve uma conversa sobre isso. Ouvi várias versões, como toda a gente ouviu, encarei com a minha sensibilidade muito própria o que aconteceu naquela noite, naqueles dias, mas guardo para mim. Agora, foi com mágoa que vi terminar aquele projeto de dois anos. Era um bom projeto de Informação.
Nessa altura, houve lealdade?
Eu fui sempre leal. Sempre fui e sempre serei. Como disse, para mim é essencial.
Encontrou lealdade nos seus companheiros de direção?
[Silêncio] É um processo difícil e só daqui a alguns anos é que talvez possamos falar de uma forma completamente aberta dessa situação. Até porque nós, na altura, falámos muito pouco uns com os outros sobre isto, o que é uma coisa extraordinária.
Esse processo, e a forma como foi gerido, fê-lo pensar duas vezes agora antes de aceitar o convite para ser diretor?
São situações diferentes. O meu compromisso é com o País, com a sociedade, com os espectadores e também com a redação.
Recebeu alguma mensagem de Nuno Santos a propósito da sua nomeação?
Para mim, as sms são particulares.
Essa é uma indireta [risos]. Há colegas para quem as SMS não são particulares?
Eu falo por mim e para mim essas coisas são absolutamente particulares.
Portanto, não quer tornar público se houve alguma palavra de Nuno Santos.
Isso houve, era normal. Somos amigos, portanto é normal que me desse os parabéns.
Porque é que a sua família o aconselhou a não aceitar o cargo?
Sobretudo pela ausência física. Nós somos uma família muito chegada e muito próxima, gostamos de fazer uma vida pacata e tanto a minha mulher como o meu filho sabiam que esta situação iria tirar o marido e o pai de casa durante muito mais tempo. Além disso, tenho um cão de que gosto muito.
Um cão?
Sim, o meu Frank Netter [médico e ilustrador de atlas médicos]. O meu cão foi-me dado pela minha mulher e pelo meu filho numa altura em que eu andava mais em baixo. Eles sabiam que eu queria um cão há muito tempo e no dia em que ele entrou em casa foi também o dia em que o meu filho acabou a cadeira de Anatomia. Ficou Frank Netter por causa disso.
Sei que confia nas suas capacidades, mas atendendo àquilo que a RTP é enquanto empresa de grandes dimensões, até um pouco um cemitério de diretores de Informação, não temeu poder vir a ter, mais cedo ou mais tarde, o seu nome numa lápide?
Não! Há coisas na vida que se fazem uma vez. O lugar de diretor não é um lugar de reeleição. As pessoas ou o merecem ou não,
Acha que o merecia?
Acho. Tenho 25 anos de grupo RTP, conheço a casa muito bem, conheço as pessoas da casa, conheço bem os centros regionais, estive no Porto como diretor durante 18 meses e fui subdiretor durante nove anos. Pergunto: se isto não é conhecer a casa, o que é então conhecê-la? Dificilmente haverá pessoas no grupo RTP que conheçam melhor a casa, a RTP.
Portanto, conhece bem aquilo a que na gíria política se chama... as bases da RTP.
Exatamente!
Sente-se o Miguel Relvas da RTP?
Não confundamos os planos. O Relvas é o Relvas e eu sou eu!
Não há equivalência no processo?
Não há nenhuma equivalência. E eu não preciso de equivalências!
Há uma frase muito antiga do Velho Capitão do seu clube, Mário Wilson, que dizia que no Benfica qualquer treinador se arrisca a ser campeão. Na RTP, qualquer treinador se arrisca a ser demitido.
[Risos] A única coisa que posso garantir é que quero, um dia, sair com a consciência tranquila de que fiz o meu melhor pela minha equipa, pela RTP e, sobretudo, pelo serviço público de televisão, pelos espectadores e pelo jornalismo televisivo. A minha equipa sabe isto e é muito combatente. É uma equipa feita para ganhar.
Com que ideias? Há algo a inventar?
Não, mas há claramente a reinventar. A informação atual altera-se todos os dias. Não as notícias, mas a forma como nós as passamos para os nossos públicos.
A RTP de hoje é muito diferente da que encontrou quando regressou há dez anos, vindo da SIC. Nas audiências, na relação com os espectadores, na perceção pública da empresa para o exterior. É possível voltar a reconquistar público?
É. Aliás, o nosso objetivo é claro: queremos voltar a ser a referência da informação em Portugal.
A RTP deixou de o ser?
Acho que durante algum tempo talvez tenha adormecido um bocadinho.
Quem é a referência neste momento?
Nós estamos bem rodeados. A SIC e a TVI fazem boa informação. Eu tiro o chapéu à SIC que sempre fez, e continua a fazer, boa informação. A TVI também, sobretudo nestes últimos anos. A RTP voltou há muito pouco tempo, é verdade, ao trabalho. Nós queremos ser relevantes.
Acha que a RTP1 pode liderar à hora de almoço e à hora de jantar?
Acho que sim.
Além de junho e julho, claro, que vão ser os meses do Mundial de Futebol na RTP.
Vamos fazer tudo para isso.
Fazer tudo para isso soa a perigoso [risos]
Quando digo tudo é obviamente o lícito.
O lícito?
Quando digo o lícito digo uma coisa muito simples: vamos continuar a querer ser uma televisão de referência, com uma informação independente, rigorosa, séria e que não faça cedências a sensacionalismos exagerados.
Neste momento faz essas cedências?
Admito que uma ou outra vez façamos. Todos cometemos erros.
Está confortável com o orçamento que tem?
Estou, sou muito poupadinho [risos]. Aliás, foi a Notícias TV que o disse num perfil que fez sobre mim. É evidente que gostava de ter mais dinheiro, mas o que temos é para ser gasto com parcimónia.
Comprar os direitos do Mundial foi gerir com parcimónia? Descobriram uma mina de ouro na Marechal Gomes da Costa? [risos]
[Risos] Nem na Marechal Gomes da Costa nem em mais lado nenhum. Apenas com o dinheiro que temos vamos conseguir fazer melhor. Não haverá uma grande equipa de reportagem no Mundial. Haverá uma, mas claro que o Mundial é sempre uma grande oportunidade.
Não vai dizer-me que não vai ter uma equipa volumosa no Brasil.
Não será uma equipa volumosa. Não será diferente da que esteve na África do Sul. Gostávamos que fosse volumosa, mas não é. Mas uma coisa é certa: o Mundial é na RTP!
Já sabe como vai encaixar tantos jogos na antena da RTP?
A RTP tem várias antenas e estamos a estudar isso. O Mundial é uma grande competição, que gera grande interesse nos portugueses. Todos o queriam, mas é da RTP.
E a Informação vai acompanhar essa onda?
Claro.
Mas não vai fazer o Telejornal em direto do Brasil, pois não?
Se Portugal for à final, lá estaremos. O que nós queremos é ser importantes na vida dos portugueses. Talvez não tenhamos sido nos últimos anos por contingências sociais e políticas.
Foram tempos duros?
Foram, muito duros. Repare, nós, trabalhadores da RTP, estamos sempre debaixo de fogo. Como qualquer trabalhador da função pública sofremos os cortes da crise e ainda sofremos acusações, quase sempre sem fundamento. Os mitos urbanos são sempre os mesmos.
Está a falar dos ordenados das estrelas?
Estou. São os mitos dos ordenados milionários, o que é absolutamente falso. As pessoas precisam de saber que na RTP a maioria das pessoas trabalham muito e ganham pouco. Na RTP trabalhamos com rigor e com seriedade. Eu acompanhei de muito perto a fase de recuperação da empresa, desde Almerindo Marques, passando por Guilherme Costa e agora com Alberto da Ponte, e sei que esta casa é diferente. Diria mesmo que aquele regabofe do antigamente, que algumas mentes um bocadinho em delírio ainda continuam a dizer que existe, já não existe.
Porque é que essa ideia de regabofe continua associada à RTP? A empresa não tem sabido comunicar bem essas mudanças?
Porque as pessoas têm tendência para considerar, e bem, a RTP um bocadinho como sua e sentem-se no direito de poder falar sobre ela. A questão nem é a maledicência, porque os portugueses gostam da RTP. Se não gostassem, já tinha desaparecido há muito tempo.
A questão é que quando se fala sobre a RTP é, regra geral, em termos pouco abonatórios, sobretudo em relação aos ordenados.
Há com certeza meia dúzia de pessoas que ganham acima da média, mas mesmo assim a maioria das pessoas que trabalham na RTP, e digo-o com todo o à-vontade, trabalham muito acima da média e ganham abaixo da média. Tenho jornalistas na redação que ganham mil euros, o que não é nada de extraordinário.
É um valor baixo para televisão, de facto, embora haja gente em Portugal que ganhe menos.
Eu percebo isso. Há também muitos desempregados, mas temos é de ter a consciência tranquila e eu tenho. Eu não posso deixar é que se instale uma ideia errada. Na RTP há rigor, há critério e, sobretudo, nós gastamos com parcimónia o dinheiro que é dos portugueses.
Esse permanente desgaste, já que torna os funcionários da RTP num alvo fácil, é problemático?
É problemático, mas também é motivador. Quem trabalha na RTP sabe de uma coisa fundamental: o peso da camisola, o peso institucional, está lá sempre e nós temos muito orgulho em trabalhar nesta casa, que faz 57 anos no dia em que esta entrevista é publicada. É uma senhora recauchutada [risos]. A maior capacidade que a RTP tem é a de se reinventar todos os dias. É uma capacidade notável a de voltar muitas vezes das cinzas quando toda a gente já a dava por morta e enterrada. Estas notícias foram sempre manifestamente exageradas e nós cá estamos, novamente no combate, novamente a incomodar, e esse é que é também o problema da RTP para muitas pessoas.. É que um ponto de share a mais e são mil vozes que se levantam.
A quem é que a RTP incomoda?
Pois não sei. Mas que incomoda, incomoda.
Incomoda às privadas?
Não sei se as incomoda.
É ao poder político?
Vamos dizer o seguinte: nós, na RTP, fazemos o nosso trabalho o mais serenamente possível. Queremos ser muito relevantes na vida dos portugueses, queremos ter uma informação de qualidade... Eu sei que isto são conceitos imprecisos, mas nós sabemos que há uma matriz de confiança que queremos construir com os espectadores.
Vamos ser então práticos e objetivos: na última direção de que fez parte, uma das bandeiras foi transformar o Telejornal numa emissão de apenas 45 minutos, entendendo que esse era o tempo médio necessário para contar o País e o mundo e colocando-o em contraponto com o que as privadas fazem, onde os noticiários têm hora e meia. Essa decisão foi completamente revertida e o Telejornal voltou a ter cerca uma hora..
E vai aumentar.
Isso é uma inevitabilidade para se ser relevante? Ceder às audiências?
Não é uma inevitabilidade. Nos meses de janeiro e fevereiro, à conta de algumas mudanças no Telejornal mas também com uma almofada do programa do Fernando Mendes [O Preço Certo], conseguimos reconquistar público. Neste momento estamos a fazer uma subida íngreme de um percurso que traçámos e que queremos atingir com alguma serenidade. Não digo brevidade porque em televisão o tempo tanto pode ser efémero como eterno. Temos um grande ciclo à nossa frente. Iniciámos bem a subida.
É verdade que o Telejornal tem crescido, mas toda a RTP1 tem crescido. Mas a curva de audiências dentro do Telejornal é contrária à dos noticiários das privadas. O último slot do Jornal da Noite [SIC] e do Jornal das 8 [TVI] são os mais fortes, o slot da RTP mais forte é o primeiro, portanto, a curva é contrária, é sempre a descer. O que denota que ainda há muito trabalho para agarrar o público que foge...
Eu não me impressiono facilmente com vitórias que podem ser episódicas, nem sequer corro a deitar foguetes porque ganhámos ontem à SIC e anteontem à TVI. O que é fundamental é fazer um crescimento sustentado do Telejornal na qualidade, na diversidade do produto e, sobretudo, em algumas formas diferentes de fazer a informação dentro do Telejornal. Na próxima segunda-feira vamos dedicar uma parte do Telejornal à média reportagem. É nosso entendimento que o Telejornal já não é só um serviço com as linhas essenciais do que é mais importante da atualidade.
A RTP sempre teve média reportagem. Tinha era fora do Telejornal. E a SIC e a TVI também a têm nos jornais...
Estamos a falar de criação projetiva de agenda. Não é isso que vamos fazer e muito menos vamos falar de coisas magazinescas durante a semana, que é dos dias que estamos a tratar. Isso é o que fazem os outros. O nosso objetivo a médio prazo é que trinta por cento do jornal seja feito com situações que tenham ligação à atualidade, mas que não sejam do dia. São notícias preparadas com algum tempo.
Durante anos, a RTP teve uma linha de informação a seguir ao Telejornal. Deixou de ter na última rentrée. Concorda com a decisão?
Os tempos mudaram. Essa linha de informação às nove da noite já vinha de há alguns anos e foi necessário mudar. Eu cheguei à direção de Informação há dois meses e já encontrei essa situação. Mas devo dizer que a RTP vai prolongar o jornal, a partir de março, mais dez minutos. Vamos sair todos os dias só às 21.10. Achamos que os públicos têm apetência para ver informação, querem estar permanentemente informados.
Mas isso não é exatamente o contrário do que sempre foi dito que era o melhor para a RTP? Acha que o público não percebe esse ziguezague em busca de audiências?
O objetivo primordial não são as audiências.
Mas é isso que a RTP está a fazer. A horizontalidade da grelha da RTP, de toda ela, é obviamente uma forma de as conseguir.
Espere. As audiências são uma consequência métrica do nosso trabalho. Nós queremos ser muito combativos e aqui nesta casa somos. Todos os dias, às nove da manhã, a primeira coisa que fazemos é ver as audiências. Nós queremos ganhar, queremos fazer bem os números, queremos estar cada vez mais perto dos portugueses e que cada vez mais portugueses nos vejam. Isso é legítimo.
Ninguém diz que não é, mas depois não bate a bota com a perdigota quando se diz que a RTP não trabalha para as audiências.
Mas eu não disse isso.
Mas é o discurso habitual na RTP.
Nós queremos ser vistos pelos portugueses. Ainda para mais agora, que estamos desde o dia 1 de janeiro sem indemnização compensatória, que todos os portugueses, sem duplas tributações, nos estão a pagar. Porque é que nós não haveríamos de trabalhar para os portugueses? O que é que nos impede? O corrigir azimutes nas nossas estratégias?
Não se trata de corrigir azimutes, mas de fazer tábua rasa de tudo aquilo que se disse.
Por acrescentarmos dez minutos ao Telejornal? Não concordo. Nós estamos a trabalhar para os portugueses. E estamos a trabalhar bem, a trabalhar melhor. E a fazer diferente das privadas.
Em quê?
Desde logo na disparidade geográfica em que nós fazemos. Temos verdadeiramente um jornal nacional, do País. É assim no Telejornal, é asim na RTP Informação. Já para não falar que temos um programa em antena que nunca os privados poderão ter e que se chama Portugal em Direto, que é um programa verdadeiramente do País. É um programa que os privados não poderão ter.
Nem faz parte das suas obrigações.
Claro que não. Mas isso é diferente.
Há um caderno de encargos que a RTP tem de cumprir que as privadas não têm.
E nós cá estamos para o cumprir da melhor forma possível.
Estávamos a falar do Telejornal. Onde é que é diferente em relação aos jornais das privadas? Não abre com o Ronaldo quando é preciso? Com o Benfica quando é preciso?
Claro que abrimos. Nós não fazemos uma informação sectária nem para nichos de mercado. Fazemos, ou queremos fazer, uma informação para todos os portugueses. Logo, se tivermos uma notícia com o Ronaldo, abriremos com ela. Não há nenhum tabu em relação a abrirmos com futebol, cultura ou outra coisa qualquer.
Com cultura será mais difícil. Tanto na RTP, como na SIC e na TVI.
Não sei porquê. Poderemos abrir.
Talvez com os quadros de Miró...
Ou com a Joana Vasconcelos. Quando me pergunta em relação às diferenças, elas existem em termos de conteúdo, mas sobretudo na forma como estes se fazem. Não querendo falar do que os outros fazem, digo que temos gente cada vez mais criativa, embora precisemos de equilibrar mais a redação. O centro de jornalismo da RTP, a sede em Lisboa, precisa de um reforço de pessoas. Ao contrário do que as pessoas pensam, pelo menos na direção de Informação não há gente a mais.
E a administração sabe disso?
A administração está consciente disso, sim. O que se passa é que nós vivemos num tempo muito difícil, em que as soluções não abundam. Temos de procurar ser mais cautelosos e criteriosos na forma como fazemos as coisas. Mas todos nós estamos conscientes de que é preciso renovar a redação da RTP.
Contratar pessoas?
Não direi contratar. É encontrar soluções, não só internas, mas admito que mesmo externas, para determinado tipo de funções para as quais estamos, neste momento, menos preparados.
Que áreas são essas?
Estou a falar em termos gerais e não especificamente em um lugar. Sei que temos de ter mais gente nova na redação, que traga ideias diferentes, combativas e imaginativas. Vamos precisar disso no próximo ano.
E a RTP Informação? É o grande desafio que se lhe coloca?
É!
A sobrevivência do canal está em causa?
Não diria a sobrevivência.
Faço-lhe a pergunta de outra forma: a RTP Informação faz sentido como está?
[Silêncio] A forma como a estamos a pensar é para ela fazer todo o sentido aos olhos dos portugueses. Respondendo diretamente à sua questão: é um canal de notícias que cumpre o seu papel, mas nós queremos mais.
Cumpre? Neste momento, é claramente o menos visto dos três canais de informação, a seguir à TVI24 e à SIC Notícias.
Bem, a TVI24... Eu não vou falar dos outros. Todos nós sabemos qual é a receita.
Ia referir o futebol e como a TVI24 o tem utilizado?
Tem utilizado e bem. Fazem aquilo que lhes compete. Estão a aproveitá-lo da melhor forma possível.
E como é que, neste cenário, a RTP Informação pode fazer frente à SIC Notícias e à TVI24?
Pode fazer diferente. Pode ser diferenciadora. Pode passar a ser um canal de informação, não um canal de notícias.
É uma questão semântica ou mais do que isso?
Não é só uma questão de semântica. O que pretendemos é fazer um canal de informação onde os espectadores podem procurar a notícia, mas onde encontrarão muito mais do que isso. Nós temos condições na RTP Informação para fazer uma informação muito mais próxima das pessoas, uma informação espelho do país. Colocar o País todo na antena, situação que hoje não se verifica.
Quer ver o País na antena da RTP Informação com o quê? Com janelas de informação autónoma ou com emissão nacional?
Com emissão nacional, mas com a presença muito constante das regiões. É absolutamente essencial que tenhamos o país na antena. Bragança, Coimbra, Vila Real, Faro, Guarda, Castelo Branco, Évora... todo o País.
Não o seduz fazer janelas?
Não.
Porque é que Bragança interessa aos espectadores de Lisboa e porque é que o Algarve interessa aos espectadores do Porto?
E porque é que Lisboa interessa aos espectadores de Bragança? É a mesma coisa, são portugueses. Mas não vamos desviar o centro das atenções para Bragança ou para Faro. Vamos é ter mais País na antena nacional que hoje é muito Lisboa, um bocadinho de Porto e pouco mais. O País é muito mais do que Lisboa e Porto.
Sim, mas com espaços próprios, do género de Portugal em Direto?
Não.
Há informação local e de dimensão nacional que justifique estar nos jornais de uma antena generalista, como se quer a RTP Informação?
Não tem de ser necessariamente nos jornais. Quem estiver a ver a RTP Informação saberá uma coisa: estará informado. Terá a notícia do País e do mundo.
É a última oportunidade do canal?
Não digo que seja a última, mas que não teremos uma outra tão boa, isso com certeza que não teremos. Portanto, vamos aproveitar esta oportunidade. Vamos insistir num plano diferente, no plano do open space informativo de manhã, à tarde e à noite.
A RTP Informação que está a pensar estará na TDT?
Preferencialmente.
Só faz sentido na TDT?
Não faz só sentido, mas está a ser preparada para, se for caso disso, se o poder político assim o entender, ir para a TDT. Se pergunta a minha opinião, acho que os portugueses mereciam um canal como a RTP Informação na TDT.
E porque não a SIC Notícias ou a TVI24?
Porque não?
Que ambição tem em audiências?
Em relação à RTP Informação não vou tecer nenhum objetivo em concreto. Não o vou fazer. Vamos esperar pelo trabalho que vamos desenvolver. A filosofia da Informação vai mudar a partir do momento em que tivermos mais meios para fazermos coincidir os acontecimentos com a informação.
Vai haver mais meios?
Vai. Hoje até nem são meios considerados pesados. Fazemos um direto com uma câmara, não precisamos de satélites nem de carros de exteriores. A monitorização dos meios permite que hoje façamos uma informação completamente diferenciada e a revolução dos próximos anos vai ser nessa maior utilização dos meios de direto.
Mas não há já diretos a mais? Diretos que não acrescentam nada...
Não, não há, embora admita que possa haver excessos.
Há duas formas muito simples de fazer informação: abrir a antena e fazer fóruns, que é barato e dá milhões, ou haver um jogo de futebol e abrir a antena às quatro da tarde, em direto do estádio, a acompanhar as equipas, ter comentadores. Isso não é uma mão cheia de nada?
Não estou a referir-me apenas ao canal de informação, mas à RTP na sua globalidade. Estou a falar do Bom Dia Portugal, do Jornal da Tarde, ao Portugal em Direto e até do próprio Telejornal. A RTP tem de se abrir mais ao País. Tem de se aproximar dos portugueses.
"Acredito no meu trabalho. O destino da RTP é ganhar
A independência da RTP em relação à tutela há de ser sempre uma arma de arremesso?
Talvez, mas creio que hoje a questão já não se coloca tanto. Acho que a Informação da RTP já mostrou bem que não é subserviente ao poder político. É uma informação de grande qualidade, com grandes profissionais. Gente séria, dedicada, honesta.
Os políticos continuam a exigir da RTP o espaço que não exigem à SIC e à TVI?
Mas porque é que hão de exigir esse espaço? Nós não o damos, não temos de o dar.
A RTP é pública, as outras são privadas...
[Interrompe] E daí? O contrato de concessão do serviço público não diz que temos de dar aos políticos um determinado tempo que a SIC e a TVI não dão.
A ERC chegou a monitorizar esses tempos. Acha que foi um trabalho útil?
Pode fazer sentido para a ERC, mas quem tem de dirigir uma casa não pode ver as coisas ao segundo. É impossível em termos editoriais e acho que todas as pessoas já perceberam isso.
E o critério editorial não esbarra depois na necessidade de pluralismo? Por exemplo, é evidente que um debate com dez representantes de forças políticas não é nem esclarecedor, nem televisivamente atraente, nem jornalisticamente relevante.
Estou absolutamente de acordo.
Mas é o cumprimento de uma pluralidade que o contrato de concessão exige.
É verdade.
Portanto, faz-se....
Nós temos de cumpri-lo, certo? Provavelmente é isso que vamos fazer.
Aí, o critério jornalístico não vale?
Nós não temos de fazer um debate com 12. Posso fazer quatro debates com três ou dois com seis. O que é difícil é fazer debates esclarecedores. Devemos tentá-lo? Provavelmente sim.
Vota?
Voto.
O principal pivô da RTP não o faz porque acha que isso lhe tolda a independência.
Eu sei. Mas eu voto. Faço-o desde os 18 anos e nunca falhei um ato eleitoral. A independência não se mede dessa forma. O que eu peço é que deixem a RTP trabalhar em tranquilidade. Deixem a RTP em paz.
Quem é que não deixa?
O que nós precisamos é de estabilidade, coisa que tem escasseado muito nos últimos tempos na RTP. Se tivéssemos a estabilidade e a tranquilidade que têm na SIC e na TVI, onde é que já estaríamos?
Mas de quem é a culpa dessa instabilidade?
Não quero culpar ninguém. Estou só a fazer uma constatação. Hoje posso dizer que temos um rumo na Informação, uma estratégia definida e um fio condutor.
Qualquer diretor de Informação diria isso.
Ah, claro. O problema é que depois não conseguem aplicar.
E qual é a sua garantia de que vai conseguir?
Nenhuma. Só precisamos de tempo para fazer o nosso trabalho.
Isso nunca houve na RTP...
Mas tem de passar a haver.
Como? Porque tem o José Manuel Portugal como diretor de Informação?
Não, não! O José Manuel Portugal ou outro qualquer. Eu não quero eternizar-me, mas é preciso tempo para ter resultados óbvios deste nosso trabalho. Mudar de treinador permanentemente não é bom.
Admite que pode falhar?
Admito, claro.
Pode não conseguir mudar a RTP?
Acredito muito no meu trabalho, na minha equipa e nas pessoas que estão na RTP para que esse desafio seja vencedor. O destino da RTP é ganhar.
Isso é um belo título, mas não é uma frase gongórica. Não é apenas um discurso para moralizar as tropas?
Bem precisam. O que encontrei de mais negativo quando cheguei a diretor foi ver as pessoas muito desmotivadas e com fortes razões para isso. Todos os dias a RTP é notícia. As pessoas viam a sua estabilidade laboral com grandes limitações e interrogações. Agora que estamos num período em que esse equilíbrio começa a ser mais visível, estamos a começar a ganhar condições para encarar o futuro de forma mais pujante e com as pessoas a acreditar mais.
"Quem só se informa nas redes sociais informa-se mal"
Vive num hotel em Lisboa. É uma opção prudente por causa da rotatividade que o cargo tem tido nos últimos anos?
[Risos] Um hotel é uma casa. Só não estou numa casa porque não sou propriamente dado a tarefas domésticas. O hotel é sempre mais simples do que estar numa casa e ter de pedir a alguém para fazer a limpeza.
Estas suas novas funções fizeram que deixasse de dar aulas?
Continuo a dar à segunda-feira de manhã na Universidade de Coimbra. É uma coisa que faço há 16 anos com muito gosto. O contacto com gente nova, a quem podemos emprestar alguma coisa do nosso saber, é importante. Além disso, fui obrigado a ler para me reciclar e atualizar.
Esta sua vinda para Lisboa vai coincidir com o título do Benfica?
[Suspiro] Isso era uma coisa interessante. Acredito nisso. Cada vez mais.
No ano passado o Benfica acabou por morrer na praia... Ajoelhou com Jesus?
Ajoelhei com Jesus, chorei com Cardozo, fiz um pouco de tudo o que o universo benfiquista fez. Mas neste ano acredito. É possível aprender com os erros passados. E no ano passado foram cometidos alguns erros.
O futebol é o seu lado mais irracional?
Confesso que sim. Sou benfiquista com uma grande costela da Académica. Percorri o País todo de capa e batina atrás da Académica, quando tinha 18 e 19 anos, e ficou sempre essa marca muito forte. Fui estudante de Coimbra com muita honra.
O que pensa das praxes, que voltaram a ter visibilidade com a tragédia no Meco?
Eu sou um coimbrinha por natureza e tudo o que vejo em outras universidade, e a que chamam praxes, deixa-me arrepiado. Aquilo não é praxe, é uma humilhação. Eu fui um praxista, praxei muito e fui praxado.
Como é que praxou e foi praxado?
De uma forma normal. A praxe de Coimbra é diferente do andar de gatas e assim. Isto é apalhaçado e o código da praxe em Coimbra é diferente. As coisas mudaram e em Coimbra também, mas não havia abusos.
E na cobertura da tragédia do Meco, tem havido abusos?
Quando cheguei à direção da RTP, quase não havia Meco na antena da RTP. Foi uma das nossas preocupações. Abrimos durante vários dias todos os jornais com o Meco. Acontecimentos como este são de grande mistério, de grandes pontos de interrogação, e que a Informação deve tentar conduzir junto das pessoas.
Como é que se conduz sem que o exercício jornalístico pareça um exercício de ficção?
Desde logo de uma forma séria, que é não havendo partes que sejam mais relevantes do que outras partes no contar de uma história. Isto é, e neste caso é fundamental, tivemos sempre o cuidado na RTP de termos todas as partes envolvidas a falar sobre o que é que aconteceu naquela noite.
A SIC e a TVI não fizeram?
Refiro-me, sobretudo, ao que nós fizemos. Nós refletimos, falámos muito internamente, estivemos muitas horas a falar de como iríamos fazer essa história. Se valeria a pena fazermos um Sexta às 9 monotemático, o que tínhamos para dar de novo, e achamos que fizemos uma cobertura séria sobre aquela situação.
Num tempo de massificação de informação, a importância do jornalista continua a ser a mesma?
Não, é muito maior. Muito mais importante. O tal papel mediador que o jornalista sempre teve, hoje é provavelmente muito mais necessário. Nós temos atualmente uma coisa a que se chama jornalismo cívico. É uma questão de oportunidade e, porque não podemos ter uma câmara em cada canto do País, admito que possamos usar imagens que nos são enviadas pelos cidadãos.
Mas isso não fragiliza o jornalismo?
Isto só se coloca em alturas em que as imagens são o mais próximas possível da realidade. Depois, a explicação dos acontecimentos cabe apenas ao jornalista. A mediação com o público será sempre feita pelo jornalista. Caso contrário não haveria televisões e bastavam as redes sociais.
Há muita gente que continua a informar-se apenas através das redes sociais.
Quem só se informa nas redes sociais informa-se mal. Quantas vezes não vimos nas redes sociais as coisas mais disparatadas... é por causa delas que o cidadão precisa cada vez mais de confiança.
Jnpc- Membro
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Data de inscrição : 06/03/2010
Re: Informação RTP1
CM escreveu:RTP suspende comentários de Sócrates e Sarmento[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Programas de José Sócrates e Morais Sarmento podem ser interrompidos.
Os comentários semanais de José Sócrates e de Nuno Morais Sarmento na RTP podem ser suspensos durante o período oficial da campanha para as eleições europeias. A possibilidade está a ser ponderada pela direção de informação do canal público por uma questão de "autorregulação".
De acordo com José Manuel Portugal, diretor de Informação da RTP, a decisão definitiva será tomada até ao final da semana.
"É uma questão de autorregulação. Nós temos responsabilidade e vamos avaliar bem a situação, depois tomaremos uma decisão", afirmou o responsável ao Correio da Manhã.
‘A Opinião de José Sócrates', ex-primeiro-ministro, do PS, conduzido por Cristina Esteves, vai para o ar todas as segundas-feiras, enquanto ‘A Semana de Morais Sarmento', ex-ministro dos Assuntos Parlamentares, do PSD, é transmitido às quintas-feiras, com apresentação de João Adelino Faria.
José Manuel Portugal garante que caso os comentários venham a ser suspensos voltarão imediatamente após as eleições para o Parlamento Europeu, que deverão ocorrer no dia 25 de maio próximo.
Esta hipótese está a ser avaliada após as direções de informação da RTP, SIC e TVI ameaçarem boicotar a cobertura da campanha para as europeias por considerarem que os projetos de lei do PS, CDS e PSD, que preveem alterações à lei eleitoral, "violam princípios essenciais do jornalismo e representam uma ingerência inaceitável e perigosa do poder político na liberdade editorial". A votação, agendada para a passada sexta-feira, foi adiada.
Jnpc- Membro
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Data de inscrição : 06/03/2010
Re: Informação RTP1
CM escreveu:Sócrates apanhado de surpresa em entrevista[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Habitual espaço de comentários de José Sócrates na RTP transformou-se numa entrevista sobre a sua governação.
O antigo primeiro-ministro José Sócrates foi surpreendido, no domingo, com uma entrevista sobre a sua governação pelo jornalista José Rodrigues dos Santos, no seu espaço de comentários na RTP. Irritado com a situação, José Sócrates reagiu com um "não vinha preparado para isto" às questões colocadas pelo jornalista.
Em relação ao tema "consenso", o antigo primeiro-ministro começou por criticar o desejo do Governo. O apoio esperado por parte da coligação, e que foi mote para a reunião da passada segunda-feira entre o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o secretário-geral do PS, António José Seguro, foi alvo de duras críticas de José Sócrates.
O comentador afirmou que este consenso é impossível de alcançar porque "nem nos factos os dois partidos se entendem". Sócrates entende que só será possível um "compromisso" e não um "consenso".
Esta declaração serviu de mote para que José Rodrigues dos Santos recorresse ao seu "arquivo", tal como afirmou, e o confrontasse com afirmações antigas, onde defendia "precisamente" a necessidade de consenso e a necessidade de se fazer tudo o que fosse necessário para se atingir as metas orçamentais.
Para o próximo encontro, marcado para daqui a 15 dias na RTP, Sócrates garantiu: "Virei preparado com os meus arquivos".
JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS RESPONDE ÀS CRITICAS
O jornalista da RTP respondeu através da sua página oficial como escritor aos inúmeros protestos que recebeu depois da sua entrevista a José Sócrates.
"Devido às minhas funções na RTP, que nada têm a ver com a minha actividade de romancista para a qual esta página foi criada, alguns leitores escreveram mensagens críticas da forma como foi conduzido o espaço com José Sócrates."
Apesar de a página ser apenas para o "escritor", o jornalista não quis deixar de responder e utiliza um comentário em específico para começar os seus argumentos: "Uma leitora chega mesmo a perguntar em que escola aprendi jornalismo. A resposta é: na BBC. Sei que se calhar não é suficientemente boa, mas foi o que se pôde arranjar," ironiza José Rodrigues dos Santos no comunicado, antes de começar a sua argumentação.
Ao longo de 12 pontos o pivô da estação pública vai argumentando todas as críticas que na sua opinião são infundadas, utilizado os ensinamentos e manuais da estação pública inglesa para corroborar as suas atitudes durante a entrevista.
"O que ensina a BBC? Quais as regras da nossa profissão? É obrigado um jornalista a ser sempre isento? Há ocasiões em que não deve ser isento? São perguntas interessantes e todas elas têm resposta, embora o público em geral, e como me parece normal, não as conheça."
Jnpc- Membro
- Mensagens : 23326
Data de inscrição : 06/03/2010
Re: Informação RTP1
Eu não vi o espaço de comentário, mas se o José Rodrigues dos Santos transformou aquilo numa entrevista sobre a governação do Sócrates, esteve muito mal pois aquilo é um espaço de comentário não de entrevista.
david silva- Membro
- Mensagens : 4064
Data de inscrição : 14/03/2010
Re: Informação RTP1
aTV escreveu:«E Depois de Abril» assinala os 40 anos do 25 de abril
Desde ontem e até ao dia 1 de maio, o Telejornal vai assinalar os 40 anos do 25 de abril, com uma série de 23 médias reportagens com o título E Depois de Abril.
Trata-se de um fiel retrato do país antes e depois da revolução. Estes trabalhos tiveram por base o suporte de arquivo da RTP e serviram de ponto de partida para contar a evolução do país em 23 extraordinários retratos.
A RTP reencontrou vários protagonistas de reportagens realizadas há 40 anos ou até mais, juntou portugueses que não se viam há décadas; fez um levantamento de questões sociais e comportamentais antes e depois da revolução.
Para Mafalda Gameiro, coordenadora do projeto, “é um orgulho imenso coordenar um projeto que também vai ficar para a história da RTP. Só um levantamento exaustivo do nosso arquivo histórico permite fazer uma série desta dimensão e só um trabalho de uma vasta equipa permite este brilhante resultado. A série ”E Depois de Abril” consegue fazer um fiel retrato de 40 anos de mudança em Portugal. Este conjunto de reportagens está a ser trabalhado há cerca de 3 meses”.
E Depois de Abril teve a colaboração do cantor Paulo de Carvalho. O artista aceitou cantar o título da série, inspirando-se na canção “E depois do adeus”. Para este projeto também foi pintado, nas instalações da RTP, um mural de 4mx3m alusivo à revolução e inspirado nos murais pré-revolucionários. Este trabalho que teve a colaboração de dois finalistas do curso de pintura da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, Raquel Taquelin e Francisco Camilo.
Jnpc- Membro
- Mensagens : 23326
Data de inscrição : 06/03/2010
Re: Informação RTP1
O programa de informação Linha da Frente regressa este Sábado a seguir ao Telejornal.
david silva- Membro
- Mensagens : 4064
Data de inscrição : 14/03/2010
Re: Informação RTP1
DN escreveu:Programa com José Sócrates igual até às europeias[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
O provedor do telespetador da RTP defendeu hoje que o programa com José Sócrates deve regressar à forma original, sem contraditório, mas o diretor de informação da RTP diz que, pelo menos, até às eleições europeias continuará no formato atual.
"Nós levamos em consideração todas as opiniões, mas não são determinantes. Até às eleições europeias, sim, fica tudo igual", disse à Lusa o diretor de informação da RTP, José Manuel Portugal.
No programa Voz do Cidadão, transmitido hoje de manhã pela RTP1, o provedor do telespetador, Jaime Fernandes, defendeu que o programa 'A Opinião de José Sócrates' "deverá regressar à sua forma original ou, caso contrário, deixa de fazer sentido na televisão pública".
O provedor dedicou o programa de hoje ao espaço com o ex-primeiro-ministro socialista, transmitido aos domingos à noite, depois de telespetadores se terem queixado da condução do programa pelo jornalista José Rodrigues dos Santos.
O provedor justificou a sua posição com o facto de o programa ter sido anunciado como de opinião, o que "pressupõe que o comentador faça as considerações que entende sobre temas da atualidade sem necessitar de contraditório", o qual terá de acontecer "em espaços distintos da programação, de debate ou de entrevista".
Questionado sobre se a RTP vai acompanhar a opinião do provedor e fazer o programa regressar à sua forma original, de opinião sem contraditório, o diretor de informação da televisão pública disse que estão a ser equacionadas hipóteses mas que "não há qualquer definição".
"Tenho que me sentar com o engenheiro José Sócrates e com Dr. Morais Sarmento para definirmos em conjunto o que vai acontecer, mas para já fica tudo igual", disse José Manuel Portugal.
O responsável pela informação da RTP disse que os dois programas de comentário, do ex-primeiro-ministro do PS e do ex-ministro do PSD, fazem "sentido em conjunto", pelo que qualquer alteração também será feita em conjunto.
Jnpc- Membro
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Re: Informação RTP1
atelevisão.com escreveu:RTP entrevista Luís Filipe Vieira
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
A entrevista de Luís Filipe Vieira depois de uma época inédita onde o Benfica ganhou três títulos (Campeonato, Taça da Liga e Taça de Portugal) é na RTP.
O presidente do Benfica vai analisar a época, esclarecer o futuro de Jorge Jesus e projetar os objetivos do Benfica 2014/2015.
A entrevista a Luís Filipe Vieira, conduzida pelo jornalista Hugo Gilberto, amanhã às 20h45, logo a seguir ao Telejornal, na RTP1.
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